O GRANDE CONFLITO: A História por traz do livro

História do Livro “O Grande Conflito”

A. Introdução — Gen. 3:15; Apoc. 12:9-10

a. Quando respondemos à pergunta: Por que cremos que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a igreja verdadeira, as respostas normalmente caminham na direção de sua origem profética: período em que surge, mensagem que deve proclamar, profecias que são nela cumpridas (incluindo Laodiceia).

b. Contudo, devemos muito do que somos a uma forma extremamente peculiar de abordarmos a Palavra de Deus.

i. Desde o período de formação do texto do NT, a interpretação da Bíblia tem sido maculada por uma subordinação a uma tradição filosófica. Em outras palavras, na história da teologia da Igreja Cristã sempre houve dificuldades ao interpretar a Bíblia sem que lhe fosse imposta uma filosofia que servisse de base para determinar o que seria a verdade.

ii. Apenas como exemplo, o considerado maior teólogo do cristianismo, Agostinho (4º-5º séc.), usou o ferramental filosófico do neoplatonismo para construir sua teologia, especialmente a da Trindade e Escatologia.

c. Quando surgiu o avivamento espiritual liderado por Guilherme Miller, uma nova maneira de interpretar a Bíblia surgia. Miller usou apenas a Bíblia e uma concordância de Gruden em seu estudo.

d. Enquanto isso, no campo filosófico, se fazia sentir a influência de Emmanuel Kant, que categoricamente havia reduzido o conhecimento às possibilidades do mundo físico ao invés do metafísico. Surgia assim a ciência clássica e a busca da verdade através do método científico e a negação de qualquer possibilidade de conhecimento revelado.

i. Como decorrência, surgem os principais “ismos” do séc. 19, incluindo o Darwinismo, o marxismo, etc.

ii. Surge aqui a alta e a baixa crítica ao texto bíblico. A teologia passa a ser liberal, dependente de um “encontro com a divindade”.

iii. A teologia protestante está, portanto, sem foco, estrábica: ou perdida no liberalismo ou vivendo o chamado período do escolasticismo protestante.

e. Depois do Grande Desapontamento de 1844, aquele pequeno grupo de mileritas que acreditava que a data estava correta (22 de outubro de 1844), mas o evento estava errado (não era o retorno de Jesus à terra, mas o início do juízo pré-advento), começou a estudar a Bíblia de uma forma totalmente inédita. Pela primeira vez vivia-se o princípio “sola scriptura”.

i. As famosas reuniões sabáticas, realizadas entre 1847-49, inauguraram uma nova hermenêutica. Assim, o texto bíblico começou a ser buscado como fonte de verdades sem a predisposição de uma tradição filosófica que lhe ditasse as regras. Era um verso em relação a outro verso… 

ii. A ação de E. G. White e suas visões davam ao grupo de pioneiros a certeza de estarem na direção certa.

iii. É surpreendente como aqueles pesquisadores incansáveis foram reparando brecha após brecha da verdade. Intuitivamente, eles se valeram de um valor hermenêutico/filosófico diferenciado na definição das verdades distintivas que hoje chamamos de a teologia do Grande Conflito. 

Na época, o que deu ao grupo tal compreensão foi o senso de missão encontrado nas Três Mensagens Angélicas. Nessas mensagens, o drama do Grande Conflito se torna evidente à última “verdade presente”.

f. Por incrível que pareça, é essa forma de fazer teologia que nos leva a ser o único movimento religioso no planeta que considera a Bíblia como um todo, num Deus que nos criou e nos redime em Jesus. 

g. Assim, a peculiaridade da IASD é decorrente da sua Crença Fundamental nº 8.

i. Essa é a verdade que faz com que todas as outras verdades bíblicas se tornem absolutas.

ii. Essa é a verdade que promove a inter-relação e interdependência de uma verdade da outra.

iii. Essa é verdade que responde às nossas inquietudes ontológicas: quem somos, de onde viemos e para onde vamos.

iv. Essa é a verdade que serve como estrutura filosófica para o estudo da Bíblia e para sua compreensão.

v. Essa é a verdade que nos dá segurança de que Deus está no controle da história, que Suas profecias sempre se cumprem e que haverá vitória no final.

vi. Se fôssemos perguntar qual seria a doutrina ou verdade bíblica mais significativa da IASD, poderíamos dizer, sem medo de errar, que é a teologia do Grande Conflito. Ver Norman Gulley, Systematic Theology – Prolegomena.

B. A Visão do Grande Conflito


a. Tiago e Ellen estavam envolvidos em visitar grupos de adventistas que se formavam no estado de Ohio. De carruagem, passaram por Green Spring (26/02/1858), Gilboa (06 e 07/03), chegando a Lovett’s Grove (hoje Bowling Green — c. 150 milhas de Battle Creek) para o próximo fim de semana — 13-14 de março. Os encontros foram realizados numa escola pública da pequena cidade.
b. No domingo à tarde, houve uma cerimônia fúnebre no mesmo local onde o grupo de adventistas haviam se reunido. O pr. Tiago White foi convidado para fazer o sermão. 

Quando ele terminou suas palavras de consolo, Ellen sentiu o desejo de também falar sobre a breve volta de Jesus e a ressurreição, a esperança do cristão. Enquanto falava, ela foi tomada em visão.

c. Esta visão durou 2 horas. Cena inusitada: ali estava o caixão fúnebre com uma multidão expectante do que iria acontecer… Ao voltar da visão, um grupo foi para o cemitério e outro permaneceu para ouvir um resumo do que havia sido revelado.

d. Em visão, vários assuntos foram mostrados a Ellen White: conselhos práticos aos irmãos de Ohio, a atitude própria que deveríamos ter com parentes que não criam na mensagem, a filosofia correta quanto ao plano de benevolência sistemática, etc.

e. O principal tema da visão sobre o tema “do grande conflito, que já tinha sido me apresentado cerca de 10 anos antes, foi agora repetido, e me foi mostrado que deveria escrever.”

f. O que se conclui é que Ellen White já havia tido outras visões mais curtas que exploravam o mesmo tema, mas que agora ela tivera uma exposição mais plena e com a recomendação de que deveria escrever.

i. Ela foi também advertida de que satanás faria de tudo para impedir, mas que os anjos do Senhor haveriam de sustê-la.

g. Os planos para a publicação de um livro sobre o tema do Grande Conflito era o assunto da conversa do casal White no seu retorno para Battle Creek (agora de trem).

i. Quando chegaram em Jackson, foram para a casa do irmão Palmer para um breve descanso. Enquanto conversava com a irmã Palmer, Ellen teve um “derrame” ou “isquemia” (AVC). 

 

“Minha língua se recusava a falar o que eu desejava dizer, e parecia grande e amortecida. Uma sensação estranha e gelada passou por meu coração, por minha cabeça, e no meu lado direito. Fiquei insensível, mas fui erguida por fervorosa oração. … Por um curto período de tempo eu não esperava viver. Era o terceiro derrame que tinha com paralisia, e embora estivesse à 22 km de casa, eu não tinha esperança de rever as crianças. Lembrei-me do triunfo que havia experimentado em Lovett’s Grove, e pensei que tinha sido meu último testemunho, e me senti reconciliada para morrer”

(Life Sketches, 271).

ii. Por meio de orações, pouco a pouco ela voltou ao seu estado normal. Por semanas não teve forças nas mãos e não podia sentir até mesmo a água gelada colocada sobre sua cabeça. Três meses mais tarde, ela teve uma visão que lhe mostrou o que realmente havia ocorrido na casa da família Palmer — satanás havia tentado tirar a sua vida, mas os anjos do Senhor vieram ao seu socorro. 

iii. A princípio, não podia escrever mais do que uma página por dia e, então, descansar três. Mas logo as forças foram voltando.

iv. Com o poder de Deus ela contou à Assembleia da Conferência Geral (21-24 de maio de 1858 — cerca de 400 adventistas estavam presentes), a visão que havia recebido (tarde e noite do dia 23 — a reunião foi até às 23h) e que estava se empenhando para publicar em breve.

v. Em meados de agosto o livro foi completado e publicado: O Grande Conflito Entre Cristo e Seus Anjos, e Satanás e seus Anjos. 

Esta obra apareceu como o primeiro volume do Spiritual Gifts, com 224 páginas (a RH de 9 de setembro já trazia a propaganda do livro, escrita por Tiago White, que custava 50 centavos de dólar). Em 1882, o conteúdo deste pequeno livreto foi reimpresso como a segunda parte do livro Primeiros Escritos.

vi. Por que Ellen White não publicou antes de 1858 a visão que havia tido em c. 1848? Vários motivos possíveis:

1. Não havia sido ordenado isso na visão anterior.

2. Não havia tido uma visão panorâmica como a de 1858.

3. Foi só depois de 1855 que os “irmãos” permitiram que Tiago White voltasse a publicar artigos de Ellen na RH (a RH ficou 27 meses sem publicar artigos de Ellen White).

C. Ampliação do Pequeno Livro

a. Ellen White, logo depois da publicação do Spiritual Gifts de 1858, demonstrou interesse de publicar uma obra mais abrangente e encorpada sobre o tema do Grande Conflito. Contudo, este processo durar c. 26 anos. Por que tanto tempo assim?

b. As sucessivas enfermidades do pr. Tiago White foi uma das causas. Ellen sabia que satanás faria de tudo para pospor a obra de ambos. A perda de dois filhos também trouxe grande consternação à família.

i. Durante os longos períodos em que Tiago White esteve seriamente enfermo, muito do tempo de Ellen era dedicado a ele.

ii. Em virtude dessas enfermidades (período de semi-aposentadoria), tanto a RH como a CG “passaram por alto” a influência do casal, que se sentia deslocado em Battle Creek. Estiveram morando por alguns períodos, então, na costa oeste — Califórnia e no “mid-west” — Texas. Ali criam a Pacific Press.

iii. No início de 1881, o casal White volta para Battle Creek. Poucos meses mais tarde, Tiago e Ellen são levados para o Sanitarium extremamente doentes (com malária). Às 5h, do sábado, 6 de agosto de 1881 o pr. Tiago descansou. 

A cerimônia fúnebre foi conduzida por Urias Smith, no sábado, 13 de agosto, com a presença de mais de 2.500 pessoas. Ellen, embora muito doente, esteve presente e falou.

iv. Poucas semanas mais tarde Ellen e William mudaram-se definitivamente para a Califórnia — Oakland. 

c. No verão de 1882, já se sentido recuperada, Ellen White sente-se pronta para reiniciar o seu trabalho na produção de livros e em especial O Grande Conflito.

i. Outros livros haviam sido publicados com referência à série “Grande Conflito” durante os anos antes da morte de Tiago White (a maior parte do material destes livros era compilação de artigos já publicados sobre o assunto):

1. Spirit of Prophecy, vol. 1, em 1870 — breve revisão do Velho Testamento.

2. Spirit of Prophecy, vol. 2, em 1877 — breve descrição da vida de Jesus do nascimento à entrada Triunfal.

3. Spirit of Prophecy, vol. 3, em 1878 — descrição da morte de Jesus, Sua ressurreição e ascensão e a primeira parte do livro de Atos (Paulo em Tessalônica).

ii. Ela estava, agora, empenhada na publicação do que seria o Spirit of Prophecy, vol. 4 — o Grande Conflito. O valor de venda de cada volume era US$ 1,00 (hoje cerca de 20 dólares cada).

d. O Grande Conflito seria o primeiro dos grandes livros que ela planejava escrever. 

i. A princípio, as editoras não estavam dispostas a publicar um livro volumoso e impuseram um número limite de páginas, mas Ellen White se indispôs a essa decisão.

ii. Ela começou a se preparar para escrever com maiores detalhes as cenas que se lhe haviam sido mostras em visão.

1. Leu a volumosa obra de Merle D’Aubigné – History of the Reformation

2. Leu também, entre outros, a History of Pretestantism de John A. Wiley.

3. Nestas pesquisas, o anjo lhe condizia para que a verdade fosse compreendida e os erros rejeitados. Ver 3ME, 437.

4. Por causa disso, alguns críticos têm atacado Ellen White acusando-a de plágio…

iii. Enquanto escrevia, ela teve uma série de visões breves que lhe mostravam cenas e lhe traziam informações adicionais. Por exemplo, a visão do capítulo que trata da libertação do povo de Deus lhe foi repetida três vezes.

iv. Na fase final da composição deste volume, Ellen White diz que conseguia dormir apenas de 3 a 5 horas por noite, pois sua mente estava totalmente absorvida pelo tema e não conseguia descansar.

 

“Escrever, escrever, escrever. Sinto isso como obrigação, e não pode haver demora… Grandes coisas estão diante de nós, e desejamos chamar o povo da indiferença para estar pronto naquele dia.”

v. O Plano era colocar uma cópia do livro em cada lar adventista. O livro foi publicado simultaneamente pela RH e PP em outubro de 1884 — 50 mil cópias vendidas por 1 dólar. Dois tipos de encadernação: verde — com o título O Grande Conflito entre Cristo e Satanás; preto – Spirit of Prophecy, vol. 4.

vi. Há uma diferença dramática entre o livro de 1858 e o de 1884 que descrevia o conflito desde a queda de Jerusalém até a Nova Terra.


D. Ellen White na Europa

a. Em meados de 1884, Ellen e seu filho William foram convidados a visitar o trabalho da igreja na Europa. Eles estiveram ali de agosto de 1885 a agosto de 1887.

b. Durante estes 2 anos, Ellen White visitou muitos países onde a igreja estava sendo estabelecida: Inglaterra, Alemanha, França, Itália, Dinamarca, Noruega e Suécia (além da Suíça, onde ficaram residindo na Basiléia. 

Com essas viagens, ela pode visitar em loco vários dos lugares que tinha descrito na versão de 1884. Ver 3ME, 465. De particular interesse foi o território Valdense no nordeste da Itália.

E. De Volta aos EUA

a. Ao retornar da Europa, Ellen White se estabeleceu em Healdsburg, Califórnia. Ali logo estabeleceu planos para ampliar não só o livro O Grande Conflito, mas toda a série que seria composta de 5 volumes. Agora esses livros deveriam ter uma circulação externa…

b. A decisão primeira da liderança da igreja de então foi não publicar essa versão ampliada que seria usada pelos colportores.

i. A princípio, existia a questão dos direitos autorais. Decidiram publicar um outro livro, Bible Readings, que não tinha direitos autorais. Não havia nada de errado nesse livro…

ii. Depois de muita discussão, concordaram em publicar o Patriarcas e Profetas, que já havia sido completado.

iii. A história completa dessa crise nos é contada por Arthur White, The Circulation of Great Controversy (1938).

iv. LER O Colportor Evangelista, 127-128.

c. Depois de sérias tensões o livro ampliado ficou pronto em 1888, com 26 páginas com ilustrações.

i. Contudo, pouco antes, uma nova versão do Bible Readings foi publicada e os colportores se empenharam em vendê-lo porque era conhecido do público, enquanto que O Grande Conflito era uma obra nova.

ii. Temos que considerar ainda que a partir da Assembleia de 1888 em Minneapolis, houve uma tensão considerável entre Ellen White e a liderança antiga da igreja por seu apoio às mensagens de Waggoner e Jones.

F. Os Anos na Austrália

a. Ellen White e seu filho William passaram quase 10 anos na Austrália (dezembro de 1891 a agosto de 1900).

b. Enquanto esteve ali, satanás tentou impedi-la de escrever o livro O Desejado de Todas as Nações (juntamente com o Caminho a Cristo — 1892, Parábolas de Jesus — 1900 e O Maior Discurso de Cristo – 1896).

i. Por 11 meses ela sofreu com malária e reumatismo (a partir de janeiro de 1892). “Durante este período experimentei o mais terrível sofrimento de toda a minha vida…” A única coisa que não doía era seu braço e mão direitos. Contudo, ela afirma que a presença carinhosa de Cristo ao seu lado lhe dava conforto.

ii. O DTN foi concluído em 1898.

c. A presença de Ellen White foi importantíssima para o estabelecimento da igreja na Austrália.

G. A Década das Crises e Vitórias (reforma administrativa, crise Kellogg, Jones e Waggonner)

a. De volta aos EUA, Ellen White se estabeleceu em Elmshaven, poucos km de Sta. Helena, Califórnia.

b. Ali ela escreveu o livro Educação (1903) e A Ciência do Bom Viver (1905).

c. Em 1909, depois de uma série de reimpressões (quase duas décadas), as chapas ilustrativas e de texto do Grande Conflito já estavam gastas. Assim, ela e sua equipe começaram a preparar uma nova edição.

d. Nesta edição teve-se o cuidado de que todas as citações históricas estivessem entre aspas, e isto incluía as referências bíblicas. A maior parte das citações era de D’Aubigné e Wiley. 

Contudo, algumas citações que não foram encontradas, foram substituídas por citações de obras recentes, com a autorização expressa de Ellen White. Esse procedimento é muito bem explicado por ela mesma na Introdução da edição de 1911.

e. Colportores, professores e líderes da igreja contribuíram dando sugestões do que poderia ser mudado neste trabalho de revisão. 

f. Nesta edição, alguns termos que haviam perdido significado ou foram mal interpretados, ou informações que tiveram dificuldades de comprovação histórica foram mudados. Novas ilustrações foram desenhadas… Enfim, foi feito um trabalho editorial de atualização, mas o conteúdo permaneceu o mesmo.

g. Todo o trabalho foi coordenado, controlado e autorizado por Ellen White. Ver 3ME, 433-440.

h. Quanto aos apêndices que aparecem nas edições de 1884, 1888, 1911 e as revisões de 1956 e 1979, Ellen White não escreveu nenhum deles.

H. Edições em Português


a. Com o título O Conflito dos Séculos – Durante a Era Cristã, a obra foi publicada pela primeira vez em 1923. Dezenas de reimpressões e edições foram feitas, com ou sem ilustrações. Chegou-se até a ser publicada em 4 volumes com títulos das seções para a Colportagem.

b. Mais recentemente recebeu o título de O Grande Conflito

c. Em inglês, o livro foi colocado em uma forma abreviada/condensada em 1982 com o título From Here to Forever. Contudo, as edições condensadas em português, desde 2004, possuem o mesmo título da obra completa: O Grande Conflito.

d. Com o Projeto A Grande Esperança, foi feita uma seleção de 11 capítulos do livro para a distribuição massiça, em 2 edições (pequenas modificações).

A VISÃO COMPLETA


Acesse nesse trabalho produzido por Lucas Samuel Rojo uma abordagem completa sobre a visão do grande conflito, que veio a culminar na produção da série conflito dos séculos de Ellen White:

 

I. Propósito do Livro


a. “Mediante a iluminação do Espírito Santo, as cenas do prolongado conflito entre o bem e o mal foram patenteadas à autora destas páginas. De quando em quando me foi permitido contemplar a operação, nas diversas épocas, do grande conflito entre Cristo, o Príncipe da vida, o Autor de nossa salvação, e Satanás, o príncipe do mal, o autor do pecado, o primeiro transgressor da santa lei de Deus. 

A inimizade de Satanás para com Cristo manifestou-se contra os Seus seguidores. O mesmo ódio aos princípios da lei de Deus, o mesmo expediente de engano, em virtude do qual se faz o erro parecer verdade, pelo qual a lei divina é substituída pelas leis humanas, e os homens são levados a adorar a criatura em lugar do Criador, podem ser divisados em toda a história do passado. 

Os esforços de Satanás para representar de maneira falsa o caráter de Deus, para fazer com que os homens nutram um conceito errôneo do Criador, e assim O considerem com temor e ódio em vez de amor; seu empenho para pôr de parte a lei divina, levando o povo a julgar-se livre de suas reivindicações e sua perseguição aos que ousam resistir a seus enganos, têm sido prosseguidos com persistência em todos os séculos. 

Podem ser observados na história dos patriarcas, profetas e apóstolos, mártires e reformadores. …  

“No grande conflito final, como em todas as eras anteriores, Satanás empregará os mesmos expedientes, manifestará o mesmo espírito, e trabalhará para o mesmo fim. Aquilo que foi, será, com a exceção de que a luta vindoura se assinalará por uma intensidade terrível, tal como o mundo jamais testemunhou. Os enganos de Satanás serão mais sutis, seus assaltos mais decididos. Se possível fora, transviaria os escolhidos. (Mar. 13:22.)” GC, 7.

 

Fonte: Blog Mais Relevante

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Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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