Seguindo os Passos de Cristo

“Dois jovens conversavam, bastante preocupados: “Como pode você fazer isto e ainda se considerar cristão?” “Para lhe ser muito franco”, respondeu o companheiro, “eu acho que podemos fazer uma porção de “coisinhas” e ainda continuarmos sendo cristãos”.

“Está enganado, amigo. Devemos conduzir-nos de acordo com princípios morais claros e invariáveis. Medimos e pesamos nossas compras. A vida no seu aspecto moral e cristão também deveria ter um padrão pelo qual se orientasse.” Essas palavras surpreenderam o outro jovem, que declarou: “Pois eu nunca o havia considerado dessa maneira. Em que você se baseia para falar assim?”. “É que devemos seguir o exemplo de Jesus em todos os atos de nossa vida.

Cada vez que temos uma importante decisão a tomar, deveríamos perguntar: Que faria Jesus em meu lugar? Se fizermos isto, nunca andaremos por caminhos enganosos.”

“Aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como Ele andou.” I S. João 2:6.

É ESTABELECIDO UM MEMORIAL DA CRIAÇÃO

“Havendo Deus outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual também fez o universo.” Hebreus 1:1 e 2. No princípio o Pai, mediante Jesus, fez o mundo em seis dias. “E havendo Deus terminado no dia sétimo a Sua obra que fizera, descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador fizera.” Gênesis 2:2 e 3.

O SÁBADO É MEMORIAL DA CRIAÇÃO

1. Deus descansou no sétimo dia. Por que? Estava Ele cansado? Não! Em Isaias 40:28 se nos diz que “Deus não se cansa nem se fadiga.” O verbo descansar no hebraico é “shabath”- e quer dizer “celebrar, descansar.”

Depois que Deus terminara Sua obra, olhou tudo que tinha feito e achou tudo muito bom.

(Gênesis 1:31). Em outras palavras, Deus sentiu alegria pelo que fizera.

2. Deus abençoou o sétimo dia. Como é importante termos a bênção de Deus, pois a “bênção do Senhor enriquece.” Provérbios 10:22. O sétimo dia, o sábado, tem uma benção que os demais não têm.

3. Deus santificou o sétimo dia. Santificar significa separar para um fim santo. Deus separou o sábado para um fim sagrado. O quarto mandamento diz: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem teu servo, nem a tua serva, nem teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia de sábado, e santificou.” Êxodo 20:8-11

O DIA DO SENHOR

“Também lhes dei os Meus mandamentos, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que santifica.” Ezequiel 20:12. Em Isaías 58:13 Deus o chama de “O MEU SANTO DIA” e “santo dia do Senhor”. Quando Jesus esteve na Terra, Ele declarou ser o Senhor do sábado (Marcos 2:27 e 28) – o sábado da criação. Ele e o Pai fizeram o sétimo dia – o sábado faz parte da criação.

O apóstolo S. João, quando exilado na ilha de Patmos, escreveu: “Achei-me no espírito, no dia do Senhor”. Apocalipse 1:10. Observamos as expressões: “o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus”, “Meus sábados”; “Meu santo dia”; “Santo dia do Senhor”; “Senhor do sábado” e “dia do Senhor”. Se transferíssemos a instituição do dia de repouso para outro dia da semana, tê-la-íamos em tempo no qual Deus não descansou, tempo que Ele não abençoou nem santificou. Igreja alguma, estado ou país, pode instituir outro Dia do Senhor.

GUARDOU JESUS O “SEU DIA”?

“Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga; segundo seu costume, e levantou-Se para ler.” Lucas 4:16. Jesus tinha por costume ir a um lugar de adoração no dia de sábado, pois Ele disse: “Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai”. S.João 15:10 Jesus nunca transgrediu o sábado. Ele guardava e honrava o dia que Ele instituiu na criação. Ele mesmo disse: “Eu, o Senhor, não mudo”. Malaquias 3:6. “Não penseis, que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra.” S. Mateus 5:17 e 18.

Além da guardar o sábado, Jesus ensinou como guardá-lo, pois muitos haviam perdido o sentido espiritual do sábado. Disse Jesus: “É lícito fazer bem aos sábados”. S. Mateus 12:12. Jesus fazia o bem no sábado – curava enfermos, dava vista aos cegos. Num sábado, ao passarem pelas searas, estando Seus discípulos com fome, concordou que eles colhessem espigas para comerem o grão. (S. Lucas 6:1) Repetidas vezes encontramos Jesus esclarecendo aos judeus como devia ser a verdadeira observância do Seu santo dia, pois eles o haviam tornado um fardo em lugar de benção, por causa das centenas de restrições absurdas que estabeleceram.

Por exemplo: não atendiam a um doente no sábado, nem curavam uma ferida; levar lenço no bolso; andar mais de 2 quilômetros; atar ou desatar nós, olhar num espelho na parede, eram consideradas transgressões do sábado. A lei de Deus é uma lei de amor, e atos de misericórdia não são por ela proibidos.

Ao Jesus profetizar a destruição de Jerusalém, que se deu no ano 70, portanto, cerca de 40 anos após a Sua ressurreição, Ele aconselhou: “Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado”. S. Mateus 24:20. Não no inverno – por causa das noites frias no Oriente; e nem no sábado, pois, ao fugirem, provocariam certa confusão e o próprio viajar no dia de sábado, não seria condizente com a santificação desse dia. Jesus, pois, recomendou que, 40 anos após Sua ressurreição, se lembrassem do sábado. “Lembra-te do dia do sábado!” E a fuga se deu numa quarta-feira.

Completando o Seu trabalho de criação em seis dias, Jesus descansou no sétimo dia. Após completar Seu trabalho de salvação, com a morte na cruz, Ele descansou na sepultura no sétimo dia. Na Criação e na Redenção, Jesus descansou no sétimo dia – O Sábado.

SEGUINDO O EXEMPLO DE JESUS

Os seguidores de Jesus foram cuidadosos em guardar o sábado como o Mestre deles o havia feito. “Era o dia de preparação e começava o sábado. As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. Então se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E no sábado, descansaram segundo o mandamento.” S. Lucas 23:54-56.

Esse relato foi escrito pelo médico Dr. Lucas, cerca de 25 anos depois da morte e ressurreição de Jesus. E ele identifica o dia santo, dizendo que estava entre a sexta-feira e o primeiro dia da semana.

O apóstolo S. Paulo foi comissionado por Deus para levar as maravilhosas “novas da salvação” aos gentios. Ele guardava o sábado entre os gentios. Em Antioquia da Pisídia foi aos sábados à sinagoga (Atos 13:14, 42 a 44). Em Filipos, possivelmente por não haver sinagoga na cidade, ele, no sábado, adorou a Deus fora da cidade, junto ao rio (Atos 16:13). Em Tessalônica, na Grécia, “segundo o seu costume, dissertou na sinagoga” (Atos 18:1-4 e 11). Contando todos esses sábados, temos o total de 84 sábados mencionados no Novo Testamento, guardados por S. Paulo e os demais crentes após a ressurreição de Jesus.

É O SÁBADO “UMA SOMBRA”?

Alguns se apegam erroneamente a algumas passagens da Bíblia para afirmar que o sábado foi pregado por Cristo na cruz. “Ninguém pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados. Porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.” Colossenses 2:16 e 17.

Deus deu a Israel, junto ao Sinai, além da lei dos 10 mandamentos, que é eterna e imutável, a lei cerimonial a qual era temporária e provisória. Essa veio a existir depois da queda do homem; consistia em manjares e bebidas e sacrifícios; destinavam-se a chamar a atenção para a primeira vinda de Jesus o qual iria morrer como “Cordeiro de Deus” em lugar do pecador. Por essa lei estabeleceu o Senhor sete dias de descanso anuais (feriados). Estes dias também foram chamados “sábados”, pois a palavra sábado quer dizer descanso. Esses “feriados” estavam relacionados com o dia das trombetas, festa dos tabernáculos, dia da expiação, etc. Eram sete ao todo e eram sábados móveis, pois caíam em diferentes dias da semana, de ano para ano; ao passo que o sábado da lei de Deus ou Decálogo, cai sempre no sétimo dia da semana.

Ao morrer Jesus na cruz, o “véu do templo rasgou-se em dois, de alto a baixo” (Mateus 27:51). Isto era um sinal de que aquelas cerimônias e sacrifícios não seriam mais necessários pois eram apenas uma “sombra” do verdadeiro “Cordeiro” que agora morria em lugar do pecador. Essa lei cerimonial foi cravada na cruz e por isso aqueles sete sábados anuais não se acham mais em vigor.

O sábado semanal da criação não tem nada que ver com os sábados cerimoniais. O sábado semanal, da criação, o sábado do senhor, será guardado também na Nova Terra: “Porque, como os novos céus e a nova Terra, que hei de fazer, estarão diante de Mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que de uma lua nova à outra e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante Mim, diz o Senhor”. Isaías 66:22, 23.

BÊNÇÃOS PARA OS FIÉIS

“Se desviares o teu pé de profanar o sábado, e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia, mas se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da Terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse.” Isaías 58:13 e 14.


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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