Os meios de comunicação são poderosos instrumentos para você alcançar as massas de pessoas. O Senhor Jesus e Paulo certamente usaram os princípios de comunicação de massa ao viajarem para os locais onde havia um grande número de pessoas. Jesus viajou de cidade em cidade e de aldeia em aldeia. E Paulo pregava nas praças públicas, em sinagogas e até mesmo na Colina de Marte, em Atenas.
Muitas igrejas tentam comunicar o evangelho por meio da mídia de massa, mas muito poucas se comunicam de forma eficaz. O evangelismo através da mídia é caro, e muito dinheiro é desperdiçado. Se a sua igreja decide desenvolver um ministério de mídia, mantenha os seguintes princípios em mente:
Princípio #1: Quase todos os brasileiros assistem à televisão e ouvem rádio todos os dias.
Obviamente, o rádio e a televisão podem transmitir uma mensagem às massas muito rapidamente. É por isso que as empresas gastam milhões para fazer propaganda de seus produtos no rádio e na televisão. Se você quer alcançar um grande número de pessoas com uma mensagem breve, o rádio e a televisão são a maneira de fazê-lo. Sem dúvida, os meios de comunicação podem melhorar o evangelismo.
Princípio #2: A mídia de massa não pode substituir o envolvimento pessoal.
Quando as igrejas começaram a televisionar os serviços de culto, muitos pensaram que as pessoas iriam parar de frequenter as igrejas. Alguns jornalistas esportivos expressaram a mesma opinião quando os jogos de futebol foram pela primeira vez para a televisão. É claro que esta previsão não se realizou. As pessoas querem estar envolvidas pessoalmente. Um programa de televisão ou de rádio não podem apertar a sua mão ou dar-lhe um abraço. Os meios de comunicação só podem ser eficazes no evangelismo quando há algum tipo de acompanhamento pessoal com aqueles que estão tomando decisões.[1]
Princípio #3: Direcione o seu programa para pessoas perdidas.
Muitos programas de igrejas que assisto não apelam para os perdidos. Eles perdem o público-alvo por duas razões básicas. Primeiro, eles transmitem nos canais errados. Vários programas destinados a alcançar os perdidos são veiculados em emissoras cristãs. Estas estações certamente merecem o nosso apoio e orações. Elas ministram para os cristãos, e muitos de outras denominações têm sido abençoados com novas explicações da Palavra de Deus, mas poucas pessoas seculares ouvem ou assistem a estas estações. Se você quiser alcançar os perdidos, você precisa descobrir que canais e horários elas gostam. Pesquisa conduzida por Jeffrey Hadden revelaram que as pessoas que vêem “televangelistas” são na sua maioria idosos, mulheres (60-73%) e membros de igrejas. [2] Segundo, o conteúdo, o formato e o vocabulário usado em seus programas não são projetados para atrair os perdidos. Assim, os programas simplesmente não são atraentes para eles. Se você está inseguro sobre o que fazer, procure aconselhamento profissional e peça a algumas pessoas sem igreja a sua opinião de um programa piloto.
Princípio #4: Peça aos seus telespectadores para ligar ou convidar alguém.
É importante personalizar o programa, tanto quanto possível. Quando você concluir o programa, incentive as pessoas a escreverem para o orador ou o apresentador do programa. Isso vai permitir que você forneça aos ouvintes aconselhamento e literatura, além de ajudá-lo a contatar os interessados que o seu programa está alcançando.
Princípio #5: Estabeleça um logotipo e um slogan.
Se você quiser que o seu programa promova o crescimento de sua igreja, você precisa desenvolver um logotipo e um slogan. Use o logótipo e o slogan em seus programas, cartazes, papelaria, boletins da igreja, adesivos para carros, placas de quintal, e em murais da igreja. A repetição é a chave para a comunicação.
Princípio #6: A qualidade é mais importante do que a quantidade.
Você faria melhor se desenvolvesse um programa especial, produzido com excelência, a tentar transmitir um programa semanal com amadorismo. Tenho observado vários programas apresentados por igrejas evangélicas e neo-pentecostais, mas a qualidade é sofrível. Eu não posso imaginar uma pessoa perdida assistindo a estes programas, muito menos sendo atraídos para Cristo. Se você deseja fazer um programa de TV, tente fazê-lo direito.
Princípio #7: Se você quiser alcançar uma cidade, você precisa usar a TV regularmente.
A televisão ajuda a desenvolver tanto o nome quanto o reconhecimento facial. Se você é amplamente reconhecido, pode se tornar o pastor da cidade.[3]
Princípio #8: Testemunhos pessoais são eficazes em alcançar pessoas perdidas.
Poucas técnicas são mais eficazes do que o testemunho pessoal, que pode ser usado em muitos ambientes, incluindo o rádio e a televisão. Certifique-se de que as pessoas que você escolheu pratiquem e coordenem o tempo dos seus depoimentos antes de ir para o ar.
Princípio #9: Mensagens complexas são difíceis de comunicar por rádio e televisão.
Os comunicadores estão sempre à procura de um “sound bite”, uma declaração curta e concisa, que transmita uma mensagem. Se você quer comunicar o evangelho pelo rádio e televisão, você deve dominar esta técnica. Por outro lado, muitas igrejas e ministérios têm comprometido o evangelho, permitindo que as demandas do meio afetem a pureza de sua doutrina. Devemos apresentar o evangelho de uma forma simples e atraente, mas nunca comprometer a verdade.
Princípio #10: Imagens visuais são importantes.
As gerações mais jovens são orientados visualmente. Um programa de televisão com muito diálogo e informações pode ter um pouco mais de efeito do que um programa de rádio. Use imagens visuais para comunicar a mensagem da salvação.
Concluindo, o ministério da mídia incluem a publicidade e o evangelismo. Ambos são importantes. Você precisa informar a sua comunidade sobre a sua igreja, porque as pessoas não poderão vir se elas não sabem que ela existe. Não seja tímido em pedir conselhos. Se você não tem pessoas treinadas em sua igreja, consulte profissionais. Os cristãos gastam muito dinheiro em “evangelho de radiodifusão,” mas poucas pessoas assistem ou ouvem os seus programas. Uma mistura de vários métodos de mídia (radio, TV, internet, etc.) é melhor tanto para a publicidadequanto para o evangelismo. Independentemente da abordagem que você escolher, leve-o para onde estão as pessoas.[4]
[1] Darrell Robinson, “Why Converts Come to Christ,” Missions USA (July–August 1995), 18.
[2] Jeffrey K. Hadden and Charles Swann, Prime Time Preachers (Reading, Mass.: Addison-Wesley Publishing Co., 1981), 61–62.
[3] Delos Miles, Introduction to Evangelism (Nashville: Broadman Press, 1983), 280.
[4] Terry, J. M. (1997). Church evangelism : Creating a Culture for Growth in Your Congregation (171–176). Nashville, Tenn.: Broadman & Holman Publishers.
Emílio Abdala – Missões Urbanas
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