Se dissermos que mantemos comunhão com Ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. I João 1:6.
Acrobacia impossível é viver uma existência dividida entre dois mundos opostos. A maior tolice é pensar que se pode aproveitar o melhor do mundo da luz e do mundo das trevas, ao mesmo tempo.
Em João 1:6, 8 e 10, João apresenta três testes pelos quais podemos ver se nosso compromisso com a verdade divina é profundo ou superficial. O primeiro é a incapacidade de rejeitar o mal (verso 6). Não adianta dizermos que temos comunhão com Deus, se andamos nas trevas. O segundo teste tem que ver com a negação de nossos pecados (verso 8). Nesse caso, tentamos manter a aparência de retidão, quando na verdade não há retidão em nós. O terceiro teste consiste em dizer que nunca pecamos (verso 10). Ao agirmos dessa maneira, chamamos Deus de mentiroso, pois negamos a razão fundamental para a exist~encia do plano da salvação.
Alguém contou que recebera uma carta do pai, na qual ele dizia: “Faz 45 que não peco.” 1 João 1:8 afirma claramente: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.” Ellen White comenta essa atitude da seguinte maneira:
“O que me foi mostrado é que quem afirma triunfantemente que não peca mais, pela sua própria ostentação demonstra quão longe está desse estado. Quanto mais claramente o homem caído compreende o caráter de Cristo, menos confiança terá em si mesmo, e mais imperfeitos lhe parecerão suas obras, em contraste com os que submeteram sua vida ao Redentor.” – Ellen White, Life Sketches, pág. 84.
Somente os que submetem sua vida ao Redentor andam na luz. Nenhuma entrega a Cristo, com reserva de domínio, é capaz de nos conectar plenamente com poder que transforma e restaura a alma.
Cansada de receber presentes do pai, o qual passava a maior parte do tempo fora do lar, uma menina disse: “Papai, não quero mais presentes; o que eu quero mesmo é você.”
Às vezes, oferecemos a Deus as nossas boas obras, achando que isso atrairá a aprovação divina. Deus, porém, está cansado de nossa justiça própria. O que Ele diz a cada um de nós, hoje, é: “Filho, o que Eu quero mesmo é você.”
Quem se coloca nas mãos divinas, vive longe das trevas.
Pergunta para Reflexão
Deus nos aprova levando em conta a fé que temos em Jesus, ou as boas obras que praticamos?
Rubens S. Lessa, A Esperança do Terceiro Milênio, pág. 116.