22 argumentos bíblicos a favor da guarda do sábado

1) Foi um dia abençoado e santificado por Deus ao fim da criação, muito antes de haver pecado, Abraão, Isaque, Jacó, doze tribos e Israel (Gn 2:1-3).

2) É um memorial de Deus como Criador do mundo (Êx 20:8-11).

3) É um sinal visível de que o Deus (Elohim) que servimos é o mesmo Deus descrito em Gênesis, criador dos céus e da terra, chamado Yahweh (Ez 20:12-22).

4) Foi incluído no decálogo, a parte da Torá que foi escrita pelo próprio Deus em tábuas de pedra (Êx 32:15-20).

5) Foi incluído outra vez no decálogo quando Moisés quebrou as tábuas (Êx 34:1-4, Êx 34:28-29 e Dt 10:1-5).

6) O decálogo se destacava tanto do restante da Torá que é chamado na própria Torá de “As dez palavras” (Êx 34:28). Além disso, suas tábuas de pedra eram guardadas na arca da aliança, dentro do santuário hebreu (I Rs 8:9). O santuário hebreu era figura de um modelo verdadeiro, que está no céu (Hb 8:1-5, 9:11-12 e 23-25). E nesse verdadeiro há também uma arca da aliança (Ap 11:19), o que indica que no próprio céu há algo na arca que simboliza a importância do decálogo.

7) Jesus e os autores do Novo Testamento acreditavam que o decálogo continuava vigente (Mt 15:3-6; Lc 18:20; Mc 10:19; Mt 19:18-19; Rm 13:8-10; Ef 6:1-3; I Co 6:9-10; Gl 5:14-23; Rm 2:17-24; Rm 7:7-22; Tg 2:8-11).

8) É um sinal visível de que o Deus do Antigo Testamento é o mesmo Deus do Novo Testamento, pois Jesus afirma ser o Senhor do Sábado (Mt 12:8, Mc 2:28 e Lc 6:5). Isso significa, aliás, que quem abençoou e santificou o sábado foi o próprio Jesus. Significa ainda que Jesus é o Criador, o mesmo de Gênesis, Yahweh Elohim. Por conseguinte, o sábado cria uma unidade entre as duas partes da Bíblia, tornando-a uma só.

9) Mesmo quando todas as nações seguiam outros deuses e só Israel seguia a Yahweh, Ele estendeu a todas as nações o convite para servi-lo e guardar o sábado (Is 56:1-8), uma demonstração de que Deus queria que todos o servissem e guardassem o sábado, não apenas os israelitas.

10) Jesus afirma que criou o sábado por causa do homem (Mc 2:27). Não afirma que criou o sábado por causa do judeu.

11) Jesus afirma que é licito (legal, está dentro da lei) fazer o bem aos sábados. Logo, quando ele curava e era acusado de transgredir o sábado, não reconhecia estar fazendo nada contra o mandamento (Mt 12:12, Mc 3:4, Lc 6:9).

12) As mulheres que compraram bálsamos para Jesus após sua morte, descansaram ao entrar o sábado (Lc 23:56). Lucas narra esse evento mais de trinta anos depois em seu evangelho e não diz que esse era um costume antigo dos judeus, algo obsoleto. Também não diz isso em Atos. Os dois livros foram escritos para alguém (Teófilo) que precisava saber mais sobre Jesus e o evangelho. Se Lucas não explica que o sábado foi abolido, mas o narra naturalmente como um mandamento, isso é um indício de que o sábado ainda era visto como um mandamento e habitualmente guardado.

13) Jesus pede que seus seguidores orem para não precisarem fugir num sábado nas perseguições que se abateriam sobre Jerusalém (no ano 70) e também no mundo todo (no fim dos tempos). Isso demonstra que o sábado ainda estaria sendo guardado por seguidores de Jesus nessas épocas (Mt 24:20).

14) Jesus afirmou que não veio abolir a Torá, mas cumprir (Mt 5:17). Isso significa que aquilo que era temporário, como sacrifício de cordeiros, circuncisão, festas e preceitos relacionados à teocracia judaica se cumpriram nele. Já o que era permanente, como o decálogo e os preceitos morais, continuaram em vigência.

15) Tiago afirma que aquele que escolhe deliberadamente não cumprir um mandamento moral e/ou do decálogo torna-se culpado de todos (Tg 2:8-11). Ele argumenta que o mesmo Deus que disse para não adulterar, disse para não assassinar. Se uma pessoa não adultera, mas assassina, torna-se transgressor da lei de Deus, que é uma coisa só. Ora, o mesmo Deus que disse para não adulterar e não assassinar, disse para guardar o sábado.

16) João define pecado como anomia, isto é, transgressão da lei (I Jo 3:4-6).

17) O sábado de Gênesis 2:1-3 é o mesmo sábado em toda a Bíblia. Isso fica claro, por exemplo, em Êxodo 20:8-11. A passagem explica que a razão para guardar o sábado é que “em seis dias, fez o Senhor [Yahweh] os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor [Yahweh] abençoou o dia de sábado e o santificou”. Ou seja, o texto deixa claro que está falando do mesmo sábado de Gênesis, da mesma criação de Gênesis e do mesmo Deus de Gênesis. Notemos ainda que quem escreveu Gênesis foi Moisés, o mesmo autor de Êxodo. Então, é óbvio que ele está falando do mesmo sábado.

18) Não há nenhuma passagem bíblica que diga que Deus santificou o domingo no lugar do sábado no Novo Testamento. As passagens que falam sobre o primeiro dia da semana no Novo Testamento apenas o mencionam como um dia comum (Mt 28:1, Mc 16:2, Lc 24:1; Jo 20:1; At 20:7; I Co 16:2).

19) Os primeiros cristãos continuaram normalmente com suas atividades cúlticas aos sábados, incluindo a ida à sinagogas judaicas (At 13:16, 13:42-22; 16:11-13; 17:1-3; 18:1-4, 18:18-19; 19:8-10). Em nenhum momento isso é tema de discussão em Atos, nem causa discórdia. A única grande discórdia teológica mencionada por Lucas no seio da Igreja, em Atos, é a da circuncisão (At 15). Essa discórdia causou tanto estardalhaço que é ecoada em diversas outras passagens bíblicas como Atos 16:3 e 21:21; Romanos 2:25-29, 3:30, 4:9-12; I Coríntios 7:18-19, Gálatas 2:12, 5:2-11 e 6:12-15, Filipenses 3:2-5, Colossenses 2:11-13, 3:11 e Tito 1:10.

O sábado era mais importante até que a circuncisão para os judeus. Sobretudo os judeus do primeiro século, que bebiam do legalismo rabínico. Se tivesse havido uma tentativa de abolir esse dia, sem dúvida haveria um estardalhaço muito maior em torno desse tema. A ausência desse reflexo nas páginas do Novo Testamento é um forte sinal de que o sábado continuou sendo observado normalmente pelos primeiros cristãos e não se tornou pauta de discussão teológica nas primeiras décadas de cristianismo.

20) As passagens de Romanos 14:5-6, Gálatas 4:8-11 e Colossenses 2:16-17 não anulam o sábado. Romanos 14 está falando de opiniões, questões que a Bíblia não impunha, como vegetarianismo e abstenção do consumo de álcool. Não fala sobre lei. Os dias ali referidos não eram o sábado ou algum dia bíblico. Gálatas 4:8-11 está criticando a guarda de um sistema baseado em rudimentos do mundo, interpretações errôneas da Torá e que servia outros deuses. O problema não era o sábado em si. Colossenses 2:16-17 está ensinando que os colossenses não deveriam se deixar julgar por hereges a respeito de como guardar mandamentos; hereges esses que seguiam tradições humanas, ascetismo e distorções da Torá. O problema, mais uma vez, não é o sábado em si.

21) A passagem de Apocalipse 14:6-7 afirma que uma das mensagens pregadas no tempo do fim conclamará o mundo todo a “adorar aquele que fez o céu, a terra, o mar e fonte das águas”. Os termos aqui usados são muito semelhantes aos usados em Êxodo 20:8-11, o que nos remete ao sábado e ao fato de que o sábado é um memorial de Deus como Criador. Se uma das últimas mensagens mundiais do tempo do fim tem a ver com a lembrança de que Deus é o Criador e a adoração a Ele como Criador, é razoável crer que o mandamento que foi esquecido e que tem a ver com esse tema, esteja no centro dessa pregação. Essa mensagem, lembramos ainda, é repetida em diversas passagens da Bíblia, demonstrando que lembrar Deus como Criador é importante para Ele.

22) Daniel 7:25 afirma que o chifre pequeno, que é a primeira besta de Apocalipse (e sabemos ser o sistema católico romano), mudou os tempos e a lei de Deus. Isso é um forte indicativo de que Deus pretende restaurar seus tempos e lei antes da volta de Jesus a terra. Uma vez que a Igreja romana foi responsável por cristalizar o ensino errôneo de que o sábado foi abolido e o domingo se tornou santo, então esperamos que Yahweh irá restaurar o sábado. Por isso há uma mensagem sobre o Deus Criador a ser pregada no tempo do fim.

Por Davi Caldas

Fonte: Reação Adventista

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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