Interpol prende em SP homem acusado de torturar crianças em Israel

Agressões foram cometidas em Israel por motivos religiosos, de acordo com a PF. Preso deverá ser extraditado para Israel a pedido do governo daquele país.

A Polícia Federal prendeu por volta das 22h30 de terça-feira (3) um homem acusado de maus-tratos contra crianças. Os maus-tratos foram cometidos por motivos religiosos, segundo a polícia. O homem está preso no prédio da Superintendência da PF em São Paulo, no bairro da Lapa, na Zona Oeste.

A ordem de prisão preventiva para extradição foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 5 de abril, por crimes de tortura contra crianças, cometidos em Israel. Ele aguardará o julgamento do pedido de extradição feito pelo Governo de Israel ao STF.

Segundo a PF, o cidadão israelense é líder de uma seita religiosa que se utiliza de meios cruéis para educar e corrigir crianças. Ele foi preso pela Interpol no bairro do Bom Retiro, na região central de São Paulo.

De acordo com informações das autoridades de Israel, o homem é considerado líder e mentor espiritual de um dos piores casos de abuso infantil de Israel, utilizando de tortura como método de correção de comportamento de crianças com a finalidade de “expulsar o demônio de seus corpos”.

Segundo a PF, o homem freqüentava uma sinagoga no Bom Retiro, em São Paulo. Ainda de acordo com a PF, a Congregação Israelita de São Paulo, após saber das torturas, advertiu aos representantes religiosos de São Paulo proibindo os cidadãos da comunidade judaica de dar abrigo ou acobertar o fugitivo. A Congregação Israelita Paulista informou que foi alertada pela Federação Israelita do Estado de São Paulo sobre o agressor. Ainda de acordo com a CIP, o homem é um judeu ortodoxo e não frequentaria a CIP, de orientação liberal.

Em 26 de maio, a representação da Interpol em SP localizou a esposa do líder, juntamente com seus quatro filhos, que foram apresentados ao juiz da Vara da Infância e Juventude da Capital. Por se tratar de fanatismo religioso os “ensinamentos” são potencialmente destinados aos seus próprios filhos. O juiz da Infância interveio preventivamente, apreendendo as crianças temporariamente, como forma de resguardar as integridades físicas e psicológicas dos quatro menores.

A Federação Israelita do Estado de São Paulo informou que o homem não é rabino. ‘Ele é um judeu ortodoxo que se intitula rabino, mas não tem formação rabínica e não é reconhecido pela comunidade’, disse um assessor.

De acordo com a federação, o homem formou uma seita em que pregava a tortura como método para educar crianças. ‘É um homem que se disse rabino, mas não agiu como manda a Torá. Ele merece ser investigado pelo ele fez e que ele pague na Justiça.’

Fonte: G1

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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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