36. Diofisismo

Cristologia – Século V – Calcedônia

Cristo tinha duas naturezas distintas: divina e humana.

Em 451 o imperador bizantino Marciano convocou o Concílio de Calcedônia, onde compareceram 350 bispos da cristandade. Esse concílio tornou-se o mais importante até então realizado. 

Calcedônia é uma cidade da Bitínia, localizada na Ásia Menor.O concílio rejeitou o monofisismo defendido por Eutiques, o qual negava a natureza humana de Jesus; também recusou o miafisismo, tão caro para Cirilo de Alexandria (378-444), o qual afirmava que Jesus tinha duas naturezas, humana e divina, fundidas numa só.

O concílio acabou adotando a posição diofisista, apresentada por Leão I em sua carta “Tomus ad Flavianum”. Após o concílio seguiu-se um grande cisma entre os diofisistas (calcedoniana) e as igrejas monofisitas (eutiquianismo) e miafisistas (ciriliana).

As palavras “diofisismo”, “difisismo” ou “diafisismo” são expressões de origem grega. Elas significam literalmente “duas naturezas”. Foi empregada para referir-se às duas naturezas distintas existindo numa única pessoa: Jesus Cristo. Distigue em Cristo uma natureza divina e uma natureza humana.


No princípio, o diofisismo foi uma expressão empregada para descrever o nestorianismo; segundo o qual, em Cristo havia duas pessoas distintas: humana e divina. O nestorianismo foi condenado no Primeiro Concílio de Éfeso realizado em 431.

Porém, todos os que apoiavam a posição calcedoniana foram taxados de “diofisistas” pelos seus adversários monofisistas e miafisistas.

O diofisismo é uma contraposição ao monifismo. Com as disputas contra as heresias dos séculos II e III, reforçou-se a ideia de uma dualidade em Cristo. 

Destarte, Melitão de Sardes (morto em 180) falava de duas essências ou substâncias; Orígines de Alexandria (185-253) falava de dois atributos; Tetuliano de Cartago (160-220), de duas substâncias ou naturezas.

Porém, foi a controvérsia antiariana que contribuiu fortemente para o desenvolvimento da concepção de geração divina distinta da humana, levando a uma elaboração mais acurada dos conceitos das duas naturezas.

Então surgiu um novo problema de como se realizam a união das duas naturezas num único Cristo. 

Nesse processo a escola de Antioquia ressaltava a natureza humana, distinguindo-a da divina em franca oposição às teses da escola de Alexandria, quer contra o apolinarismo, quer contra Cirilo de Alexandria.

São diofisistas heterodoxos a escola nestoriana e a escola ortodoxa resultando do Concílio de Calcedônia.

 


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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