Quem foi Aarão?

Heb. ‘Aharôn, muito provavelmente uma trasliteração Hebraica do Egípcio ‘rn, “grande é o nome”, ou “grande no nome”; Gr. Aaron.

Filho de Amram e Jocabed (Ex 6:20), e descendente de Levi (1Cr 6:1-3). Tinha uma irmã mais velha, Miriam (Ex 7:7; cf. Ex 2:4), e um irmão mais novo, Moisés (Ex 7:7). Casou com Eliseba, filha de Aminadabe, da tribo de Judá, que lhe deu quatro filhos, Nadab, Abiú, Eleazar e Itamar (Ex 6:23).

Aarão aparece na narrativa bíblica quando o Senhor o envia desde o Egipto para se reunir com o seu irmão Moisés no Monte Horeb (Ex 4:27). Aí os dois conferenciaram sobre a volta ao Egipto a fim de efectuar a libertação do seu povo do cativeiro (Ex 4:28). O Senhor tinha já aparecido a Moisés, indicando-lhe que Aarão seria o seu porta-voz na nova missão (Ex 4:14-16). A partir dessa altura os dois irmãos trabalharam lado a lado para garantir a liberdade para o seu povo oprimido (Ex 4:29, 30; etc.). Mesmo depois da saída do Egipto Aarão continuou, pelo menos algumas vezes, como porta-voz de Moisés para os filhos de Israel (Ex 16:9,10).

Em Refidim, a pouca distância do deserto de Sin, Aarão e Hur sustentaram os braços levantados de Moisés na batalha vitoriosa com um grupo de Amalequitas (Ex 17:12).

Durante a estadia junto ao Monte Sinai, a Aarão e aos seus filhos Nadab e Abiú, juntamente com 70 dos anciãos de Israel, foi dado o privilégio especial de acompanharem Moisés para além do limite na base da montanha do qual o povo normalmente não deveria transpor (Ex 24:1-11). Durante a ausência prolongada de Moisés do acampamento, Aarão condescendeu com a exigência do povo de terem “deuses” visíveis ao fazer um bezerro de ouro e liderando a sua adoração (Ex 32:1-35).

Enquanto os Israelitas estavam ainda acampados no Sinai, Aarão e os seus filhos foram nomeados e consagrados para servir como sacerdotes no santuário (Ex 28:40-Ex 29:37; Ex 40:13-16; Lv 8:1-36). Aarão serviu como sumo-sacerdote durante 38 anos, até alguns meses antes da entrada em Canaan (Nm 20:22-29). Logo após a partida do Sinai, Aarão e Miriam juntaram-se na oposição a Moisés como comandante supremo de Israel, sob a orientação de Deus, e reclamaram para eles uma voz na administração da nação. Deus activamente repreendeu os dois que tinham tido a audácia de desafiar aquele que Ele tinha nomeado líder (Nm 12:1-15). Algum tempo depois um grupo de Levitas descontentes uniram forças com certos homens da tribo de Rúben, e outros, numa revolta contra a liderança de Moisés e Aarão, e mais uma vez Deus demonstrou quem eram os Seus líderes escolhidos (Nm 16:1-50). Para que não houvesse nenhuma sombra de dúvida em relação ao facto que tinha sido Deus a nomear Aarão para tomar conta da vida religiosa da nação, Deus o demonstrou ao fazer com que a vara de Aarão florescesse, e gerasse amêndoas de um dia para o outro (Nm 17:1-13).

Perto do fim dos 40 anos no deserto, quase na fronteira com Canaan, Aarão juntou-se a Moisés numa demonstração de impaciência em Cades, onde Moisés impetuosamente feriu a rocha de onde água iria fluir para o povo. Como resultado desta atitude, aos dois irmãos foi barrada a entrada na Terra da Promessa (Nm 20-7-13). Pouco tempo depois da experiência em Cades o povo de Israel levantou acampamento e viajou em redor da fronteira de Edom, tendo-lhes sido recusada permissão para usar uma rota mais directa através do território daquele país. Durante essa viagem o Senhor fez saber a Moisés e Aarão que este se devia preparar para cessar as suas funções e morrer (Nm 20:22-24; cf. Dt 10:6). Por ordem divina as vestes do sumo-sacerdote foram tiradas de Aarão e colocadas no seu filho Eleazar, simbolizando a sua sucessão ao seu pai como sumo-sacerdote (Nm 20:25-28). Aarão morreu com a idade de 123 anos (cf. Ex 7:7; Dt 34:7), e foi sepultado no Monte Hor na fronteira de Edom (Nm 20:27, 28; Nm 33:37-39; Dt 32:50), o qual ainda não foi identificado. Israel chorou a sua morte por um período de 30 dias (Nm 20:29).


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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