“Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo.” (Apocalipse 14:6)
A mensagem do primeiro anjo estabelece em linhas indeléveis a natureza e propósito do evangelho eterno para a geração do tempo do fim.
Ao preparar um povo para estar em pé no grande Dia do Senhor, essa mensagem antecipa um grande despertamento religioso sob a proclamação da breve volta de Cristo.O caráter exaltado dessa mensagem e o poder e glória que devem acompanhar sua obra encontram-se significativamente representados na figura de um anjo, que voa no zênite do céu e anuncia “em grande voz” o último convite da graça a todos os habitantes da Terra.A expressão “outro anjo” nos remete intuitivamente ao anjo anterior mencionado no livro do Apocalipse, nesse caso o “anjo forte” do capítulo 10, cujas características messiânicas indicam tratar-se do próprio Salvador!
Não há dúvida de que há uma estreita relação entre o primeiro anjo do capítulo 14 e o “anjo forte” do capítulo 10. Ambos proclamam uma mensagem de graça e de juízo de extensão mundial. Ambos proferem-na com “grande voz”. Ambos põem em relevo os atributos criadores de Deus, inspirando-se igualmente no quarto mandamento da lei do Senhor (Êxodo 20:11).
De maneira que só é possível compreender adequadamente a natureza e o papel do evangelho eterno para o tempo do fim se nós considerarmos a obra do “anjo forte” e sua evidente relação com a mensagem do primeiro anjo.
A insigne obra do “anjo forte”
Em Apocalipse 10:1, João contempla em visão um anjo completamente diferente dos demais anjos mencionados até aqui. O apóstolo o descreve com estas impressionantes palavras:
Vi outro anjo forte descendo do céu, envolto em nuvem, com o arco-íris por cima de sua cabeça; o rosto era como o sol, e as pernas, como colunas de fogo.
Note que este anjo desce do Céu como Deus desceu ao Monte Sinai, ou seja, em meio a uma espessa nuvem com trovões e relâmpagos (Êxodo 19:16). Nuvens, aliás, marcam frequentemente as aparições de Cristo (Salmo 104:3; Daniel 7:13; Mateus 17:5; 24:30; Atos 1:9; I Tessalonicenses 4:17; Apocalipse 1:7; 14:14).
O rosto como o sol corresponde à descrição de nosso bendito Redentor em Apocalipse 1:16 (ver também Mateus 17:1-2), assim como as pernas ou pés reluzentes (Apocalipse 1:15).
A expressão “anjo forte” não pode, com efeito, se referir a um ser angelical, mas ao próprio Senhor Jesus, que é o Autor e assunto central do livro do Apocalipse.
O fato de nosso amado Salvador apresentar-se como mensageiro celestial nessa visão intermediária entre o soar da sexta e da sétima trombetas (portanto, durante o tempo do fim) deve ser da maior significação para o povo de Deus hoje, pois indica a suprema importância da mensagem que Ele está prestes a anunciar.
Essa mensagem é de fato tão importante, que Jesus não comissionou nenhum de Seus anjos para anunciá-la, mas Ele mesmo assumiu essa função!
Esta cena extraordinária marca uma transição solene no livro do Apocalipse, pois em nenhum dos capítulos precedentes encontramos Cristo e Seu movimento representados de forma tão singular.
Que mensagem solene e poderosa Jesus Cristo está para anunciar a Seu povo?
O próprio modo como Cristo é descrito nessa visão fornece as primeiras indicações sobre a natureza de Sua grandiosa mensagem.
O arco celeste que circunda o trono de Deus e que aparece sobre a cabeça do “anjo forte” é um sinal da divina graça, um perpétuo testemunho do amor e da misericórdia de Deus e do cuidado que Ele dispensa ao Seu povo (Gênesis 9:12-17).
As pernas como colunas de fogo anunciam, por outro lado, uma mensagem de juízo, que tornará evidente as obras de cada um, sejam elas boas ou más (I Coríntios 3:11-13; Eclesiastes 12:14).
Assim, o movimento representado pelo “anjo forte” traz uma mensagem de graça, perdão e justificação ao pecador, e anuncia a proximidade de um juízo que decidirá o destino eterno de cada alma.
A solene importância dessas duas dimensões inseparáveis do evangelho eterno – salvação e juízo – requer nossa máxima atenção, e por isso Deus decidiu revelar essa mensagem na gloriosa pessoa de seu divino Autor, Jesus Cristo!
Um livrinho aberto e um juramento solene
João relata que viu na mão do “anjo forte” um livrinho aberto (Apocalipse 10:2), o qual contém a mensagem do grande movimento que Ele simboliza.
Uma vez aberto, seu conteúdo deveria despertar um amplo movimento religioso representado pelo “anjo forte” e servir de fundamento para sua proclamação final. Esse livro não pode ser outro, a não ser o livro do profeta Daniel, particularmente a visão da purificação do santuário (Daniel 8:14), acerca da qual se diz:
Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará. (Daniel 12:4)
A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes. (Daniel 8:26)
O próprio Salvador, simbolizado pela figura de um poderoso anjo, abre em definitivo as profecias outrora seladas ou fechadas de Daniel para o tempo do fim, algo que somente Ele poderia fazer! Por isso, o livro do Apocalipse é aberto com estas significativas palavras: “Revelação de Jesus Cristo”!
Se a aparência gloriosa do “anjo forte” revela em tons muito claros a natureza e origem do movimento que Ele representa, a Sua posição com um pé na terra e outro no mar exprime a extensão mundial da obra missionária que deve realizar-se (Apocalipse 14:6).
Os “dias ainda mui distantes”, ou “tempo do fim”, chegaram afinal, trazendo consigo um aumento crescente do conhecimento das profecias de Daniel sobre esse derradeiro período, preparando um povo para o bem-aventurado advento de nosso amado Salvador.
Outra importante indicação de que o livrinho aberto se refere ao livro de Daniel é o solene juramento pronunciado pelo “anjo forte” (Apocalipse 10:5-6), que aponta diretamente para o juramento do anjo em Daniel 12:7.
Esse juramento constitui o ato mais importante do “anjo forte” de Apocalipse 10 – um juramento que tem íntima relação com a mensagem profética de Daniel. Cristo levanta a mão direita para o céu (inferindo-se que na mão esquerda Ele tem o livrinho aberto) e jura solenemente em nome de Si mesmo que “já não haverá demora”.
O juramento de nosso Senhor, no qual Ele destaca Seus atributos criadores (revelando, assim, o que estará em jogo no último grande drama) é feito dentro do marco da sexta trombeta (Apocalipse 9:13-21) e antes do soar da sétima trombeta, isto é, durante o período do tempo do fim, pouco antes do estabelecimento do reino eterno de Deus (11:15-18).
“Já não haverá demora”
O juramento do mensageiro divino em Daniel 12:7 é a resposta do Céu à pergunta: “Quando se cumprirão estas maravilhas?” As maravilhas mencionadas pelo ser celestial se referem aos eventos finais descritos nos versos precedentes.
Já identificamos esse período como abrangendo a hegemonia papal durante os séculos de ferro da Igreja, de 538 a 1798. Isso significa que as maravilhas relacionadas ao tempo do fim encontrariam seu cumprimento somente depois de 1798!Em Daniel 8:13 encontramos outra pergunta igualmente significativa: “Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados?”
A resposta aponta para um evento intimamente ligado às maravilhas descritas no final do livro de Daniel: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (verso 14).
A purificação do santuário ou juízo pré-advento marca o início do tempo do fim. É este acontecimento celestial que abre o último capítulo da história humana do ponto de vista da redenção, quando as maravilhas anunciadas pelo profeta se tornarão uma realidade histórica irrevogável.
À luz de Daniel 9:25, sabemos que esse período profético, o maior de toda a Bíblia, teve início com o decreto “para restaurar e para edificar Jerusalém”, que entrou em vigor no outono de 457 a.C. Dois mil e trezentos anos depois, no outono de 1844, o santuário seria purificado!
Em ambas as visões, as respostas às perguntas formuladas incluem períodos de tempo proféticos – 1.260 e 2.300 anos – que apontam para o tempo do fim. A purificação do santuário ou juízo pré-advento em Daniel 8:14 é o marco definitivo que estabelece o início exato do tempo do fim.
Da perspectiva de Daniel, os períodos 1.260 anos e 2.300 anos diziam respeito a acontecimentos ainda muito distantes, razão por que nas duas visões o profeta recebeu a instrução divina para preservar ou guardar em segredo a visão e encerrar e selar o livro “até ao tempo do fim”.
Mas agora, o “anjo forte”, que é Jesus Cristo, abre a porção profética do livro de Daniel que, por ordem divina, permanecera fechada por séculos!
Enquanto que em Daniel a resposta às perguntas “até quando” e “quando se cumprirão” envolvem longos períodos de tempo proféticos, a resposta do “anjo forte” de Apocalipse 10 anuncia em um juramento solene que “já não haverá demora”, revelando que a última etapa da história da redenção, marcada pelo início de um juízo no Céu, já começou e que está irrevogavelmente em marcha rumo ao seu glorioso desfecho sob o soar da sétima trombeta!
Tendo em vista que é Jesus Cristo, o justo Juiz, quem preside a sessão do tribunal celeste (Daniel 7:9-10, 13-14; João 5:22, 27), é de especial significado que Ele mesmo anuncie na forma de um juramento solene o início do tempo do fim e a iminente consumação de Seu reino eterno!
É também sugestivo que somente a partir do juramento do “anjo forte” e da instrução que se segue à igreja na pessoa de João presenciemos no Apocalipse uma explosão virtual de material profético procedente do livro de Daniel, com a dinâmica da revelação profética de João mudando do primeiro para o segundo compartimento do santuário em Apocalipse 11:1 e 19!
Desse ponto em diante, as profecias do último livro da Bíblia são reveladas dentro da perspectiva da obra final de Cristo no Lugar Santíssimo do santuário celestial, o que justifica a urgência do apelo para ler e ouvir as palavras da profecia e guardar as coisas nelas escritas, pois o tempo está próximo (Apocalipse 1:3).
A revelação do “mistério de Deus”
O soleníssimo juramento de nosso Senhor é a garantia de que nem mesmo os poderes combinados do mundo poderão frustrar a consumação final do evangelho eterno:
Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas. (Apocalipse 10:7)
Essa certeza do cumprimento das palavras do “anjo forte” deve encher de gozo a igreja militante! Sua proclamação nos conduz ao período relacionado à voz do sétimo anjo como o tempo divinamente estabelecido para a consumação do “mistério de Deus”, o clímax do tempo do fim, quando então os segredos do plano da salvação serão manifestados em toda a sua glória!
O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos… Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar. Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra. (Apocalipse 11:15, 17-18).
Todos os esforços das potestades espirituais do mal para destruir o povo de Deus e impedir a obra gloriosa e culminante do plano divino de redenção revelar-se-ão inúteis (compare o texto acima com o Salmo 2)!
A despeito dos lances dramáticos do conflito final prestes a irromper sobre a igreja, a voz do sétimo anjo, em cumprimento ao solene juramento do “anjo forte”, anuncia a consumação do segredo de Deus no julgamento dos mortos, na recompensa a todos os santos, e na destruição dos que destroem a Terra.
Salvação e juízo são duas faces da mesma realidade.
A destruição dos inimigos do povo de Deus por meio de um ato divino contra a Babilônia do tempo do fim contém um propósito essencialmente construtivo: a vindicação do caráter de Deus e de Sua igreja, e a restauração de Sua criação, a herança eterna dos justos (Daniel 7:27).
O mistério de Deus anunciado aos Seus profetas diz respeito, portanto, à mensagem original e inalterável de salvação e juízo revelada na pessoa e na obra de nosso amado Redentor.
Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos, e que, agora, se tornou manifesto e foi dado a conhecer por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus eterno, para a obediência por fé, entre todas as nações… (Romanos 16:25-26)
Assim, o mistério de Deus é cristocêntrico por natureza e encontra sua realização plena e definitiva “nos dias da voz do sétimo anjo”, o que significa dizer que, de 1844 (ano que marca o início do juízo pré-advento no Céu) até o fim dos tempos, será consumada a obra do evangelho eterno no mundo, com sua mensagem de salvação e juízo, em cumprimento à profecia de nosso Senhor em Mateus 24:14!
A proclamação final do segredo de Deus é também representada pela obra de outro anjo, que possui grande autoridade, e ilumina o mundo com sua glória (Apocalipse 18:1). Esse anjo é encarregado de restaurar todas as verdades que o anticristo lançou por terra (Daniel 8:11-12).
O ato simbólico de João comer o livrinho
É evidente, pois, que a voz do sétimo anjo não será ouvida sem que antes o movimento simbolizado pelo próprio Salvador em Apocalipse 10 cumpra sua obra na Terra.
Como já observamos antes, a profecia da tarde e da manhã que apontava para a purificação do santuário no Céu deveria ser guardada em segredo, “porque ainda se refere a dias mui distantes” (Daniel 8:26).
Suas palavras deveriam ser encerradas, e o conteúdo profético do livro, selado “até ao tempo do fim”, com a observação de que, quando chegasse o referido tempo, “muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará” (12:4. Ver também o verso 9).
O “anjo forte” com o livrinho aberto na mão anuncia que o tempo do fim já chegou, e garante, mediante um solene juramento, que “já não haverá demora” para o cumprimento do “mistério de Deus”!
Portanto, o próprio Salvador, na figura de um poderoso mensageiro celeste, é o representante do glorioso movimento mundial que teria lugar no tempo indicado pela palavra profética, ou seja, a partir do século XIX, quando então muitos a esquadrinhariam e seu conhecimento se multiplicaria entre as nações.
A cena que se apresenta em Apocalipse 10 dentro do marco da sexta trombeta é, com efeito, um símbolo extraordinariamente impressionante da comissão de nosso Redentor à igreja do tempo do fim. Essa igreja recebe uma comissão especial para levar a mensagem final do evangelho a todos os povos antes do grande Dia do Senhor.
Esse chamado especial do Céu à igreja é simbolizado no ato de João dirigir-se ao “anjo forte” e pedir-lhe o livrinho. Na qualidade de representante legítimo da igreja, Cristo ordena a Seu servo: “Toma-o e devora-o; certamente, ele será amargo ao teu estômago, mas, na tua boca, doce como mel.” (Apocalipse 10:9).
Essa figura de linguagem, como todas as demais figuras no Apocalipse, é extraída do Antigo Testamento, e se refere ao chamado de Deus aos Seus servos para o ministério profético (Jeremias 1:4-9; 15:16; Ezequiel 3:1-3).
O ato de comer o livrinho significa que os mensageiros comissionados pelo Céu devem fazer da mensagem sua própria experiência. Devem assimilar seu conteúdo antes que possam transmiti-lo a outros!
Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas! (Romanos 10:13-15)
Considerando que o livrinho na mão do “anjo forte” corresponde ao livro de Daniel, e que este se achava agora aberto, pois o tempo para isso já havia chegado, os piedosos homens e mulheres da igreja de Deus no século XIX, movidos pelo Espírito Santo, deveriam esquadrinhá-lo e assimilar sua poderosa mensagem, antes que pudessem anunciá-la ao mundo.
De todas as solenes profecias de Daniel, uma em especial chamou a atenção deles, e dizia respeito precisamente àqueles primeiros anos do fim do tempo: a visão da tarde e da manhã do capítulo 8, verso 14.
A experiência agridoce revelada
Note, porém, a advertência do Senhor a João, de que a experiência de devorar o livrinho (ou seja, a profecia da tarde e da manhã) ser-lhe-ia na boca doce como o mel, mas amarga no estômago (Apocalipse 10:10), uma experiência semelhante à dos profetas Jeremias e Ezequiel.
Jeremias, que foi separado desde antes de seu nascimento para o ministério profético entre as nações (Jeremias 1:5), argumentou com Deus que ele não sabia falar, pois não passava de uma criança (verso 6), ao que o Senhor respondeu:
“Eis que ponho na tua boca as minhas palavras.” (verso 9).
A dupla reação de Jeremias ao receber as palavras do Senhor é bastante significativa.
Num primeiro momento, ao comer as palavras do Senhor, o profeta experimentou gozo e alegria no coração, em virtude do supremo privilégio que o chamado representava (Jeremias 15:16).
Logo em seguida, porém, Jeremias expressa sua angústia e aflição ante a grande possibilidade de rejeição de sua mensagem, por causa do espírito rebelde e idólatra de Judá, uma situação moral que inevitavelmente conduziria à queda de Jerusalém (verso 17 e seguintes).
De modo semelhante, Ezequiel foi chamado ao ministério profético dentre um povo rebelde, “de duro semblante e obstinados de coração” (Ezequiel 2:1-7).
Para que pudesse exercer sua obra e enfrentar a apostasia prevalecente, o profeta foi instruído a assimilar completamente a mensagem de Deus antes que pudesse proclamá-la à “casa rebelde”: é desafiado a comer o rolo de um livro que certa mão lhe havia estendido; um livro “escrito por dentro e por fora”, no qual “estavam escritas lamentações, suspiros e ais” (Ezequiel 2:8-10).
Quando Ezequiel, em obediência à ordem do Senhor (Ezequiel 3:1-3), comeu o livro, “na boca me era doce como o mel” (verso 3).
Mas, em seguida, sentiu a decepção amarga da rejeição de sua mensagem por um povo obstinado e rebelde (versos 7 e 14).
Não há dúvida de que a experiência de João na visão de Apocalipse 10 é delineada sobre o mesmo ato simbólico de Jeremias e Ezequiel comerem as palavras do Senhor e experimentarem um misto de sensações contraditórias, em face dos privilégios e desafios de seu chamado.
Assim, a experiência agridoce da igreja no tempo do fim, figuradamente vivida por João na visão, só pode ser adequadamente compreendida à luz desses protótipos no Antigo Testamento.
Em que consistiu a experiência doce e amarga do grande movimento missionário do início do tempo do fim tipificada no ato de João tomar o livrinho da mão do “anjo forte” e devorá-lo?
Fonte: Blog Três Mensagens
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