Sermão 22 – Intimidade, Amor ou Sexo

INTIMIDADE, AMOR OU SEXO ? 

A) Os tipos de Intimidade 

1 – Há vários tipos de intimidade, porém nenhum chega a desenvolver a profundidade, a proximidade, a confiança e a comunicação que a mesma desenvolvida no casamento. 

Desde o início do relacionamento, através do noivado até os duradouros níveis de adaptação, ajuste e aceitação mútua que o matrimônio provê. 

2 – Intimidade e amor são primos irmãos. Como no amor, a intimidade pode tomar várias formas; porém se refere a essas proximidades e intimidades que os enamorados sentem, que os amigos ou amigas especiais sentem. 

3 – Como podemos ver, podemos ter intimidade com uma pessoa sem envolver-nos sexualmente. Intimidade é conhecer a alguém “de dentro”, ver aquela parte dessa pessoa que está escondida para o resto do mundo. 

 

4 – Intimidade significa partilhar experiências, compartilhá-la na maneira que ambos escolham, entendam e gostem. Isto quer dizer que um cônjuge não pode forçar intimidade na vida do outro, como no matrimônio em que o homem ou a mulher são autoridade absoluta. 

 

Assim o matrimônio no qual um deles manda de forma absoluta, não pode experimentar intimidade porque o seu cônjuge não tem o direito de escolher. 

5 – Intimidade tampouco pode tomar lugar quando um dos cônjuges está constantemente ferindo ao outro, quer seja física ou mentalmente. 

A razão é que intimidade é um sentimento de proximidade, de confiança e candura com uma pessoa que inspira a confiança necessária para abrir as portas do coração e compartilhar o mais profundo de nós mesmos sem receio de ser atacada ou ferida emocionalmente. 

Também inclui a confiança de ser entendido na forma mais profunda possível.

B) Por que a intimidade é tão importante? 

1 – Bem, poderíamos dizer que nossos amigos e familiares com os quais mantemos uma relação muito pessoal e estreita, foram um sistema de apoio emocional. 

Mesmo o indivíduo mais forte, o mais autossuficiente, tem momentos na vida em que o apoio emocional de outros é necessário e ainda essencial. 

2 – Porém o que torna a intimidade matrimonial tão especial é que dá uma vitalidade ao sistema emocional do indivíduo. Isto é especificamente certo quando temos experimentado intimidade e a perdemos. 

Em um estudo realizado nos 60% pela Associação de Saúde Pública dos Estados Unidos, se estabeleceu que a taxa de mortalidade por todas as causas era mais alta entre divorciados, viúvos e pessoas que nunca se casaram, que entre aqueles que estavam casados. 

3 – Como podemos ver, há estreita relação entre a expressão de nossas emoções e a saúde física mental. A intimidade que se desenvolve especialmente entre os cônjuges ao viver juntos, contribui ao bem-estar psíquico e físico de cada indivíduo. 

C) Sexo versus Intimidade 

1 – Como dissemos anteriormente, as pessoas usam a palavra intimidade para referir-se às relações sexuais (relações intimas). 

Este erro nos mostra quão pouco conhecemos de intimidade; especialmente o homem sabe pouco da intimidade da mulher; com isto nos privamos de uma importante área de gozo e prazer infinitos. 

2 – As relações sexuais incluem intimidade física, porém não é seguro de que incluam intimidade emocional. 

É possível ter relações sexuais sem que exista ou onde falte a intimidade emocional (isto não ocorre apenas quando se tem relação com uma “prostituta”, mas também pode ocorrer com uma esposa que está ferida, cansada ou não se sente querida). 

3 – Não queremos dar a impressão de que não existe intimidade no sexo; sim, as relações sexuais estão conectadas com a intimidade. Na verdade, a intimidade em mais de uma ocasião termina em sexo, porém, as relações sexuais não necessariamente conduzem à intimidade.

D) Intimidade é mais que a proximidade de duas pessoas 

1 – É compartilhar as emoções, as experiências com alguém de verdade sente e se interessa por nosso bem-estar. Intimidade é afeto do quarto de dormir. 

Quando os afetos, carícias e beijos tomam lugar quase em sua totalidade no quarto de dormir, quase sem exceção, terminam em relações sexuais. Isto dilui estes afetos ao terreno dos jogos pré-coito. 

Os jogos pré-coito são uma conduta que condiciona os cônjuges para as relações sexuais. 

2 – A intimidade, por outro lado, é processo afetivo que mantém vivo, muito tempo depois que o amor romântico tem dado lugar ao amor racional. Porém a função da intimidade se torna crucial quando se chega a idade que a sexualidade cessa ou diminui. 

Só um casal que pratique intimidade durante toda a vida juntos pode chegar à velhice e sentir a necessidade de estar junto com seu cônjuge sem que a paixão, o sexo sejam a razão. 

3 – A intimidade não pode ser unidirecional, não pode ser apenas sexual, ou apenas intelectual. Deve estender-se a várias áreas. Isto nos mostra o perigo de casar-se com uma pessoa pelo seu físico atraente, por sua inteligência ou por sua capacidade social. 

4 – A intimidade não requer todo o tempo. Dirigentes religiosos e os programas de televisão, entre outros, promove o conceito de que a família deve estar junta todo o tempo. Se isso fosse levado a cabo literalmente, destruiria milhares de lares. Intimidade é “qualidade” de tempo juntos e não “quantidade”.

E) Comunicação na Intimidade 

1 – Muitas pessoas definem intimidade em termos da comunicação que existe entre duas pessoas. 

2- Estar capacitados para comunicar nossos pensamentos, sentimentos e necessidades honestamente, com assertividade e efetivamente, é um bom indicador e fomentador da saúde emocional. 

3 – Ao contrário, uma comunicação indevida é encontrada amiúde entre as causas d dificuldades, conflitos familiares, problemas sexuais, e quando a comunicação cessa totalmente, o suicídio. 

F) Intimidade e Romance 

1 – A crença que o romance morre com o noivado nos primeiros messe ou anos de casamento com a institucionalização do sexo é muito generalizada. Porém o romance é exatamente a intimidade em seu estado inicial de desenvolvimento. 

2- Depois da lua-de-mel, o romance experimenta uma metamorfose que terminará eventualmente com o desenvolvimento da intimidade. 

3 – Por isso é tão importante que conheçamos o que é a intimidade, a alimentemos praticando-a diariamente através de todo o matrimônio. 

4 – Se assim fizéssemos, veríamos que em lugar de dar ênfase à manutenção do “fogo do amor” vivo, alimentaríamos a intimidade que, em última análise, se encarregará de manter vivo o amor.

 

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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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