O Espírito Santo no Coração

Todos sabemos que as Escrituras falam de Deus, o Pai celestial, do Filho, Jesus Cristo e também do Espírito Santo. Quem quer que leia a Bíblia do princípio ao fim sabe que o Espírito Santo é introduzido já no primeiro capítulo do divino livro. Sabemos que o Espírito Santo falou pelos profetas do Velho Testamento. Na verdade, todos os livros da Bíblia Sagrada foram escritos por homens de Deus “movidos pelo Espírito Santo” (II Pedro 1:21).

Antes de voltar para o Céu, Jesus disse aos Seus discípulos que não os deixaria sós, mas iria enviar “outro Consolador… o Espírito da verdade” (João 14:16 e 17). Esta foi a grande promessa de enviar o Espírito Santo para assumir a liderança da igreja. E quando viesse o Consolador, Ele testificaria de Cristo (João 15:26). O Espírito Santo está sempre operando no sentido de chamar a atenção dos homens para Jesus, para a grande oferta sacrifical e expiatória que Ele fez na cruz do Calvário.

Que é o Espírito Santo para nós pessoalmente? Para que melhor entendamos a Sua obra em nossa vida, as Escrituras usam diversos emblemas ou símbolos do Espírito. A água é um deles (João 7:37 a 39). A água lava e refrigera. Ela é absolutamente necessária à vida e Deus nos dá em abundância. Assim é o Espírito Santo. O fogo é outro símbolo (Atos 2:2-4; Mateus 3:11). O fogo purifica, aquece, ilumina.

Também o vento é símbolo do Espírito Santo (João 3:8). O vento é poderoso e vivificante. Outro símbolo do espírito é o óleo, que cura e refrigera (Isaías 61:1; Lucas 4:18). Também chuva e orvalho que fertilizam e refrescam (Deuteronômio 32:2; Miquéias 5:7). Também a pomba é símbolo do Espírito Santo, por ser dócil, mansa, inofensiva (Lucas 3:33).

Vamos destacar um pouco mais a água como símbolo do Espírito, segundo lemos em João 7:37 a 39. Jesus assistia a uma das três grandes festas dos judeus em Jerusalém, a Festa dos Tabernáculos. Em cada um dos dias dessa festa, aos primeiros raios da aurora e em meio ao som de trombetas, um sacerdote trazia ao templo uma ânfora com água da fonte de Gion. Erguendo alto o vaso, ele o conduzia ao templo e derramava numa bacia de prata, junto ao altar do holocausto, de onde ela corria, através de canos de drenagem, para o ribeiro de Cedrom. “Essa representação de água consagrada representava a fonte que, a mando de Deus, brotara da rocha para saciar a sede dos filhos de Israel no deserto. Então, irrompiam os júbilos acentos: ‘Eis que o Senhor Jeová é a minha força e o meu cântico’; ‘com alegria tirareis águas das fontes da salvação’.” (Isaías 12:2 e 3 – DTN, p. 336).
No último dia dessa festa, quando se realizava essa cerimônia, Jesus chamou a atenção do povo para o fato de que trazia para eles a água da vida. Lemos: “… levantou-Se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto Ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nEle cressem” (João 7:37-39).
Note: “Quem crer em Mim… do seu interior fluirão rios de água viva”. Cremos nós, realmente, em Jesus? Se cremos, então devemos mostrar a obra do Espírito em nós, expressa num reto viver e fluindo em bênçãos para os outros.

Numa das viagens de Jesus da Judéia para a Galiléia, o Salvador parou junto ao poço de Jacó, na província de Samaria. Esse poço ainda existe e é uma atração turística da Palestina. Enquanto aí estava, cansado do caminho e sedento – isso aconteceu aproximadamente ao meio-dia – uma mulher que não tinha uma vida moral limpa se aproximou do poço para tirar água. Jesus pediu à mulher que Lhe desse de beber. Ela se recusou atender e perguntou: “Como, sendo Tu judeu, pedes de beber a mim que sou mulher samaritana…?” Os judeus, naquele tempo, não se comunicavam com os samaritanos. Mas Jesus não respondeu a pergunta da mulher, mas disse: “Se conheceres o dom de Deus e quem é o que te pede: Dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva” (João 4:10).

“Senhor”, respondeu a mulher, “Tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens água viva?” Apontando para o poço, de cuja água muitas gerações beberam, mitigando a sede, Jesus disse: “Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede, para sempre; pelo contrário, a água que Eu lhe der será nEle uma fonte a jorrar para a vida eterna.” (versos 13 e 14).

O Salvador continuou falando com essa mulher e deu para ela a água celestial, a água viva. De tal maneira lhe satisfez os anseios da alma, que ela deixou o seu cântaro junto ao poço e foi à cidade contar o que lhe acontecera.

Como resultado do seu relatório, a maioria dos habitantes da cidade saiu e foi ter com Jesus. Muitos deles se converteram.

E você, amigo querido, já bebeu dessa água viva? Já experimentou? Tens no coração o Espírito Santo?

As coisas desta vida não satisfazem plenamente. Você sempre sentirá sede novamente. Por isso é preciso que bebamos da água celestial dada por Cristo, o Espírito Santo.

O Espírito Santo viria para iluminar, para guiar à verdade contida na Bíblia, para convencer do pecado, para levar o pecador a Cristo. No que crê em Cristo Ele cria nova natureza, que se alegra na justiça. Porque a norma da justiça, do reto viver, está contida no divino livro, o Espírito Santo sempre leva às Escrituras, nos leva a viver os ensinos da Bíblia. Ele nos leva a aborrecer o que degrada, e amar o que edifica, o que aproxima de Deus. Em todo o tempo e em todo o lugar o Espírito Santo nos fala ao entendimento, mostrando o que é certo e o que é errado, segundo o ensino das Escrituras.

Permita que o Espírito Santo ocupe completamente sua vida e passe a ser uma fonte que jorre para a vida eterna.

Autor: Pr. Montano de Barros


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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