O lar cristão

Ao escolhermos uma residência, Deus quer que consideremos antes de tudo as influências morais e religiosas que nos rodearão, a nós e a nossas famílias. […] Ao procurar-se a localização para um lar, permita-se que este propósito dirija a escolha. Não sejais dominados pelo desejo da riqueza, pelos ditames da moda ou os costumes da sociedade. Considerai o que melhor contribuirá para a simplicidade, pureza, saúde e valor real. […]

Em vez de morar onde só se podem ver as obras dos homens, onde o que se vê e ouve, freqüentemente sugere pensamentos maus, onde a balbúrdia e a confusão produzem fadiga e desassossego, ide para um lugar onde possais contemplar as obras de Deus. Buscai tranqüilidade de espírito na beleza, quietude e paz da natureza. Descanse o olhar nos campos verdejantes, nos bosques e colinas. Erguei os olhos ao céu azul, não obscurecido pelo pó e fumaça das cidades, e aspirai o ar celestial e revigorador. […]

É chegado o tempo em que, conforme Deus abra o caminho, devem as famílias mudar-se para fora das cidades. Os filhos devem ser levados para o campo. Devem os pais procurar um lugar apropriado quanto seus recursos o permitam. Embora a casa possa ser pequena, haja contudo terra suficiente para que possa ser cultivada. […]

Pais e mães que possuem um pedaço de terra e um lar confortável são reis e rainhas. […]

Sendo possível, a casa deve ser fora da cidade, onde as crianças possam ter terreno para cultivar. Tenha cada uma delas um pedaço de terreno para si; e, ao lhes ensinardes a fazer uma horta, a preparar o terreno para a sementeira, e a importância de arrancar toda planta daninha, ensinai-lhes também quão importante é excluir da vida todo costume feio e prejudicial. Ensinai-os a combater os maus hábitos, assim como fazem às plantas daninhas na horta. Levará tempo para se ensinarem estas lições, mas valerá a pena e muito. — O Lar Adventista, 131, 132, 139, 141, 146.

Nas profundezas da Terra há bênçãos ocultas para os que têm coragem, disposição e perseverança para ajuntar seus tesouros. […] Muitos agricultores têm falhado em arrancar do solo adequado lucro porque empreendem o trabalho como se ele fosse ocupação degradante; não vêem que há nele uma bênção para si e suas famílias. […]

Os pais estão na obrigação perante Deus, de tornar os arredores do lar uma representação da verdade que professam. Podem então dar lições corretas a seus filhos, e estes aprenderão a associar o lar terreno com o celestial. A família aqui precisa, tanto quanto possível, ser um modelo da família do Céu. Então a tentação de condescender com o que é baixo e vil perderá muito de sua força. Os filhos devem ser ensinados que são apenas aspirantes aqui, e ser educados para se tornarem habitantes das mansões que Cristo está preparando para os que O amam e guardam os Seus mandamentos. Esta é a mais alta tarefa que os pais têm de desempenhar. […]

Tanto quanto possível, os prédios destinados a servir de morada devem ser situados em terreno alto e enxuto. Isto garantirá um lugar seco. […] Este assunto é com demasiada freqüência considerado muito levemente. Constante má saúde, moléstias sérias e muitas mortes, são o resultado da umidade e da malária de sítios baixos e com deficiente escoamento.

Na construção de casas é de especial importância assegurar perfeita ventilação e abundância de sol. Haja uma corrente de ar e quantidade de luz em cada aposento da casa. Os quartos de dormir devem ser colocados de maneira a terem franca circulação de ar dia e noite. Nenhum aposento é apropriado para servir de dormitório, a menos que possa ser completamente aberto todos os dias ao ar e ao sol. […]

Um quintal embelezado com árvores e alguns arbustos, a conveniente distância da casa, tem uma influência salutar sobre a família, e, se bem cuidado, se mostrará benéfico à saúde. Mas árvores de sombra e arbustos cerrados e densos ao redor da casa a tornam insalubre, pois impedem a livre circulação do ar e os raios do Sol. Em conseqüência, a umidade toma conta da casa, especialmente nas estações chuvosas. — O Lar Adventista, 142, 146, 148, 149.

Os móveis devem ser simples e baratos — Mobiliai vossa casa com móveis simples, com coisas que se possam manusear livremente, limpar com facilidade e substituir sem grande dispêndio. Com bom gosto, podeis tornar um lar simples atrativo e aprazível, se aí residirem o amor e o contentamento.

A felicidade não se encontra em exibição vazia. Quanto mais simples a ordem de uma casa bem organizada, mais feliz será o lar. […] Não se requer um ambiente custoso e um mobiliário de alto preço para tornar contentes e felizes os filhos no lar, mas é necessário que os pais lhes dediquem terno amor e cuidadosa atenção. — O Lar Adventista, 150, 154, 155.

Sempre estais na obrigação diante de Deus de ser modelos de correção no lar. Lembrai-vos de que no Céu não há desordem, e que vosso lar deve ser um Céu aqui embaixo. Lembrai-vos de que ao fazerdes fielmente dia a dia as pequenas coisas que devem ser feitas no lar, sois colaboradores de Deus, aperfeiçoando um caráter cristão.

Tende em mente, pais, que estais trabalhando para a salvação de vossos filhos. Se vossos hábitos forem corretos, se revelardes correção e ordem, virtude e justiça, santificação do corpo, da alma e do espírito, correspondereis às palavras do Redentor: “Vós sois a luz do mundo”. Mateus 5:14. […]

Ensinai cedo às crianças a cuidarem da roupa. Tenham elas um lugar para pôr as coisas e sejam ensinadas a dobrar cuidadosamente cada artigo e pô-lo em seu lugar. Se não podeis ao menos ter uma cômoda barata, usai um caixote de madeira, arrumando-o com prateleiras e cobrindo-o com algum pano vivo e estampado. Essa obra de ensinar esmero e ordem tomará um pouco de tempo cada dia, mas recompensará no futuro de vossos filhos, e no fim poupar-vos-á muito tempo e cuidado. — Orientação da Criança, 110, 111.

Alguns pais permitem aos filhos serem destruidores, usar como brinquedo coisas que eles não têm o direito de tocar. Deve-se ensinar às crianças que elas não devem mexer nas coisas que pertencem aos outros. Para o conforto e felicidade da família, devem aprender a observar as regras de propriedade. As crianças não são mais felizes quando se lhes permite pegar em tudo que vêem. Se não forem ensinadas a ser cuidadosas, crescerão com traços de caráter desagradáveis e destruidores.

Não deis às crianças brinquedos que facilmente se quebrem. Fazer isso corresponde a dar lições de destruição. Tenham elas alguns brinquedos, e que sejam fortes e duráveis. Tais sugestões, por pequenas que possam parecer, significam muito na educação da criança. — Orientação da Criança, 101, 102.

Ellen G. White, Conselhos para a Igreja, Capítulo 25.

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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