Experimentando a graça de Deus

A graça divina atua quando as obras e os méritos humanos não resolvem mais nada Precisamos compreender a graça de Deus para abrir o coração a ela, que é a razão da existência da cruz e do maior presente de Deus para nós. Ao mesmo tempo, necessitamos de equilíbrio para aceitar a graça genuína e não ser seduzidos pela graça barata que circula tão amplamente no meio religioso.

Uma das maneiras mais simples de entender a graça de Deus é trazê-la para a realidade de nossos dias. Por isso, quero convidá-lo a experimentar essa graça pela ótica de um homem endividado – situação muito comum em nossos dias.

Faz algum tempo, certo trabalhador sonhava com um carro novo. Com os financiamentos mais fáceis, ele pensou: “Este é o momento!” Então, comprou um modelo simples e barato, mas com longo financiamento. Com sacrifício, ele pagava as prestações a cada mês. Um dia, ao sair do trabalho, não encontrou o carro no estacionamento. Procurou informações sobre o que poderia ter acontecido, mas simplesmente ninguém sabia nada a respeito. Ele foi para casa desolado, pensando como administrar aquela situação. O carro não tinha seguro e, das 60 parcelas do financiamento, ele havia pago apenas três.

Mas o pior ainda estava por acontecer. Dois meses depois, por causa da recessão pela qual passava o país, a empresa em que ele trabalhava teve que reduzir o número de funcionários e ele foi um dos demitidos. A situação era ainda mais desoladora: sem carro e sem emprego, com prestações a pagar, escola dos filhos para manter e a casa para sustentar.

Parecia impossível controlar aquela situação, que se afigurava muito maior que ele. Os dias passaram e o dinheiro recebido na demissão acabou. A partir de então, as contas começaram a se acumular. As primeiras cobranças começaram a chegar pelo correio. O cartão de crédito foi suspenso, a escola começou a insistir nos pagamentos e a financeira do carro ameaçou tomar algum bem como pagamento da dívida. Seu único patrimônio era a casa em que ele vivia com a família.

Não foi fácil lidar com os cobradores. As desculpas já não mais convenciam. Depois de meses orando a Deus, tentando encontrar um novo emprego e pedindo misericórdia aos credores, foi-lhe dado o prazo de 40 dias para pagar a maior das dívidas: o carro. Caso contrário, eles iriam executar a dívida e tomar a casa dele como pagamento. O fato é que o prazo se esgotou sem que ele encontrasse uma solução para o problema. Depois de muitas tentativas sem sucesso, das últimas opções de emprego ou algum empréstimo com amigos ou familiares, ele voltou para casa completamente desanimado e com pensamentos perigosos. Como dizer à esposa e aos filhos que, a partir do dia seguinte, não mais teriam onde morar? Tarde da noite, ele se sentou para conversar com a esposa. O que fazer? Que outra alternativa buscar? Depois de orar mais uma vez, decidiram dormir. Na manhã seguinte, eles deveriam preparar as roupas e alguns pertences para abandonar a casa. Afinal, todas as tentativas haviam fracassado.

O dia começou com a família esperando desoladamente a execução da ordem de despejo. Às 10 horas, a campainha tocou. Depois de ajeitarem o cabelo e as roupas (para manter a dignidade), eles atenderam à porta. Um homem apenas lhes entregou um envelope e saiu. Já preparado para mais cobranças, e sem entender nada, o pai começou a abrir lentamente o envelope.

Primeiramente, ele viu um papel de cor verde, com algumas palavras escritas a mão: “Soube do drama que vocês estão vivendo e decidi ajudá-los. Fiz um levantamento de todas as suas dívidas e paguei cada uma delas. Os comprovantes estão dentro deste envelope. Além disso, em sua conta bancária, o saldo está positivo agora. A vida vai recomeçar.”

Por essa simples ilustração, você consegue entender melhor o que é a graça salvadora de Deus. Sua graça atua quando as obras e os méritos humanos não resolvem mais nada, quando não podemos comprar a salvação nem recompensar a bondade de Deus. Afinal, nossas obras são “como trapo da imundícia” (Is 64:6). Não merecemos, mas a graça de Cristo nos basta (2Co 12:9). Por isso, “acheguemo-nos… confiadamente… ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça” (Hb 4:16).

Erton Köhler é presidente da Divisão Sul-Americana.

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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