Certa ocasião, diante do governador Félix, o apóstolo Paulo se defendeu com estas palavras: “Confesso ao senhor que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que concordam com a lei e os escritos dos profetas, tendo esperança em Deus, como também estes a têm, de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos. Por isso, também me esforço por ter sempre uma consciência pura diante de Deus e dos homens” (Atos 24:14-16).
Note que Paulo reafirmou algumas de suas convicções fundamentadas firmadas na Bíblia. Ele disse (1) acreditar “em todas as coisas” que concordam com a lei e os escritos dos profetas, (2) ter esperança em Deus, (3) crer na ressurreição dos justos (segunda vinda de Cristo [1Ts 4:16, 17]) e dos injustos (fim do juízo pré-advento e do milênio [Ap 20]), e (4) ter a consciência pura.
Paulo guardava o sábado, conforme podemos ver em várias passagens do livro de Atos, como em 16:13. Paulo ensinava sobre o sono da morte (1Ts 4:13-17; 1Co 15:51-54). Paulo anunciava a segunda vinda literal de Cristo (Tt 2:13). Ele sabia que “Arcanjo Miguel” é mais um dos títulos de Jesus (assim como “Anjo do Senhor” é um dos nomes Dele no Antigo Testamento [Gn 16:10, 13; 31:13; Êx 3:2, 4-22; Jz 13:18, 22]), e que é à voz Dele que os mortos serão ressuscitados (1Ts 4:16) – heresia seria dizer que anjos ressuscitam mortos e podem ter um nome que significa “aquele que é como Deus”.
Paulo também cria na continuação do dom profético no cristianismo, tanto que escreveu: “Não apaguem o Espírito. Não desprezem as profecias. Examinem todas as coisas, retenham o que é bom” (1Ts 5:19-21), e que entre os dons deixados por Jesus aos crentes até a volta Dele está o de profecia (Ef 4:11-13), o que está em conformidade com as palavras de João em Apocalipse 12:17 e 19:10. O dom de profecia continuaria até o fim, daí a necessidade de “examinar” e tomar cuidado com os falsos profetas (Mt 7:15). E se há o falso, obviamente também há o verdadeiro.
Enfim, Paulo passou a ser tido como membro de uma seita por causa do “a mais” e não do que compartilhava com os judeus. Ele cria e pregava a respeito do Messias Jesus Cristo. E sua pregação era tão poderosa que aos inimigos muitas vezes só restavam duas opções: distorcer as palavras do apóstolo ou simplesmente tentar calá-lo.
Por: Michelson Borges
Fonte: Blog Outra Leitura
A pregação do apóstolo era tão poderosa que aos inimigos muitas vezes só restavam duas opções: distorcer suas palavras ou simplesmente tentar calá-lo