001 – Um Dia Chamado Expiação

ASSUNTO: O dia da expiação.

OBJETIVO: Mostrar que purificação de nossos pecados era o objetivo do dia da expiação.

TESE: O dia da expiação era um dia especial.

TEXTO: Lev. 16:1- 28

INTRODUÇÃO:

 

O dia da expiação era um dia particularmente santo em Israel, e nele nenhuma obra se devia fazer. Os judeus chamam o dia de Yoma. A celebração ocorria no dia 10 do mês 07 (tishri), nosso outubro, geralmente. E os dez dias que antecediam, eram dias de arrependimento e mudança de coração. Durante esses dez dias, reconhece-se a Deus como Rei do presente, Juiz do passado e Redentor do futuro.

 

Durante os serviços diários, o pecado era, simbolicamente, transferido para o santuário pelo sistema sacrifical. Uma vez ao ano, o santuário propriamente dito era purificado do pecado e da impureza acumulada no decorrer do ano. 

Mas, de acordo com o livro de Levítico, não era só o santuário que era limpo, mas o povo, também. Na consumação desse serviço, tanto o povo como o santuário, eram purificados do pecado. Nesse dia havia jejuns e repouso completo e o dia tinha uma duração de 25 horas 

Estavam geralmente com ele dois outros sacerdotes. Um mais experiente como orientador e outro, caso acontecesse algo com o escolhido, este assumiria as atividades no Yoma. Geralmente, todos levantavam cedo. E o sacerdote fazia o sacrifício diário (tamid) como ocorriam todos os dias do ano.

A cerimônia era cercada de beleza, louvor e adoração. Os detalhes aparentemente insignificantes, são de profundo valor para compreensão do significado de todo ritual.

I. ERA UM DIA DE PURIFICAÇÃO.

1- Para o Sumo Sacerdote

a) Segundo Andreasen, autor do livro O Ritual do Santuário, conta-se que “No terceiro dia do sétimo mês, o sumo sacerdote se mudava de sua casa para o templo. Ali passava ele a semana em oração e meditação, e também preparando o ritual para o dia da expiação, de modo a não cometer erro algum”. 

b) Troca das Vestimentas (Lev. 16: 3-4). O Sumo sacerdote deveria lavar-se e vestir a roupa sagrada com o peitoral de pedras preciosas (Ex. 28:39-40 e 39:28).

c) Purificação do seu próprio pecado (Lev. 16:6, 11-14).

Depois que o novilho é morto, um auxiliar apanha o sangue numa tigela e fica mexendo para não coagular, enquanto o sumo sacerdote toma brasas do altar da oferta queimada, pondo-a num incensário. 

A manipulação do sangue do novilho é diferente no dia da expiação. Nos serviços diários o sacerdote mergulhava o dedo no sangue, espargindo dele sete vezes diante do véu do santuário (Lev. 4:5), e também colocava parte do sangue sobre o chifre do altar do incenso (4:7), no dia da expiação, o sacerdote deveria entrar com o incenso e parte do sangue do novilho era levada ao santíssimo e aspergida com o dedo sobre a frente e diante do propiciatório por sete vezes (Lev. 16:12-14).

2- Para o Povo

A segunda oferta consistia de um bode, tomado da congregação do povo de Israel, escolhido por sorte, designado “… o qual caiu à sorte para o Senhor” (Lev, 16:5 e 9). O sumo sacerdote deveria imolar o sacrifício.

a) Isso ocorria, porque o bode para o Senhor era empregado para limpar o santuário dos pecados acumulados do povo ali depositados. A função é diferente do “contínuo” (Lev. 16:16).

b) Significa que estes ritos, que limpavam tanto o santuário quanto o altar, relacionavam-se com respeito aos efeitos que tinham para com os israelitas. Era uma purificação final diante do Senhor. (Lev. 16:30)

Por ocasião do sacrifício diário o pecado do povo, era transferido do israelita – pecador arrependido – para o santuário aonde ia se acumulando. E, no dia da expiação, quando “alcançava o limite” da graça divina aconteciam a purificação do santuário (Lev. 16:34).

APLICAÇÃO:

a) Isso nos mostra que mediante a devida atitude de arrependimento e confissão, qualquer pecado poderia ser perdoado.

b) Perdão não é resultado automático do ritual sacrifical diário, pois sempre aparece sob uma frase passiva, “para que lhe seja perdoado”. Não é automático e nem pode ser conquistado. É resultado da misericórdia divina.

c) O sacrifício não é uma transação tipo barganha, na qual Deus perdoa como que por consideração. O sacrifício produz efeitos porque Deus, em Sua misericórdia, decide aceitar a oferta do ofensor como substitutiva de sua própria vida. Deus assegura o perdão por conta de sua graça.

Após o perdão e purificação do santuário dos pecados do povo, a comunidade dos israelitas arrependidos e perdoados podia estar de pé diante de Deus numa condição que torna possível a comunhão completa.

II. NESSE DIA O PECADO VOLTAVA PARA O SEU ORIGINADOR.

1- Satanás, Bode Emissário.

a) Transportando o pecado nos sacrifícios anteriores, os animais mortos, purificaram o santuário em termo das transgressões de Israel. O bode Emissário é o veículo que conduz para o deserto os pecados acumulados no santuário (Lev. 16: 20-22).

b) O sacerdote põe ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e confessa o pecado, transferindo por meio da confissão oral todos os pecados que estão no santuário (Lev. 16:20).Enviaria a uma terra solitária por mãos de homem já escolhido que o deixaria ali, no deserto.(Lev. 16:22). 

c) Através desse rito, há uma eliminação que simboliza a retirada dos pecados de Israel acumulados no santuário (Lev. 16:10 e 22).

d) O texto de Lev. 16:8 diz: “ um, para o Senhor, e outra, para o bode emissário (Azazel).”. No sentido tipológico dos dois bodes, o primeiro representa a Cristo, e o segundo é visto como tipicamente o oponente, Satanás.

 

APLICAÇÃO: 

Azazel era um ser pessoal, como indicado pelo paralelismo entre as expressões “para o Senhor” e “para Azazel”. HYPERLINK “vlicao622002.html” \l “Lev. 16:8″Lev. 16:8. O pecado era removido do santuário pelo sangue do bode que pertence ao Senhor. Uma vez terminada a Expiação, o bode vivo levava o pecado para Azazel, para o deserto onde ele simbolicamente residia. Por este rito de eliminação, o pecado e a impureza eram devolvidos a seu originador e instigador, Azazel, tornando-o responsável pelo pecado. Embora o Senhor assumisse a responsabilidade pelos pecados de Seu povo pelo sistema sacrifical, Ele não era o originador do pecado, que, em última instância, tinha que ser removido de Sua presença.

III. ERA UM DIA DE FESTA.

1- Para os Judeus no Passado

Dia de Juízo e julgamento não de forma condenatória, mas sim de absolvição de todos os pecados que então afastavam Deus do seu povo. Para todo aquele que durante o ano havia seguido a orientação para o perdão dos pecados era dia de festa.

2- Para nós Hoje

a) Não é muito diferente do que era para os judeus, salvo o fato de que Cristo é o Sumo Sacerdote e o Sacrifício Perfeito. Nele temos acesso diretamente, como o único mediador junto ao Pai para obter perdão e graça.

b) Com uma clareza, o dia da expiação, revela a seriedade do pecado e os beneficio do redentor plano divino, que reunifica Deus e o homem através do sacrifício de Cristo. Que nos trás Salvação, já que tudo apontava para Ele e Sua obra intercessória, desde a cruz e santuário celestial.

CONCLUSÃO:

Esse não era um dia qualquer, era um dia muito especial, pois algo especial acontecia. Nele havia a purificação ou limpeza de todos os pecados que ali residiam do templo do Senhor. Todos eram levados a uma verdadeira consagração de suas vidas. Seus pecados não os atormentavam mais, pois havia quem o tinha originado, Satanás. Como o coração isento de pecado só restava uma coisa a fazer. Festejar.

APELO:

Hoje o mesmo Jesus que chamou os Israelitas para uma inteira consagração e entrega total de suas vidas, chama hoje também para a maior festa do Céu. A festa da expiação. Venha você e compartilhe esta alegria com o Céu.


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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