A mudança da história

Creio que, com o estudo do capítulo anterior, você deve estar com perguntas em sua mente. Por que, se, segundo a Bíblia o sábado é o dia de guarda, grande parte das religiões atualmente guarda do domingo? Por que se diz que o domingo é reverenciado por comemorar a ressurreição de JESUS nesse dia, quando a Bíblia simplesmente nada afirma a respeito? Qual é o correto, guardar o sábado ou o domingo?

Essas perguntas são realmente relevantes e, biblicamente, estava previsto que tal polêmica surgiria no fim dos tempos. Daniel disse que a verdade seria deitada por terra (Daniel 8:12) que cuidaria da mudança dos tempos e da Lei (Daniel 7:25, ver também Apocalipse 13:5 a 7 e 14 a 17). Para compreender e obter respostas a essas perguntas, precisamos viajar por uma longa história que aqui resumiremos.

Tudo se iniciou no Céu. Não sabemos há quanto tempo Lúcifer se envaideceu de sua importância. Antes disso, desde a eternidade anterior, o Céu não conhecera o espírito de oposição ao governo de DEUS. Tudo era completa paz, harmonia, sob a direção do amor nos corações de todos os seres santos e perfeitos. Todos honravam ao Criador por terem sido criados por Ele, para a Sua felicidade e para a felicidade deles mesmos. Ser felizes e fazer os outros felizes torna DEUS feliz, e essa é a Sua glória. DEUS é amor e, no amor, tem todo o interesse na felicidade de todos. Aliás, você só será feliz se fizer alguém feliz, do contrário nunca. Não esqueçamos: amar é servir, não apenas desejar ser servidos.

Esse foi o ambiente no Céu, até que se formaram pensamentos egoístas na mente de Lúcifer. Não podemos explicar como foi que Lúcifer se iniciou nesses pensamentos. Mas sabemos que isso aconteceu, infelizmente, e progrediu até que, sem condições de arrependimento por parte de Lúcifer, teve ele que ser expulso do Céu, após batalha entre ele e O SENHOR JESUS, a Quem desafiara. Lemos isto assim: “Houve batalha no Céu. Miguel (JESUS) e seus anjos pelejaram contra o dragão (Lúcifer, dragão é a identificação que passou a ter com a rebelião); todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no Céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, (Lúcifer tentou Eva na forma de uma serpente, realizando o primeiro ato espírita médium) que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a Terra e, com ele, os seus anjos” (Apocalipse 12:7 a 9 – inserções nossas). “Como caíste do Céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração; Eu subirei ao Céu; acima das estrelas de DEUS exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte, subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao altíssimo. Contudo serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (Isaías 14:12 a 15).

Lúcifer, quando sentiu desejo de ser semelhante ao próprio DEUS, em poder, não pôde imaginar como faria isso, sem mentir e enganar. Não havia outra alternativa, pois o governo de DEUS é perfeito. A mesma situação aconteceu por ocasião do falso julgamento de JESUS. Não tinham com que O acusar, então inventaram mentiras e, com base nelas, condenaram e mataram (assassinaram) O inocente, que lhes veio salvar! Isso podemos entender através das palavras de Paulo “…o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma cousa boa (o mandamento) causou-me a morte; a fim de que pelo mandamento se mostrasse sobremaneira maligno” (Romanos 7:13). O mal só é mal porque se posiciona contra o bem. Para isso, precisa mentir e enganar, não tem outra alternativa.

Isso é sempre assim. Contra a perfeição, somente algo imperfeito, ou seja, através do engano. Embora não possa subsistir, persiste até que seja destruído. O mal, mesmo sabendo que será destruído, não deixa de ser mal, é a sua natureza. Assim permanece até o seu fim. A morte é de fato a única solução para o mal. Ou ele é eliminado, ou ele busca perverter tudo o que existe de bom.

Não existe nenhuma possibilidade de atacar a perfeição, senão mentindo, enganando, agindo de forma falsa e obscura. Faz isso em nome do bem, da paz, da melhoria e até do amor. Mas isso sempre deu em fracasso. O amor sempre vencerá. O amor não age com punição imediatamente. Essa é a estratégia para dar tempo aos revoltosos de se arrependerem e voltarem atrás. Se não se arrependem, como é o caso de muitos, aqueles seres de outros mundos que não se revoltaram, ao menos têm oportunidade de discernir claramente a diferença entre o amor e o ódio.

Por que, na revolta contra o amor, sempre surge o ódio? Isso acontece porque contra o amor nunca ninguém pode se revoltar por motivos verdadeiros. Querendo manter a revolta, o revoltoso sente uma sensação de impotência, sabe que não poderá manter o enfrentamento com o sucesso, sabe que perderá. Isso está em seu íntimo. Tal sensação o leva a ter raiva do amor, se mantiver sua posição. Dessa forma, muda a sua natureza, e nele cresce o ódio. O ódio funciona como uma síndrome, uma vez tendo início, degenera até se autodestruir, até o fim. O ódio mesmo proclama a sua destruição; não é DEUS que o faz, Ele apenas o permite.

Por exemplo, os desonestos sentem ódio dos honestos, porque a atitude de honestidade lhes denuncia os maus procedimentos. Sabem que serão descobertos, e serão descobertos porque existem pessoas honestas. Somente pelo ódio podem tentar vencer a honestidade, e o fazem. Obtêm sucesso temporário, dentro dos limites dos seis mil anos destinados ao governo do ódio, que tem por pai, Lúcifer.

O ódio se manifesta quando desejamos algo indevido, sabemos ou sentimos que estamos errados, mas não estamos dispostos a revisar nossa forma de agir. Por isso, o ódio é o oposto do amor. E o ódio perecerá, não durará para sempre, mas o amor está determinado a vencer, porque DEUS é amor, e Ele, como Criador, tem poder infinito, não pode, portanto, ser destruído. Ninguém é maior que DEUS. O amor vencerá porque DEUS é amor. Veja só com que poder conta o amor. Não é sem razão, embora não se justifique, que Lúcifer tenha tanto ódio de JESUS e daqueles que O seguem, isto é, que obedecem a Ele.

Após Lúcifer ser expulso do Céu, ele empreendeu sua obra de engano. Agora já sabemos que esta é a estratégia que lhe resta. Não há como combater a verdade com a verdade. Tente fazer isso, ao invés de combater, reforçará a verdade, mais nada.

Então aconteceu a queda dos pais da humanidade. Com a queda, porque desobedeceram a um requisito de DEUS, veio a separação entre a criatura e O Criador. Logo houve acusações: “a mulher que me deste por esposa, ela me deu de comer da árvore, e eu comi.” “A serpente me enganou” (Génesis 3:12 e 13).

Por que, havendo desobediência, há separação? Esse é um processo de causa e efeito. Desobediência tem o mesmo efeito de revolta. Adão e Eva não tinham motivos para se revoltarem contra DEUS. Lúcifer também não os tinha. Mas Lúcifer se revoltou contra DEUS. Adão e Eva não se revoltaram, desobedeceram um de seus mandamentos, e o mais simples deles. Num lugar perfeito, qualquer ato que se desvie da perfeição, gera imperfeição. Desobediência gera mais desobediência, porque iniciou o ser para fazer isso. Gerou-se, assim, uma nova natureza, com tendência a repetir atos de desobediência. Estavam desligados de DEUS, não mais unidos à fonte de amor. Pertenciam a um novo senhor, a quem obedeceram, prestaram o primeiro culto. Prestar culto e obedecer são equivalentes. Desobedecer é muito delicado. É delicado porque, no reino de DEUS, todas as criatura são perfeitamente livres, e devem assim ser respeitadas, quanto aos seus desejos. Esse desejos serão, por sua vez perfeitos, se nas mentes e nos corações houver princípios perfeitos, decorrentes do amor que, em si, é perfeito. Desta relação, obediência a princípios, depende o equilíbrio e a existência do Universo.

No ato de tomar do fruto que havia sido proibido, não só desobedeceram a um mandamento de DEUS, mas seguiram uma ordem do inimigo de DEUS, e até então, inimigo deles mesmos. Isso caracteriza aliança com o inimigo, portanto, com um revoltoso, participando da revolta, sem ter-se revoltado, mas vindo a ser revoltosos. Dessa forma, tornaram-se inimigos de DEUS, e amigos de Lúcifer. Nunca esqueçamos que a estratégia de funcionamento do Governo de DEUS é através da obediência. É a única forma para que tudo ali funcione; não há outra. No reino de Lúcifer, geralmente é a imposição sob as mais diferentes formas. A obediência no Céu é simplesmente vital. Ela garante a liberdade aos cidadãos dali.

Ora, não só a desobediência não pode conviver com a obediência, o amor não pode conviver com o ódio, como um inimigo de DEUS não pode conviver com Ele. Houve separação, ruptura da ligação entre o Criador e a criatura, formando-se um outro conjunto, não ligado, mas apenas ajuntado. (É assim que Lúcifer quer ver o casamento, simples ajuntamentos, sem compromisso vital) Essa nova junção foi entre a criatura de DEUS com o inimigo, um ser sem condição de garantir vida eterna. Esse ser é uma outra criatura, incapaz de gerar e manter vida. Isto só DEUS pode fazer, pois só Ele é DEUS.

Sempre que se intromete o ódio, ocorre alguma forma de separação. Isso é assim entre casais como entre amigos. Em outras palavras, sempre que não há amor, em seu lugar, se manifesta o ódio, que separa. O amor une, atrai uns aos outros, mas o ódio faz o contrário. Paulo afirma: “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra DEUS, pois não está sujeito à Lei de DEUS, nem mesmo pode estar” (Romanos, 8: 7). Ora, como aquele que desobedece pode estar sujeito à lei de DEUS? Ele se perfila contra essa lei e não a aceita. Chega a dizer que foi abolida…

Essa é a razão por que, por exemplo, sequer podemos ver DEUS. Sendo o amor luz, e o ódio trevas, (Apocalipse 16:10) e, sendo o poder do amor infinitamente superior ao poder do ódio, o amor, na presença do ódio, leva a sua destruição imediata. É até curioso, mas por amor aos que desobedeceram a DEUS, Ele não se mostra fisicamente a essas criaturas, para não destruí-las. Dessa maneira, dá-lhes oportunidade de revisarem suas condutas. Por ventura, alguns se arrependerão e poderão ser salvos. A esse tempo, comumente denominamos ‘período da graça’, ou de oportunidade para arrependimento.

Percebe o que quer dizer ser salvo? Significa ser restabelecido para a perfeição, ser tornado criatura do amor e sua respectiva natureza, que não odeia nunca. Paulo escreveu sobre isso: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros de DEUS e co-herdeiros com CRISTO; se com Ele sofrermos, para que também com Ele sejamos glorificados” (Romanos 8:17). Ser com Ele glorificado significa tornar-se semelhante a Ele, tal como eram nossos primeiros pais, quando foram criados. Isso é o que diz Paulo: “E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do SENHOR, somos transformados de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo SENHOR, O Espírito” (II Coríntios 3:18 – grifo nosso). Assim poderemos ver DEUS outra vez, como lemos em Jó: “Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a DEUS. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos O verão, e não outros…” (Jó 19:26 e 27). Em Coríntios também lemos: “Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido” (I Coríntios 13:12). Os espelhos, no tempo de Paulo, eram de cobre polido, não possibilitavam boa imagem. Eis aí a comparação, significando que conhecemos a DEUS apenas por ouvir falar, mas O conheceremos totalmente, vendo-O pessoalmente.

Após a desobediência e respectiva queda de nossos primeiros pais, iniciou-se uma nova e triste história. Queda significa separação de DEUS, vindo a uma situação precária de vida, que se mantém apenas por algum tempo, enquanto DEUS permite. Para as pessoas, individualmente, esse é o tempo de oportunidade. Esse tempo foi definido por DEUS em 120 anos (Génesis 6:3).

Esse novo estado de coisas, ainda desconhecido pelo Universo, veio de imediato, mostrar o quanto é terrível optar pela imperfeição, pelo que não é bom. Vida infeliz, imprevistos de toda ordem, muitas coisas que não dão certo, envelhecimento e morte de todos os seres vivos postos sob as ordens de Adão e Eva, e toda a sorte de práticas maldosas que, a partir daí, foram inventadas. As consequências incluem toda a natureza.

O ser humano desenvolveu um novo conceito de vida. Pensa encontrar a felicidade nesse novo estilo, mas isso se mostrou impossível ao longo desses seis mil anos de pecado. Toda a sorte de passatempos, jogos de azar, drogas, práticas de sensualidade etc., apenas surtem um aparente conforto para a vida que passa, e dessa maneira, a vida é levada adiante ilusoriamente. Isso não satisfaz o íntimo, daí tanto desentendimento, brigas e guerras. Por qualquer dos caminhos em que o homem passar, sempre encontrará a morte no final. Enquanto a morte não vem, vive sem paz, numa expectativa de que por um desses caminhos da ilusão, algum dia encontrará a paz.

A maldade multiplicou-se tanto, nos primeiros mil e quinhentos anos, que DEUS, para impedir o fim da raça humana, decidiu destruir quase toda a humanidade através do dilúvio. Apenas oito pessoas, da família de Noé, creram no que DEUS disse através dessa patriarca. Apenas esses se salvaram. É como hoje: quantos acreditam que JESUS vai voltar visível do Céu, em nuvens, como alarido de trombetas, acompanhado de milhões de anjos? Ora, isso é cientificamente impossível, dizem… Mas vai acontecer. Se todas as profecias bíblicas, até agora, se cumpriram, não será essa a única a falhar. Mas isso é preciso aceitar pela fé, até que se torne realidade.

Após o dilúvio, DEUS interveio por diversas vezes nos negócios dos seres humanos. Ele o fez no interesse da manutenção das condições mínimas para que, ao menos, um grupo de pessoas obedientes não fosse erradicado do planeta.

Isso também aconteceu no caso de Sodoma e Gomorra, cidades que chegaram a terríveis práticas de maldade.

Pelas profecias de Daniel, vemos o poder de DEUS atuando na sequência dos impérios. (ver Daniel capítulo 2, por exemplo). Sempre que a maldade e a corrupção chegavam ao limite do tolerável, DEUS providenciava mudanças. Veja, essas mudanças foram antecipadamente anunciadas pelo profeta Daniel, e constam no livro que leva o seu nome. Assim, à Babilónia sucedeu-se o império Medo-Persa; a este, a Grécia e a ela, o império Romano. Desde então, não houve mais império civil no mundo, mesmo que houvessem tentativas. Sucederam-se países e guerras e mais guerras. O mal precisa ser mantido dentro de certos limites, para tanto, deve frequentemente sofrer destruição. Caso contrário, ele se torna uma ameaça a si mesmo e ao planeta todo.

Atualmente, vemos uma Europa ainda dividida, tentando a unificação. Isso não acontecerá definitivamente. Há profecias sobre esse assunto, isso veremos em capítulo adiante.

Ao longo da história, vemos a ação de DEUS preservando condições mínimas para que se mantivesse a verdade em pé, e que ela chegasse ao clímax, ao desfecho da luta entre JESUS e seus seguidores (os que lhe obedecem) e Lúcifer e seus comandados (e enganados por ele). DEUS ainda está mantendo certo controle sobre as forças de Lúcifer. “Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da Terra, conservando seguros os quatro ventos, para que nenhum vento soprasse sobre a Terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do DEUS vivo, e clamou com grande voz aos quatro anjos, àqueles aos quais fora dado fazer dano à Terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis a Terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos em suas frontes os servos do nosso DEUS” (Apocalipse 7:1 a 3). Segurar os ventos significa deter as forças de destruição, que estão mobilizadas por Lúcifer através de agentes humanos, que engenharam uma infinidade de tipos diferentes de artefatos para matar e destruir.

A manutenção de condições mínimas de vida é necessária porque “será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (S. Mateus 24:14 – grifo nosso). Isso significa que o fim da história de desobediência e de pecado será antecedido pelo anúncio do evangelho bíblico da salvação a todo o mundo. É o que está acontecendo hoje. E este evangelho é: “Temei a DEUS e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo, e adorai Aquele que fez o Céu, a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apocalipse 14:7).

No princípio da criação, logo na primeira semana, DEUS determinou que Ele fosse adorado como Criador através da obediência. Um dos requisitos de obediência fora não comer da árvore da ciência do bem e do mal. Outro, foi a reverência especial a DEUS no dia de sábado. Isso porque Ele criou, Ele fez. O sábado Adão e Eva não transgrediram; eles caíram comendo do fruto proibido.

Ao longo da história, desse conflito entre o bem e o mal, um dos pontos importantes tem sido o dia de guarda. Outro foi a família. A família é o reduto onde se cultiva o amor, princípio essencial da lei de DEUS; e o sábado é o memorial da criação, para que lembrássemos que fomos criados, não somos criadores de vida.

A família quase foi destruída ao longo da história, assim como o dia de sábado como dia de reverência a DEUS. Chegamos ao final do segundo milénio da era cristã com a família valendo pouco. Fala-se em ‘produção independente’, sem que se firme compromisso de amor, apenas para geração de um novo ser. Um ser sem família, sem amor, apenas mais um ser. Da mesma maneira, não apenas quase se eliminou a observância do sábado como dia de adoração à DEUS, como se criou uma infinidade de obstáculos quanto a reverência a DEUS nesse dia. Mais, substituiu-se o dia de sábado pelo domingo, sob o argumento de que neste dia JESUS ressuscitou. Na Bíblia, não encontramos informação a esse respeito, mudando o sábado para o domingo, mas, ao contrário, encontramos a afirmação em seu último livro: Adorai Aquele que fez”. Isto é: guardai a Sua lei como Ele a escreveu com o seu próprio dedo a mantém guardada no tabernáculo do Céu até hoje (Apocalipse 11:19) com todas as manifestações de poder e glória. Isso porque “a palavra do SENHOR (…) permanece para sempre” (I S. Pedro 1:25) pois “nisto conhecemos que amamos os filhos de DEUS, quando amamos a DEUS e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de DEUS, que guardemos os Seus mandamentos; ora, os Seus mandamentos não são penosos” (I S. João 5:2 e 3).

Mais adiante, João escreve: “E o amor é este, que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouvistes desde o princípio, é que andeis nesse amor” (II S. João 6 – grifo nosso). Andar segundo os mandamentos é andar na verdade – não na mentira (II S. João 4).

Também, sobre a guarda dos mandamentos, João orienta: “Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de DEUS; e aquilo que pedirmos, Dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos diante dele o que Lhe é agradável. Ora, o seu mandamento é este, que creiamos em o nome de Seu Filho JESUS CRISTO, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou. Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em DEUS, e DEUS nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu” (I S. João 3:21 a 24 – grifo nosso).

Perceba novamente que aqui João evoca as duas tábuas da Lei de DEUS, os Dez Mandamentos. Os primeiros quatro são crer no nome de JESUS; e os outros seis, amarmo-nos uns aos outros. Como podemos saber que amar a DEUS e ao próximo é o mesmo que guardar os dez mandamentos? Isso a Bíblia mesmo responde. “Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem; se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo arguidos pela lei como transgressores. Pois, qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, Aquele que disse: Não adulterarás, também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém, matas, vens a ser transgressor da lei” (S. Tiago 2:8 a 11).

Essa passagem liga os dois grandes princípios da Lei de DEUS aos Dez Mandamentos, é fácil perceber isso. Enquanto se refere a “amar o próximo como a ti mesmo”, liga esse conceito geral, o princípio do relacionamento entre seres humanos, aos seis mandamentos para essa finalidade, ou seja, resumidamente, amar nossos pais, não matar, não adulterar, não furtar, não mentir e não cobiçar (conforme Êxodo 20:12 a 17). Paulo, a esse respeito, disse: “O cumprimento da Lei é o amor” (Romanos 13:10) o que identifica ainda mais a Lei de DEUS e a sua prática, através do amor.

Assim se resume a história do grande conflito entre Lúcifer e JESUS, nosso SENHOR. Isso permite entender por que temos aqui em nosso planeta, dois dias de guarda.

Permita-me fazer-lhe algumas perguntas. Por que, apesar de não encontrarmos referência sobre a observância do domingo na Bíblia, ele está sendo observado por muitas igrejas? Por que não foi observado no tempo de JESUS e no tempo dos apóstolos, apenas bem mais tarde? Por que o próprio JESUS nada refere quanto a sua observância? Por que JESUS disse que veio para cumprir a Lei, não para revogá-la? Por que, ao longo da história, sempre houve grave inimizade contra aqueles que obedeciam integralmente a Bíblia? Por que a tremenda perseguição aos que obedeciam a Bíblia, durante a idade média? Por que queimaram as bíblias na praça de Paris em 24 de outubro de 1793? Por que, desde 321, sob o reinado do imperador Constantino, vinha-se promulgando decretos, obrigando a observância do domingo, se DEUS é um DEUS de liberdade (II Coríntios 3:17) e disse: “não por força nem por violência” (Zacarias 4:6)? Por que, desde o Decreto de Tolosa (França, 1229), se instituía o Tribunal da Inquisição contra os leitores da Bíblia, que determinava até a destruição das casas dos que ousassem buscar o conhecimento da verdade? Por que mataram JESUS? Afinal, por que não fazer o que JESUS pede que façamos, isto é, que guardemos os Seus mandamentos? Não foi Ele que disse: “se Me amais, guardareis os Meus mandamentos”? (S. João 14:25). Por que JESUS, a respeito de amar a DEUS sobre todas as coisa e amar o próximo a si mesmo, disse: “Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas”? Por que o próprio JESUS disse para que orássemos a fim de que, no fim dos tempos, ante a grande perseguição que novamente se desencadeará aos que seguem a Bíblia, a fuga não se desse no sábado? (S. Mateus 24:20) Por que JESUS foi sepultado na sexta-feira, descansou ali no sábado e ressuscitou no domingo? Por que os seus discípulos o sepultaram na sexta-feira, apressando-se para que o terminassem antes do pôr do sol? (S. Marcos 15:42 e S. Lucas 23:54 e S. João 19:31) Por que, após sepultarem a JESUS, “descansaram no sábado, segundo o mandamento”? (S. Lucas 23:56) Por que Paulo, tempos depois de JESUS ter subido para o Céu, exortou que se guardasse a Lei? (Atos 21:24) Por que Paulo, discursando ao Romanos disse: “aos que praticam a Lei, hão de ser justificados”? (Romanos 2:13) Por que ele disse também: “pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado”? (Romanos 3:20) Por que disse: “Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei?” (Romanos 3:31) Por que ele disse ainda: “Acaso o bom se tornou morte? De modo nenhum; pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma cousa boa causou-me a morte; a fim de que pelo mandamento se mostrasse sobremaneira maligno?” (Romanos 7:13) Por que João, o discípulo amado disse: “Irou-se o dragão e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de DEUS e tem o testemunho de JESUS?” (Apocalipse 12:17) Enfim, por que João disse: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de DEUS e a fé em JESUS?” (Apocalipse 14:12 – grifo nosso)

Pense a respeito destas perguntas com oração, pedindo que O Espírito Santo lhe dê as respostas. Ele fará isso, pois “O Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as cousas que hão de vir” (S. João 16:13).

Autor: Prof. Sikberto Renaldo Marks, Mega Advento, capítulo 21.


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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