Conhecendo por Experiência

A pergunta que um jovem rico fez a Jesus: “O que farei para ter a vida eterna?” é a pergunta que palpita no coração de cada ser humano. O homem foi criado para viver. O que ele mais quer é viver. Pode a vida ser a mais miserável das vidas, mas quando chega a hora da morte o homem se agarra com desespero à vida. A morte é um intruso na experiência humana e por isso não é aceita.

Para ter vida o homem é capaz de fazer qualquer coisa, pagar qualquer preço, realizar qualquer sacrifício. “O que farei para ter a vida eterna?” Esse é o grito desesperado do ser humano. E a resposta de Cristo é simples: “A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”

Você percebe? O segredo da vida eterna não consiste apenas no conhecimento de um corpo de doutrinas ou na aceitação de determinada igreja. O segredo é o conhecimento de uma pessoa: a pessoa maravilhosa de Jesus Cristo. O verdadeiro cristianismo é o relacionamento de duas pessoas: o ser humano e Cristo. O que mais importa em nossa experiência espiritual não é o QUE cremos, mas em QUEM cremos.

A razão para acreditar que o verdadeiro cristianismo é o relacionamento pessoal entre Cristo e o homem é que a justiça e o pecado só podem existir entre pessoas. Uma estrela, um gato, uma mesa ou uma pedra não podem pecar ou ser justos. Só as pessoas pecam.

Por isso o pecado, mais dói que a violação da lei, é a interrupção do relacionamento de amor entre Cristo e o ser humano. Esta é a verdadeira desgraça do pecado. Quando peco, estou ferindo a meu Jesus, ferindo a mim mesmo e trazendo separação entre ambos.

A maldade do pecado do Éden está melhor revelada no fato de Adão se esconder de Deus do que simplesmente no comer do fruto proibido. Isso é o pior do pecado. O ser humano que antes corria e se jogava nos braços do Pai amante, depois de pecar, escondeu-se de medo e causou profundo sofrimento ao coração de Deus. Estava o Pai triste porque alguém quebrou a Lei? Ou estava sofrendo por causa da separação?

Isso nos leva à conclusão de que a salvação, ou a vida eterna nada mais é do que uma reconciliação ou um novo relacionamento pessoal com o Senhor da salvação. Somos salvos, quando cremos em Jesus, quando amamos a pessoa de Jesus, não apenas Seu nome, nem Suas doutrinas, nem apenas Sua igreja.

Conhecer Jesus é tudo, sabe por quê? Porque ao conhecer a Jesus como na realidade Ele é, ao conhecer o que Ele fez por nós na cruz do calvário, ao saber quanto Ele nos amou e nos ama apesar de nossas atitudes ou de nossa rebeldia, não teremos outro caminho senão nos apaixonarmos por Ele, amá-lo com todas as forças do nosso ser.

E porque O amamos, desejaremos ser como Ele é, viver como Ele quer, ver sempre um sorriso de felicidade em Seu rosto. Conseqüentemente, deixaremos de fazer tudo aquilo que O deixa triste e faremos tudo aquilo que O deixa feliz.

Conhecer Jesus é tudo porque a salvação não provém do esforço humano, ela é um presente de Deus e esse presente é a Pessoa de Jesus Cristo. A salvação não vem de Jesus Cristo. A salvação é Jesus Cristo. Aceitar a salvação é aceitar a Jesus Cristo. Conhecer Jesus é ter a salvação e, portando, ter a vida eterna.

Quando o apóstolo João fala de “conhecer Jesus” não está falando apenas de um conhecimento teórico. João vivia numa época em que predominava o pensamento helenístico. Os gregos endeusavam o conhecimento teórico. Para um grego dizer que conhecia uma flor ele ia à biblioteca, estudava tudo o que as enciclopédias e livros falavam sobre a flor, e dizia: “Conheço a flor”.

João não. Para ele dizer que conhecia a flor, além de ser o que os livros dizem, era ir ao campo, tocar a flor, sentir nas mãos a beleza da flor, cheirar a flor, acariciá-la e então dizer: “Conheço a flor”.

Conhecer, para os gregos que viviam no tempo de João, era acumular conhecimento teórico. Conhecer, para o discípulo amado, era uma experiência de vida. O conhecimento teórico pode ajudar enquanto as coisas andam bem. O conhecimento experimental é, por sua vez, a única solução para os momentos de crise.

A maioria dos discípulos limitava-se a ouvir as palavras de Jesus. João ia mais além: ficava perto do Mestre e reclinava a cabeça no coração de Jesus. A diferença revelou-se na crise. Quando os judeus prenderam a Jesus e O levaram ao Calvário, todo mundo O abandonou. O único que ficou perto foi aquele que não se contentou em ouvir Jesus, nem apenas saber acerca dEle, mas que procurou um conhecimento experimental.

O que Cristo fez por nós na cruz não foi apenas liberação da culpa, mas uma substituição. Alguém pagou pelos nossos pecados. Jesus foi tratado como nós merecíamos para que pudéssemos ser tratados como Ele merece. Ele ocupou nosso lugar. Agora podemos ocupar o lugar dEle.

Jesus nos oferece Seus méritos. Suas obras, Sua justiça. Ele toma sobre Si os nossos pecados e paga o preço por eles na cruz. Ao vermos o Salvador pendurado na cruz nos sentimos atraídos por Ele. Somos reconciliados por Ele, somos justificados e recebemos uma nova natureza. Isso, teologicamente falando, é justiça imputada.

Mas, por que é que depois de justificados e reconciliados continuamos tendo vontade de errar? Aí vem o assunto das duas naturezas. Temos que alimentar a natureza de Cristo através da oração, do estudo da Bíblia e da divulgação da Sua mensagem, e temos que matar de fome a natureza má.

Em outras palavras, temos que andar com Deus, como Enoque, Noé, Abraão e Davi, num relacionamento de amor. Isto é santificação. A luta, porém, continuará até a volta de Cristo. Só então acontecerá mais um milagre: Deus arrancará a natureza pecaminosa para sempre e a jogará fora.

Isso é chamado de glorificação. Finalmente a luta contra o pecado findará e vivermos para sempre com Jesus.

Autor: Pr. Montano de Barros

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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