Como Alcançar Felicidade e Paz de Espírito

Às vezes tenho a impressão, ao observar o comportamento de certas pessoas, que deliberadamente vão após sua própria infelicidade. Pertencem ao grupo de pessoas instáveis e imaturas. Felicidade duradoura é um desejo irresistível de todo ser humano. A razão por que poucos a alcançam é não verem claramente os princípios da felicidade.

Muitos consultam astrólogos na busca da felicidade. Outros vão aos cartomantes ou quiromantes. E há os que experimentam elementos químicos, drogas por exemplo. Mas todos ficam desapontados. O dinheiro pode comprar tudo neste mundo, menos a felicidade.

Lembro-me de quando era jovem, e sentia alegria ao ver as belas cores do arco-íris sobre os campos. Eu corria, procurando banhar-me na luz colorida e brilhante, apenas para verificar que o arco-íris havia desaparecido. Da mesma maneira, muitos correm através da vida procurando alcançar o arco-íris da felicidade, até que caem exaustos. Correram a estrada da vida sempre sonhando com a felicidade, mas sem encontrá-la nunca. O homem deseja encontrar a felicidade por seus próprios métodos falíveis, mas só o Criador do homem pode dar-lhe a paz de espírito, assim como só os fabricantes de carros estão em condições de instruir quanto à melhor maneira de mantê-los na melhor forma.

Felicidade e Sabedoria

Desde tempos imemoriais o homem tem crido que a felicidade pode ser encontrada na sabedoria. Isto era o que cria o maior dos filósofos e sábios, chamado Salomão, que um milênio antes de Cristo, escreveu:

Ecles. 1:13 : “Apliquei o meu coração a esquadrinhar e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; essa enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar.”

Não havia conhecimento de seu tempo que ele não conhecesse. Era o maior legislador de sua época, em virtude do conhecimento que possuía das leis de todas as nações do mundo. Estudara todas as religiões existentes. E até hoje não se levantou um sábio que produzisse máximas que superassem os seus famosos provérbios.

Mas, perguntamos, todo este conhecimento trouxe felicidade a Salomão? Leiamos o que ele mesmo diz:

Ecles. 1:18 : “Porque, na muita sabedoria, há muito enfado; e o que aumenta em ciência aumenta em trabalho.”

A sabedoria em si é altamente recomendável. Mas quando Salomão descobriu que a sabedoria não basta para dar felicidade, decidiu procurá-la em qualquer outro lugar.

Felicidade e Riquezas

Salomão se propôs então buscar a felicidade na aquisição de riquezas. A tradição diz que ele foi o homem mais rico que já existiu. Tomando em conta o valor atual do dinheiro, ele possuía cerca de 750 bilhões de reais. Ele era tão rico que podia ter Henry Ford como seu motorista, e o rei do petróleo, Rockefeller, como jardineiro, pagando-lhes salários iguais ao que lhes rende suas indústrias. Diz-se que ele era 15 vezes mais rico que Creso, o riquíssimo rei da Lídia do século VI A C. Não obstante, Salomão, depois de adquirir tão fabulosa riqueza, expressou sua desesperança nas seguintes palavras:

Prov. 22:1 : “Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas; e a graça é melhor do que a riqueza e o ouro.”

Conforto e Beleza

Desapontado na busca da felicidade através das riquezas, Salomão pensou tornar-se feliz rodeando-se de conforto e beleza que só uma grande soma de dinheiro poderia permitir. Construiu para si um suntuoso palácio, todo de madeira da mais fina coberto de puro ouro, todo provido de tapeçarias as mais finas e ricas do Oriente. As mesas, copos e talheres eram todos de puro ouro. Cozinheiros especialistas lhe preparavam o alimento, podendo satisfazer ao gosto do mais exigente comensal do seu tempo.

Ao lado do seu palácio ele construiu diferentes edifícios, lagos, jardins botânicos e zoológicos. Mas qual foi o resultado prático para o seu espírito de todo o conforto, luxo e beleza de que se cercou? Ele mesmo responde:

Ecles. 2:1 : “Disse comigo: vamos! Eu te provarei com a alegria; goza, pois, a felicidade; mas também isso era vaidade.”

Bem posso imaginar todos os trabalhos, frustrações e atritos que ele teve de sustentar com os construtores de todos estes belos palácios, e as enfermidades que contraiu em conseqüência.

Amigos, se eu não possuo um belo palácio rodeado de jardins que deslumbram meus olhos posso contudo desfrutar suas belezas tanto quanto o seu proprietário que suportou trabalhos e gastou dinheiro para produzir tal cenário de beleza. A única diferença é que ele desfruta sua beleza de dentro da mansão, e eu do lado de fora; mas isto não me incomoda.

Prazeres

Em sua busca de felicidade, Salomão procurou desfrutar toda espécie de prazeres. A tradição informa que ele contratou grandes orquestras e os melhores músicos. Contratou os mais famosos e talentosos dançarinos do mundo, e ao mesmo tempo eram suas festas regadas com abundância de vinho. Mas qual o resultado final dessa busca da felicidade pelo gozo e prazeres?

Consideremos o seu próprio testemunho:

Ecles. 2:3 : “Resolvi no meu coração dar-me ao vinho, regendo-me, contudo, pela sabedoria, e entregar-me à loucura, até ver o que melhor seria que fizessem os filhos dos homens debaixo do céu, durante os poucos dias da sua vida.”

Prov. 23:29-30 : “Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada.”

Ele verificou que o álcool perturba o cérebro, faz perder o bom discernimento, desequilibra as emoções e leva a fazer as coisas mais abomináveis de que se envergonhar mais tarde. O álcool tira os homens do verdadeiro caminho da vida cristã:

Prov. 31:4-5 : “Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos.”

Ainda mais, ele deu livre curso a suas paixões. Cercou-se das mais belas mulheres do mundo. É dito que possuía mil mulheres e concubinas. Posso muito bem imaginar a dor de cabeça que teve de sofrer com todas elas. A maioria dos homens hoje mal suportam uma. Muitos maridos e esposas infligem um ao outro torturas mentais e às vezes se separam sob o argumento da incompatibilidade de gênios.

Imagine Salomão ter que tratar com mil mulheres, muitas delas por certo ciumentas! Pobre Salomão! Alcançou ele a felicidade com todas essas mulheres e concubinas? Ele próprio mais tarde fez a seguinte afirmação quanto à associação ilegítima com mulheres:

Prov. 6:32 e 33 : “O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa. Achará açoites e infâmia, e o seu opróbrio nunca se apagará.”

O Mundo Hoje

O homem não mudou desde os tempos de Salomão. Ele ainda procura encontrar a felicidade na sabedoria, na riqueza, nos confortos, na beleza, no vinho, na música e na companhia de mulheres, mas nunca encontra satisfação na vida. Os homens sempre vivem com o coração ansioso e a consciência perturbada, e jamais encontram paz de espírito ou gosto nas obras da Natureza. Os prazeres da vida o envolveram em seus tentáculos, e os resultados têm sido sentidos na política, na sociedade, na igreja e no lar.

O Segredo da Verdadeira felicidade

Qual o segredo da felicidade? Qual o caminho que leva à conquista deste troféu? Salomão, triste é dizer, descobriu este segredo demasiado tarde, pouco antes de sua morte. Onde a encontrou afinal? Ele diz:

Prov. 29:18 : “Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz.”

E suas últimas palavras inspiradas, foram:

Ecles. 12:13 e 14 : “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.”

No declínio de sua vida, depois de haver perdido a saúde, vivendo por tanto tempo em guerra com a consciência, ele descobriu afinal onde a felicidade tão cobiçada poderia encontrar-se.

Não importa o que alguns pensem, o único caminho para um satisfatório e pleno gozo que ao mesmo tempo assegura a felicidade no Céu, é a pessoa conduzir-se em harmonia com a norma da lei de Deus, o Decálogo. Não é este um código negativo, mas para nossa felicidade.

A Lei de Deus é Eterna

A lei dos Dez Mandamentos, cujo original está dentro da arca, no lugar santíssimo do santuário celestial, foi escrita pelo dedo de Deus em tábuas de pedra. Foi depositada na arca, no santuário terrestre, que era uma cópia do celestial. Esta lei é imutável e eterna, e foi reafirmada por nosso Senhor Jesus Cristo no Sermão do Monte:

S. Mat. 5:17 e 18 : “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.”

Nem um i ou um til se omitirá da lei. Isto significa que ela não sofrerá a mínima mudança. Esta mesma verdade da eternidade do decálogo é confirmada em Salmos:

Sal. 111:7-8 : “As obras das suas mãos são verdade e juízo; fiéis, todos os seus mandamentos. Permanecem firmes para todo o sempre; são feitos em verdade e retidão.”

Outra afirmação que corrobora a imutabilidade da lei de Deus é encontrada em:

Sal. 119:151 e 152: “Tu estás perto, ó SENHOR, e todos os teus mandamentos são a verdade. Acerca dos teus testemunhos eu soube, desde a antiguidade, que tu os fundaste para sempre.”

Também encontramos esta declaração categórica em:

Sal.89:34 – “Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios..”

Aqui a profecia divina sustenta, mil anos antes de Cristo, que:

(1) Deus não quebra o Seu concerto.
(2) Não altera o que saiu dos Seus lábios.

Em Deut. 4:13, encontramos uma dessas afirmações:

“Então, vos anunciou ele o seu concerto, que vos prescreveu, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra.”

Deus não permitiu que Seu mais importante documento, a constituição do Seu governo, fosse dado por meio de profetas e apóstolos. Eles refletiam a mais exata e perfeita personalidade e caráter de Deus.

Sobre isto lemos mais uma vez em:

Sal.89:34 – “Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios.”

“Não quebrarei o Meu concerto.” E este concerto são os Dez Mandamentos. (Deut. 4:13.) A única vez que a humanidade ouviu a voz de Deus, foi quando Ele anunciou os Dez Mandamentos. Atentem agora:

“Não alterarei o que saiu dos Meus lábios.” Deus declara enfaticamente que não alterará uma só palavra do que saiu dos Seus lábios, isto é, os Dez Mandamentos.

Não a Lei, mas o Pecado, foi Abolido na Cruz

Não obstante a indisputável verdade da eternidade da Santa Lei, algumas crenças afirmam que a lei de Deus foi abolida por nosso Senhor com Sua morte na cruz. Se isto fosse verdade, não haveria mais pecado desde a crucifixão.

S. Paulo afirmou em (Romanos 4:15):

“Porque a lei opera a ira; porque onde não há lei também não há transgressão.”

Portanto, se a crença de Cristo abolir a lei na cruz é verdadeira, o homem ficou na liberdade, desde a cruz, de matar, roubar, adulterar, e ao mesmo tempo ser considerado perfeito cristão. Notem o que diz S. Tiago:

S. Tiago 2:10-11 : “Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.”

Lembrem-se de que isto foi escrito pela inspiração divina 30 anos depois da crucifixão de Cristo.

Cerca do ano 90 A. D., ou 60 anos após a crucifixão, S. João escreveu acerca de nosso tempo:

Apoc. 14:7 e 12: “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.”

A Santa Bíblia nos assegura que não foi propósito de Cristo abolir a lei de Deus na cruz, mas expulsar o pecado e expiar a transgressão do homem. Notemos o que o anjo de Deus disse à virgem Maria, segundo se encontra registado em

S. Mat.1:21 – “E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.”

Diz o verso com toda a força que Jesus vinha para salvar o Seu povo dos seus pecados, não da lei. João Batista disse a mesma coisa em:

S. João 1:29: “João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”

Tanto o anjo como João Batista afirmam que o propósito de Cristo ao vir ao mundo era tirar o pecado do mundo, não a lei.

Que é pecado? Notemos o seu significado, de acordo com as Escrituras:

I S. João 3:4 : “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.”

Essas irrefutáveis afirmações divinas foram escritas cerca de 60 anos após a ascensão de nosso Senhor Jesus Cristo. “Pecado é a transgressão da lei” – os Dez Mandamentos de Deus. Em seu ódio para com Deus, e em seus esforços para anular a salvação na cruz, Satanás está determinado a tudo fazer para que os homens ignorem ou se rebelem contra os Dez Mandamentos, sendo levados à perdição.

Não devemos jamais confundir pecado com lei. Lei é uma coisa; pecado é outra.

A Lei de Deus não Salva, mas é um Sinal Externo da Salvação

Neste ponto desejo esclarecer alguns conceitos errôneos que confundem alguns cristãos que estão procurando a salvação. Ninguém pode obter a salvação pelas obras, isto é, pelo fato de guardar os mandamentos da Deus. A observância do Decálogo não pode jamais perdoar os pecados passados de uma pessoa. A única maneira de salvar do pecado é a indicada em:

I S. João 1:7 – “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”

Em outras palavras, a única coisa que pode purificar ou salvar é o sangue de Cristo. S. Paulo diz: “Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós ; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Efés. 2:8 e 9.) Nossa salvação depende da fé que tivermos nas promessas do Senhor, o único que pode tirar os pecados do mundo. Ele nos dá misericordiosamente Seu divino poder, o Espírito Santo, para guardar de pecar aqueles que foram branqueados pela fé em Seu sangue. Mas isto não significa que quando estamos sob a graça, estamos isentos da observância da lei de Deus. Diz o apóstolo Paulo:

Rom. 6:12: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões.”

Que significa isto? Significa que não há mais transgressão da lei em nosso corpo mortal. E ele continua:

Rom. 6:14: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.”

Analisemos a declaração: “Não estais mais debaixo dá lei.” Unicamente os que transgridem a lei de Deus estão debaixo de sua condenação; os que não a transgridem, estão livres. Por exemplo, eu ando livremente pela cidade de S. Paulo, e nenhum dos numerosos policiais me leva para a cadeia. Por quê? Porque estou livre da lei. E por que estou livre da lei? Porque não a transgrido. Mas desde o momento que eu entro num Banco para roubar, coloco-me sob a lei, e a autoridade da lei me condena. Os mesmos princípios se aplicam à lei de Deus.

Retornemos ao último texto: “Por que o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.” Porque não mais transgredimos a lei de Deus? Por que o pecado não terá mais domínio sobre nós? Porque estamos debaixo da graça. Em outras palavras, estamos debaixo do poder divino. Isto é descrito por Paulo nas seguintes palavras:

Gál. 2:20 : “ogo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”

O homem carnal não pode guardar a lei. Somente quando ele se rende à divina graça, ou ao poder de Deus, ele pode viver em harmonia com a lei moral, que produz vida plena de alegria e contentamento.

Assim, os que estão sob a graça nunca transgredirão a lei de Deus. Em outras palavras, o cristão foi salvo do pecado, ou da transgressão da lei, não por seus próprios méritos ou esforços, mas pela graça. Em poucas palavras, a observância da lei de Deus pelo homem é unicamente uma evidência externa de que tal pessoa está sob a graça, o glorioso poder do Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade. A observância da lei é apenas o visível fruto natural da alma completamente rendida a Deus.

Alguns ensinam que os que viveram anteriormente à era cristã foram salvos pela obediência à lei, e que os que vivem no tempo de Cristo são salvos pela graça. Isto significaria que os que viveram antes da era cristã foram salvos pelos seus próprios esforços, ao passo que os outros são salvos pela fé em Cristo. Entretanto, consideremos desde quando a graça existe. S. Paulo faz uma declaração muito clara em:

II Tim. 1:9 – “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos.”

Quando foi dada a graça? 2.000 anos atrás, na cruz do Calvário? Oh, não! A Palavra de Deus declara que a graça foi operante antes da criação da Terra. Todos os salvos, desde Abel, só poderão ir para o Céu, através da graça. Lemos em:

Heb. 12:14 e 15 – “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”

Aqui somos advertidos do perigo de ficarmos privados da graça de Deus. Ninguém devia ausentar-se da influência do glorioso poder da graça de Deus. O texto diz que alguns poderiam ficar afastados da graça de Deus, se conservassem alguma raiz de amargura em suas vidas. Tenho observado muitas vezes que quando uma pessoa permite em sua vida alguma raiz de amargura, separa-se do Espírito de Deus, recusando Sua graça, o que apenas produz mais tristeza, ao ponto de levar ao desespero.

Mas a verdade de Deus jamais muda, não importa o que pensem ou façam os homens. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente.” (Heb. 13:8.) Portanto, sejamos sempre fiéis a Deus, olhando para Jesus nosso exemplo e guia.

Sigamos a Verdade

Se amarmos a Jesus de todo nosso coração, estaremos de posse dos atributos distintivos que Ele nos garante. Ele nos afirma:

S. João 14:6: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”

Se quisermos andar no caminho da felicidade e merecer a futura bem-aventurança, devemos aceitar o que Ele disse e viver de acordo com o que Ele ensinou. Ele afirma que Ele unicamente é a verdade e a vida. Muitos seguem o conselho de filósofos e outros. Por exemplo, os maometanos seguem Maomé; outros seguem a fé de seus ancestrais sem examinar se há para essas crenças fundamento em Cristo. Outros seguem tradições espúrias. É-nos dito:

S. João 1:4 : “A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.”

Notem isto: Cristo, que é a verdade, é também cheio de graça. Devemos compreender a palavra “graça” segundo as intenções de Jesus Cristo, e não dando-lhes uma interpretação segundo o gosto da mente humana. Paulo disse:

Atos 20:24 : “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.”

Aqui Paulo diz que a obra do seu ministério era testificar do evangelho da graça de Deus. Disse ele: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.” (Rom. 1:16.) O evangelho da graça é poder, o poder divino que opera no homem para separá-lo do pecado, da transgressão da lei, e apresentá-lo santificado a Deus. O poder do evangelho, isto é, da graça divina, livra o homem dos enganos e do poder do erro. Eis um exemplo da obra e poder da graça.

Alguns anos atrás um homem foi ao escritório do proprietário de uma mina de carvão, a fim de entrevistá-lo. A conversação foi interrompida pelo telefone que chamava o proprietário. Este saiu, e ao voltar notou que havia deixado uma nota de 500 dólares na mesa de fronte do homem. Ao ver isto, ficou pálido, mas notou que o visitante era um homem honesto. O proprietário da mina não sabia que três semanas antes o seu visitante havia deixado a penitenciária, onde passara a maior parte dos últimos 40 anos. Uma ocasião ele roubara 20.000 dólares a apenas três quarteirões deste escritório. Por que ele não estendeu a mão e não apanhou o dinheiro? Porque agora era um homem salvo pela graça de Deus. Havia encontrado o seu Salvador. O velho ladrão estava agora sob a graça do evangelho. Não podia mais roubar. (Rom. 6:1 e 2.)

Graça Significa Obediência

Estes versos mostram que estar sob a graça é não pecar mais, não mais transgredir a lei de Deus. Quem está livre do pecado pela graça está morto para o pecado. Ilustrarei isto: Suponhamos que haja um homem que foi sentenciado à cadeira elétrica por assassinato. Mas o governador em sua misericórdia e bondade o perdoa e lhe devolve a liberdade, não porque haja no criminoso qualquer mérito, mas por graça do governador. Pode este homem voltar a matar porque foi perdoado pela graça? Não, pelo contrário, agora está mais obrigado a viver vida exemplar em harmonia com a lei da nação. Se ele repetir o mesmo crime, será certamente condenado à morte, e desta vez sem perdão.

O mesmo acontece com o homem em relação à graça de Deus. Quando o amor de Deus lhe dominou o coração, ele age em harmonia com o divino decálogo. Oh, quão grande é o amor de Jesus!

Quantos hoje querem o poder da graça de Deus para se libertar do pecado, aceitando os Dez Mandamentos como norma de vida para sua segurança, felicidade, paz e tranqüilidade de consciência? Aos jovens, eu gostaria de ler as palavras escritas por Salomão, quando próximo do fim dos seus dias, depois de haver vivido uma vida de pecado e de violação da consciência:

Ecles. 12:1, 13 e 14: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer” “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.”

S. João 14:15 : “Se me amais, guardareis os meus mandamentos.”

“Você é feliz?” perguntou o famoso poeta norueguês Bjrörnson à filha de uma família de suas relações, que se havia dedicado aos pobres. “Sim, sou feliz,” ela respondeu; “derramar o meu amor em favor dos aflitos e miseráveis torna-me feliz” E por sua vez ela perguntou: “Professor, o senhor é feliz?

“Não, mas daria tudo para ser feliz como a senhora.”

Sim, a felicidade pode ser vossa. Quanto mais amamos a Jesus, o maravilhoso Salvador, mais prazer encontraremos na guarda dos Dez Mandamentos. Isto vos será alegria de viver e certeza de vida eterna.

Autor: Pr. Walter Schubert

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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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