A coisa mais importante de todas

A COISA MAIS IMPORTANTE

Certa vez, um rei muito amado por causa das suas virtudes espirituais e morais, sentindo envelhecer, achou por bem decidir qual dos três filhos herdaria o trono. Tarefa difícil, porque os três eram dignos de ocuparem o lugar do pai. A própria corte encontrava dificuldade em decidir sobre isto porque temia cometer uma injustiça na escolha. Os dias iam passando, até que certa manhã o rei chamou os filhos a sua presença e lhes disse com toda seriedade:

— Estou cada vez mais encanecido e sem forças para continuar reinando e desejo hoje determinar qual de vocês me sucederá. Para isso, vou submete-los a uma prova, cujo resultado há de ser julgado com equidade pela corte. Portanto, cada um saia agora levando consigo provisão para o dia, devendo retornar ainda hoje após descobrir a coisa que considere mais valiosa no reino. Aquele cuja descoberta for considerada maior e mais digna, receberá a coroa e reinará sobre os meus domínios.

Assim saíram os príncipes, a procura da coisa mais valiosa. O mais velho resolveu procurá-la na capital do reino, deduzindo que uma coisa valiosa e importante só poderia estar lá. O segundo deles, entretanto, dirigiu-se para os castelos vizinhos, pensando em seus amigos para ajudá-lo a fazer a descoberta. 

Enquanto isto o caçula deles, despreocupadamente, atravessou a cidade e se encaminhou para o campo, onde morava um garoto amigo, que há pouco tempo perdera o pai e agora enfrentava sozinho a dura peleja de lavrar a terra. Ninguém ali podia imaginar o que se passava na mente e no coração do jovem príncipe.

Foi um dia longo e trabalhoso para os três irmãos, que ao anoitecer regressaram ao palácio, trazendo o resultado de todo um dia de buscas. Diante do pai e da corte ali reunida, o mais velho apresentou um cofre de ouro cravejado de pedras preciosas, pertencente ao mais antigo agiota do reino. O segundo, em seguida, entregou um pedaço de renda finíssima; era a obra de uma princesa das imediações. Tudo ia sendo muito bem avaliado pelos ministros da corte, mas restava ouvir o príncipe caçula.

— O que foi que você encontrou, filho? – indagou o rei ao mais jovem.

— Nada. Absolutamente nada, respondeu o caçula. 

— Realmente eu nem tive tempo para me ocupar nessa procura. Parei no campo do garoto órfão, que sozinho preparava a terra para a semeadura, e o ajudei no desempenho dessa tão árdua tarefa, porque sua mãe estava doente e a terra precisava estar revolvida para receber os grãos de cereais.

Duas lágrimas se desprenderam dos seus olhos e manchas escuras marcavam as suas mãos macias e que nunca antes experimentaram esse trabalho.

— Meu filho, você trouxe a coisa mais valiosa: as marcas de um trabalho digno e desinteressado. A minha coroa e o meu reino são seus. Receba-os! 

AUTOR DESCONHECIDO


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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