Ao Pôr do Sol

Os que tentam denegrir o quarto mandamento costumam se apoiar em fábulas para “justificar” suas atitudes contrárias a Lei de Deus. E uma delas diz: “O sábado é impossível de ser observado em toda a Terra porque em que determinadas épocas do ano algumas regiões não existe noite e dia.” Esta ingênua afirmativa é anti-bíblica, desprovida de conhecimento científico sobre o assunto e, torpe, pois tenta de forma vergonhosa obscurecer a precisão e a riqueza de detalhes que a Terra revela de Seu Criador. Recorramos a Bíblia para analisar tal acusação contra o sábado instituído por Deus.

“Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado…” (Marcos 15:42 cf Lucas 23:54)

O ciclo de tempo de “um dia” é de aproximadamente 24 horas na maior parte da Terra e ocorre devido ao movimento de rotação. Através desse movimento, “um dia” é composto de dois períodos distintos: um “claro” e outro “escuro”. Comumente chamamos o período “claro” de “dia”, e o “escuro” de “noite”. Essa distinção é descrita em Gênesis 1:5: “Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.”

A Bíblia usa a palavra “tarde” para aludir a “noite” e, “manhã”, para indicar o “dia”. Quando ela afirma que “houve tarde e manhã”, significa que “houve noite e dia” e nesta respectiva ordem.

Esse sistema de contagem teve origem na criação e todos os sete dias da semana sucedem ininterruptamente(a) desde aquela época baseados nesse mecanismo de tempo (Gênesis 1:1-31; Gênesis 2:1-4). Então, quando o quarto mandamento orienta sobre a observância sabática no sétimo dia da semana, deve-se seguir a contagem de tempo criada por Deus, e, que tem como referência o pôr do Sol.

O pôr do Sol ou ocaso ocorre quando o Sol oculta-se no horizonte em direção ao oeste. No entanto, nas regiões dos círculos polares, todos os anos, existe pelo menos “um dia” onde a “noite é absoluta” (o Sol permanece abaixo do horizonte) e pelo menos “um dia” de “luz absoluta” (o Sol permanece acima do horizonte). Isso acontece por causa das inclinações de aproximadamente 23° que a Terra realiza a cada semestre do ano, proporcionando variações na ocorrência desse fenômeno.

Apesar dessas alternâncias, nos círculos polares o sistema de contagem de “um dia” demonstrado em Gênesis 1:5 é aplicado, mesmo quando há a “noite absoluta” e a “luz absoluta”. Na época em que “um dia” for de “luz absoluta”, o Sol inicia seu trajeto rumo ao zênite a partir da “linha” do horizonte e retorna novamente ao ponto de origem, sem que haja o ocaso completamente. Baseado nesse translado do Sol(b) sabe-se exatamente quando se iniciou e terminou aquele dia específico do ano, ainda que não ocorra o período da noite.

Quando o ciclo de “um dia” for de “noite absoluta” o Sol apenas despontará “levemente” na linha do horizonte e não lhe ultrapassará e, realizará todo o seu “trajeto” abaixo dela. Em ambos os casos (noite absoluta e luz absoluta) o ponto de referência será sempre a última passagem ou surgimento do Sol na linha do horizonte.

Nesses dias especiais que ocorem nos círculos polares, o posicionamento do Sol também é utilizado para se determinar o princípio e o fim de “um dia” e, obviamente, é distingui com precisão o início e o término do sétimo dia semanal.

“E mesmo na terra do ‘Sol da meia-noite’, um explorador dos pólos achará ridícula a idéia de não ter ali noção do dia, seu começo e fim. Os exploradores árticos mantém a exata contagem dos dias e semanas em seus diários, relatando o que fizeram em determinados dias. Eles dizem que naquela estranha e quase desabitada terra, é possível notar a passagem dos dias durante os meses em que o Sol está acima do horizonte, pelas posições variáveis do Sol, e durante os meses em que o Sol está abaixo do horizonte, pelo vestígio perceptível do crepúsculo vespertino.”1

“O SENHOR com sabedoria fundou a Terra, com inteligência estabeleceu os céus.” (Provérbios 3:19)

“O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” (Provérbios 28:9)

a. Utilizou-se a expressão “translado do Sol” meramente para fins didáticos, pois, a Terra é quem realiza esse trajeto.
1. CHRISTIANINI, A. B. (1981). Subtilezas do Erro, 2.ª ed., p. 177.

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Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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