Sermão XVIII: O SONO DA MORTE

 

INTRODUÇÃO

No nosso estudo anterior vimos que os anjos são seres criados por Deus, e que eles já existiam antes da fundação do mundo; portanto os anjos não são os espíritos dos seres humanos que morreram, como afirmam alguns.

E neste ponto surge uma pergunta: 

Se o homem ao morrer não se transforma em um anjo ou num ser espiritual, o que então morre com ele? Em outras palavras: Qual é a condição do homem na morte?.

Em realidade, estas questões relacionadas com o estado do homem na morte têm suscitado um grande ponto de interrogação na mente de muitas pessoas. 

Mas também a Bíblia responde claramente a estas indagações da mente humana.

I – A EXPERIÊNCIA DE LÁZARO


A – O Contexto Histórico

a) São João 11 apresenta a descrição do maior milagre que Cristo operou durante o Seu ministério terrestre – a ressurreição de Lázaro.

b) Betânia era uma pequena aldeia que distava cerca de 3 Km. de Jerusalém, no outro lado do monte das Oliveiras, no caminho que ia de Jerusalém a Jericó.

c) Certa ocasião Jesus recebeu a notícia de que o Seu amigo Lázaro de Betânia estava enfermo; porém Ele “ainda Se demorou dois dias no lugar onde estava” (v. 6).

d) E foi neste contexto que Cristo esclareceu a natureza do estado do homem na morte: – João 11:11 e 14

B – O Sono da Morte

a) Cristo declarou que a morte é como um sono.
b) As principais características de quem dorme são:

1º) A inconsciência do que ocorre ao redor.

2º) E não ter noção de tempo.

c) E a mesma coisa ocorre também com os que morrem – eles estão num estado de inconsciência e não têm noção de tempo.

d) Em realidade, o cap. 11 de João não relata nada que Lázaro tenha dito a respeito dos 4 dias que ele esteve morto (vs. 17 e 19), porque ele não tinha nada a dizer!

C – A Parábola do Rico e Lázaro

a) Há aqueles que querem ver na parábola do Rico e Lázaro uma evidência da imortalidade da alma, o que é totalmente infundado.

b) Se tomássemos esse relato, que encontramos em Lucas 16: 19-31, literalmente, então teríamos de admitir que o Céu e o inferno se encontram bastante próximos para permitir uma conversação entre os habitantes de ambos os lugares; e se dissermos que a pessoa ao morrer se transforma num ser espiritual, então teremos de admitir também que ele teria membros, como o descreve esta parábola (“olhos”, “dedo” e “língua” – versos 23 e 24). Isto seria uma total incoerência!

c) É por esse motivo que o Dr. George Eldon Ladd, uma das maiores autoridades sobre o Novo Testamento declara que “provavelmente a história do rico e Lázaro (Luc. 16), como também a história do mordomo injusto, no mesmo capítulo (Luc. 16:1-9), fosse uma parábola de uso corrente no pensamento judaico e não tencione ensinar coisa alguma acerca do estado dos mortos.” (O Novo Dicionário da Bíblia, Ed. Vida Nova, vol. I, p. 512).

d) E o próprio relato da parábola declara que a maneira como alguém que morreu pode comunicar-se com os vivos, é se ele ressuscitar (verso 31), e acrescenta: “Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos” (verso 29). 

Consideraremos, portanto, o que “Moisés e os profetas” têm a nos dizer sobre o estado do homem após a morte.

II – IMORTALIDADE CONDICIONAL


A – O Homem Antes da Queda

a) O homem foi criado originalmente dotado de imortalidade condicional, e a condição era a obediência à vontade divina:

– Gên. 2:16 e 17

b) Este ponto é confirmado em 1 Tim. 6:16, ao declarar que Deus é o único que possui imortalidade”, isto é, imortalidade inerente em Si mesmo.
B – O Homem Após a Queda

a) Ao pecar, Adão perdeu o direito e a capacidade de viver eternamente: – Rom. 5:12

b) Em Gên. 2:7 nos é dito que o homem ao ser criado por Deus “passou a ser alma vivente”, e não a ter uma alma. E como o homem “é” uma alma, e não “tem” uma alma, essa alma também está sujeita à morte.

c) É por isso que Ezeq. 18:4 diz: “a alma que pecar, essa morrerá.” Assim como o corpo é mortal, também o é a alma.

d) Na verdade, a teoria de que a alma é imortal originou-se com o diabo, ao tentar seduzir a mulher – de um lado estava a afirmativa divina: se “dela comeres, certamente morrerás” (Gên. 2:17) e do outro, a mentira satânica: “é certo que não morrereis” (Gên. 3:4).

C – Vida Eterna em Cristo

a) Ao pecar, o homem tornou-Se mortal, porém em Cristo ele pode reaver a imortalidade: – João 3: 16; 1 João 5:11 e 12

b) É por ocasião da conversão que o ser humano passa a ter direito à vida eterna outra vez: – João 5:24; João 11:25 e 26
c) O direito à vida eterna é assegurado nesta vida, porém a vida eterna em si só será concedida àqueles que crerem, quando Cristo voltar em Glória: 1 Cor. 15:21-23

d) Em I Cor. 15:16-18, o apóstolo São Paulo declara que “se os mortos não ressuscitam. . . os que dormiram em Cristo pereceram.” “Se durante quatro mil anos os justos tivessem á sua morte ido diretamente para o Céu, como poderia S. Paulo ter dito que se não há ressurreição ‘os que dormiram em Cristo estão perdidos’? Não seria necessário ressurreição.” (O Grande Conflito, pp. 546 e 547).

III – O ESTADO DO HOMEM NA MORTE


A – O Sono da Morte

a) Porém enquanto Jesus não vem, os mortos “dormem no pó da terra” (Dan. 12: 2).

b) E, biblicamente, este sono da morte é descrito como sendo um estado de total inconsciência: Ecles. 9:5 Sal. 6:5; Sal. 115:17.

b) Ao o homem morrer sai-lhe o seu espírito (Ecl. 12:7), porém esse espírito não tem raciocínio nem consciência própria: – Sal. 146:4

d) O espírito que sai do homem ao morrer é o mesmo que entrou no homem ao Deus criá-lo, e que a Bíblia chama de “o fôlego de vida” (Gên. 2: 7).

e) Assim como a luz cessa quando é desligada a chave de luz, interrompendo o fluxo da corrente elétrica; também a vida consciente cessa ao o fôlego de vida deixar de fluir.

B – Os Enganos Satânicos

a) Porém neste ponto surge uma indagação: Se a pessoa ao morrer permanece num estado de total inconsciência, o que significam as aparições de mortos, que ocorrem especialmente nas sessões espíritas?

b) Na verdade, a satânica declaração de Gên. 3:4 de que o homem não morre, tem encontrado eco durante toda história da humanidade. E para fazer com que maior número de pessoas creiam nessa mentira, o diabo procura personificar pessoas que já morreram, e para tal, se necessário for, ele é capaz até de se transformar em anjo de luz (II Cor. 11:14).

c) Biblicamente, porém, todas as aparições de pessoas mortas, e que não foram ressuscitadas de maneira corpórea pela atuação do poder divino direto, são estratagemas de Satanás.

d) Um exemplo clássico disto encontramos em I Sam. 28, onde o rei Saul, após ter sido rejeitado pelo Senhor (verso 6), Procurou uma mulher que era médium (verso 7), para que esta lhe fizesse vir o profeta Samuel, que já havia morrido (1 Sam. 25:1).

e) A Bíblia porém condena radicalmente esta prática diabólica : – Isa. 8:19 e 20; Êxodo 22:18

f) A Bíblia também não suporta a idéia da reencarnação; pois em Heb. 9:27 nos é dito que “aos homens está ordenado morrerem uma Só vez e, depois disto, o juízo.”

CONCLUSÃO


Na verdade, a Bíblia no seu todo estabelece a doutrina de que o homem, após a morte, permanece na sepultura num estado de total inconsciência, aguardando a ressurreição final, e o que disso passar é doutrina de homens. E o apóstolo São Paulo adverte: – Gál. 1:8

Todos os seres humanos estão sujeitos à morte; porém, aceitando a Cristo pela fé, podemos hoje mesmo assegurar o direito à vida eterna…
Aceitemos hoje a oferta divina de vida eterna!

 

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Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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