O ato de circuncisão é obrigatório ou opcional nos dias de hoje?

A circuncisão, como sinal exterior do concerto entre Deus e Seu povo escolhido, foi instituída no tempo de Abraão (Gn 17:10-14, 23-27; 21:4; At 7:8) e incorporado posteriormente, de forma explícita, na lei de Moisés (Lv 12:3; Jo 7:22). Apesar de haver sido temporariamente interrompida durante a peregrinação no deserto, ela voltou a ser praticada logo após a entrada dos israelitas na Terra Prometida (Js 5:2-9). Que esse ato só alcançava o seu pleno sentido religioso quando acompanhado da dedicação incondicional da vida a Deus e a Sua vontade é evidente nas referências que falam de uma circuncisão do coração (ver Dt 10:16; 30:6; Jr 4:4).

Enquanto que no Antigo Testamento a circuncisão era uma condição básica para pertencer ao povo de Deus (Gn 17:9-14), no Novo Testamento essa condição passou a ser o batismo cristão (ver Mt 28:18-20; Mc 16:15 e 16; At 2:37 e 38). Em resposta aos cristãos judaizantes que tentavam impor a circuncisão aos gentios que aceitavam o cristianismo, o Concílio de Jerusalém deixou clara a opcionalidade dessa prática (ver At 15; Gl 2).

O apóstolo Paulo é incisivo em afirmar que “em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor” (Gl 5:6), o “ser nova criatura” (Gl 6:15) e o “guardar as ordenanças de Deus” (1Cr 7:19). E o mesmo apóstolo acrescenta: “Foi alguém chamado, estando circunciso? Não desfaça a circuncisão. Foi alguém chamado, estando incircunciso? Não se faça circuncidar” (1Co 7:18). Hoje, portanto, a circuncisão, para os cristãos, não passa de uma opção pessoal, destituída de qualquer significado religioso.

Texto de autoria do Dr. Alberto Timm, publicado na Revista Sinais dos Tempos, junho de 1999, p. 29.


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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