Mitos e realidades sobre a síndrome de down

Quando algo nos é desconhecido, a tendência é colocar uma barreira e se distanciar. No caso da Síndrome de Down, é isso que muitas pessoas fazem. Por falta de informação e conceitos errôneos pré-concebidos, não entendemos e muitas vezes não sabemos lidar com a diferença. Como tratar, falar e conviver com as pessoas especiais? No Dia Internacional da Síndrome de Down, é obrigação tratar desse assunto!

Pra começar, vamos falar sobre a síndrome em si. Ela não é uma doença e sim uma anormalidade cromossômica chamada de “trissomia 21”, por existirem 3 cromossomos 21 ao em vez de 2 (o normal). As pessoas com síndrome de Down costumam ser menores, possuem um rosto típico e tem um desenvolvimento físico e mental mais lento que as pessoas sem síndrome. Por não ser uma doença ou lesão, não há como tratar, retirar ou modificar a síndrome. Ou seja, ela não tem cura. Existem cuidados a serem tomados, mas veremos isso mais adiante.

Pessoas com síndrome de Down falam, andam, se expressam, frequentam a escola, trabalham e praticam esportes como qualquer outra pessoa. A diferença é que elas possuem um atraso no desenvolvimento motor e de linguagem, levando mais tempo para aprenderem a realizar uma tarefa ou atividade.

MITOS E REALIDADES

A maioria das crianças com síndrome de Down nasce de mulheres mais velhas.

Não é verdade. Apesar de as chances de gerar um bebê com Down serem maiores à medida em que a mulher envelhece, principalmente a partir dos 35 anos, cerca de 80% dos que nascem com a trissomia 21 são filhos de mulheres mais jovens. Isto seria explicado por uma combinação de fatores como o maior índice de natalidade das mulheres mais jovens e por elas não fazerem com tanta frequência a amniocentese, exame que pode detectar a possibilidade de o bebê ter a trissomia 21.

As pessoas que nascem com a síndrome de Down morrem cedo.

Não. Cardiopatias congênitas não diagnosticadas no passado, e que afetam um em cada três bebês que nascem com Down, além de uma tendência à baixa imunidade e problemas respiratórios eram a principal causa da morte prematura das pessoas que nasciam com a trissomia 21. Hoje, graças à medicina moderna aliada a atenção dos pais, os portadores da síndrome têm uma expectativa média de vida de, pelo menos, 60 ou 70 anos.

Uma pessoa que nasce com Down é incapaz de andar, comer e se vestir sozinha?

Não. Apesar de muitas pessoas com síndrome de Down viverem sozinhas e levarem uma vida semi-independente, ainda há médicos que anunciam, assim, para os pais, a chegada de uma criança com Down.

Os portadores da Síndrome de Down podem ter relacionamentos?

Eles são perfeitamente capazes de formar todos os tipos de relacionamentos em suas vidas, seja de amizade, amor ou de antipatizar com alguém.

É verdade que a síndrome de Down é mais comum entre brancos?

Não, esta anomalia genética atinge igualmente a brancos, negros e asiáticos.

Homens e mulheres com síndrome de Down podem ter filhos?

Podem, sim. Há muitos registros de mulheres com Down que tiveram filhos e, nesse caso, as chances de terem filhos com trissomia 21 são de 35% a 50% maiores. Há dois casos registrados de homens com Down que se tornaram pais. Mas as informações sobre a fertilidade deste grupo são muito desatualizadas, pois são baseadas em pesquisas em instituições onde homens e mulheres com Down eram mantidos separados uns dos outros.

Todas as pessoas com síndrome de Down vão desenvolver o mal de Alzheimer?

Não. Apesar de muitos apresentarem sinais de demência a partir dos 40 anos, isso não é inevitável. Os estudos indicam que o índice de demência entre os que nascem com Down é o mesmo do que no resto da população mas acontece 20 ou 30 anos mais cedo.

CUIDADOS CLÍNICOS

Por terem uma deficiência genéticas, as crianças com síndrome de Down necessitam de atenção especial quando o assunto é cuidado clínico. Deficiência de audição afetam 80% a 90% das crianças com síndrome, por isso é importante realizar avaliações audiológicas precoces.

30% a 40% delas têm alguma doença congênita do coração. Ter o acompanhamento de um cardiologista pediátrico é ideal.

Crianças com síndrome de Down frequentemente têm mais problemas oculares que outras crianças. Por exemplo, três por cento destas crianças têm catarata. Elas precisam ser tratadas cirurgicamente. Problemas oculares como estrabismo, miopia, e outras condições são frequentemente observadas em crianças com síndrome de Down.

Entre 15% e 20% das crianças com a síndrome têm hipotireoidismo. É importante identificar as crianças com síndrome de Down que têm problemas de tireóide, uma vez que o hipotireoidismo pode comprometer o funcionamento normal do sistema nervoso central.

Blog da Saúde

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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