A Luta do Mundo pela Sobrevivência

Pode o Mundo Salvar-se a Si Mesmo?

Não faz muito tempo, nas proximidades do Times Square em Nova York, um pequeno grupo de moços e moças à porta de uma casa de diversões, procurava decidir se aquilo era a espécie de espetáculo que desejavam ver. Uma das moças disse: “Vamos nos divertir! Afinal de contas a bomba atômica vai mesmo cair sobre nós logo e nos aniquilar a todos. Seja como for este é o nosso destino. Vamos, pois, entrar.”

Esta atitude é típica da indiferença de multidões que buscam os prazeres. Embora esteja em jogo o próprio destino do mundo, a maioria dos homens e mulheres pouca relação vêem nisso. Até mesmo pessoas pensantes, que se mostram profundamente preocupadas com o fato de que após as duas grandes guerras mundiais os problemas da humanidade se multiplicaram, estão perplexas, como que procurando antever o que o futuro possa revelar. Hoje estudaremos: “A Luta do Mundo pela Sobrevivência.”

Em primeiro lugar consideremos:

Os Resultados da Última Guerra

A Cruz Vermelha Internacional compilou algumas estatísticas da Segunda Guerra Mundial. Segundo os dados ali reunidos, 30 milhões de pessoas morreram nos campos de batalha. Vinte e cinco milhões de homens, mulheres e crianças morreram nos campos de concentração. Vinte milhões perderam a vida como resultado de bombardeios aéreos; outros vinte milhões morreram ao serem transportados ao longo das estradas para áreas de segurança. Ao todo 95 milhões de vidas foram vergonhosamente sacrificadas sobre o altar da morte.

A Era Atômica

Embora de início as nações vitoriosas se rejubilassem por ver quão subitamente a última guerra mundial foi ganha por haver-se lançado apenas duas bombas atômicas sobre o Japão, ficaram posteriormente sobremodo preocupadas com a possibilidade de esta nova arma vir a ser usada para destruir a civilização moderna a tal ponto que a reabilitação se tornasse impossível.

A primeira destas explosões destruiu uma cidade de 300.000 habitantes numa fração de tempo. Em questão de segundos, 70.000 pessoas morreram, e durante os seguintes ano e meio, mais 68.000 pereceram como resultado das queimaduras provenientes da radioatividade e outros efeitos posteriores à explosão. Assim, 138.000 vidas se perderam como resultado do primeiro engenho atômico tático.
O uso da bomba atômica sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945, mudou a história do mundo. Nesse dia foi transposto o limiar da idade atômica.

Declarações Importantes

A característica saliente desta era atômica é que o homem olha para o futuro com temor, e este é nutrido pelo pensamento de que por trás da cortina de ferro ateísta os homens têm-se entregue à produção de super-armas atômicas capazes de varrer a civilização.

A seriedade desta situação foi manifesta claramente pelo papa Pio XII, quando disse naquele tempo: “Cada um dos dois grupos em que a família humana está dividida ‘tolera o outro porque não deseja perecer… Cada um dos dois grupos sofre sob o temor do poder militar e econômico do outro. Da parte de ambos há uma grave apreensão quanto aos efeitos catastróficos das armas recentes.” – Facing the Atomic Future, pág. 302.

Um editorial do Evening Star, de Washington, datado de 13 de julho de 1957, depois de analisar a recente “Operação de Alerta,” quando a Força Aérea dos Estados Unidos simulava um ataque aéreo, diz: “Mas vamos ser francos conosco mesmos. Se fôssemos sujeitados a um assalto total com armas nucleares e termonucleares transportadas por bombardeiros supersônicos ou foguetes de longo alcance, ou por ambos, que restaria de nós’? Não muito, se é que alguma coisa restasse… O homem, em suma, precisa desaprender de guerrear, ou se destruirá a si mesmo mais depressa do que pensa.”

O presidente Eisenhower fez, não faz muito, uma desalentadora afirmação com respeito à rejeição das propostas de paz da Subcomissão de Desarmamento em Londres: “Seria trágico se essas propostas de primeiro estágio tão significativas para a paz do mundo fossem rejeitadas pela União Soviética. … Semelhante atitude soviética condenaria a humanidade a um futuro indefinido de imensurável perigo.” – Evening Star, Washington, 25 de agosto de 1957.

Uma Visão Panorâmica do Mundo

Vejamos agora o que sucede em nosso mundo, e que indica que a sobrevivência de nossa civilização está em jogo. Descobriremos fatores capazes de perturbar ao mais otimista; situações que tornam possível uma futura guerra atômica, e por que não dizer, inevitável.

Olhemos por um momento para a África e a Ásia. Há os proponentes do comunismo, que se especializaram em fazer o povo crer que a verdade é falsidade e a falsidade é a verdade, e que estão trabalhando ativa e astutamente para conquistar para o seu campo nesses continentes, grandes massas da humanidade. Há aí milhões de seres humanos de diferentes raças e cor, vivendo em pobreza abjeta e dominados pelas religiões e superstições pagãs. Estão em terrível estado de agitação e tumulto, e obcecados pelo desejo de se libertarem do ,jugo do homem branco.

Faz algumas décadas, delegados de praticamente todas as nações ou colônias africanas e asiáticas, se reuniram em Bandung, Indonésia, sob inspiração comunista. Nenhum representante branco foi incluído. Nessa reunião eles decidiram trabalhar no sentido de conseguir que as nações do Ocidente fossem alijadas da Ásia e da África. E recentemente, no Cairo, Egito, outro concílio se reuniu com o mesmo propósito.

O clamor na África é que “o homem branco deve se retirar;” e na Ásia: “A Ásia para os asiáticos.” Os norte-africanos estavam lutando desesperadamente para se tornarem completamente independentes da França. Desejam alcançar um padrão de Vida comparável ao das demais nações.

Voltemos agora os olhos para o Próximo Oriente. Logo notaremos o intenso ódio entre os Estados árabes e a recém-organizada nação de Israel. Encontram-se nessas áreas as mais ricas fontes de petróleo do mundo. As águas do Mar Morto representam uma rica fonte de pelo menos uma centena de produtos químicos de grande valor em caso de guerra.

A Rússia estava procurando com empenho atrair esta parte do mundo para sua esfera de influência, porque se ela pudesse ter fechado o Canal de Suez às nações livres, e ao mesmo tempo conservasse os poços de petróleo exclusivamente em suas mãos, então poderia privar as nações do Ocidente de muitos produtos absolutamente necessários para o bom êxito numa guerra moderna. A presente política que se esboça no Egito e na Síria dá-nos muitos motivos para profunda preocupação. As nações democráticas estão competindo com a Rússia para atrair essas nações para o seu lado. Ninguém sabe o que está para suceder. Mas uma coisa é certa: as nações do Oriente Próximo estão vivendo, por assim dizer, sobre uma ogiva nuclear, engatilhada, pronta para explodir. Uma simples centelha pode resultar em guerra total, com toda a tragédia que acompanha.

Que diremos da Europa? Segundo relata o Time de 22 de julho de 1957, o primeiro ministro Macmillan da Inglaterra disse: “Ninguém de minha idade (isto é, 63 anos), que olhe retrospectivamente a vida, pode deixar de refletir com tristeza sobre o que a Europa tem feito a si mesma nesse lapso de tempo. Duas vezes numa geração a Europa se empenhou numa amarga luta de extermínio. Em virtude disto – enfrentemos o fato – as nações têm grandemente destruído, ou em certa medida, ameaçado a civilização ocidental. Muitas de nossas lutas presentes brotam na realidade da falta de autoridade… sobre os povos menos desenvolvidos das áreas civilizadas do mundo.” Sim, as nações da Europa, chamada o Velho Mundo, estão cheias de pessimismo e mútua desconfiança. A Europa está tensa e desorganizada. Vemos um terrível desequilíbrio político e instabilidade econômica em muitas nações. E o pior de tudo é que esses problemas não estão sendo resolvidos. Eles estão se tornando constantemente mais agudos, o que incrementa a confusão já existente.

Contemplemos por um momento o panorama político do mundo. Para onde quer que olhemos vemos lutas de vida e morte, seja no que respeita a guerra fria, ou às vezes em lutas de verdade. De um lado está o oriente, encabeçado pelo comunismo que, com sua filosofia materialista da vida, está determinado a conquistar o mundo. Do outro está o Ocidente, com sua civilização cristã, esforçando-se por salvaguardar sua herança. Ninguém sabe como terminará esta luta titânica.

Há sobre tudo isto a batalha entre o capital e o trabalho que se torna cada vez mais intensa, podendo levar ao colapso econômico do mundo, a menos que haja um sincero espírito de cooperação e boa vontade entre as três grandes forças: Governo, capital e trabalho.

As Nações Unidas estão lutando como que com um braço quebrado, procurando conter as forças que ameaçam destruir o mundo. É encorajador ver os esforços que estão sendo feitos para conciliar as diferentes ideologias, dar ênfase ao valor e dignidade do homem, bem como satisfazer às aspirações de um plano mais alto de vida para milhões de seres humanos em países subdesenvolvidos. Mas, mercê da ampla divergência de opinião entre os seus componentes, a ONU não parece capaz de solucionar senão questões de menos importância. O problema fundamental da paz e segurança do mundo jamais será ela capaz de resolver.

Os melhores “cérebros” são enviados para representar os vários países junto à ONU, mas seus últimos anos de debates e negociações falharam em levar solução à terrível ameaça à sobrevivência. Um delegado desta grande e digna instituição fez esta observação: “Há intermináveis debates e nenhuma solução. Estamos andando às apalpadelas nas trevas, sem saber o caminho”. Outro disse a respeito dos debates: “Tenho a impressão de estar numa instituição mental.” As Nações Unidas estão condenadas ao fracasso final, tal como aconteceu com a anterior Liga das Nações.

O mundo materialista de hoje tem estado ativamente a descobrir melhores meios de vida, e ao mesmo tempo tem perdido em grande parte sua razão de viver. É como se o homem que inventou o relógio descobrisse, uma vez completa a máquina, não haver mais qualquer razão para se informar do tempo.

Constantino Brown escreveu de maneira patética sobre esta era atômica, no Evening Star, de Washington, de 2 de março de 1957: “Assim o futuro, se um futuro deve existir, depende da sobrevivência da liberdade.”

Eduardo L. R. Elson, um veterano da Segunda Guerra Mundial, que foi terrivelmente ferido, conseguiu reconquistar a saúde e se tornou um grande estudante universitário. Ele disse: “Temos aqui magníficos edifícios, esplêndidas livrarias e laboratórios bem equipados. Temos aposentos quase luxuosos. Temos professores que conhecem sua matéria – mas não conhecem o mundo.”

Essas afirmações sobre assuntos do mundo indicam a cada pessoa pensante que o homem perdeu o controle sobre negócios internacionais porque está em operação um poder demoníaco. Nenhuma organização de feitura humana pode salvar o mundo.

Diagnóstico da Enfermidade do Mundo

Para sermos práticos e lógicos em nossa busca de solução para a situação caótica internacional, devemos proceder como procede o médico no caso de um paciente atacado de misteriosa e séria enfermidade. Como procede o especialista?

Antes de fazer o diagnóstico e prescrever o remédio, ele se entrega a cuidadoso exame. Apalpa e ausculta, toma a temperatura, faz observações clínicas, examina radiografias, analisa testes de laboratório; e quando procede a completo exame do paciente, apresenta o diagnóstico e prescrevi o tratamento.

Da mesma maneira devemos proceder com a raça humana que está social, espiritual, econômica e politicamente muito enferma. Como método de diagnóstico e tratamento de enfermidades sociais, observemos em primeiro lugar como as diferentes filosofias de governo e de vida têm totalmente falhado em pôr a humanidade na rota da felicidade. Segundo, as religiões populares judeu-cristãs estão de posse da única fórmula real para salvar a civilização, dado que possuem as eternas verdades em toda a pureza para guiar no sentido de coexistência pacífica e perfeita das nações.

Mas é um fato trágico que as nações cristãs não têm vivido à altura das nobres normas do Livro inspirado que foi dado para sua guia. Os homens têm não somente desprezado, ignorado ou sido indiferentes à prática da única verdadeira e perfeita filosofia de vida e governo, mas eles também a têm suplantado com sua falha filosofia.

Um evangelista teve em Lima uma experiência que pode ilustrar bem o que acontece quando os cristãos deixam de viver em harmonia com os princípios de sua herança, onde foi roubado. Suas viagens o levaram através da Indochina (a nação agora chamada Vietnã). Aqui os cristãos estavam sendo desafiados pelos budistas, adeptos da principal religião pagã deste país. Os budistas arrazoavam como segue: “Uma nação cristã está dominando nosso país há mais de um século. Que tem ela feito por nós? Ela nos conquistou pela força das armas. Tem explorado nossa terra de todas as formas possíveis, paga miseráveis salários, e trouxe o alcoolismo, a imoralidade e o vício a nosso país, deixando-nos em abjeta pobreza. Em acréscimo, nossos conquistadores têm destruído nossos templos algumas vezes, para forçar-nos a abandonar o budismo e aceitar o cristianismo. Se é isso o cristianismo, nossa religião é melhor.”

Terceiro, nem mesmo o extinto Palácio da Paz em Haia, Holanda, e a defunta Liga das Nações com sua sede em Genebra, Suíça, com todo o seu incansável esforço foram capazes de salvar o mundo, mas desapareceram num espetacular fracasso. Isto é prova de que os homens em sua própria sabedoria não se podem salvar. Parece que os líderes das nações não procuram compreender uns aos outros, porque predomina um espírito de egoísmo, avareza e injustiça, e o desejo de poder que condena a final fracasso os nobres esforços da ONU.

Quarto, cultura e ciência são desejáveis em si, mas isto também tem demonstrado sua completa incapacidade de forjar os elos da compreensão e boa vontade entre as nações.

Quinto, os sociólogos e moralistas também se confessam incapazes de curar as feridas de um mundo rebelde e agonizante.

Governo Mundial Impossível

Assim, os cientistas, os grandes militares e os estadistas sentem a magnitude dos problemas insolúveis, e que o tempo para se encontrar uma solução é muito curto. Eles sabem o que significaria uma terceira guerra mundial, e estão seriamente perplexos quanto ao futuro. Tremem ante o desconhecido.

Havia um movimento na Europa visando promover a Organização dos Estados Unidos da Europa. Einstein falou de tal esperança, bem assim vários outros homens de projeção, como Churchill. Eles esperavam que uma vez unida a Europa, um supergoverno mundial poderá ser estabelecido, o que evitaria a futura guerra atômica. Advogam a existência de apenas uma nação mundial, porque crêem que se o nosso mundo fosse unicamente uma nação, certamente não guerrearia a si mesmo. Eles crêem que esta é a única maneira de evitar uma guerra atômica total e de aniquilamento, mas se esquecem de que uma guerra civil pode explodir numa única nação mundial, com o mesmo perigo e os mesmos resultados de uma guerra entre nações.

Tempos atrás um homem estava falando a um grupo defronte de um estabelecimento comercial. Advogava ele a formação de um supergoverno nacional, ou a união de todas as nações sob um supergoverno, como única solução para os problemas do mundo.

O Sr. Kettering, o bem conhecido gênio da pesquisa, tomava parte na discussão. Disse ele:

– Cavalheiros, quantas denominações religiosas diferentes existem nesta pequena cidade?
Imediatamente alguém respondeu :
– Catorze.
Então ele disse:
– Vamos fazer o seguinte: Eu lhe darei meio milhão de dólares para que você se disponha a entrar para um desses catorze credos diferentes.
Outro respondeu :
– Unir todas as igrejas em uma única fé, é uma impossibilidade.
Jamais se conseguirá. Nem mesmo diante da proposta de meio milhão de dólares.
Então o Sr. Kettering replicou :
– “Se não se pode unir diferentes religiões numa única fé, levando-se em conta que os líderes dessas religiões são homens de boa vontade e até considerados santos, como esperar unir todas as nações num só corpo político, quando alguns de seus líderes são ateus, outros agnósticos, outros incrédulos, e abrigam no coração amargos sentimentos, com divergentes filosofias de governo e de vida?”

Se os nobres dirigentes da religião cristã, que professam a doutrina do amor de Cristo e oferecem a paz de Deus a cada coração, não podem entrar em acordo no que tange a assuntos teológicos, como esperar-se então que políticos e estadistas, muitos dos quais são controlados pelas filosofias materialistas e incredulidade em Deus, o consigam? Vemos claramente, portanto, que este plano de resolver os problemas de nosso conturbado mundo é inadequado. Devemos concluir então que não há remédio para este mundo enfermo e conturbado?

O Problema da Paz e as Causas da Guerra

O grande estadista Bernard M. Baruch, quando servia como presidente da Comissão de Energia Atômica das Nações Unidas, fez a seguinte afirmação: “Temos que escolher entre a paz e a destruição do mundo.” A verdade é, portanto, que nem os homens e nem as nações podem obter a paz meramente pelo fato de desejá-la, pois é impossível que ele remova as causas da guerra. Paz e ausência de guerra entre as nações são em certo sentido sinônimos.

A paz não pode ser fabricada, roubada ou comprada. Ela é uma jóia, um fruto do Espírito, e como tal é oposta ao ódio, ao egoísmo e ao desejo de poder. Não pode ser adquirida senão unicamente pelos que se mostram dispostos a serem guiados pelo divino Espírito de Deus.

Os estadistas, não importa quão sinceros ele sejam, não encontrarão a fórmula para a paz, porque ignoram as causas da guerra. Não vão à raiz dos males humanos; demoram-se nos sintomas.

No ano 700 A. C., o escritor Isaías pôs o dedo no ponto doloroso, quando disse:

Isaías 57:20 e 21 – “Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar, e as suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.”

Por esta informação inspirada compreendemos que a turbação do mundo se deve exclusivamente à impiedade do homem.

Assim, se desejamos desfrutar paz no mundo nesta era de incerteza, não o conseguiremos por limitação de armamento, nem mediante discussões políticas, ou através de esforços no sentido de solucionar problemas econômicos e sociais. É a impiedade no coração do homem que põe em perigo a paz mundial.

Os problemas presentes econômicos, políticos ou sociais são unicamente um subproduto da impiedade do coração humano, e desapareceriam automaticamente se o mau coração do homem fosse posto sob o controle do Espírito de Deus, de maneira que produzisse os frutos da justiça, do amor e da paz.

Quão exatas são as palavras do profeta Isaías de que “os ímpios são como o mar bravio.” Até um cego pode ver que a impiedade do homem leva ao desassossego e ameaça à sobrevivência das nações, tal como os ventos tempestuosos põem em perigo as naus no alto mar.

Outra definição da causa da guerra foi dada por S. Tiago, no livro que leva o seu nome, durante a última parte do primeiro século de nossa era:

S. Tiago 4:1 – “De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês?”

Amigo, são as “más paixões” do coração humano que engendram as guerras. Poderíamos enumerar algumas dessas paixões florescentes nesta era atômica e que incitam a guerra e ameaçam de aniquilamento a raça humana? Eis a lista: A inveja, o ódio, o orgulho, a ambição desmedida, a traição, o despotismo, a violência, a fraude, o preconceito, a imoralidade, a injustiça e a perversidade. Estas e outras más paixões constituem as causas da guerra, e a próxima pode ser uma guerra atômica. Portanto, a única maneira de evitar uma catástrofe é, simbolicamente falando, o Grande Médico tomar o bisturi e abrir o coração de cada ser humano neste globo, separando dos tendões do coração esses frutos maus da carne, e enxertando em seu lugar os nobres frutos do Espírito, que são justiça, amor, tolerância e paz.

Algumas pessoas crêem que a maior ameaça à paz do mundo reside na existência da bomba de hidrogênio, e se inclinam a proclamar a imediata destruição e ilegalidade de todas as armas atômicas como meio de prevenir a guerra. Mas a existência da bomba não é o que ameaça a segurança do mundo. Milhões de bombas atômicas poderiam ser estocadas sem serem contudo jamais utilizadas, não fosse a maldade do coração humano.

Dizem os homens: “Se destruíssemos todos os tipos de armas atômicas, e as declarássemos fora da lei, poderíamos restabelecer a paz e segurança.” Mas isto na prática não funcionaria. Se os homens maus não possuíssem armas atômicas, usariam as bombas de T.N.T., imediatamente mais poderosas da última guerra. Se também estas lhes fossem tiradas, usariam o rifle. Se lhes tomassem o rifle, usariam o revólver. Tomando-lhes o revólver, usarão o cacete. Se for tomado o cacete, usarão os punhos, e quebrando-se os punhos lutarão com os dentes. Lutarão sempre, porque o seu coração é mau.

Portanto, a única maneira eficiente de se estabelecer a paz no mundo seria extirpar toda má paixão do coração do homem, da mulher, da criança de todas as raças e nações do mundo.

É isto possível? Ainda que fosse possível transformar em santos a metade da população do mundo, ainda haveria guerras e destruição, porque a outra metade do mundo continuaria a lutar entre si.

Temos de nos guardar contra o perigo da mistificação tão manejada nestes dias. Por exemplo, há hoje certo número de escritores e comentaristas políticos que afirmam que não haverá mais guerras. Seu argumento é: “Uma vez que a guerra moderna com seus armamentos destrutivos, seguramente destruirão praticamente toda vida, isto se torna o melhor obstáculo e a mais segura garantia de que não mais haverá guerras, porque nenhum homem ou nação deseja ser responsável pela destruição da humanidade.” Estes estão ensinando um falso conceito de segurança. Esta é uma forma enganadora de raciocínio. A única restrição segura contra a guerra é uma humanidade convertida, mas isto não se pode alcançar mediante esforço meramente humano.

Nossa herança cristã, nossas diferentes teorias políticas e filosóficas, não foram e não são capazes de mudar o coração dos homens; nem a educação e a ciência; nem a sociologia nem a psicologia. Portanto é inevitável que teremos de enfrentar outra guerra mundial.

Uma impressiva afirmação sobre este assunto, veio do general Omar Bradley. Diz ele: “Temos muitos homens de ciência; muito poucos homens de Deus. Temos agarrado com avidez os mistérios do átomo, e rejeitado o Sermão da Montanha. O mundo tem alcançado grandeza sem sabedoria, poder sem consciência. Nosso mundo é um mundo de gigantes nucleares e de infantes na ética. Sabemos mais sobre a guerra do que sobre a paz. Sabemos mais como matar do que como fazer viver.”

É verdade cristalina que os que crêem que este mundo irá gradualmente melhorando pelo processo da evolução, estão apenas sonhando. Hoje, paradoxal como possa parecer, o mundo não está ficando melhor, mas as más paixões dos homens estão se multiplicando mais rapidamente do que nunca.

Nosso Senhor Jesus Cristo e as Guerras

Como genuínos cristãos, precisamos crer segura e fielmente, nas predições concernentes a nosso século, proferidas pelo Autor do cristianismo. É triste dizer que após vinte séculos de influência cristã, jovens educados e muitos adultos permanecem ignorantes sobre a Pessoa do fundador do cristianismo.

Um jornal bem conhecido conta que uma jovem que fazia exames orais para admissão à universidade, foi feita esta pergunta:
– Quem foi o fundador do cristianismo?
Ela respondeu duvidosa:
– Platão?
O professor exasperado exclamou :
– Você deve saber!
Depois de pensar um pouco, a jovem respondeu :
– Não foi um dos romanos?

Como o povo ignora, ou deliberadamente recusa estudar ou prestar atenção nas divinas predições concernentes ao futuro de nosso mundo como nos foram dadas por nosso Senhor Jesus Cristo, é de admirar que homens pensantes estejam hoje desnorteados ao verem o mundo a caminho da própria condenação?

Notem o que os discípulos perguntaram a nosso Senhor Jesus Cristo precisamente dois dias antes de Sua crucifixão, tal como se encontra registrado no livro de S. Mateus:

S. Mateus 24: 3 – “E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”

As palavras “fim do mundo” na linguagem dos escritores pode ser compreendidas em nossa moderna terminologia como segue: No início nosso planeta era parte integral da grande família de planetas, sistemas solares e galáxias do incomensurável Universo. Mas quando nosso mundo deliberadamente se rebelou contra o Criador, foi posto de quarentena em relação aos outros mundos e planetas, membros da família celestial. Entretanto, mediante as infalíveis predições de Deus, temos a promessa de que nosso planeta, no devido tempo, será reintegrado na família do Universo não caído.

Em outras palavras, a expressão “fim do mundo” significa o fim do presente estado de rebelião com seu triste registro de sofrimento, guerras e morte, com a reintegração de nosso mundo na família dos mundos não caídos do universo. Virá o fim deste mundo de impiedade, com o nascimento de um mundo novo e feliz, onde o amor e a justiça serão supremos. Os habitantes desta Terra renovada serão os fiéis e redimidos de todos os séculos.

Em resposta à pergunta: “Que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo?” o grande Mestre disse:

S. Mateus 24:6-8 – “E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores.”

Sim, todas estas coisas são o princípio das dores, justamente antes do fim do mundo de impiedade.

Jesus Cristo, neste pronunciamento profetizou, ensinou que através dos séculos haveria guerras e rumores de guerras. Entretanto, essas guerras não deviam ser olhadas como sinal do fim do mundo. Mas quando o mundo se entregasse ao tipo de guerras mencionado na profecia como “nação contra nação e reino contra reino,” o que, em nossa, moderna linguagem significa GUERRAS TOTAIS como as que temos testemunhado no recente passado.

Então, de acordo com nosso Senhor Jesus Cristo, essas guerras mundiais deviam ser tidas como infalível sinal da aproximação do fim do mundo. Nesse tempo nosso Senhor em pessoa intervirá nos destinos do mundo, redimindo-o das mãos do usurpador, Satanás, e restaurando-o no concerto da família dos mundos não caídos do universo. Este glorioso evento final terá lugar, de acordo com a predição do Apocalipse, no ápice de uma futura guerra mundial total chamada “Armagedom.”

A Época de Temor

Nesta entrevista com Seus discípulos, Jesus Cristo predisse eventos relacionados com os próprios dias em que estamos vivendo, dando prova adicional de que veremos o fim do presente mundo ímpio e a restauração de todas as coisas mediante Sua intervenção pessoal. Ele descreveu a angústia universal, o pânico e o temor como saliente e infalível sinal do tempo que precederia Sua intervenção pessoal no destino do nosso mundo.

Vejam quão acuradamente Ele descreve o próprio tempo em que estamos vivendo:

S. Lucas 21:25-28 – “E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.”

Esta antiga descrição profética é agora uma realidade.

Considerem! Dois mil anos atrás o grande Mestre afirmou que quando chegasse o tempo quando Ele intervier nos negócios do mundo, a fim de libertar a humanidade, o coração dos homens estaria carregado do temor do futuro. Todos nós sabemos que o temor, a ansiedade e insegurança caracterizam nosso século, porque homens ímpios possuem em suas mãos o poder da bomba H.

Esta predição de Jesus começou a cumprir-se no dia em que a primeira bomba atômica foi lançada, em 6 de agosto de 1945. E desde então, o temor e a ansiedade são as principais características de nosso tempo, sem qualquer paralelo no passado.

Notai o temor de hoje, pelo que disse Sir Winston Churchill na Câmara dos Comuns: “Bem pode ser que nós, por um processo de sublime ironia, tenhamos alcançado um estágio na história em que a segurança será a criança aterrorizada, e a sobrevivência a irmã gêmea do aniquilamento.” – Facing the Atomic Future, pág. 349.

“É necessário buscar todos os caminhos possíveis para uma justa solução de diferenças internacionais. A menos que as nações renunciem à guerra, viveremos em temor, sob a sombra de armamentos acumulados, e para sempre às bordas do abismo do aniquilamento atômico.” – Idem, pág. 360.

O então presidente Eisenhower disse: “Estamos condenados a um futuro indefinível de perigos sem medida.”

Todas essas afirmações confirmam as profecias de Cristo. A Palavra de Deus é sempre verdadeira!

Amigos, eu não vos ofereço uma solução imaginária de panacéias humanas para a enfermidade do mundo. Ofereço-vos o Plano de Deus de acordo com Sua fiel palavra profética. Seu plano salvará nosso mundo conturbado.

Conclusão

Em um futuro mui breve esta solução divina será realizada. Não sabemos o dia nem a hora deste glorioso evento, mas as condições que prevalecerão no mundo antes deste acontecimento. Sua intervenção será súbita e inesperada, “como um ladrão de noite,” segundo o expressa S. Pedro.

Sim, por todos os lados vemos augúrios de temor. Os homens ameaçam invasões com aviões a jato transportando bombas de hidrogênio, e foguetes intercontinentais capazes de destruir a civilização. Mas, prezados amigos, como crentes no Todo-Poderoso, não precisamos estar assim tomados de temor. Devemos antes olhar para cima, para a gloriosa invasão que vem do alto Céu, quando Cristo e Seu exército de anjos magníficos descerem à Terra para recompensarem os fiéis. O maravilhoso Salvador disse que se realmente temos fé nEle, não devemos temer. Disse Ele :

“Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?” (S. Marcos 4:40)

Uma profecia escrita cerca de mil anos antes de Cristo se refere ao último grande conflito, e nos assegura que se somos filhos de Deus e obedientes a Sua lei moral, não temos que temer o futuro. Podemos viver em paz em meio de todas as ameaças de guerra, desastres econômicos e convulsões sociais, sabendo que Deus sempre cuidará de nós.

Leia, (Salmo 91:2-11) – “Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel. Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia, Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia. Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios. Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.”

Esta confortante profecia diz que embora “mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita.., tu não serás atingido.” Sob Suas asas estaremos protegidos. Isto ilustra a segura proteção que haveremos de experimentar durante a guerra apocalíptica, o Armagedom, quando os desprezadores da verdade e da justiça, cujo coração está cheio de temor e ansiedade, sofrerão as conseqüências da guerra total, mas os santos que manifestaram fé na proteção divina serão redimidos e verão com os próprios olhos a destruição do ímpio.

Um lenhador vivia sozinho nas florestas da Austrália. Uma tarde, ao retornar a sua cabana de madeira construída numa pequena clareira, verificou amargurado que sua possessão terrestre tinha sido reduzida a cinzas. Depondo no chão o machado, remexeu as ruínas, esperando encontrar alguma coisa que ainda pudesse ser útil. Encontrou apenas uns poucos pedaços de ferro retorcido e alguns utensílios de cozinha fundidos. Com lágrimas nos olhos dirigiu-se para o lugar onde fora a sua cozinha. ‘Tudo era uma massa de arames retorcidos e cinza. Subitamente ele viu um feixe de penas queimadas. Ergueu-o, e para sua surpresa, viu quatro belos pintinhos vivos sob os restos da mãe incinerada. Foram salvos pelo amor materno. Indubitavelmente esta galinha poderia ter fugido e salvado sua própria vida, mas assim fazendo os pintinhos, não compreendendo o perigo, teriam perdido a vida. Ela preferiu morrer a fim de proteger seus filhotes, cobrindo-os com suas asas. Sim, dando sua vida, ela salvou a dos filhos.

Assim, no último grande conflito das nações, quando a bomba de hidrogênio, os foguetes de longo alcance, o fogo, a destruição, a pestilência e a morte forem vistos por todos os lados, o Criador do Universo cobrirá com Suas asas poderosas e protetoras todo aquele que nEle houver posto a sua confiança e houver vivido em harmonia com Sua lei moral. Ali mil cairão de um lado e dez mil de outro, como a promessa diz, mas a destruição não alcançará aqueles que puseram sua confiança em Deus.

Que maravilhosa proteção é oferecida a você e a mim!

Meu querido amigo, a despeito da atual convulsão das nações, e do temor que enche o coração dos homens, tenhamos uma inabalável confiança em nosso Criador. Sim, você e eu, se nossa confiança estiver nEle, seremos protegidos, aconteça o que acontecer. A Mão invisível dAquele que criou o mundo e o homem segundo a Sua própria imagem, cuidará de nós e de nossos amados.

E lembrem-se de que, naquela hora trágica e terrível, quando as nações de todo o mundo hão de travar a última guerra apocalíptica do Armagedom, Deus intervirá na história do mundo. Ele restaurará então a ordem, a justiça, a paz e a felicidade eterna para todos os que através dos séculos fizeram de Cristo o seu Senhor. Esta é a única solução para os desconcertantes e insolúveis problemas do mundo. Oremos mais uma vez: “Venha o Teu reino.”

Eu Não Gostaria de Encontrá-Lo

Sim, a maior necessidade do mundo hoje é de retornar à fé em Deus, confiar nEle em todos os caminhos da vida.

No final de um ato de uma representação teatral intitulada “The Devil’s General,” um jovem tenente da Força Aérea chamado Hartmann, perguntou a um general com quem tinha amizade:
– Crê em Deus, general?
O general respondeu:
– Não sei. Jamais O encontrei, e isto por minha própria culpa. Não desejo encontrá-Lo, para não ser colocado em circunstâncias de ter de fazer decisões que eu não gostaria de fazer. Tenho crido em coisas que podem ser provadas, descobertas e alcançadas; coisas que podem ser vistas, contempladas e reconhecidas. Mas a maior descoberta de todos os séculos eu não conheço, e esta é Deus. … Nunca Lhe agarrei a mão.

A razão por que o povo hoje não crê em Deus e em Suas profecias e nos Seus planos para salvar o mundo, é unicamente por serem como este general. Eles não desejam conformar suas vidas à vontade de Deus. Em vista deste preconceito, os homens procuram escusas e encontram argumentos para descrer em Deus.

Amigos, as predições divinas provam a existência de Deus; a Natureza revela a sabedoria e o poder do Criador; e nossa consciência revela que somos seres morais, responsáveis para com um Ser superior a que chamamos Deus.

Agarremos agora a Mão de Deus e ponhamos nEle nossa confiança, descansando em Suas maravilhosas e seguras promessas.

Deus os abençoe a todos em seus negócios, em seu trabalho, em sua vida em família, e lhes dê saúde, felicidade e paz de mente.

Autor: Pr. Walter Schubert

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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