A Missão de Jesus no Céu, Agora

No serviço figurativo do antigo santuário, os pecados confessados eram simbolicamente transferidos para aquele santuário. Fazia-se necessária uma purificação anual. Como o santuário terrestre era uma cópia fiel do santuário celeste, os pecados que confessamos são transferidos para ele, no qual também deverá ser realizada uma obra de purificação (Hebreus 9:23).

Pode parecer coisa estranha que lugares celestiais necessitem de purificação. Mas a Bíblia afirma: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado” (Daniel 8:14).

Na profecia, um dia representa um ano (Números 14:34 e Ezequiel 4:7). Essas duas mil e trezentas tardes e manhãs, ou dois mil e 300 dias, são tempo profético e representam, pois, 2 mil e 300 anos. Lendo Daniel 9:25 e Esdras 7:7, chegamos à conclusão que os 2 mil e 300 anos começaram no ano sétimo do rei Artaxerxes, da Pérsia, ou seja, em 457 antes de Cristo – e a História assim o confirma. Como o decreto foi dado quase no fim do ano 457, os 2.300 anos nos levam a 1.844 de nossa era. Nesse ano – 1844 – começou a purificação do santuário celeste.

Considerando que os serviços simbólicos do santuário terrestre eram feitos no primeiro compartimento e que só no dia da expiação o sacerdote entrava no Santo do Santos, compreende-se que desde a Sua ascensão ao Céu, Jesus oficiou no primeiro compartimento do santuário; e a partir de 1844 oficia no segundo compartimento, ou Santo dos Santos.

E como é feita essa purificação no santuário celestial? A Bíblia menciona a existência de livros no Céu. Descrevendo a abertura do tribunal de Deus o profeta Daniel escreveu: “Assentou-se o tribunal, e abriram-se os livros” (Daniel 7:10). Nesses livros estão relatados os atos de cada indivíduo (mais perfeito que o mais potente computador feito por seres humanos).

A Bíblia também menciona a existência do livro da vida, no qual estão inscritos todos quantos consagram a vida a Deus (Filipenses 4:3 e Lucas 10:20). Há também referência a um memorial das obras, em que devem figurar os bons atos dos que temem ao Senhor (Malaquias 3:16 e 17). E há, igualmente, um registro dos pecados – dos maus atos, das más palavras e dos maus pensamentos (Eclesiastes 12:14; Mateus 12:26 e 37). Como o antigo dia da expiação era um dia de julgamento, também a purificação do santuário celeste é uma obra de julgamento. O apagamento dos pecados contidos nos livros do céu.

Talvez você pergunte agora: “Mas por que não são os registros apagados ao ser perdoado o pecador?” A resposta é esta: Nem todos perseveram no caminho do Senhor. Pessoas há que depois de se arrependerem, depois de confessarem seus pecados, depois de fazerem paz com Deus, voltam à prática do mal. Os que fazem isso, têm o seu perdão anulado.

Por isso a remoção dos registros do pecado só pode ser feita após a morte do indivíduo, ou após terminar o tempo da graça.

Ao contemplar a purificação do santuário, Jesus dirá: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se” (Apocalipse 22:11). Estas palavras encerram a obra de salvação. Elas fecham a porta da graça e selam os destinos. Os que forem declarados justos, continuarão como tais para toda a eternidade. Os que forem achados em pecado, aguardarão o terrível destino do ímpio. Após terminar a obra de purificação no santuário celeste, Jesus virá em glória e majestade, para receber o Seu povo. “Eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.” (Apocalipse 22:12).

Simultaneamente com a purificação do santuário celeste deve ser proclamada na Terra uma mensagem especial de Deus. Ela está em Apocalipse 14:6 a 10: “Vi um outro anjo voando pelo meio do céu tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobra a terra, e a cada nação, e tribo, e língua e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez oi céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas. Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição. Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem, e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus… e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro.”

Perceba que, simultaneamente com a purificação do santuário celeste deve ser proclamada na Terra uma mensagem especial de Deus. Essa mensagem é pregada por homens, representados por anjos voando. É o evangelho eterno – o mesmo evangelho de todos os tempos – mas com ênfase nos seguintes pontos:

1. Proclama a chegada do juízo – a fase da obra de Cristo em favor do homem; é chegado o tempo do fim.

2. Convida os homens a adorar a Deus Criador, que em seis dias literais criou a Terra com tudo o que nela há, e descansou no sétimo dia, de uma obra acabada. Com isto, condena a teoria evolucionista.

3. Declara sem valor os ensinos humanos e sistemas religiosos que procuram substituir os ensinos de Deus.

4. E, por último, adverte contra a submissão espiritual a outro poder que não Deus.

O resultado dessa pregação é: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Apocalipse 14:12). Sim, amigo ouvinte, a pregação dessa tríplice mensagem angélica, produz um povo que põe a sua fé nos méritos e poder de Jesus para salvar. E como demonstração da presença de Cristo no coração vivem como viveu o Senhor – a vida santa que os Dez Mandamentos requerem (Gálatas 2:20).

Dará você ouvidos à mensagem especial do evangelho para este tempo enquanto não termina o dia da salvação? Soleníssima é a obra em que Se acha agora empenhado o celestial Mediador e Sumo Sacerdote. Agora Ele ainda é nosso Advogado – ainda intercede por nós. Pense sobre isso e tome sua decisão agora.

Autor: Pr. Montano de Barros


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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