O Cântico Congregacional e o Ministério da Palavra – Parte 4


Antes de prosseguirmos, é importante reconhecermos que a cultura erudita tem suas raízes na estética; a cultura popular tem suas raízes na sociologia. Compará-las é como comparar maçãs e laranjas: Elas são boas quando bem executadas, e as regras acerca do que é “bom” são bastante diferentes para os dois tipos. A Bíblia tem mais a dizer sobre a cultura popular do que sobre a cultura erudita, porque a cultura popular está indissoluvelmente baseada nas relações interpessoais, enquanto que a arte erudita pertence principalmente à revelação geral. [31] De fato, a igreja é uma cultura popular que transcende as fronteiras nacionais e étnicas através de uma Palavra impressa divinamente inspirada.

Existe ainda um terceiro tipo de pressuposto acerca da cultura ou estilo que, no entanto, se vale liberalmente da cultura popular e da cultura erudita. É um impostor e um parasita, porque se baseia no engano. A raiz de sua criação encontra-se naquele evento trágico quando “a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento” (Gênesis 3:6).

Há dois tópicos a serem considerados aqui: O primeiro é que Eva cobiçou – ela desejou algo que não era seu por direito; em segundo lugar, ao comer daquela árvore, ela abriu a caixa de Pandora do conhecimento cada vez maior, resultando em maravilhas tecnológicas que não podemos controlar . E essas maravilhas tecnológicas tiveram um efeito profundo e devastador sobre a nossa capacidade de manter objetos culturais que nos levam a pensar naquilo que é verdadeiro, nobre, correto, puro, amável, de boa reputação, excelente, e digno de louvor.

Este terceiro tipo de cultura é feita por pessoas que tendem a não conhecer umas às outras, para pessoas que não conhecem e com as quais provavelmente nunca se encontrarão. Isto se tornou possível através da gravação magnética e da disseminação abrangente. Antes do século XX, os efeitos dessas tecnologias e o tipo de cultura que eles criaram eram inimagináveis.

Este terceiro tipo de cultura não está fundamentalmente preocupado com a beleza da forma, como na arte de erudita, ou na integridade da comunidade, como na arte popular. Ela está preocupada com uma coisa e uma apenas coisa: dólares e centavos. É avarenta. [Neste caso], o artista não é primariamente responsável perante Deus por um padrão de beleza transcendente, nem diante de uma comunidade local por sua responsabilidade ética. Em vez disso, o artista deve responder ao investidor. Para o cristão, é um caso descarado de “jugo desigual com descrentes” (II Coríntios. 6:14). John Styll, sem corar, aponta que a EMI, “que promove tudo, de Garth Brooks até Beastie Boys,” possui o rótulo cristão Sparrow. [32] Este terceiro tipo de cultura é, naturalmente, a cultura pop, incluindo a cultura pop cristã [h].

É verdade que os rótulos de cristãos pertencentes às grandes companhias possuem uma boa dose de autonomia. “Eles não estão tentando afetar a nossa mensagem ou a nossa visão,” disse o presidente da Brentwood Jim Van Hook, acerca da Zomba Music. Da mesma forma, o presidente da Reunion, Terry Hemmings disse sobre a BMG, “Eles não têm tentado, nem no menor ponto, influenciar a direção das letras de nossa música.” [33] Sem qualquer intenção de satanizar os grandes conglomerados que compraram as empresas de música cristã, creio que também podemos razoavelmente prever que a Máfia concederia uma grande autonomia a um rótulo cristão, contanto que este rótulo cristão fizesse dinheiro. Este é o ponto crítico. Toda a questão da “autonomia” ainda suscita a questão do jugo desigual. Penso que deveria ser esclarecido que a questão fundamental com a música pop cristã são os relatórios de lucros. É comércio, com a adoração de Deus e a edificação dos santos agarrando-se à cauda desse rolo compressor. Jesus disse que não poderíamos servir a Deus e a Mamom (Mateus 6:24Lucas 16:13), e ainda assim a indústria da música comercial cristã tenta, por sua própria estrutura, fazer exatamente isso.

Feitas estas acusações incisivas, devo acrescentar que não acredito que as pessoas que trabalham na indústria da música cristã sejam vilãs. Não há nenhuma conspiração aqui, apenas mundanismo puro. Se fôssemos procurar malfeitores neste quadro, estes seriam os pastores, os anciãos, os bispos e os professores de seminário que, conforme a tecnologia por trás desta música comercial foi surgindo, não conseguiram perceber como a música é essencial para o ministério da Palavra. Eles deixaram um buraco que os interesses empresariais estavam muito dispostos a preencher. Em outras palavras, a tecnologia da música criou um novo nicho de mercado de entretenimento, enquanto as autoridades eclesiásticas ficaram paradas e foram pegas de surpresa.

Objeções Comuns

A primeira objeção é mais ou menos assim: “Mas todas as pessoas que trabalham nessas empresas não são cristãs, e não querem servir ao Senhor com sua música?” Sim, suas intenções podem ser boas. O problema não são as suas intenções, mas sim seus canais de prestação de contas. Há pouco potencial para a disciplina eclesiástica quando essas pessoas disseminam algum ensinamento marginal ou totalmente falso (o que ocorre com mais frequência do que normalmente nos importamos em admitir). Sempre que alguém ensina na igreja, como a música cristã certamente faz, essa pessoa apresenta um ponto de vista rebaixado da depravação do homem quando seu ministério de ensino é responsável perante os investidores ao invés das autoridades eclesiásticas. [34] Então, não é nenhuma surpresa o fato de haverem lapsos morais de alta visibilidade dentro da indústria da música cristã, os quais são tratados com resultados inconsistentes. [35] E esta crise já nos ultrapassou, porque a nossa disciplina eclesiástica é frouxa e somos negligentes em proteger a pureza doutrinária da igreja através do seu componente musical do ministério da Palavra. Isto é o que acontece quando removemos a autoridade externa das Escrituras e das autoridades eclesiásticas ordenadas de acordo com estas Escrituras.

A segunda objeção pode ser expressa assim: “A música pop não é apenas a música popular da atualidade?” Esta é, na realidade, uma boa objeção, uma vez que formas musicais pop geralmente se assemelham às formas musicais populares. Se, no entanto, tivermos em mente que a elegância da forma e a beleza não são os principais objetivos da música popular, a diferença entre a música popular e a música pop vai ficar mais clara. [36] Nosso Deus é, no mínimo, tão preocupado com o porquê fazemos algo quanto com aquilo que fazemos. Pois do coração “procedem as fontes da vida” (Provérbios 4:23). Lembre-se, a cultura popular é essencialmente comunitária. A cultura pop é essencialmente orientada ao lucro. A música cristã contemporânea é uma indústria de meio bilhão de dólares por ano.

Houve uma época em que a música cristã contemporânea foi música popular: uma época em que um bando de hippies na Capela do Calvário e na Igreja da Bíblia da Península compraram guitarras, aprenderam alguns acordes e, em seguida, impulsionados pela gratidão que transbordava de seus corações, começaram a criar expressões simples de sua fé. O trabalho deles não era especialmente forte, seja musicalmente ou textualmente. Ainda assim, este trabalho nasceu na integridade de uma comunidade cristã. As primeiras canções de louvor Maranatha mostram as bordas irregulares características da música feita pela primeira vez em uma garagem, com pouco interesse em um futuro estrelato na cultura pop. [37]

Um movimento semelhante ocorreu durante um período de duzentos anos na Reforma da Alemanha. Durante esse tempo, cerca de 100.000 hinos foram escritos! [38] Comparativamente poucos deles estão conosco hoje, e a maioria foi gentilmente esquecida. Essa época nos legou hinos como “Castelo Forte é o Nosso Deus“, “Now Thank We All Our God”, “Bendito Seja Deus“, “All Praise to God, Who Reigns Above” e “Sejas Louvado“. Sugiro que não poderíamos ter esses belos hinos, se não houvessem existido os outros 99.500 que rapidamente foram para o cesto de lixo. Temos o relato de que as canções de Salomão somaram a mil e cinco (I Reis 4:32). O que aconteceu com elas?

O ponto chave é que aquilo que é bom geralmente vem misturado no meio de uma multidão de mediocridades necessárias. Por esta razão, devemos incentivar aqueles que querem louvar a Deus e edificar os santos fazendo músicas novas, mesmo que essas canções muitas vezes pareçam vazias e insípidas. A música não é canônica. Podemos colocar de lado, com o passar do tempo, músicas de adoração que sejam fracas. Tradições invioláveis são ídolos. Tradições que mantêm o que é bom e acrescentam de maneira criteriosa o que é novo são vivas e saudáveis. Deveríamos ver a música do Jesus People no final dos anos 1960 e início dos 70 como um desenvolvimento saudável, mesmo que muito pouco dela poderia ser usado na adoração congregacional atual.

Finalmente, há uma lição sombria escondida sob o surgimento desses 100.000 hinos luteranos, e que é esta: A última fase da hinódia Luterana nasceu no interior do Pietismo, o movimento que colocou uma grande ênfase sobre a forma como uma pessoa se sentia como sendo um sinal de ortodoxia. Pietismo, com sua centralização no homem, abriu as portas da igreja para o Iluminismo, e com o Iluminismo, os escritores luteranos de hinos foram completamente silenciados. Não é por acaso que J. S. Bach (1685-1750), cuja vida corresponde à ortodoxia luterana tardia, escolheu preponderantemente textos de hinos luteranos primitivos para suas cantatas. Ele era um homem piedoso e apaixonado, mas não era pietista. E assim, uma das ironias amargas da história é que Richard Wagner foi batizado em 22 de maio de 1813, na igreja de Bach, São Tomé, de Leipzig. O clero iluminista luterano não exorcizava mais as crianças no batismo, porque eles passaram a acreditar que a natureza original do homem é boa, e o mundo pagou um preço caro pelo luteranismo impotente de 1813. Richard Wagner, provavelmente mais do que qualquer outro homem, foi responsável por popularizar o “mito ariano”. Está tudo lá em alemão simples, no livro Mein Kampf, de Hitler.

Antes que os reformados sejam tentados a vangloriar-se sobre a aparente impotência de uma cosmovisão Luterana, deve ser lembrado que, de acordo com Abraham Kuyper, a Igreja Reformada Continental estava cambaleando ao mesmo tempo, por praticamente as mesmas razões. Com as guerras religiosas dos séculos XVI e XVII atrás de si, a igreja baixou sua vigilância e um inimigo maior, porém mais silencioso, na forma do Iluminismo, a sitiou e deixou muitas vítimas.

Discursando na Conferencia das Confissões Evangélicas, Robert Godfrey lamentou nosso recente movimento em favor de uma vida eclesiástica orientada por técnicas. Ele disse:

“O problema é que, quando se ultrapassa as fábulas sobre as novas e emocionantes conquistas, as evidências para o sucesso evangélico, infelizmente, estão em falta. A América não está experimentando um renascimento da fé ou santidade. Os cristãos podem estar se mudando de uma congregação para outra, mas o cristianismo não parece estar crescendo de uma maneira global.”

Godfrey passou então a apoiar essa afirmação com estatísticas de George Barna observando que “nos últimos cinco anos a frequência à igreja na América diminuiu de 49% para 37%.” [39] Evidentemente, não temos a distância histórica necessária para avaliar as nossas circunstâncias. Ainda assim, suspeito que estamos assistindo em nossos dias o mesmo tipo de rápido declínio que a igreja experimentou ao ingressar no Iluminismo. Além disso, talvez nenhum agente tenha sido mais eficaz em precipitar o declínio atual do que o nosso apetite pela música pietista.

A Grande Revolução da Música Eclesiástica Contemporânea

Conforme a música do Jesus People, na década de 1970, cresceu em popularidade, a sua viabilidade comercial desencadeou uma metamorfose, que a removeu do controle local, dentro da comunidade de uma igreja local, para um controle corporativo. Agora estamos diante de igrejas de todas as denominações comprando indiscriminadamente materiais da Hosanna! Music. [40] [i] Em qualquer domingo, é totalmente possível que as congregações da Aliança Cristã e Missionária, da Igreja Metodista Unida, do Sínodo da Igreja Luterana do Missouri, da Igreja Presbiteriana na América, da Convenção Batista do Sul, e da Igreja Evangélica Livre, cantem músicas da Hosanna! Music, através da coletânea de louvor e adoração amplamente distribuída, chamada Come and Worship (Vinde e Adorai). [41] Considere a música nr. 64, de Ramon Pink “Highest Place” (O Lugar Mais Alto). No topo da página em itálico estão as palavras de Filipenses 2:9: “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome.” Abaixo deste texto está o título, em seguida, as palavras e a música que diz:

Nós O colocamos no lugar mais alto,
pois Tu és o grande Sumo Sacerdote;
Nós O colocamos no alto acima de tudo,
e chegamos a Ti e adoramos aos Seus pés
, etc. [42]

Esta letra transmite um ensinamento que é difícil de separar de uma heresia defendida pelo manifesto “Filhos de Deus”, o qual defende a posição de que a igreja é a encarnação de Deus e, portanto, deve “assumir o domínio” – politicamente e de outras formas, antes que Cristo possa voltar. [43] É o equivalente do refrão “clame-e-exija” no nível congregacional, ao invés do nível individual. Em ambos os casos, é claramente uma heresia, pois somente Deus trazer as coisas à existência através da fala. Nós não elevamos Cristo; Ele nos eleva.

Exemplos de heresia explícita, como caso da letra de Ramon Pink em “Highest Place”, são a exceção, não a regra. O maior problema com a música cristã comercial não é o que é dito, mas sim, o que não é dito. Hosanna! Music, com suas raízes profundas no pós-milenismo Pentecostal, tem uma forte ênfase em Deus como nossa rocha, fortaleza, torre forte, e poderoso guerreiro, à custa de outras doutrinas essenciais. Eles vêem Jesus principalmente como um herói, uma espécie de Arnold Schwarzenegger cristão que derrota os demônios. E os demônios, e não a nossa própria depravação, são então percebidos como a principal fonte do mal. Agostinho teve que negar o maniqueísmo e o seu próprio pecado diante de Deus, não colocando a sua culpa em alguma terceira pessoa sobrenatural, e ainda assim, através da ficção popular e da música comercial, estão falando à nossa carne aquela mentira cada vez mais excitante, “Alguém te levou a cometer o mal”.

A música cristã comercial muitas vezes deixa a eficácia do sangue de Jesus em uma posição ambígua. Nem sempre é claro se o sangue deve ser compreendido como a propiciação pelos nossos pecados ou um talismã para nos proteger contra catástrofes físicas, tais como acidentes de automóvel e câncer. Na verdade, as letras das músicas cristãs comerciais raramente são refinadas em um cadinho doutrinário, rendendo-se, ao contrário, às exigências de sistemas rígidos de rima e formas musicais/arquitetônicas populares. Tal prática transmite a mensagem de que as palavras exatas não são importantes: o ouvinte vai ler nas entrelinhas e preencher o significado que achar melhor. Como a Rainha disse para Alice: “A palavra significa aquilo que eu digo que significa.” [j]

Enquanto [a empresa] Hosana! Music gasta uma energia considerável em um cristianismo vitorioso combativo, [a empresa] Vineyard Music se concentra mais em como nos sentimos, deixando-nos com uma imagem de Jesus como um grande psicoterapeuta acenando uma varinha mágica. É a teologia perfeita para a era de vitimização.

Os dois modelos, tanto de Deus como líder de uma gangue espiritual quanto o de Deus como uma prótese psicológica, são apelativos – e também são comercializáveis. Infelizmente, o evangelho é ofensivo. É uma pedra de tropeço. O fato de que Cristo morreu pelos pecadores, segundo as Escrituras é o verdadeiro artigo estrutural da nossa fé. A justificação somente pela graça através da fé não significa nada, se Cristo não morreu e ressuscitou dentre os mortos para a nossa salvação. O castigo capital e transferível de Jesus é a “porta estreita” de John Bunyan [k] E, no entanto, o sacrifício de sangue pelo pecado, aquela doutrina que mostra o quão repugnante nossa depravação realmente é, visivelmente recebe pouca atenção na música cristã comercial. Ela simplesmente não vende muito bem

Existem muitas razões pelas quais todos os tipos de igrejas estão adotando a música cristã contemporânea comercial sem qualquer crítica. Entre elas existe uma forte suposição ingênua de que a cultura pop é realmente a cultura popular. Elas estão confiando, quando deveriam estar fugindo.

Autor:  Leonard R. Payton


Notas Bibliográficas

[31] – Recentemente fui convidado de um talk show onde uma pessoa ao telefone levantou a noção de que boas formas estéticas devem vir em grupos de seis, com uma espécie de pausa estrutural que representaria o sétimo dia. Outra pessoa afirmou que o órgão era (de forma quase sagrada) o instrumento correto no culto comunitário porque esse era o instrumento que mais se assemelhava à voz humana e a voz humana, afinal de contas, destina-se a louvar a Deus. Fui obrigado a informá-lo que, na verdade, o saxofone é o instrumento que mais se parece como a voz humana. (E eu não gosto muito de saxofone). A arte erudita é muitas vezes vítima deste tipo de carona teológica. Não podemos compreender a estrutura das enzimas, aplicando alguns pressupostos externos, provenientes das Sagradas Escrituras. Não, devemos compreender as enzimas estudando enzimas. Da mesma maneira, não há nenhuma forma de entender a arte erudita, sem estudá-lo, e eu poderia acrescentar que falatório não constitui estudo. A humildade cristã é notavelmente ausente na maioria das opiniões sobre a arte erudita, principalmente sobre a arte erudita moderna.

[32] – “A Indústria da Música Cristã: Sob Nova Direção”, Worship Leader, julho / agosto 1995, 29. Styli passou a citar o presidente da Benson Music, Jerry Park, como tendo dito recentemente: “O desafio é alcançar um crescimento real na medida que nossos proprietários esperam de nós. Temos que fazer um trabalho melhor em atrair novos compradores” (p.30) .

[33] – Ibid., 30.

[34] – Há confortadoras exceções a essa regra, tais como Steve Camp, que submete suas letras a vários teólogos para um exame antes de lançá-las no mercado. Infelizmente este é o caso excepcional de um indivíduo buscando voluntariamente a ajuda da igreja ao invés do caso normativo da igreja exercer de forma proativa sua autoridade ordenada por Deus acerca da pureza doutrinária da igreja.

[35] – Newsweek publicou o caso de Michael English perante o mundo em detalhes e fatos explícitos, o que excedeu o tratamento contido da Christianity Today. (Cf. Paul O’Donnell e Amy Eskind, “God and the Music Biz”, Newsweek, 30 de maio de 1994, 62-63.) Alguém poderia se lembrar do comentário de Natã para David, “com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do Senhor blasfemem” (II Samuel 12:14.). Tal como acontece com pastores caídos, a abrangência da influência determina o alcance necessário do arrependimento. Enquanto estava dando uma olhada nos CDs em minha loja local favorita de discos seculares, não pude deixar de notar uma gravação de Michael English pós-adultério, intitulada “Curas”. Ele havia trocado da gravadora Warner Alliance (subsidiária cristã) para Curb Records (também uma subsidiária da Warner).

[36] – John Styll afirma que “música cristã contemporânea, falando de maneira geral, não é música de igreja” (op. cit., 29). E, contudo, a igreja é uma unidade popular, pois não é bom para o homem ficar sozinho. A ironia aqui é que quando os nossos irmãos ouvem muitas horas de música cristã comercial durante a semana (muitas vezes no isolamento privativo), passam a esperar e desejar esta música na adoração corporativa.

[37] – Este sentido simples de ministério e orientação pastoral foi substituído em grande medida por um ethos de estrelato. Em vez de a alegria frenética e artificial instigada por essa música, devemos vestir saco e cinza, em resposta a este desenvolvimento.

[38] – Veja Albert Edward Bailey, The Gospel in Hymns (Nova Iorque: Charles Scribner’s Sons, 1952), 309.

[39] – Como citado em Larry B. Stammer, “Church Attendance Falls to 11-Year Low,” Los Angeles Times, 2 de marco de 1996, B4ff. “Este artigo, diz Godfrey” foi baseado no levantamento do Grupo de Pesquisas Barna Ltda.”

[40] – Integrity, da Hosanna! Music, uma empresa de capital aberto, orgulha-se ser o ” produtor número um de cânticos de louvor e adoração da America.”

[41] – Mibile, 1994.

[42] – Letra e música por Ramon Pink, Scripture in Song, 1983, administrado pela Maranatha! Music.

[43] – Christian Research Institute, perspectiva CP 0606.


Autor

O Dr. Leonard Payton serviu como músico-chefe da Igreja Presbiteriana do Redentor em Austin, Texas, desde janeiro de 1996. Recebeu seu mestrado e doutorado da Universidade da Califórnia, San Diego, e fez estudos avançados na Alemanha. Contribuiu para o livro A Crise Evangélica Vindoura (Moody, 1996), e é um colaborador freqüente com opiniões e artigos para o periódico Reformation & Revival Jornal.

Traduzido por Levi de Paula Tavares em Dezembro de 2012


Notas do Tradutor

[h] – O termo “arte pop” deve ser compreendido como referindo-se às formas de arte popularescas, excitantes, de cunho eminentemente comercial, fruto da indústria de entretenimento.

[i] – Hosanna! Music é uma subsidiaria de uma gravadora de Música Cristã Contemporânea. Faz parte do Grupo Integrity Music, que tem sua sede em Mobile, Alabama.

[j] – Ver Alice no País da Maravilhas, de Lewis Carrol

[k] – Ver O Peregrino, de John Bunyan


Fonte: http://www.the-highway.com/articleJuly98.html

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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