A Oração que Deus Atende

Não lhe ocorre, com certa freqüência, de ter a sensação de que sua oração não foi ouvida por ninguém. Que ela não passou do teto. Às vezes parece que DEUS nem existe, ou se existe, não se importa com você. Outras vezes, nos julgamos tão indignos que, até parece que Ele nem pode nos atender. Ou então, que a nossa fé é tão pequena que sequer adianta orar, não seremos atendidos mesmo…

Então, recorremos a pessoas que pensamos ter muita fé. Geralmente são pessoas que promovem grandes exibições de fé em reuniões de numeroso público. Aí, uma pessoa assim ora por todos aqueles que têm algum problema, geralmente dinheiro, emprego, amor ou doença, que ali procuram solução.

Não devemos nos esquecer de que JESUS disse: “E, quando orares, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas [igrejas] e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa [a admiração das pessoas, mais nada]. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta orarás a teu Pai que está em secreto; e teu Pai que vê em secreto, te recompensará” (S. Mateus 6:5 e 6 – inserções nossas).

Naquele tempo, esses líderes religiosos oravam pelas ruas e praças. Hoje, oram na televisão e nas reuniões públicas. Oram não como seria prudente, para pedir as bênçãos sobre o programa e as pessoas que a ele assistem, mas para promover a sua ‘grande fé’ e obter a admiração do público. Esse é o problema. Para demonstrar o poder que eles têm, chegam a dar ordens ao próprio DEUS. A expressão “eu ordeno” é muito comum…

A recomendação de JESUS é que não nos assemelhemos a essas pessoas, mas que nos dirijamos a nosso Pai celeste, expondo a nossa necessidade, pois Ele, antes mesmo que lhe falemos, sabe do que necessitamos (S. Mateus 6:8). Devemos fazer isso em secreto, onde não sejamos vistos pelas pessoas (S. Mateus 6:6).

Mas, então, se devemos, nós mesmos, diretamente, sem nenhum intermediário, nos achegar a DEUS e com Ele tratar de nossos assuntos, o que nos falta para que sejamos atendidos? Vamos estudar este tema à luz da Bíblia, onde DEUS nos revelou as causas, bem como o que devemos fazer. É triste que bem poucas pessoas saibam a respeito da verdade, até parece que a Bíblia é livro que só deve ser estudado profundamente pelos teólogos… Mas não deve ser assim. Todo cidadão deveria ser profundo conhecedor da Palavra de DEUS, daí o mundo seria outro, incomparavelmente melhor.

Veja o que está escrito no Salmo 145:18: “Perto está O SENHOR de todos os que O invocam, de todos os que O invocam de verdade” (grifo nosso). Se isto é verdade, então deve se tornar real também em nossa vida, inclusive na sua, meu amigo leitor.

Iremos primeiramente estudar algumas das razões por que não somos atendidos, ou, aparentemente não somos atendidos.

DEUS não nos atende quando não fazemos a Sua vontade, ou ainda, quando pedimos algo que na realidade fortalece a nossa ligação com Lúcifer, Seu inimigo. Não esqueçamos: ou estamos fazendo a vontade de DEUS , ou a de Lúcifer, ou amamos, ou odiamos… Ele disse: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (S. Tiago 4:3 – grifo nosso). “…com a boca professa muito amor, mas o coração só ambiciona lucro” (Ezequiel 33:31 – grifonosso).

Por exemplo, no tempo de JESUS, um homem Lhe fez um pedido, que não foi atendido. “Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas JESUS lhe respondeu: Homem, quem Me constituiu juiz ou partidor entre vós? Então lhes respondeu: tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (S. Lucas 12:13 a15).

Devemos pedir as coisas que JESUS prometeu conceder, como perdão, capacidade para perdoar, humildade, sabedoria, ânimo, maior proporção de fé, força para servir, capacidade para obedecer, temperamento manso, capacidade de entender a Sua Palavra, poder para seguir o que ali é ensinado, fidelidade a seus princípios, força para suportar as provas que nos fazem crescer no conhecimento da verdade, entendimento sobre como cuidar de nossa saúde…Há muitas outras coisas que podemos pedir, mas deverão estar de acordo com os princípios do amor. Pedindo isto, Ele nos atende e nos acrescenta as coisas materiais das quais necessitamos (S. Mateus 6:32 e 33).

Isso é lógico, é preciso sermos abençoados primeiro nos assuntos espirituais, para então sermos também abençoados no campo material. Em outras palavras, é preciso pertencermos de coração ao reino de DEUS para que possamos usufruir das delícias dali. Ele quer primeiro o nosso coração, isto é, o nosso ser todo. Então, sendo dEle, poderá favorecer-nos sem que com isso nos percamos para as atrações de um mundo maldoso e passageiro. Você gostaria de que DEUS o abençoasse, por exemplo, com riquezas e, após ser atendido, esquecer-se dEle, vindo a perder a vida eterna. Talvez muitos até o quereriam, mas DEUS jamais cometeria tal erro, Ele não erra nunca. Você entende em que bases as bênçãos de DEUS são colocadas. Ele é coerente, Ele quer salvar para a vida eterna, não apenas conferir uma vida razoavelmente confortável por algumas décadas. Esse não é o Seu plano.

Ao pedirmos as coisas certas, não sentiremos uma alteração perceptível em relação ao que temos pedimos. Isto se manifestará no momento em que entrarmos em ação para servir a Ele ou ao próximo, ou ainda, em que agirmos para sermos nós mesmos melhores. Nesse último caso, a única maneira de nos tornarmos melhores é ajudar sinceramente outros a tornarem-se melhores, pedindo que DEUS nos auxilie. Servir, não ser servido, lembra…

Outra causa pela qual muitas vezes não somos atendidos é porque acariciamos pecados ocultos aos outros, que só nós conhecemos. São coisas que já sabemos que não deveríamos praticar, mas, mesmo assim, praticamos. Sonegar impostos, por exemplo, fazer pirataria (cópias falsas), dar informação que permite dupla interpretação, e assim por diante. Enfim, é ser falso, não verdadeiro. Pense comigo, como DEUS poderia atender a alguém que, conscientemente, pratica coisas que são da natureza de Lúcifer? Você acha que DEUS deveria fazer isto?

Veja o que diz a Bíblia: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o Seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso DEUS; e os vossos pecados encobrem o vosso DEUS de vós, para que não vos ouça” (Isaías 59:1 e 2 – grifo nosso). “Se euatender a iniquidade no meu coração, O SENHOR não me ouvirá” (Salmo 66:18).

Sendo assim, a recomendação é “Sonda-me, ó SENHOR DEUS, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos: vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” (Salmo 139:23 e 24 – grifo nosso).

Por que DEUS não atende nesses casos? Simples, na realidade Ele quer nos salvar, não nos manter no erro. Atendendo-nos no erro, Ele está a dizer: – está bom assim meu filho, continue dessa maneira, o que seria uma mentira, e DEUS não mente. Ele quer “nos guiar pelo caminho eterno”, não apenas por alguns anos e fim.

Também, muitas vezes, não somos atendidos quando DEUS não é O primeiro em nosso coração. Há outras prioridades que O colocam de lado. Assim, Ele, educadíssimo que é, fica aguardando que nos apercebamos desse erro. Em muitos casos, nos acontecem provações, isto é, dificuldades, para que nos voltemos para Ele.

“Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos em seu coração, tropeço para a iniquidade que sempre eles tem diante de si; acaso permitirei que eles me interroguem?” (Ezequiel 14:3 – grifo nosso). “… porque ouvem as tuas palavras, mas não as praticam” (Ezequiel 33:32 – grifo nosso).

Ser mesquinhos e avarentos também nos separa das bênçãos do Criador. “O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido” (Provérbio 21:13). O princípio aqui envolvido é: “Dai e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida que tiverdes medido, vos medirão também” (S. Lucas 6:38, ver Filipenses 4:19).

Aqui encontramos a prática de outro princípio. As bênçãos de DEUS, na maioria dos casos, não parecem ser bênçãos, acontecem de maneira tão natural que mais parecem ser fruto do curso normal da vida. Acontece que, assim sempre deveria ser. Na realidade, DEUS quer utilizar outros seres humanos, assim como os anjos, enfim, outros seres por Ele criados, para que uns sirvam de meio para Ele favorecer outros, e vice versa. Se parece natural, não miraculoso, é assim mesmo que Ele quer que seja. DEUS somente recorre ao miraculoso quando no natural esgotaram-se as possibilidades. Mas nós, um tanto desavisados pela falta de conhecimento a respeito de DEUS (ver Oséias 4:6), julgamos que muitas coisas boas que nos acontecem não procederam do Criador, e pensamos que Ele nunca nos atende. Mas as coisas boas vêm de DEUS, não de Lúcifer. Cuidado, quando Lúcifer providencia que coisas boas nos aconteçam, mais adiante ele nos trairá, isso é próprio de sua natureza: ser falso. Ele não consegue manter o bem por longo tempo, jamais eternamente. Eventualmente promove algumas coisas boas, mas sempre com intenção de enganar. Ele cauterizou a sua mente em proceder de modo maligno.

Quando não perdoamos nosso irmão, o nosso próximo, também não podemos ser abençoados por DEUS. Isso é válido inclusive quanto aos inimigos. Nós não devemos ter inimigos, pois se servimos a DEUS, devemos saber que DEUS é amor.”E quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra outrem, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe vossas ofensas” (S. Marcos 11:25). “Perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós temos perdoado aos nossos devedores…” (S. Mateus6:12).

Que parece a você? DEUS não estaria incentivando o ódio e a guerra se atendesse orações de pessoas que conscientemente não perdoam? Onde chegaria isso? Que conseqüências acarretaria? Nesse caso, DEUS atende, sim, o pedido coerente, que nos ensine a perdoar. Disso podemos estar certos!

As pessoas casadas que não amam seu cônjuge também não podem ser atendidas. “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade (…) para que não se interrompam as vossas orações” (I Pedro 3:7 – grifonosso).

O que Pedro disse para os maridos vale também para as esposas. Há o princípio geral “que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei” (S. João 13:34).

Já foi dito aqui neste livro que o lar é a organização mais favorável para cultivar o amor, ou seja, para o cultivo da obediência a DEUS. Portanto, seria estranho esperar que fôssemos atendidos no que pedimos a DEUS se, no próprio lar, não nos amamos uns aos outros.

Uma das razões que talvez mais nos separa das bênçãos de DEUS é a falta de fé, ou seja, duvidar dEle. Pedimos e então duvidamos que seremos atendidos. Pelo que podemos ver, dificilmente estaremos numa situação em que seremos atendidos, você não acha? Então, o recurso é pedir que Ele faça a Sua vontade, não a nossa. Pedir também que nos ensine o que devemos fazer. Lembra o que leu no início deste capítulo? Há coisas que DEUS sempre atende, estas devemos pedir primeiro, com toda a sinceridade, e então crer que seremos atendidos, e assim será.

“Se porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a DEUS, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhes-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante a onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do SENHOR alguma coisa” (S. Tiago 1:5 a 7 – grifo nosso).

É assim que funciona: devemos pedir coisas coerentes com a salvação nossa e de nossos irmãos, e confiar que isso será atendido no momento que for adequado, segundo DEUS, e isso se tornará real. Essa é a promessa. “Tudo quanto em oração pedirdes, crede que realmente recebestes, e será assim convosco” (S. Mateus 11:24 – grifo nosso). Esse ‘tudo’, pronunciado pelo próprio JESUS, refere-se, obviamente, ao que contribui para que “seja feita a Sua vontade assim na Terra como no Céu”, não para que nos percamos em nossos pecados.

A infidelidade, ou seja, a não cooperação com DEUS também impede que Ele nos ajude. Ele é o doador de todas as coisas, e requer que também doemos e favoreçamos aos nossos semelhantes. “De graça recebestes de graça dai” (S. Mateus10:8). O segredo aqui é tornar-nos cooperadores de DEUS. Sob o princípio do amor, é assim que a sociedade celeste funciona. DEUS abençoa as pessoas para que elas se ajudem mutuamente, servindo-se umas as outras. “Vigiai e cooperai com DEUS que ouve as orações. Lembrai-vos que somos cooperadores de DEUS” (I Coríntios 3:9 – grifo nosso). Mas para aqueles que, de forma egoísta, apenas pensam em si, e não querem cooperar servindo a seus semelhantes, JESUS tem uma grave advertência: “Eu afirmo que o Reino de DEUS será tirado de vocês e será dado às pessoas que produzem os frutos do Reino” (S. Mateus 21:43). Os frutos do reino provêm do amor, e estão ligados ao princípio de “amar o próximo como a ti mesmo”.

Preciso fazer-lhe uma pergunta: como você está se sentindo? Você se encaixou em quase todas as causas que impedem que DEUS o atenda? Acha agora que não tem mais condições para manter um bom relacionamento com o Criador? Não é assim, felizmente.

Em primeiro lugar, para DEUS nada é impossível (S. Lucas 1:37). Ele pode resolver qualquer coisa, e tem mil formas de fazer isso, das quais nada sabemos ( ) Em segundo lugar, JESUS veio para salvar justamente o que se havia perdido (S. Lucas19:10). E em terceiro lugar, ninguém é melhor que você, todos pecaram e todos carecem da glória de DEUS (Romanos 3:23). Paulo disse, com respeito a si mesmo,que ele fazia o que não queria fazer, e o que queria fazer, ou seja, o bem, isso lhe era difícil fazer (Romanos 7:19).

Na realidade, essa é a luta. O problema é que Lúcifer conseguiu criar uma forma de engano quase perfeita. Veja bem, para muitas pessoas parece que umas são santas, outras pecadoras. E nós sempre nos achamos pecadores, o que aliás é verdade. O engano está em que não nos achamos à altura daquelas outras pessoas que temos por santas, e então desanimamos, ou, passamos a confiar apenas nesses santos.

Dos que passaram aqui pela Terra, somente JESUS é que nunca cometeu pecado, Ele só é perfeitamente santo, só Ele pode pleitear nossa causa perante O Pai. E Ele veio para salvar pecadores, assim como eu e você, que está lendo o que escrevi. Somente através dEle, podemos também ser santos e perfeitos, de nenhuma outra forma isso é possível. JESUS disse: “sem Mim nada podeis fazer” (S. João 15:5 – grifo nosso).

Então, se crermos em JESUS, Ele enviará o Seu Espírito Santo para nos ensinar o caminho a seguir. Só assim estaremos seguros, e Ele terá prazer em atender nossas orações. Aliás, as nossas orações se tornarão cada vez mais inteligentes, saberemos cada vez melhor o que falar com O Criador, não lhe pedindo tantas coisas absurdas.

Como então orar para que JESUS e nós nos tornemos íntimos? Essa é uma boa pergunta. Podemos aprender com algumas citações da Bíblia, estudando casos que nos ensinam o correto.

O próprio JESUS, muitas vezes, levantava-se de madrugada para orar (S. Marcos1:33). Porque nesse horário havia silêncio, não seria interrompido e poderia manter total comunhão com seu Pai. É por isso que JESUS recomenda que devemos entrar em nosso quarto, fechar a porta e orar em secreto com nosso DEUS (S. Mateus 6:5 e 6). Esse não deve ser um ato de exibicionismo, mas de intimidade com quem nos criou.

Aliás, JESUS muitas vezes passava a noite inteira em oração (ver S. Lucas 6:12).Assim Ele recebia poder do alto, e por isso tornou-se vencedor, como ser humano que foi. Há ocasiões em que temos grandes perplexidades e problemas, e nessas ocasiões devemos orar mais. As pessoas oram pouco, e querem com esse pouco, aprender de DEUS. Com tão pouco, nem sequer aprendem a orar como devem. Em muitos casos, repetem cada dia sempre as mesmas palavras. Isso não é oração. Já nem mesmo atentam para o que estão dizendo, isso são apenas “vãs repetições” (S.Mateus 6:7). Você acha que pelo muito repetir é que DEUS nos atende? Certamente não. Quando oramos, devemos falar com DEUS como a um amigo muito íntimo, o qual deferimos todo o respeito e consideração.

É conveniente nos acostumarmos a orar sempre antes de cada decisão importante. Por exemplo, quando estamos em nosso trabalho, podemos a qualquer momento, ligar os nossos pensamentos a DEUS. Para tanto, não precisamos nos ajoelhar entre as pessoas, podemos procurar um lugar seguro e reservado, ou, senão, orar em pensamento, ali mesmo. DEUS nos atenderá se formos sinceros quanto as nossas intenções. E ninguém precisa perceber que estamos orando, aliás, nem devem perceber isso. DEUS merece todo o nosso respeito. Junto aos que crêem nEle, há muitos descrentes, que se escandalizariam e não devemos dar motivos para tal.

Se é bom orar antes das decisões ou de coisas que iremos fazer, também não nos devemos esquecer de orar após termos realizado o que planejamos. Isso, quer tenha dado certo ou não. De qualquer maneira, devemos apresentar o caso a Ele, como a um amigo muito inteligente que pode e quer nos orientar. Dessa forma, será desenvolvida a nossa Inteligência Espiritual, a capacidade de discernir entre o certo eo errado, tendo por base, os princípios de DEUS. Essa inteligência é vital para um bom relacionamento com nossos semelhantes e para o sucesso no que empreendemos. Esse sucesso não será passageiro, mas contribuirá para a vida eterna. Essa é a vontade de DEUS.

Tendo dado certo o empreendimento, você não acha que é importante agradecer a Ele? Nessa atividade, esteve com Ele, portanto, Ele esteve contigo. Essa foi uma experiência vitoriosa para você, e deve aprender com ela. O agradecimento grava em nossa mente as experiências em que mantivemos intimidade com DEUS. Mas muitos esquecem de agradecer, e ainda se gabam de ‘suas’ realizações, como se fossem suas e como se DEUS nem existisse. JESUS, certa vez, curou dez leprosos, mas um só Lhe agradeceu mais tarde. “Não eram dez os que foram curados? Onde estão os outros nove?” perguntou Ele (S. Lucas 17:17).

E, por que não orar quando estamos muito ocupados? É outra ocasião propícia para falarmos com Ele, e pedirmos que os Seus princípios se realizem no que iremos fazer. JESUS, “mesmo que grandes multidões O procuravam, Ele com freqüência se retirava para lugar isolado e ali orava” (S. Lucas 5:15 e 16).

Na realidade devemos “orar sem cessar” (I Tessalonicenses 5:17). Ao nos sentirmos tentados “vigiem e orem para não serem tentados” (S. Mateus 26:41). Oremos, também, quando sentirmos simplesmente vontade de falar com DEUS. Uma vida de oração não é estar de joelhos a todo o tempo. Também não é estar orando a todo tempo. Mas é manter uma vida coerente com a vontade de DEUS, e esse é um bom pedido para Lhe fazer, que certamente será atendido, se não duvidarmos.

Devemos persistir, não desistir de orar. Muitas vezes largamos muito cedo nossa busca, sendo que DEUS está querendo nos fortalecer na fé, na capacidade de nos mantermos fiéis, de persistirmos, porque isso é vital para nossa vida espiritual. Ele é o nosso DEUS, Ele gosta de estar em nossa companhia, e quer tornar-se familiar a nós. Mas isso não é possível se nos dedicarmos a Ele apenas alguns esporádicos instantes. Assim fracassaremos. Pior ainda, se delegarmos nossas orações para que outras pessoas as façam por nós. Nunca conheceremos a DEUS dessa forma.

Sempre que possível e conveniente, devemos orar de joelhos. Essa é a posição mais nobre possível no Universo. É a posição em que estamos reverenciando aquEle que nos criou, Ele escolheu essa posição. Essa não é uma posição de humilhação, mas de humildade. Todos os seres santos, que vivem em outros lugares fora da Terra são humildes, a começar por DEUS. O momento da oração é um momento sagrado, porque DEUS está ali.

JESUS orava de joelhos (S. Lucas 22:41). Daniel, três vezes ao dia punha-se de joelhos diante de DEUS (Daniel 6:10).

Estar de joelhos diante de DEUS é um privilégio, uma honra. Estamos diante, nada menos que O Criador do Universo. Ele merece isso. Ele mesmo disse: “Aquietai-vos, e sabei que Eu Sou DEUS” (Salmo 46:10).

Dessa forma, devemos orar uns pelos outros. Assim também estaremos servindo e sendo servidos. “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua fé, a oração do justo” (S. Tiago 5:16– grifo nosso). Na versão da Bíblia Viva, aprendemos sobre qual deve ser a motivação em orar uns pelos outros. Paulo disse: “Orem por mim também e peçam que DEUS me dê as palavras exatas enquanto eu falo corajosamente aos outros acerca do SENHOR e enquanto lhes explico que a sua salvação é também para os gentios” (Aos Filipenses 6:19, Bíblia Viva). Ele estava pedindo isso para melhor servir a DEUS e ao próximo. Isso DEUS atende sempre.

Quando orarmos, devemos fazê-lo com fé. “Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que o recebestes, e será assim convosco” (S. Marcos 11:24 – grifo nosso).

A fé vem de DEUS. Não é obtida por esforço humano. Não se obtém mais fé, realizando esforço para crer por exemplo. “A fé vem pela pregação e a pregação pela Palavra de CRISTO” (Romanos 10:17). Isso por que “fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que não se vêem” (Romanos 11:1 – grifonosso). Essa certeza das coisas que ainda não podemos provar, ou, nem mesmo explicar, somente pode ser dada por DEUS. Toda vez que queremos, por nós mesmos crer em algo inexplicável, isso não é fé, é fanatismo, não vem de DEUS. Nesses casos, por certo, estaremos nos enganando.

Pela fé, podemos ter certeza das promessas de DEUS, porque Ele cria em nós essa certeza, uma vez que Ele é fiel no que diz. Da mesma maneira, é pela fé que entendemos que JESUS virá outra vez, pois isso, por enquanto, é somente uma promessa, da mesma forma que o foram muitas das profecias, que atualmente já se cumpriram. Utilizar o cumprimento das profecias do passado é um ótimo exercício para fortalecer a confiança em DEUS, para ter certeza de que as profecias que ainda estão no futuro, também se cumprirão. Assim reteremos a fé que Ele nos concede.

Se a fé vem de DEUS, há, no entanto, também a nossa parte. Quando os discípulos pediram mais fé a JESUS, Ele lhes explicou que deveriam trabalhar. O trabalho para ajudar a tornar grande uma pessoa, requer que ultrapasse a expectativa de quem o solicitou. JESUS disse que são servos inúteis aqueles que apenas fazem o que lhes foi solicitado. Os realmente úteis são os que fazem mais que o solicitado (S. Lucas17:5 a 10). Com isso, Ele estava a dizer que devemos servir a DEUS e aos nossos semelhantes mais do que seria o normal esperado. E DEUS dará fé a uma pessoa assim. Não o faremos para ter fé, mas para prestar um bem aos outros, e Ele nos compensará com fé, e com fé, poderemos pedir e receberemos.

É assim porque sem fé é impossível agradar a DEUS (Hebreus 11:6). A grande explicação de como isto funciona se encontra em S. João 15:7: “Se permanecerdes em Mim e as minha palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (grifo nosso). Aqui JESUS está dizendo que devemos obedecer ao que Ele disse. Esse é o significado de permanecer nEle e as suas palavras permanecerem em nós. Nessa relação, nós nEle e Ele em nós – através das palavras que pronunciou, e que aceitamos e seguimos – DEUS concede fé, isto é, confiança em JESUS e no que prometeu. Assim, pediremos o que quisermos e nos será concedido. Por certo, pediremos coisas coerentes com a Palavra do Mestre, pois,assim teremos as Suas Leis em nossas mentes, conforme Salmo 37:31; 40:8; Jeremias 31:13; II Coríntios 3:3 e Hebreus 8:10 a 12. “Se pedirdes alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve, em tudo o que pedirmos, sabemos que alcançamos as petições que Lhe fizermos” (S. Marcos 11:24). Não nos é necessário pedir que DEUS permaneça conosco, devemos pedir dEle forças para que nós permaneçamos com Ele.

Nossas orações devem ser dirigidas diretamente a DEUS, em nome de JESUS. Nunca em nosso próprio nome ou por intermediários humanos, mesmo que sejam considerados santos. Não há intermediário senão JESUS. Ele é o único que morreu por nós, por toda a humanidade. “E tudo quanto pedirdes em Meu nome, isso farei, a fim de que O Pai seja glorificado no Filho…” (S. João 14:13 – grifonosso). E em nome de JESUS é muito conveniente nos reunirmos em pequenos grupos. DEUS nos criou seres sociais, e assim também devemos tratar nossas questões espirituais, embora haja questões estritamente particulares entre nós e o nosso Criador. JESUS disse: “E afirmo também, sempre que na Terra dois de vocês pedirem a mesma coisa em oração, isso será feito pelo Meu Pai que está no Céu. Porque onde dois ou três estão juntos em Meu nome, Eu estou ali com eles” (S.Mateus 18:19 e 20).

Mais uma vez você deve estar pensando: não é fácil orar de maneira a ser atendido por DEUS. Isso é verdade, e nem poderia ser diferente. Veja que nós estamos numa situação de imperfeição, e DEUS, bem como o restante do Universo, estão na perfeição. Assim sendo, mesmo bem intencionados, nós cometemos os mais diferentes erros. Erramos demais. Mas DEUS sabe disso, e é Seu propósito nos ajudar a acertar. Para tanto, devemos, ao menos tentar, mesmo que erremos.

Para acertar, DEUS elaborou um plano maravilhoso. Ele designou um professor para nos ensinar como devemos fazer todas as coisas. Esse professor é um dos três participantes da divindade, é O Espírito Santo. Ele nos ensinará todas as coisas que devemos saber. Ele o fará através de nossa mente, no momento em que estudamos a Palavra de DEUS, em que ouvimos a respeito, em que falamos a respeito ou em que oramos com DEUS. Está escrito assim: “Também O Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas O mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis (comunicação entre O Espírito e DEUS). E aquEle que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito. Porque segundo a vontade de DEUS é que Ele intercede pelos santos” (Romanos 8:26 e 27 – inserção nossa).

O Espírito Santo é O consolador que JESUS prometeu enviar depois de Sua partida (S. João 14:16 e 17), que nos ensinará todas as coisas que precisamos saber (S. João14:26).

Na medida em que reconhecermos que nós mesmos não sabemos como obedecer a DEUS de maneira perfeita, porque nossa natureza é imperfeita, e em que desejarmos fazer realmente a Sua vontade, e pedirmos isso, estudando a Sua Palavra, O Espírito Santo entrará em ação. A nossa vontade, aos poucos, será modificada, a nossa maneira de pensar mudará, tornando-se cada vez mais perfeita, mais semelhante ao modo de pensar de DEUS. Tornar-nos-emos mais semelhantes a Ele até que, no dia da segunda vinda de JESUS CRISTO, a obra da restauração da imagem de DEUS em nós será completada (I João 3:2).

Isso é a oração, meu amigo. É um colóquio entre a criatura e seu Criador. Uma conversa íntima, em que cada vez nos entregamos a Ele, que somente quer o nosso bem. Nesses diálogos, entremeados de estudo de Sua Palavra, haverá crescimento da intimidade e haverá transformação do ser. Entenderemos cada vez melhor qual seja a Sua justa e boa vontade. Obedeceremos cada vez mais perfeitamente. E no grande dia da Sua segunda vinda, que agora está muito próximo, Ele nos tornará (recriará) santos e perfeitos outra vez, atendendo a nossa vontade de sermos assim.

Agora, creio que o leitor deve estar entendendo a oração. Ela, portanto, é muito fácil, ela é um instrumento de aprendizagem direta entre DEUS e aqueles que querem ser salvos.

Autor: Prof. Sikberto Renaldo Marks, Mega Evento, Capítulo 28.

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Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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