A tarefa de explicar a Bíblia é difícil pelas seguintes circunstâncias:
a) Muitos foram seus autores.
b) O tempo da sua composição compreende um período de 1.600 anos.
c) Seus livros foram compostos em lugares inteiramente diversos.
d) Os costumes daquelas pessoas eram totalmente diferentes dos do mundo moderno.
e) O cunho das línguas hebraica e grega é bem diferente das línguas modernas.
Regras de Interpretação
1º) O texto bíblico deve ser explicado gramaticalmente, tendo em vista a significação das palavras; observando que há palavras que possuem significados diferentes em contextos diferentes.
Um exemplo frisante é carne, que significa, algumas vezes, o que é terno e dócil, como em Ezeq. 11:19: “Dar-lhe-ei um coração de carne”, em oposição a um coração de pedra. Significa também a natureza humana sem referência alguma ao estado pecaminoso, como em S. João 1:14, Rom. 1:3; 9:3; porém, mais comumente ainda se refere à natureza humana, corrupta e pecadora como, em Rom. 8:5; Efés. 2:3. Tem, além disso, a significação daquilo que, religiosamente falando, é exterior e cerimonial, como distinto do que é interior e espiritual, o que se pode ver em Gál. 6:12 e 3:3.
Em Rom. 11:14 (RC) – “incitar à emulação os da minha carne”, significa – minha raça, meu povo. João 1:14 – “o verbo se fez carne” = Deus se tornou um ser humano.
Outra palavra importante por possuir muitas significações é sangue.
As passagens seguintes confirmam suas diferenças:
Mat. 27:25 – “Caia sobre nós o seu sangue”, significa – a culpa de o terem sentenciado à morte caia sobre nós.
Rom. 5:9 – “… sendo justificados pelo seu sangue”, tem o sentido da sua obediência até a morte.
Heb. 9:14 – “… o sangue de Cristo purificará a nossa consciência das obras mortas”, isto é, o seu sacrifício é o fundamento da justificação e o instrumento e o motivo da santificação.
2º) A segunda regra de interpretação muito útil é conhecer o objetivo de certos livros serem escritos e também específicos capítulos.
Por exemplo, Gálatas foi escrito porque membros da Galácia influenciados por mestres judaizantes pensavam em ser justificados guardando a lei e requisitos dos judaizantes. (Gál. 2:16; 3:1-6)
Tiago – o objetivo do autor é provar que ninguém pode ser justificado por uma fé passiva, uma fé que não produza boas obras.
Certas parábolas apenas serão compreendidas levando em consideração as circunstâncias em que foram proferidas, como exemplo a do Rico e Lázaro.
3º) A terceira regra exegética da Bíblia é comparar a Escritura com a Escritura.
Se este princípio fosse sempre seguido muitos erros seriam evitados. Um exemplo bastante frisante neste aspecto e S. Mateus 16:18 – “tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”.
Comparando esta passagem com I Cor. 3:11, tudo começa a se esclarecer, porque Paulo diz que o único fundamento da igreja é Cristo. Outra passagem incisiva para provar quem era a pedra sobre a qual a igreja seria edificada é do próprio Pedro na sua primeira epístola, capítulo 2:4 a 8.
Este princípio hermenêutico é também denominado de consulta às passagens paralelas, isto é, aquelas que tratam do mesmo assunto. Dentre os muitos exemplos bíblicos, que podem ser citados de passagens paralelas, o primeiro que me veio à mente foi Lucas 16:16. A passagem paralela muito mais clara em explicar o que Lucas queria dizer é S. Mateus 11:13. “Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João”.
Como segundo exemplo elucidativo pode se ver Atos 2:21. Neste verso Pedro declarou: “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Parece haver uma contradição com Mateus 7:21. “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor entrará no reino dos céus”.
Que significa invocar o nome do Senhor? A leitura das passagens paralelas de Rom. 10:13 a 15 é I Cor. 1:2, citação do profeta Joel (2:32) nos informa que significa a aceitação da obra do Messias e ter confiança nas doutrinas que Ele revelou.
Muitas passagens das Escrituras têm de ser explicadas pondo-as em relação, não com um ou mais textos, mas com as normas gerais da Palavra de Deus.
Por exemplo – Se alguém quiser interpretar as passagens da Bíblia, que se referem à justificação pela fé, como se elas nos desobrigassem de obedecer à lei e de levar uma vida de santidade, tal interpretação deve ser rejeitada, porque é contraria ao espírito do evangelho.
Uma passagem sempre citada para esposar idéias não defensáveis pela Bíblia é Prov. 16:4 – “O Senhor fez todas as cousas para determinados fins, e até o perverso para o dia da calamidade”. Uma interpretação deste texto isoladamente parece indicar que os ímpios foram criados para poderem ser condenados, mas esta idéia não se conforma com muitas outras passagens da Bíblia. Basta ler Salmo 145:9 e II Pedro 3:9. O significado portanto de Prov. 16:4 é este: todo mal contribui para a glória de Deus e promove a realização dos seus insondáveis desígnios.
O sentido geral das Escrituras, foi denominado por teólogos antigos, como Orígenes de “a analogia da fé”, pela interpretação que davam a Romanos 12:6 onde está a palavra analogiva. Hoje os intérpretes afirmam que a passagem se refere à medida ou à proporção da fé dos que profetizam.
Auxílios Prestados pelas Línguas Originais
Mesmo as melhores traduções não conseguem transmitir as nuances de certas palavras, as subtilezas das expressões idiomáticas, as tênues diferenças de significação dos sinônimos. Sendo que muitos destes aspectos ficam velados nas traduções, a leitura do verso no hebraico e no grego poderá captar o seu verdadeiro sentido.
Particularidades idiomáticas
Certas peculiaridades do original são mantidas nas traduções, dificultando assim a compreensão do verdadeiro sentido.
Os seguintes exemplos são primordiais:
a) Romanos 12:20 – “Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça”. Amontoar brasa viva sobre a cabeça de alguém, é uma expressão idiomática hebraica, com o sentido de fazer com que a pessoa fique envergonhada do seu procedimento.
b) Mateus 6:3 – “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita”. Este idiotismo assim deveria ser traduzido: quando deres esmola, não deves contar o que fizeste nem mesmo ao mais íntimo amigo.
Sistema Verbal Hebraico e Grego
A compreensão destas línguas, quanto ao verbo, é muito útil na explicação de passagens difíceis.
No hebraico há o intensivo e o causativo.
Intensivo – Piel e Pual
Causativo – Hifil e Hofal
Hifil é causativo, mas também é permissivo. Em Êxodo 7:3 se diz que Deus endureceu o coração de Faraó. Moisés pergunta em Êxodo S: 22 – “Ò Senhor, por que afligiste este povo?” Há nestas duas passagens um idiotismo hebraico, o verbo usado não para expressar a execução de algo, mas a permissão para fazer isso.
Não é possível alguém fazer uma exegese correta, se desconhecer alguns princípios do sistema verbal grego, como o “aspecto”, que é a duração da ação verbal. O aspecto linear nos ajuda a explicar I João 3:9.
O uso da voz média nos indica em Atos 9:39 que as mulheres estavam usando as vestes naquele momento.
Alguns hebraísmos
Os judeus, muitas vezes, exprimiam o sentido de qualidade, usando não o adjetivo mas um segundo nome, tendência também seguida no grego hebraizado do Novo Testamento.
I Tess. 1:3 – “a obra da vossa fé” = a vossa obra fiel.
Efés. 1:13 – “o Santo Espírito da promessa”, logo se percebe que significa – o Espírito Santo prometido.
É um hebraísmo comum na Bíblia chamar a uma pessoa que tinha uma qualidade ou era inclinada a certo mal, o filho dessa qualidade ou desse mal.
Luc.10: 6 – “filho da paz” = pessoa pacífica.
Efés. 5: 6 – “filhos da desobediência” = filhos desobedientes.
Por respeito e consideração os hebreus evitam o uso excessivo do nome de Deus, por isso em vez de usarem a expressão “reino de Deus” eles a substituíam por “reino dos céus”.
É um hebraísmo, usar no plural nomes designativos de coisas grandes e suntuosas, como o céu e o mar. Daí ser comum na Bíblia o emprego de “céus” em lugar de “céu”.
A linguagem humana é muito imperfeita para transmitir conceitos divinos. Não existe nenhuma língua perfeita que possa transmitir precisamente pela palavra o pensamento exato. Neste sentido a língua grega leva vantagens sobre todas as línguas modernas. Alguém já disse com muita presteza ser a língua portuguesa “o túmulo do pensamento”. Concorda você com esta assertiva?
Não é possível numa tradução reproduzir variantes de pensamento que se encontram em uma única palavra hebraica e grega. Os exemplos poderiam ser citados às centenas confirmando esta verdade, mas limitemo-nos a estes bem elucidativos.
A mesma palavra hebraica significa abençoar e amaldiçoar, o mesmo acontecendo com ligar e separar, afligir e honrar, conhecer e desconhecer, emprestar e tomar emprestado, matar e curar. Em oposição a esta pobreza vocabular, o hebraico por vezes é rico em outros aspectos, apresentando subtilezas difíceis de serem expressas em outras línguas; por exemplo: há três palavras para janela no relato do dilúvio; três traduzidas por bolsa na história dos irmãos de José no Egito; três traduzidas por fermento no relato da páscoa; três para navio no primeiro capítulo de Jonas; cinco traduzidas por leão em apenas dois versos de Jó (4:10 e 11); dez palavras para lei no Salmo 119. Estes exemplos são suficientes para comprovarem a quase impossibilidade de comunicar em uma tradução todas as sombras de pensamento encontradas na língua hebraica.
Existem palavras tanto no hebraico quanto no grego difíceis de serem traduzidas por terem muitos significados, ou por não termos nenhuma palavra que transmita o seu significado original.
Hesed – afirmam os estudiosos ser a palavra mais difícil de ser traduzida do hebraico porque não temos nenhuma com o seu significado. Tem sido traduzida por graça, amor, misericórdia, compaixão, tolerância, clemência, favor, bondade etc., etc.
Logos é o melhor exemplo do grego, de uma palavra com muitos significados, são mais ou menos uns 15.
João 1:1 – verbo
João 21:23 – dito, notícia
Atos 1:1 – livro, tratado
I Cor. 2:1 – expressão, declaração
O tradutor ao deparar com um termo como este, precisa escolher uma palavra que transmita mais exatamente o pensamento do escrito original.
Doxa, normalmente traduzida por glória, nem de longe expressa a idéia do original. Significa em grego o caráter de Deus, ou o conjunto dos atributos divinos.
O expositor das verdades bíblicas precisa estar bem consciente deste fato: muitas palavras tinham um significado no hebraico e grego secular, mas adquiriram no contexto bíblico outro significado, às vezes totalmente diferente. Uma extensa e interessante monografia poderia ser escrita sobre este assunto. Pensemos nos seguintes exemplos: batizar, fé, graça, justificar, expiar, mundo, conversão, salvar, apóstolo.
O Problema das Variantes nos Manuscritos
Chama-se variante a maneira diferente da mesma passagem se apresentar nos manuscritos ou nas traduções. Infelizmente não temos nenhum autógrafo ou manuscrito original da Bíblia. Possuímos apenas cópias de cópias.
Na maioria das passagens da Bíblia existe perfeito acordo, mas em outras surgem dificuldades de correntes da obscuridade dos caracteres originais ou de dificuldades gramaticais dessas línguas, acrescentando-se ainda algumas mudanças de um ou outro copista, de que resultam variações textuais. Um dos trabalhos da Crítica Textual é estudar essas variações e determinar o que teria escrito o autor bíblico.
Uma verdade deve ser conhecida: nenhuma doutrina bíblica foi afetada por mudanças no seu texto. Um dos maiores expoentes em Arqueologia Bíblica e Crítica Textual Frederico Kenyon afirma:
“Nenhuma doutrina fundamental da fé cristã repousa num texto em disputa…. O cristão deve tomar a Bíblia em suas mãos e afirmar, sem hesitação, que ele está segurando a verdadeira Palavra de Deus, transmitida, de geração em geração através dos séculos sem nenhuma essencial”. Our Bible and the Ancient Manuscripts, pág. 23.
Linguagem Figurada
Pelo seu amplo uso merece estudo aprofundado. Por não ter sido bem compreendida, muitos erros de interpretação têm aparecido.
Joseph Angus, em História Doutrina e Interpretação da Bíblia cita muitos exemplos, como este da página 169: “Diz-se, no Salmo 18:11, que “Deus fez das trevas o seu lugar oculto” e em I Tim. 6:16, que “Deus habita na luz”. No primeiro caso, as trevas significam inescrutabilidade, e, no segundo, a luz significa pureza, inteligência ou honra”.
A boa compreensão das alegorias, símbolos, tipos, metáforas, parábolas bíblicas é fator indispensável na exposição das verdades escriturísticas.
É princípio fundamental na exegese bíblica que nenhuma parábola ou alegoria deve ser tomada como base ou prova de doutrina. As parábolas nos foram dadas para ilustrar ou confirmar verdades e não para ensinar doutrinas. Ver H D I B de Angus. Leis da Linguagem Figurada, pág. 172.
Cântico dos Cânticos é considerado por muitos comentaristas como uma extensa alegoria representando a afeição espiritual de Cristo para com a Sua Igreja.
É fato conhecido dos intérpretes bíblicos que as parábolas e muitos outros escritos figurados jamais devem ser tomados no sentido literal. Se alguém usar tal processo violentará o que o autor almejava transmitir. As metáforas devem ser entendidas metaforicamente.
É sempre útil ter em mente o que declarou W. Arndt no livro Dificuldades Bíblicas, pág. 14:
“Muitas vezes não é fácil traçar a linha divisória entre as duas espécies de linguagem. Também neste caso recomendamos ao leitor da Bíblia humildade e oração, assim que gradualmente possa desenvolver conhecimento e entendimento”.
“Outro princípio capital da interpretação da Escritura assim pode enunciar-se: as passagens obscuras e figurativas devem ser interpretadas por meio daquelas que são claras e desprovidas de sentido metafórico”.
Um Bom Conselho
A pesquisa, para o esclarecimento de qualquer verso da Bíblia, deve ser feita com humildade e não com pretensões à infalibilidade.
Esta recomendação inspirada é oportuna:
“Irmãos, cumpre-nos cavar fundo na mina da verdade. Podeis examinar o assunto a sós ou em consulta recíproca, unicamente se o fizerdes num espírito sincero. Demasiadas vezes, porém, o eu é grande, e logo que se inicia a investigação, manifesta-se um espírito não cristão. Exatamente nisto se deleita Satanás, mas devemos ter um coração humilde para conhecer, por nos mesmos, o que é a verdade”. Counsel to Writers and Editors, pág. 41.
Pensamentos Esparsos
1º) O conhecimento dos costumes antigos, da índole das línguas hebraica e grega, dos escritos de autores contemporâneos da Bíblia, da história, arqueologia, etnologia facilitam a exegese dos trechos mais obscuros da Escritura, evitando-se assim graves enganos e erros na interpretação. .
2º) É útil na interpretação de um texto, ter em mente, certas regras simples, que se aplicam à compreensão de qualquer texto bíblico. Uma delas é lembrarmo-nos do tempo e das circunstâncias em que foi escrita uma declaração.
3º) Os Adventistas do Sétimo Dia sustentam a posição protestante de que a Bíblia e somente a Bíblia é a regra única de fé e prática para os cristãos.
4º) Para a formação de idéias equilibradas sobre uma verdade bíblica, é preciso atentar para tudo o que os diversos autores inspirados disseram sobre o assunto.
Exemplo: Como somos salvos?
Idéias extremistas e fanáticas surgem quando alguém defende uma doutrina baseado numa só passagem.
5º) As aparentes contradições da Bíblia podem ser resolvidas com um estudo aprimorado de alguns princípios exegéticos, como: atentar bem para o contexto, a analogia da fé, estudar as passagens paralelas; consultando ainda uma concordância bíblica e um comentário digno de confiança, como o SDABC.
6º) Há duas espécies de passagens difíceis na Bíblia, algumas podem ser aclaradas com o trabalho consciencioso dos estudiosos, outras jamais serão esclarecidas aqui.
As palavras de Pascal são oportunas:
“O último passo da razão é saber que há uma infinidade de coisas que ela não pode atingir. Resolvam-se todas as questões, expliquem-se todas as palavras da Bíblia, e ficarão ainda as maiores dificuldades para a prova da nossa fé: a origem do mal, o mistério da divina presciência e da livre ação, e muito ainda sobre o plano da redenção”.
7º) Só devemos esperar encontrar nas Escrituras Sagradas o que sob o ponto de vista religioso nos importa conhecer.
Tudo o que foi revelado deve-se estudar, o que não foi considere-se como não essencial ao plano da salvação.
8º) “Não pode haver conflito entre a ciência e a religião. A Bíblia é autoridade absoluta e decisiva no domínio da verdade religiosa, mas não pretende ser a respeito de fatos e princípios científicos”. Angus – História, Doutrina e Interpretação da Bíblia, pág. 109.
9ª) A Bíblia é, em essência, uma revelação graduada e progressiva do plano de Deus em salvar o homem. Revela em toda a parte o mesmo Deus, santo, sábio e bom, fala dos seus desígnios no governo do mundo, e do resultado final da presente luta entre o bem e o mal.
10º) É um fato bastante conhecido, que muitas palavras mudam o seu significado com o passar dos anos; portanto, provas baseadas no significado de uma palavra têm que levar em consideração o seu sentido quando o autor bíblico a empregou.
11º) Dentre tantos comentaristas bíblicos notáveis, como Orígenes, Crisóstomo, Jerônimo, Lutero, Adão Clarke, Strong, Barnes, Vincent a quem devemos seguir? A única resposta segura seria esta: nenhuma interpretação da Escritura por uma pessoa, embora culta e bem intencionada deveria ser considerada como infalível.
12º) A Igreja Católica estabeleceu no Concílio de Trento um plano ou base de doutrina, de acordo com o qual toda a Escritura devia ser interpretada, mas apesar disso ela nunca publicou um comentário infalível que pudesse explicar as passagens difíceis da Escritura.
13º) “Há realmente passagens e frases cujo sentido é obscuro. Esta obscuridade é, em muitos casos, devida à nossa ignorância de algum fato especial que esclareça o assunto, e a respeito do sentido exato das palavras”. História Doutrina e Interpretação da Bíblia, pág. 203.
14º) Sendo a Santa Bíblia a Palavra de Deus, ela não deve ser interpretada de modo arbitrário e particular. As Escrituras estão baseadas em princípios claros e firmes, por isso Jesus declarou: “a Escritura não pode falhar”. S. João 10:35.
15º) É princípio fundamental da exegese que as Escrituras são seu próprio intérprete. Cristo o aplicou quando repreendeu o diabo por interpretar mal um texto da Bíblia (Mat. 4:6 e 7).