A mudança do dia de guarda

Aconteceu há aproximadamente 2.500 anos. O rei Nabucodonosor recebera de Daniel a interpretação de seu sonho (Daniel capítulos 2 e 3). No sonho, revelava-se a sucessão dos impérios, desde o império babilônico até o império romano, e o que seria depois, incluindo os nossos dias. Nesse sonho, o rei viu uma grande estátua, com cabeça de ouro, peito e braços de prata, ventre de bronze, coxas de ferro e pés e dedos de uma estranha mistura de ferro e barro. Daniel recebera da parte de DEUS a interpretação do sonho, bem como o sonho em si, que o rei havia esquecido. Na interpretação, o império babilônico estava representado pela cabeça de ouro. Isso significava ser este o império mais rico de todos. Daniel mesmo dissera: “…tu és a cabeça de ouro” (Daniel 2:38). Na mesma profecia, no entanto, estava predito que haveria outros reinos posteriores ao de Babilônia, e que Babilônia seria destruída.

Aconteceu que o rei sentiu-se lisonjeado por ser ele o monarca do reino mais rico. Veio-lhe à mente o desejo de perpetuar o seu reino. Sentiu-se na capacidade de fazer isso a seu modo, não como DEUS o desejaria, segundo os Seus princípios eternos. Nabucodonosor permitiu que se desenvolvessem em sua mente pensamentos de grandeza, de orgulho, da importância do ‘eu’. Assim, decidiu registrar o seu propósito egoísta. Construiu uma grande estátua, tal como sonhara. No entanto, a fez toda em ouro. Isso significava que o império babilônico não seria apenas a cabeça de ouro, mas todo o corpo da estátua, ou seja, duraria sempre.

Se assim planejou, melhor fez. Pronta a estátua, convocou todos os reinos sob seu poder e os obrigou à adoração dessa estátua. Obrigou-os, porque o erro, para se impor, precisa utilizar a força. Assim o erro obtém a ‘obediência’ da maioria, mas nunca a fidelidade da minoria de pessoas conscientes. Esse foi o primeiro erro de Nabucodonosor contra a liberdade de consciência (ver Daniel 3:4 a 6).

Das milhares de pessoas que ali se achegaram, havia três fiéis seguidores dos princípios bíblicos. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Eles eram servos do DEUS verdadeiro, e jamais se curvariam diante de uma estátua feita por mãos humanas. Eles adoravam unicamente ao SENHOR, porque Ele é O Criador. Agiam conforme o mandamento.

No momento do toque da trombeta, milhares de pessoas se ajoelharam diante da estátua, exceto esses três, únicos a permanecerem em pé, como que desafiando a autoridade do rei. Foram imediatamente chamados para explicações ao rei. Afirmaram que não adorariam outro ser senão o DEUS verdadeiro. Foram então jogados numa fornalha sobremaneira aquecida. Essa fornalha estava ali para fazer cumprir a ordem do rei. Sem essa fornalha, pensava o rei, o povo não obedece. Como já dissemos, o erro, para obter obediência, precisa recorrer a expedientes de força. Sempre foi assim e hoje ainda é assim.

Mas os três servos de DEUS não se intimidaram e mantiveram sua convicção de adorar apenas a DEUS, o único que merece tal honra. Foram jogados na fornalha. Nada lhes aconteceu, o próprio DEUS enviara um anjo para estar com eles, e passeavam dentro da fornalha.

Vendo o rei o tamanho de seu erro, logo cometeu outro. Decretou, desta vez, que todo aquele que disser blasfêmia contra o DEUS verdadeiro fosse despedaçado e sua casa fosse destruída (Daniel 3:38 e 39).

Nabucodonosor, arrogante por esse tempo, vendo-se derrotado pela fidelidade de três servos de DEUS, resolveu manter a sua autoridade impondo reverência, desta vez ao DEUS verdadeiro. Antes impusera adoração a estátua de ouro mandada fazer por ele, desta vez impunha reverência a DEUS, por força de lei.

Não é assim que DEUS atua. Ele disse: “Não por força nem por violência, mas pelo Meu espírito…” (Zacarias 4:6). Ele também disse: “Com amor eterno Eu te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).

Assim como esse rei da antiga babilônia pensava que as coisas deviam ser impostas, assim foi em todos os tempos. Os líderes, quando não estão sob a direção de DEUS, apenas conseguem manter a sua autoridade através da força. Isso tanto no âmbito político quanto no religioso. A história o comprova.

A mudança da guarda do dia de sábado para o domingo é uma dessas histórias. Com relação a Nabucodonosor, há uma diferença. Este rei impusera primeiramente a adoração a uma estátua, algo que não merece adoração, não é Criador de nada. Depois, esse rei impôs o respeito pelo DEUS verdadeiro. Dois erros. DEUS não quer adoração através da força. JESUS disse: “E Eu quando for levantado no madeiro, atrairei a todos a Mim” (S. João 12:31). Ele estava dizendo que atrairia, não que obrigaria as pessoas a se achegarem a Ele. Isso quer dizer, vai a Ele o que quiser, exercendo o livre arbítrio, a liberdade de decidir o que fazer. DEUS só admite adoração por livre uso da vontade.

No caso da observância do domingo como dia de guarda, ocorreu o contrário. JESUS viveu guardando o sábado, os Seus discípulos também. Nada consta na Bíblia a respeito da mudança de dia de guarda. Também nada consta a respeito de autorização para homens alterarem a Lei de DEUS. O que consta são graves advertências proféticas a respeito dessa mudança: “…e cuidará em mudar os tempos e a Lei” (Daniel 7:25) “…mudando a verdade em mentira…” (Romanos 1:25) pois “deitou a verdade por terra” (Daniel 8:12) “Irou-se o dragão (Lúcifer) contra a mulher (a igreja fiel) e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de DEUS e tem o testemunho de JESUS” (Apocalipse 12:17 – inserções nossas).

Quando Daniel, o mesmo que interpretou o sonho de Nabucodonosor, escreveu essa profecia, isso naturalmente não havia acontecido. Hoje essa profecia já se cumpriu. A Lei foi mudada em diversos mandamentos. A maior mudança ocorreu na guarda do dia de sábado estabelecido por DEUS, evocando a autoridade da tradição. São Mateus adverte: “E assim invalidastes a Palavra de DEUS, por causa da vossa tradição. (…) Ele (JESUS) porém respondeu: Toda a planta que Meu Pai celestial não plantou, será arrancada. Deixai-os: São cegos, guias de cegos, cairão ambos no barranco” (S. Mateus 15:6 e 13 a 14 – grifo nosso). Ele mesmo disse: “Por que transgredis vós também o mandamento de DEUS, por causa da vossa tradição?” (S. Mateus 15:3 – grifo nosso)

JESUS está a advertir que a Palavra de DEUS seria invalidada pela tradição. Isso já ocorria nos tempos de JESUS. Intensificou-se mais tarde. Naqueles tempos, a tradição criara regras para obedecer à Lei de DEUS, tornando-a quase impossível de se seguida. Essa é a razão dos inúmeros debates e polêmicas sobre como se devia guardar o dia de sábado. Chegou ao ponto de JESUS afirmar que DEUS fizera o sábado por causa do homem, não o homem por causa do sábado, e JESUS afirmando ser O Senhor do sábado (S. Marcos 2:28). Sendo Ele O Senhor do sábado, deixa claro que ninguém mais pode alterar esse dia de guarda. Acrescentou a isso que veio para cumprir, não para revogar e que a lei não passaria nunca (S. Mateus 5:17 e 18).

Pela tradição posterior, a lei foi desfigurada em diversos pontos. Isso pode ser visto num comparativo das duas leis, a original e a alterada pela tradição, no final desse capítulo.

A respeito disso, a Bíblia diz: “…e deitou por terra a verdade, e o que fez prosperou.” (Daniel 8:12 – grifo nosso) “E mudaram a glória de DEUS incorruptível em semelhança da imagem do homem corruptível…” (Romanos 1:23 – grifo nosso). “…eles mudaram a verdade de DEUS em mentira, adorando a criatura, em lugar do Criador” (Romanos 1:25 – grifo nosso).

O que querem dizer esses versículos? Eles simplesmente afirmam que a verdade, tal como se encontra escrita na Bíblia, foi mudada, alterada para mentira. Diz ainda que isso deu certo, prosperou, o que é hoje uma realidade. Faz muitos séculos que tal alteração foi feita, e ela se mantém até hoje, e muitos pensam que é o domingo o dia verdadeiro de descanso. Realmente prosperou. Mas há advertências sérias. Mudaram a glória de DEUS para uma imagem corruptível, imagem de homem. Ora, quem é, há tempos, a pessoa que se intitula infalível, tal como DEUS? E isso quando a Bíblia afirma que todos pecaram e carecem da glória de DEUS” (Romanos 3:23 – grifo nosso) e “não há um justo, nem sequer um” (Romanos 3:10). Isso significa dizer: infalível, só DEUS, mais ninguém.

A criatura passou a ser adorada em lugar do criador. O que você acha dos santos que passam a ser adorados, por que se lhes atribuem milagres? Os anjos de DEUS, que são seres perfeitos, nunca caíram em pecado, não admitiram ser adorados. Afirmaram que somente DEUS fosse adorado (Apocalipse 22:8 e 9). JESUS, quando foi tentado por Lúcifer, Ele mesmo afirmou que adoração deve ser prestada somente a DEUS (S. Mateus 4:10).

E essa adoração, para que as pessoas a aceitem, precisa ser imposta através de expedientes de engano ou através da força. Isso é o que aconteceu ao longo da história da nossa era.

Mas, por que essas mudanças? A Bíblia novamente responde. “Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar contra o restante da sua descendência, os que guardam os mandamentos de DEUS e tem o testemunho de JESUS” (Apocalipse 12:17 – grifo nosso). É o que de fato está acontecendo. Há um conflito secular contra os que guardam os mandamentos de DEUS, tal como está escrito. Esse se conflito estabelece através de imposições e leis que vão contra aquelas que DEUS estabeleceu. Mudando essas leis, fica estabelecido o conflito, pois afeta-se a consciência das pessoas. Elas agora precisam optar entre obedecer a DEUS ou obedecer aos homens. Para piorar o conflito, criam-se expedientes de força, que colocam em grave dificuldade aqueles que querem seguir as suas consciências, ou seja, que querem obedecer às leis que DEUS colocou em seus corações.

O verdadeiro conflito ocorre nas mentes das pessoas, ou melhor, pela posse das suas mentes. Lúcifer se apossa por expedientes de força. Usa para isso toda a sorte de recursos de engano, tais como: filmes de terror, de pornografia, do espiritismo; jogos de vídeo game; revistas; livros; televisão; espetáculos de baixo nível, etc., tudo para tomar o tempo das pessoas, esvaziar suas mentes do que é bom e entulhar com uma diversidade grande de lixo. As guerras com armas de matar e destruir são apenas fachada. Na realidade, a luta é pelo destino das almas humanas.

Do outro lado, DEUS apenas busca atrair as pessoas através da pregação de Sua palavra verdadeira. Para DEUS, as pessoas devem ouvir, tomar conhecimento e decidir por si mesmas, sem que sejam forçadas, nem mesmo através de recursos de emoção ou mesmo de comunicação subliminar ou até hipnose pública. Elas precisam exercer a sua liberdade de escolha, de acordo com as suas consciências. Eis por que a grande maioria das pessoas se perderá. Preferem ser enganadas.

A preparação dessa situação conflituosa já estava acontecendo nos tempos dos apóstolos. “Porque já o ministério da injustiça opera” (II Tessalonicenses 2:7). No tempo dos apóstolos, já estava havendo articulação de autoridades para alterar partes da Lei de DEUS. O apóstolo diz mais: “Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão ao rebanho; e que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si” (Atos 20:29 e 30). No entanto, ele adverte para que “ninguém de maneira nenhuma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (II Tessalonicenses 2:3).

A Igreja, pouco tempo após a morte dos apóstolos de CRISTO, adotou gradativamente ritos e costumes pagãos (não cristãos, nem autorizados pela Bíblia). Por exemplo “os bispos aumentaram a quantidade de ritos religiosos no culto cristão, por meio da acomodação à ignorância e preceitos, tanto dos Judeus como dos Pagãos, a fim de facilitar-lhes a conversão ao cristianismo. (…) para este propósito deram às instituições do evangelho o nome de ministério, e sobretudo o santo sacramento ornaram eles com esse título solene. Usaram nessa sagrada instituição, bem como na do papismo, vários dos termos empregados nos mistérios pagãos, e chegaram, até, a adotar os mesmos ritos e cerimônias de que consistiam aqueles célebres mistérios” (Ecclesiastical History – tradução de Maclaine, por Mosheim, cent. 2, part. 2, cap. 4, pars. 2-5). “Esta imitação começou nas províncias orientais, mas, depois da época de Adriano [imperador 117 – 138 A. D.], que foi o primeiro introdutor dos mistérios entre os Latinos, foi seguida pelos cristãos que habitavam as partes ocidentais do império” (Idem, par. 5). As heresias introduzidas na Igreja de CRISTO tiveram por objetivo atrair os povos não cristãos para o cristianismo. Entre outras mudanças com esse objetivo, também se mudou o dia de guarda do sábado para o domingo, o que ocorreu gradativamente. Paralelamente, houve uma aproximação entre a Igreja e o estado, até que se uniram para exercer poder supremo sobre a consciência das pessoas, impondo preceitos contrários aos ensinos bíblicos. Saliente-se que os ensinos bíblicos caraterizam-se pela liberdade de consciência e pelo livre arbítrio. A liberdade é um dos fundamentos do reino de DEUS.

Os decretos de imposições religiosas obtiveram importância política, o que se repetirá em breve. Isso ocorrerá com a mesma intenção: impor a santificação do domingo em lugar do sábado bíblico. Os primeiros comunicados oficiais já foram divulgados no ano de 1998.

“Foi Constantino quem primeiro legislou sobre a observância do domingo, e, segundo Eusébio, determinou que esse dia fosse regularmente celebrado em todo o império romano” (Enciclopédia Britânica, artigo Domingo).

A lei dominical de Constantino, de 7 de Março de 321, determina: “Que os juízes e o povo das cidades, bem como os comerciantes, repousem no venerável dia do sol. Aos moradores dos campos, porém, conceda-se atender livre e desembaraçadamente aos cuidados de sua lavoura, visto suceder freqüentemente não haver dia mais adequado para a semeadura e plantio de vinhas, pelo que não convém deixar passar a ocasião oportuna e privar-se a gente das provisões deparadas pelo céu” (Corpus Juris Civilis Cod. Lib. 3, tit. 12, 3).

A seguir foi imposta outra legislação imperial, o que ocorreu no ano 386, com o seguinte teor: “Por uma lei do ano 386, essas mais antigas mudanças introduzidas pelo imperador Constantino foram impostas com mais rigor, e, em geral, as transações civis de toda espécie foram estritamente proibidas no domingo” (Church History, de Neander, Vol. 2 p. 300, ed. De 1852). Mais tarde, “no ano 425, a apresentação de espetáculos nos domingos e dias santos principais dos cristãos foi proibida para que a devoção dos fiéis ficasse livre de todo empecilho” (Idem, p. 300 e 301). Comentando essa legislação, o historiador diz: “Dessa maneira a igreja recebeu auxílio do Estado para a consecução de seus propósitos. (…) Mas não fosse essa interferência de interesses espirituais e seculares, e não fosse a vasta quantidade de meras conversões externas assim produzidas, ela não teria tido necessidade de semelhante auxílio” (Idem, p. 301).

A lei de Carlos Magno, do ano 800, assim se expressa: “Nós ordenamos, como exige a lei de DEUS, que homem nenhum faça qualquer trabalho servil no dia do SENHOR: … que as mulheres não fiem nem teçam, não costurem, não cardem lã, não lavem roupa ostensivamente, nem tosquiem ovelhas; mas vão à igreja para louvar o SENHOR seu DEUS” (Sabbath for Men, de Grafts, p. 556).

A lei dominical de Carlos II, de 1677: “Para melhor observância e guarda do santo dia do SENHOR, comumente chamado domingo: decreta-se … que todas as leis decretadas e em vigor concernentes à observância do dia do SENHOR, sejam cuidadosamente postas em execução; e que toda e qualquer pessoa ou pessoas, em cada dia do SENHOR se dediquem à sua observância, exercendo os deveres da piedade e da verdadeira religião” (Revised Statutes of England. From 1235-1685 A. D. – Londres, a780 – p. 779 e 780).

Nos Estados Unidos da América, em 1610, a lei de Virgínia obrigou a guarda do domingo através do seguinte texto: “Todo homem e mulher assistirá pela manhã ao culto divino e aos sermões pregados no dia do repouso, e à tarde ao culto divino e ao catecismo, sob pena de à primeira falta perder sua provisão e quota de alimento para toda a semana seguinte; à segunda, perder a dita quota e também sofrer açoites; e à terceira, condenação à morte” (Artigos e Leis e Ordens, Divinos, Políticas, e Marciais, para a Colônia em Virgínia: estabelecida por Sir Thomas Gates, Knight, Lieutenant-General, 24 de Maio de 1610).

Estas são as leis dominicais originais. Por elas muitas outras foram estabelecidas ao longo da história, em diversos lugares do mundo. Assim será nos dias que antecederem a Segunda Vinda de CRISTO JESUS.

No entanto, essa mudança não tem respaldo bíblico. Textos escritos por autoridades da própria organização que efetuou e mantém essa mudança o revelam. Veja as citações que permitem essa afirmação.

“Podereis ler a Bíblia de Gênesis ao Apocalipse, e não encontrareis uma única linha que autorize a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância do sábado, dia que nós nunca santificamos” (Cardeal Gibbons em The Faith of Our Fathers, edição de 1982, p. 111).

“O domingo é uma instituição católica, e sua observância só pode ser defendida por princípios católicos. De princípio a fim das Escrituras não é possível encontrar uma única passagem que autorize a mudança do culto público semanal, do último para o primeiro dia da semana” [Catholic Press (Sidnei, Austrália), de 25 de Agosto de 1900].

” A observância do dia do SENHOR (domingo) não se baseia em nenhum mandamento de DEUS, mas sim na autoridade da Igreja” (Cox’s Sabbath Manual, citando Augsburg Confession of Faith, documento luterano, seção 10, da parte 2).

“Em parte alguma figura o domingo como dia do SENHOR. … Nós, católicos, romanos, guardamos o domingo, em lembrança da ressurreição de CRISTO, e por ordem do chefe da nossa igreja, que preceituou tal ordem do sábado ser do Antigo Testamento , e não obrigar mais no Novo Testamento” (Padre Júlio Maria, em Ataques Protestantes, p. 81).

“Por nenhum dos Pais antes do quarto século é ele [o primeiro dia da semana] identificado como sendo o sábado; nem o dever de observá-lo se alicerça quer no quarto quer no preceito ou exemplo de CRISTO ou de Seus apóstolos. Inquestionavelmente a primeira lei, quer eclesiástica quer civil, mediante que se sabe haver sido ordenada a observância sabática daqueles dias, é o de Constantino, em 321 de nossa era. … Não foi senão no ano 538 que, por autoridade eclesiástica (3º, Concílio de Orleans) se recomendou a abstenção dos trabalhos do campo, em vez de permiti-lo, se isso feito expressamente no sentido de o povo dispor de mais folga para ir a igreja e fazer suas orações” (Enciclopédia Chambers, artigo Sábado).

Diz o arcebispo Farrar: “A igreja cristã não efetuou transferência formal de um dia para outro, mas gradual e quase inconsciente” (The Voice From Sinai, p. 167).

A Igreja Católica, por sua própria infalível autoridade criou o domingo como dia santificado para substituir o sábado, da velha lei” (Kansas City Catholic, de 09/02/1893).

As pessoas freqüentavam muito mais os teatros e os espetáculos públicos (como nos tempos atuais), portanto, a Igreja Católica tomou medidas de força para que todos, independente de suas crenças, guardassem o domingo. Para tanto, uniu-se com a autoridade civil – o Império Romano – para impor os decretos a respeito do domingo. Isso novamente irá acontecer, aliás, já está em vias de se tornar realidade. A imposição do domingo retornará em breve, tal como sabemos: “Pertence, ao bispos de modo particular, empenhar-se ‘para fazer com que o domingo seja reconhecido, santificado e celebrado por todos os fiéis como verdadeiro “dia do Senhor”… (Carta Apostólica Dies Domini, item 48). O item 47 da mesma carta, refere-se ao ‘caráter obrigatório’, uma ‘obrigação da consciência’, evocando ‘conseqüências penais’ a não santificação do domingo. Recorrendo a igreja ao estado para lhe pedir emprestada a sua autoridade, nega a CRISTO e o poder da piedade, os resultados têm sido perseguição a todos aqueles que desejam seguir, segundo as suas consciências, a liberdade dos preceitos bíblicos. Conforme diz o Dr. Philip Schaff, em sua obra ‘ A Igreja e o Estado’, p. 11: “A autoridade secular demonstrou-se ser um dom satânico da Igreja, e a autoridade eclesiástica ficou provado ser uma máquina de tirania nas mãos do estado.”

O que mais diz a Bíblia sobre tudo isto? “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as palavras de nosso SENHOR JESUS CRISTO, e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida, e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro”(I Timóteo, 6:3 a 5 – grifo nosso). “Mas em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (S. Mateus 15:9).

Por que a Bíblia diz que adoram em vão doutrinas de homens? Conseqüências já estão previstas na passagem de Timóteo. Isto retrata o clima e o ambiente de ódio. Estas são as conseqüências da desobediência. Davi também se refere a essas conseqüências. “Por se terem rebelado contra a Palavra de DEUS, e haverem desprezado o conselho do Altíssimo, de modo que (O Altíssimo) lhes abateu com trabalhos o coração – caíram, e não houve quem os socorresse” (Salmo 107:11 e 12).

No livro de Levíticos, encontramos mais advertências sobre a desobediência: “Mas, se não Me ouvirdes, e não cumprirdes todos estes mandamentos; se rejeitardes os Meus estatutos, e a vossa alma se aborrecer dos Meus juízos a ponto de não cumprir todos os Meus mandamentos, e violardes a Minha aliança, então Eu vos farei isto: porei sobre vós o terror, a tísica e a febre ardente que fazem desaparecer o lustre dos olhos e definhar a vida; e semeardes debalde a vossa semente, porque os vossos inimigos a comerão. (…) Debalde se gastará a vossa força; a vossa terra não dará a sua messe, e as árvores da terra não darão o seu fruto” (Levíticos 26:14 a 20). No livro de Deuteronômio, seguem as conseqüências dessa desobediência. “Maldito o fruto do teu ventre, o fruto da tua terra, e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas. (…) O SENHOR mandará sobre ti a maldição, a confusão e a ameaça em tudo quanto empreenderes, até que sejas destruído, e repentinamente pereças, por causa da maldade das tuas obras, com que Me abandonaste. O SENHOR fará que a pestilência te pegue a ti, até que te consuma a terra a que passas a possuir. (…) Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, O SENHOR te dará pó e cinza (…) O SENHOR te ferirá com as úlceras do Egito, com tumores, com sarna, e com prurido, de que não possas curar-te. O SENHOR te ferirá com loucura, com cegueira, e com perturbação do espírito (…) e te enlouquecerás pelo que vires com os teus olhos. (…) Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o gafanhoto a consumirá. Plantarás e cultivarás muitas vinhas, porém o seu vinho não beberás, nem colherás as uvas; porque o verme as devorará. (…) Todas estas maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão, até que sejas destruído; porquanto não ouviste a voz do SENHOR teu DEUS, para guardares os seus mandamentos, e os seus estatutos, que te ordenou”(Deuteronômio 28:15 a 45).

Isso acontece sempre que o homem, em seu livre arbítrio, escolhe a maldição em vez da bênção, a morte e o mal, em vez da vida e o bem (Deuteronômio 11:26 a 28; 30:15 e 19 a 20). A Bíblia é a Palavra de DEUS, e nela não existem enganos, ela se cumprirá, quer duvidemos, quer tenhamos fé. “Por que transgredis os mandamentos do SENHOR de modo que não prosperais? Porque deixastes O SENHOR, também Ele vos deixará” (II Crônicas 24:20). “O inepto não compreende, o estulto não percebe isto: ainda que os ímpios brotam como a erva, e florescem todos os que praticam a iniquidade, nada obstante, serão destruídos para sempre” (Salmo 92:6 e 7).

Esse é precisamente o quadro de nosso mundo em nossos dias. Os textos bíblicos estão escritos em tempos antigos, em linguagem daquela época, apresentam os problemas então conhecidos. Não falam, por exemplo, de AIDS, de desastres aéreos, de bomba atômica, de edifícios que caem, de chacinas, de tráfico de tóxicos, de matança em série, de desemprego insuportável, da miséria em grande escala, da fome por milhões de seres humanos, de crise nas bolsas, etc. Mas encerram em si um princípio: a desobediência os corretos princípios acarretam conseqüências desastrosas para a humanidade. Isso é precisamente o que está acontecendo. A razão disso está clara. E se a desobediência persistir, e se intensificar, a situação deverá ficar ainda mais dramática. E ficará.

Aqueles que seguem fielmente aos princípios de DEUS serão culpados (como foi JESUS) por dificuldades, crises e desgraças que não causaram. Serão novamente perseguidos. Mas, desta vez, o último confronto entre Lúcifer e JESUS e seguidores, o tempo de perseguição será bem pequeno. Logo depois, JESUS os buscará para levá-los ao Céu. Termina a página da história de pecado, para sempre.

A acusação sempre recairá sobre aqueles que se mantêm fiéis. Assim foi ao longo da história, principalmente durante a Idade Média. Os obedientes a DEUS, fácil é perceber isso, estão num reino que não é deles, estão aqui de passagem, não são bem aceitos. Seguem princípios que não são deste mundo. Haverá, por certo, novamente perseguições, tortura, prisão e muito mais, tudo para que o falso dia de guarda seja imposto e obedecido.

“És tu o perturbador de Israel?” (I Reis 18:17) perguntou o rei Acabe, decididamente desobediente a DEUS, a Elias, o profeta do SENHOR. Por causa da desobediência, se abatera sobre a nação uma seca de três anos. Havia grande fome, miséria e toda a sorte de dificuldades. O rei Acabe acusava o profeta de DEUS por essas dificuldades. Então Elias respondeu: “Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do SENHOR, e seguistes os Baalins.” E Lhe perguntou: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se O SENHOR é DEUS, segui-O; se é Baal, segui-o” (I Reis 18:18 e 21 – grifo nosso).

Meu amigo, creio que neste capítulo ficou fácil de identificar que há um conflito em andamento, e que esse conflito envolve os princípios de DEUS e os princípios de Lúcifer. A obediência e a desobediência aos bons princípios da vida, em confronto com os da morte. Escolha você também a vida em vez da morte, o bem em vez do mal. DEUS te recompensará com a Sua paz, a verdadeira paz de espírito que só podem conhecer aqueles cuja consciência está sem motivos do que se arrepender.

Compare, a seguir, a Lei conforme se encontra na Palavra de DEUS com a que foi alterada, segundo previsto pela profecia.

Autor: Prof. Sikberto Renaldo Marks, Mega Advento, Capítulo 22.

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