Especulações, Fantasias e Verdades sobre o Céu

O filósofo alemão, Schopenhauer (1788-1860), disse: “A vida não leva o seu fardo. É uma desventura nascer, e morrer é uma sorte. A morte é destruição, e a destruição é a única salvação.” Não admira que ele seja chamado o mais pessimista de todos os filósofos!

Mas há uma esperança perfeita e firme. Em Salônica, a antiga Tessalônica, porto marítimo da Grécia, os arqueólogos encontraram duas antigas urnas funerárias que, de acordo com opiniões de peritos, datam do mesmo tempo. Uma leva a inscrição: “Nenhuma esperança.” A outra : “Cristo é a minha vida.” Aqui está uma clara expressão da diferença entre paganismo e cristianismo. S. Paulo, em sua divina carta aos Tessalonicenses, chamou os não cristãos como os que “não têm esperança.” I Tes. 4:13.

De acordo com as profecias bíblicas, nós temos uma grande e maravilhosa esperança: o fim deste mundo de pecado e a promessa das glórias do Céu. Portanto, oremos mais fervorosamente a oração do Senhor, com ênfase especial na parte que diz : “Venha o Teu reino.”

Prezados amigos, eu tenho uma maravilhosa esperança para oferecer-vos. Aqui está ela :

S. João14:1-3 : “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”

O Senhor nos assegura que nos está preparando lugar nas mansões celestiais, e que quando tudo estiver preparado, no cumprimento de todas as profecias, diz Ele: “virei outra vez.” Notai o propósito da Sua vinda: “Para que onde Eu estiver estejais vós também.” Nenhuma palavra pode explicar quão maravilhoso será viver onde Jesus vive.

Especulações e Fantasias

Primeiro, consideremos algumas das especulações e fantasias concernentes ao que é o Céu e onde está. Alguns crêem que o Céu é um lugar definido no Universo, onde os espíritos dos mortos, sem corpos, se movem tocando harpas. Outros pensam que no Céu os redimidos da Terra possuem uma espécie de asas feitas de penas de aves, que lhes permitem voar, e desta maneira são representados em alguns quadros de arte religiosa.

Maomé supunha a existência de sete Céus. Disse ele que o primeiro Céu é feito de prata. É para aí que vão os mortos depois desta vida. Mais tarde são transferidos para o segundo Céu, feito de ouro. Daqui para o terceiro de diamante; depois para o quarto de esmeralda. O quinto céu é feito de aclama, e o sexto de carbúnculo, pedra preciosa de um vermelho vivo. Finalmente, depois de muitas jornadas purificadoras, chegam ao sétimo Céu de gloriosa luz. Maomé atesta que teve esta visão na caverna de El-Hara. Ele descreveu a visão a sua esposa, e quando esta pediu mais pormenores, não podia dizer com certeza se esta lhe havia sido dada por Deus ou pelo diabo. Mas nós nos devemos lembrar que uma onça de revelação divina vale mais que uma tonelada de fantasias e especulações de mentes excêntricas.

Todas as religiões, tanto pagãs – como cristãs, ensinam que há um Céu, segundo suas tradições e interpretações filosóficas. Jesus Cristo também ensinou na Oração do Senhor: “Pai nosso que estás no Céu.”

Prezados amigos, estou certo que todos preferimos mil vezes a revelação de Deus com respeito ao Céu, às incertas especulações humanas. Vivemos neste mundo apenas pouco tempo, e durante essa curta peregrinação precisamos ter certeza quanto a nosso destino futuro, a fim de pormos nossa vida em harmonia com a verdade.

O Ensino da Bíblia Sobre o Céu

Leiamos o que a infalível Santa Bíblia ensina sobre o Céu. S. Paulo teve uma visão de Deus e a descreve nas seguintes palavras:

II Cor. 12:2 e 4 : “Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.” “Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.”

Nesta descrição S. Paulo se coloca na terceira pessoa. Ele se considerou tão humilde e insignificante que não se quis vangloriar de que Deus o houvesse honrado com a revelação de três Céus (e não sete como erroneamente ensinado por Maomé).

A existência de um terceiro Céu implica na existência de primeiro e segundo. Não está certo? Segundo as Santas Escrituras há três Céus. O primeiro é o céu atmosférico; o segundo, o sideral; o terceiro o Paraíso de Deus, ou o lugar da habitação da Santíssima Trindade.

O Primeiro Céu : Atmosférico

No 2º dia da criação de nosso mundo o Criador fez o seguinte:

Gên. 1:6-8 : “E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez. E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia.”

Aqui temos a definição de firmamento que em nossa linguagem moderna significa a atmosfera que circunda a Terra, e que comumente chamamos céu.

Leiamos o verso 20: “Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus.”

Estas duas declarações divinas mostram que a atmosfera em que os pássaros voam é chamada “céu.” Examinemos por um momento este primeiro céu. A atmosfera é alguma coisa tão magnífica e maravilhosa que está além de nossa compreensão finita. O ar é composto de gazes que tornam possível a vida do homem, animais e plantas. Sua composição química, se fosse apenas um pouco diferente, causaria a morte a todos nós.

Esta camada que contém os elementos essenciais para a nossa vida, tem uma espessura de aproximadamente 8 a 10 milhas em torno do globo. Ao nos elevarmos cada vez mais alto no espaço, o ar vai-se tornando rarefeito e a vida se torna impossível. Podemos seguramente dizer que a mistura insulsa e inodora de gases que circundam a Terra constituem o primeiro céu, e proclama a sabedoria de uma Inteligência superior que tudo criou. Por exemplo, o ar é também absolutamente necessário para que os raios do Sol se tornem benéficos à Terra. Além disto, não fora as ondas sonoras levadas pelo ar, e vocês não poderiam ouvir minha voz neste salão, nem uma jovem senhora ouvir a voz do seu amado esposo. De igual maneira, a fragrância de um perfume especial que apreciamos nasce nas asas do ar.

O ar, pois, tem a qualidade de transportar os sons, o cheiro e o calor. A atmosfera é como um cobertor que agasalha o mundo e o protege contra o frio do espaço insondável.

Na atmosfera encontramos também nuvens que são formadas por águas oriundas dos lagos e oceanos evaporadas pela ação do Sol. As nuvens devolvem esta água à Terra na forma de chuvas que molham e refrescam a terra sedenta, facilitando também o crescimento da verdura que alimenta os seres animais. Isto é confirmado pelo hagiógrafo Isaías:

Isaías 55, verso 10: “assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come”

S. Pedro faz outra interessante observação com respeito ao primeiro céu. Leiamos o que ele diz:

II S. Pedro 3:10 – É dito nesse passo que por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, quando de Sua intervenção nos destinos do mundo: “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.”

Isto se refere à destruição da Terra e do primeiro céu, o atmosférico. Tudo que há sobre a Terra e na atmosfera é composto de aproximadamente 100 elementos, naturais e sintéticos, tais como oxigênio, hidrogênio, urânio, ouro, ferro, carbono, etc. Cerca de 25 anos passados ninguém teria crido que fosse possível ao pequeno bloco estrutural de todo elemento, o átomo, pela fissão ou fusão, produzir uma força destrutiva como a que se libertou com as bombas atômicas e de hidrogênio. A revelação divina de S. Pedro descerra a verdade científica de que os elementos, pela reação nuclear, podem ser transformados em devastadoras explosões de fogo e grande calor.

Em 1927, numa série de conferências na bela cidade de Santiago, capital do Chile, um evangelista falou sobre este texto de S. Pedro. No fim da conferência, cinco cavalheiros vieram a mim com um desafio. Três deles se apresentaram como professores de física na Universidade do Chile. Disseram eles:

– “A declaração de S. Pedro é anticientífica. É uma impossibilidade científica que os elementos da Terra, como as rochas, a água ou os metais derretam ou fundam de modo que libertem calor que queimem a ponto de produzir destruição. Tudo isto constitui uma prova adicional de que a Bíblia não é a Palavra de Deus como alguns pretendem, e que foi forjada nos séculos passados por homens inescrupulosos, a fim de enganar o povo e mantê-lo na superstição religiosa.”

Eu lhes respondi: – Senhores, embora eu não lhes possa dar prova científica de como será possível que os elementos da Terra se convertam numa bola de fogo para sua própria destruição, creio não obstante com todo o meu coração, porque Deus não pode mentir! A prova disto se encontra em todas as profecias que predisseram os principais acontecimentos da História com espantosa exatidão milhares de anos antes. Outra razão por que creio na verdade científica de S. Pedro, embora não o compreenda, porque o conhecimento científico do homem está ainda na infância, é que um livro forjado com falsidades não pode produzir santos. Eu tenho testemunhado vezes sem conta que quem quer que faça da Santa Palavra e seus ensinos o guia constante de sua vida, é transformado num homem bom, de nobre caráter, e conseqüentemente um santo.

Eles se afastaram com um sorriso zombador, sentindo pena de mim, admirados de como podia eu, com algum grau de inteligência, crer ainda na origem divina da Santa Bíblia.

Mas o que aconteceu apenas poucos anos depois deste incidente? Os cientistas começaram à compreender a estrutura do átomo e melhor conhecer a composição dos elementos. Compreenderam que cada átomo é um sistema solar em miniatura. O átomo tem como centro um núcleo que abriga pequenas partículas chamadas prótons e nêutrons. Em torno destes, movendo-se em fantástica velocidade, estão os elétrons, igual em número aos prótons no núcleo. Descobriram que a matéria ou os elementos são, em última análise, energia condensada. Quando dá fissão do núcleo, uma porção considerável de energia é liberada.

O conhecimento deste fato ajudou a produzir a bomba atômica. Mais tarde descobriram que por outro processo chamado fusão poderiam gerar uma força maior e mais explosiva. Como resultado, temos hoje a superbomba de hidrogênio. Aquele evangelista tem pensado sobre os cinco cavalheiros muitas vezes. À luz das novas conquistas da ciência nuclear, perguntamos o que pensam hoje com respeito às afirmações de S. Pedro feitas no primeiro século de nossa era sobre os elementos.

Está claro agora que S. Pedro estava certo e que os cinco cidadãos, embora ostentando o título de professores de universidade, laboravam em erro. A descoberta da ciência atômica é outro elo na cadeia de provas que atestam da veracidade das afirmações científicas das Bíblia.

O Segundo Céu: Sideral

Numa viagem imaginária, vejamos as surpresas que o segundo céu, ou céu sideral, nos reserva. Quando o contemplamos numa clara noite estelar, sentimo-nos abismados. É algo fantástico e magnificente. Ele revela ao homem sincero e sem preconceito, que busca a verdade como um tesouro, a existência de um Deus Todo-Poderoso, sábio e amante.

Nosso Sistema Planetário

Em nossa viagem sideral caminharemos rapidamente através de nosso sistema solar. Começaremos com o Sol, que cumprimentamos reverentemente. A Terra, antes de a deixarmos, nos parecia muito grande, mais majestosa mesmo que o Sol. Na realidade ela é muito menor. O diâmetro da Terra é pouco menos que 12.000 quilômetros, ao passo que o do Sol é de aproximadamente 1.300.000.000. 0 Sol é tão grande que requereria 1.300.000 mundos do tamanho do nosso para fazer o seu tamanho. Isto nos dá uma idéia quão maior que a Terra é o Sol. Segundo nossos cômputos, o Sol se revolve em seu eixo uma vez cada 27½ dias. Além disto, o Sol caminha através do espaço na velocidade aproximada de 16 Km/segundo, na direção da estrela chamada Vega, levando consigo toda a família, os nove filhos e filhas, chamados planetas, bem como cerca de 1200 pequenos planetas chamados asteróides.

A Velocidade dos Raios do Sol

Leva oito minutos para os cobiçados raios do Sol descerem à Terra à velocidade de 300.000 Km/segundo, de modo a tornar o nosso planeta habitável – aquecido e belo e exuberante em vegetação. A luz do Sol nos dá o dia; a sua ausência produz a noite. É o Sol que determina as quatro estações do ano.

Faz de conta que iniciamos nossa jornada pelo Sol. Viajando à velocidade dos seus raios, aproximadamente 300.000 Km/segundo, depressa chegamos ao planeta MERCÚRIO, cujos anos são muito curtos, consistindo em apenas 88 dias de nosso tempo.

Mais três minutos e estaremos em VÊNUS, considerada antes da Era cristã como a deusa do amor. Vênus não tem satélites. Seu diâmetro é do tamanho aproximado do da Terra.

Daqui não precisamos senão de dois minutos para chegar ao planeta seguinte, nosso próprio mundo, a TERRA. Todos conhecemos muito bem este planeta, com sua mancha de pecados, injustiça e miséria. Melhor faremos em não falar demasiado sobre nosso próprio planeta, para não estragarmos o resto de nossa viagem através do fascinante e maravilhoso Universo.

Mais quatro minutos e teremos chegado a MARTE. Seu diâmetro é pouco menor que o da Terra. Tem dois satélites, ou luas, um dos quais gira mais depressa em torno do planeta do que o próprio planeta em torno do seu eixo.

Daqui faremos a mais longa viagem para alcançar o planeta seguinte, JÚPITER. Trinta minutos são necessários. O gigantesco Júpiter é 1.312 vezes maior que a Terra e tem onze satélites, ou luas. Dez dessas luas revolvem em direção oposta, ou seja, de leste para oeste. Graças ao seu tamanho, Júpiter é o rei dos planetas.

Continuemos nossa viagem, e em trinta e sete minutos estaremos em SATURNO, que é 714 vezes maior que a Terra. Será interessante e fascinante ver os três enormes anéis que o circundam, formados por bilhões de pequenas luas. O anel exterior tem um diâmetro de aproximadamente 245 quilômetros e sua altura é de 10 quilômetros aproximados. Será interessante, ver e investigar este planeta com seus belos e intrigantes satélites.

Continuando nossa viagem, alcançaremos o sétimo planeta, chamado URANO. Está a regular distância de Saturno, e levaremos cerca de 75 minutos para alcançá-lo. É 60 vezes maior que a Terra, estando adornado com quatro satélites. Estes satélites giram em torno do planeta, mas em direção oposta ao movimento deste.

Viajando um pouco mais, desta vez, 90 minutos, estaremos em NETUNO. Este planeta, como a Terra, tem apenas uma lua.

Finalmente, com mais 75 minutos de viagem, alcançamos o mais distante planeta do nosso sistema solar, isto é, PLUTÃO. Este planeta necessita 250 anos para completar o seu giro em torno do Sol.

Como vocês podem ver, esta viagem leva 5½ horas, na fantástica velocidade dos raios do Sol.

A despeito das diferenças de tamanho, massa e órbita dos planetas, tudo se move e se equilibra de maneira maravilhosa. Cada corpo celestial obedece a leis imutáveis estabelecidas pelo Criador. Não admira que o salmista exclamasse divinamente inspirado:

Sal. 19:1 : “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.”

A Via Láctea

Olhemos por um momento a Via Láctea, a que pertence o nosso Sistema Solar. Segundo os astrônomos, ela contém cerca de 40 bilhões de sóis. Olhando para nosso Sistema Solar, encontramos nove planetas revolvendo em torno de nosso Sol. Suponhamos que cada sol na Via Láctea tenha uma média de apenas nove planetas revolvendo em torno de si. Isto significaria que só na Via Láctea poderia haver 360 bilhões de planetas, além dos sóis, perfazendo tudo um total de não menos que 400 bilhões de corpos celestes de tamanho, cor e composição diferentes.

Se desejássemos fazer uma viagem de um ao outro extremo da Via Láctea, levaríamos uns 300.000 anos em viagem ininterrupta à velocidade dos raios do Sol. Numa viagem à mesma velocidade através da Via Láctea em sua largura, levaríamos cerca de 30.000 anos, partindo da estrela mais próxima da Terra até a mais distante.

Os astrônomos crêem que haja cerca de 200 milhões de outras galáxias, também chamadas ilhas do Universo, ou nebulosas. Certamente que eles descobririam ainda mais, se tivessem instrumentos mais poderosos que lhes permitissem melhor observar a grandeza da criação de Deus.

Procuremos figurar o assunto. Como dissemos, nossa Via Láctea não tem menos que 400 bilhões de sois e planetas. Suponhamos que cada um dos outros 200 milhões de galáxias do Universo tenha o mesmo número de sóis e planetas que a Via Láctea. Teríamos de multiplicar então 400 bilhões por 200 milhões, o que nos daria uma fantástica resposta astronômica. Não admira que o salmista, divinamente inspirado, exclamasse:

Sal. 147:4 e 5 : “Conta o número das estrelas, chamando-as todas pelo seu nome. Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir.”

A Vastidão do Segundo Céu

Quão pequenos somos, com todas as nossas ambições e orgulho, quando comparados com o maravilhoso Universo! Que lição a ciência nos ensina! Com este cosmorama diante de nós, quão insignificante são os nossos poucos anos de vida neste planeta!

Muito embora o homem viva, sempre em açodamento, Deus e o Universo não. Não obstante, o homem insiste em cercar de dificuldades e preocupações seus poucos anos de vida neste planeta, em vez de ansiosamente vencer o pecado, vivendo em paz com Deus e consigo mesmo. Que é o homem afinal em comparação com a imensurável eternidade e o espaço e tempo ilimitados? Somos menos que um grão de areia. E, embora o homem seja tão insignificante, pretende conhecer mais que seu onisciente Criador. Não admira que esteja escrito no Livro:

Isaías, capítulo 40, versos 15 e 17: “Eis que as nações são consideradas por Ele como a gota de um balde, e como o pó miúdo das balanças; eis que lança por aí as ilhas como uma coisa pequeníssima. Todas as nações são como nada perante Ele; Ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã.”

Há Outros Mundos Habitados

Não pensem que todos esses mundos do Universo são desabitados. Um bem conhecido astrônomo disse: “Quem quer que negue haja vida nos outros planetas do Universo, com exceção da Terra, é como um peixe que afirma não poder existir vida fora da água.” Muitos dos grandes astrônomos de hoje têm chegado à conclusão, graças a certos fatos de seus estudos com respeito ao Universo, que deve haver vida em muitos outros planetas. Estão convictos de que é ridículo crer que somente nosso mundo é habitado. Crêem mesmo na possibilidade de que em outros sistemas solares do Universo haja vida em ordem superior à nossa; portanto, vivem em condições químicas, físicas e biológicas completamente diferentes das nossas.

Outra afirmação interessante vem de Garret P. Serviss:

“Qualquer pessoa pensante que tenha um conhecimento geral de astronomia, pode olhar o céu numa noite em que as estrelas brilham em todo o seu esplendor, e perguntar-se a si mesmo qual a mais forte impressão que deixam em seu espírito. Pode ser que não seja fácil formular uma resposta, mas uma vez obtida, ele dirá provavelmente que as estrelas deram a impressão de que deve haver uma grande Inteligência por trás de tudo; fizeram-no sentir que a Terra não está sozinha; que tudo isto não foi feito apenas para formar uma arcada sobre a habitação dos homens.

“A pessoa que reverentemente e com o espírito aberto olha a imensurável despensa do universo com suas misteriosas hostes de estrelas, é constrangida a reconhecer a existência de uma multidão infinita de seres criados que o Todo-Poderoso mantém sob Seus cuidados. A idéia estreita da antiga teologia geocêntrica que fez da Terra o escabelo dos pés de Deus, e do homem Sua única criatura racional, desaparece como se um véu que obscurece a visão fosse retirado; essas idéias é impossível serem retiradas em face de tudo o que pode ser visto no céu. Portanto, a tendência natural, à luz do progresso moderno, é considerar o Universo pleno de vida.”

William Wallace Campbell, astrônomo e presidente da Universidade da Califórnia, disse em Sunset Magazine de julho de 1925, à página 54: “Nestes últimos dias de minha vida… dá-me grande satisfação pensar que há outros seres vivos espalhados pelo Universo. Provavelmente não podemos apontar com o dedo em qualquer direção sem indicar que há ali vida de alguma forma.”

Naturalmente, estas afirmações que tenho apresentado de homens de ciência não são fatos científicos, porque é uma impossibilidade prová-las. Nenhum instrumento até agora inventado é capaz de alcançar tão longe no espaço. Mas quando às opiniões de homens de ciência estão em harmonia com os ensinos das Santas Escrituras, não há necessidade de tais provas.

A Santa Bíblia, que não pode mentir, confirma por inspiração divina a convicção de muitos astrônomos com respeito ao problema de que nos ocupamos. Notemos, por exemplo, a seguinte declaração feita 1.500 anos antes da era cristã, no livro de Jó:

Jó 38:4-7 : “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?”

Esta afirmação prova que os “filhos de Deus” já existiam quando Deus pelo poder de Sua palavra criadora, trouxe a Terra à existência. Este texto nos informa que os Filhos de Deus de outras estrelas ou planetas do Universo cantavam alegremente quando da criação da Terra, da mesma maneira que a família se regozija com o nascimento de um bebê.

Quem são os filhos de Deus que rejubilavam por ocasião deste grande acontecimento? Obviamente, os habitantes dos outros mundos! Outras provas de que seres inteligentes vivem em outros mundos do Universo, encontram-se nas seguintes citações bíblicas: Apoc. 12:12, Neem. 9 :6.

A História: Adão e Satanás

Adão e Eva, os que foram estabelecidos dominadores na Terra, foram pela astúcia de Satanás persuadidos a pecar, havendo sido em conseqüência depostos de sua exaltada posição. Satanás, então, constitui-se príncipe e governador deste mundo. Este acontecimento real na História é comprovado por um incidente na vida de nosso Senhor Jesus Cristo, quando esteve na Terra, segundo o registo de

S. Lucas 4:5-7: “E, elevando-o, mostrou-lhe, num momento, todos os reinos do mundo. Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua.”

Notem, prezados amigos, que Satanás se considerava o único absoluto senhor do mundo, porque pela astúcia suplantara Adão, príncipe deste mundo. Satanás se fez senhor do mundo unicamente pelo ato criminoso da usurpação. Ele ofereceu entregá-lo a Jesus, sob a condição de que Este seria daí em diante seu subordinado. Más o Senhor não concordou com esta transação. Ele retrucou a Satanás: “Não te adorarei nem te obedecerei.” Então Satanás conspirou para matá-Lo. Ele pensou que a morte do legítimo Senhor e Rei deste mundo deixá-lo-ia eternamente sem competidor quanto à posse da Terra. Por várias maneiras ele procurou matá-Lo durante o Seu ministério: apedrejando-O, tentando lançá-Lo num precipício, e por outras formas.

Afinal, conforme estava profetizado, ele conseguiu matar a Jesus, crucificando-O sem misericórdia. Nesse grande momento, Satanás sentiu então que o domínio da Terra nunca mais lhe seria disputado, se tão-somente ele pusesse Cristo para sempre na tumba. Para maior segurança, fez selar a tumba de nosso Senhor com selo romano, e seu corpo foi guardado por soldados romanos. Mas Cristo, pelo poder divino que possuía, ressuscitou ao terceiro dia. Com esta gloriosa ressurreição Satanás ficou derrotado para sempre, uma vez que Cristo pagou o preço requerido – Seu próprio sangue – pela redenção do mundo.

Graças a Deus, pois logo, sim, muito logo, Cristo virá pela segunda vez; mas agora não para morrer na cruz, mas para banir Satanás da face da Terra, redimindo-a como Sua propriedade e pondo de novo nosso mundo em harmonia com o resto do Universo.

O que acabo de expor com referência ao preço de nossa redenção, nos é confirmado por S. Pedro:

I S. Pedro 1:18 e 19 : “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”

Notem que o preço da redenção dos homens, bem como do mundo, das garras de Satanás, não consistiu em milhões em ouro, mas no precioso sangue de Cristo.

O Terceiro Céu: Habitação de Deus

O terceiro Céu é chamado “Céu dos céus.” Leiamos:

I Reis 8:27 – “Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei.”

Sim, nós sabemos, o “Céu dos céus” é a habitação de Deus.

Ele habita também, pelo Seu Espírito, no coração dos Seus filhos que pela fé O recebem. É certo também que Ele está em todos os lugares e sustenta todo o Universo com o Seu poder. Ninguém pode esconder-se de Deus. Mas Sua real habitação está no terceiro Céu, chamado “Céu dos céus.” E Jesus disse:

S. João 14:1-3 : “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.”

Jesus nos está preparando lugar no Céu, onde Deus habita. Lemos:

I Reis 8:30 – “Ouve, pois, a súplica do teu servo e do teu povo de Israel, quando orarem neste lugar; ouve no céu, lugar da tua habitação; ouve e perdoa.”

E em Apoc. 2:7 nos é dito: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.”

E notemos agora esta gloriosa declaração profética em:

Isa. 33:17 – “Os teus olhos verão o rei na sua formosura, e verão a terra que está longe.”

Que maravilhosa promessa! Se formos fiéis contemplaremos o Rei dos reis e Senhor dos senhores! Nosso Senhor Jesus nos levará para o Céu dos céus, chamado aqui a “terra que está longe.” Sim, ela está longe de nós, algures no vasto espaço infinito.

O Dr. Hubble, do observatório de Monte Wilson, disse que há estrelas distantes da Terra 500 milhões de anos luz. Isto é distância! E aí, tão longe no Universo, eu e vocês iremos um dia.

Quando Jesus Virá para nos Levar Consigo

Graças ao inescrutável amor do Pai Celestial para com este mundo, a Terra será reconquistada para voltar a fazer parte da feliz família do grande Universo. Se formos fiéis, participaremos dessa memorável viagem quando Jesus vier pela segunda vez. Viajando velozmente através da atmosfera do primeiro céu, atravessaremos as profundezas ilimitadas do segundo céu, por entre miríades de galáxias do Universo, que consistem em gigantescos sóis. Em viagem veremos outros mundos felizes e contemplaremos as belezas espetaculares criadas pelo divino poder de Deus.

Afinal chegaremos ao terceiro Céu, em torno do qual se revolvem todas as galáxias do Universo em eterna homenagem ao Criador. Neste terceiro Céu encontraremos o Paraíso de Deus. E quando triunfalmente entrarmos com nosso Senhor Jesus Cristo e todos os santos anjos, seremos saudados de maneira tão tocante e confortadora, que nem podemos imaginar. De minha parte, estou decidido a fazer esta viagem. Eu quero estar ali. Por isto mesmo entrego, com prazer, minha vida ao Salvador para que, por Seu Espírito, possa eu alcançar a perfeição de caráter que me permita estar presente a essa maravilhosa excursão através do espaço.

Uma garotinha costumava perguntar ao seu pai:
– Papaizinho, quando virá Jesus para nos levar?
Ele respondia então:
– Não sei, mas os que estudam as profecias concernentes a Sua Segunda vinda sabem que esse dia está muito perto.

Algumas pessoas têm dito: “Quem sabe se nos conheceremos uns aos outros ali, ou seremos apenas espíritos imateriais?” Estou certo que se as pessoas considerassem mais acuradamente o significado da expressão “espíritos imateriais,” saberiam que isto é algo como um buraco vazio.

Não, meus amigos, nós seremos seres reais como o somos presentemente, e conheceremos os nossos amigos. Isto é assegurado em:

I Cor. 13:12 – “Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.”

A Nova Terra

Prezados amigos, lembrem-se de que, estudando a profecia de Apoc. 20, passaremos mil anos nas mansões do terceiro Céu. No fim deste período os ímpios serão ressuscitados. Então eles, juntamente com Satanás e seus anjos, serão destruídos com fogo para todo o sempre. E então se cumprirá a seguinte profecia:

Apoc. 21:1-5 : “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.”

Esta profecia nos revela que depois dos mil anos, o terceiro Céu se mudará para a Terra. Deus, com Seu Filho e o Espírito Santo, habitará conosco para sempre. Esta é a razão: A Terra terá custado para Deus e para nosso Senhor Jesus Cristo um alto preço. Jesus teve que dar Sua própria vida para redimi-la. Esta é a razão porque a Terra está tão perto do coração de Deus, bem como do coração de Jesus. Eu desejo estar ali quando o Senhor, por meio de Sua palavra, criar um novo céu, isto é, uma nova atmosfera, e uma nova Terra transformada em belo jardim. Vocês também querem estar ali, não é certo?

Conclusão

Conta um evangelista que fez uma viagem da América do Sul para Nova York. Era muito difícil encontrar acomodação em hotel. Assim, para ter certeza de que ele teria um quarto, enviou um telegrama reservando um aposento com uma semana de antecedência. Quando deixou o trem em Nova York, apanhou sua maleta de mão e desceu apressado a rua em companhia de mais umas 50 pessoas que iam para o mesmo hotel. Tiveram de ficar em fila diante da mesa de recepção de hóspedes. Como ele estava quase no fim da fila, ficou um tanto quanto temeroso. O recepcionista perguntava: “O senhor fez reserva?”

Todos os que não haviam feito reserva, ou que a fizeram demasiado tarde, foram rejeitados e tiveram que sair de mala na mão em busca de acomodações em outro hotel, onde provavelmente tiveram a mesma resposta. Entrementes, ele se estava perguntando o que lhe iria acontecer. Quando chegou a sua vez, foi feita a mesma pergunta, e ele respondeu: “Sim, fiz reserva faz uma semana.” Depois de haver examinado os seus papéis, o recepcionista disse: “Senhor, nós lhe reservamos um belo quarto.” Que alívio! Como ele estava feliz!

Amigos, Jesus está oferecendo hoje, agora mesmo, o lugar que nos tem reservado. Desde que ascendeu aos Céus Ele tem estado a preparar mansões na habitação de Deus, segundo o afirma S. João 14:1-3. Tudo quanto temos que fazer é aceitar este oferecimento agora mesmo, para que ninguém possa dele ficar privado. Aceitemo-lo antes que a divina graça seja retirada.

Meus amigos, digam a Jesus que O amam, que O adoram, e que vocês viverão em harmonia com os Dez Mandamentos.

Quantos de meus ouvintes desejam acompanhar-me nesta viagem que havemos de fazer um dia? Não temos mais que decidir hoje de noite que faremos a necessária reserva para a viagem ao Céu! Deus chama vocês e a mim, dizendo:

S. Mateus 11:28 : “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.”

A melhor coisa que podemos fazer é aceitar este oferecimento de nosso Criador. É uma loucura rejeitar tal oferta.

Quantos desejam enviar um radiograma a Deus por meio da oração, para que Ele nos reserve um lugar no terceiro Céu?

Pr. Walter Schubert

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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