Desvendando o Apocalipse: Capítulo 4

O Trono de Deus

Depois de Jesus ter apresentado a João as mensagens para todos os períodos de Sua igreja aqui na Terra, Jesus o convida para contemplar o trono de Deus no Céu. Neste capítulo, João teve o privilégio de ver a habitação do Rei dos reis; presenciou toda a Glória de Deus no trono eterno. Desde 1844, data em que teve início o último período da igreja de Deus – Laodicéia -, está acontecendo um julgamento no Céu. É essa a visão que João é convidado a contemplar no capítulo 4 de seu livro.

Apocalipse 4:1: “Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.”

João viu uma porta no Céu. É importante lembrar que no capítulo 1 de Apocalipse ele viu uma porta, mas esta do capítulo 4 se refere à porta pela qual Jesus passou do lugar Santo para o Santíssimo, em 1844.

Outros profetas bíblicos tiveram a mesma oportunidade de João. Isaías viu anjos cantando; Ezequiel contemplou uma cena com brasas de fogo, tochas. Estevão, pouco antes de morrer, pôde ter uma vista da sala do trono de Deus.

Apocalipse 4:2 e 3: “E logo fui arrebatado no Espírito, e eis que um trono estava posto no Céu, e um assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda.”

O livro de Hebreus confirma a existência de um santuário no Céu. O Apocalipse o menciona 14 vezes como estando localizado lá. O trono de Deus, o qual está no interior do Templo Celestial, é mencionado 40 vezes.

João, através de uma visão, contemplou o trono de Deus no Céu e diz ter visto alguém sentado no trono. Por que ele não reconheceu quem estava lá? Sabemos que no estado pecaminoso em que o homem se encontra é impossível ver a Deus. Porém, o apóstolo tenta descrever o que viu, usando o jaspe e a sardônica, que representam um brilho cristalino. O brilho retrata a santidade de Deus.

O arco-íris que João viu é o mesmo que representa a promessa de Deus de Sua misericórdia infalível. Foi um sinal de concerto entre Ele e Seu povo, ao afirmar que jamais haveria um novo dilúvio sobre a Terra. O arco-íris no Céu denota um concerto da graça de Deus.

A certeza que isso nos dá é que Deus continua no comando do mundo. Ele ainda não efetuou Sua justiça, mas em breve o fará. Ele tem o controle de todas as coisas.

Apocalipse 4:4: “E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro.”

Existem duas maneiras pelas quais o ser humano pode chegar ao Céu:

1. Transladação – De acordo com a Bíblia, somente dois homens foram para o Céu dessa maneira: Elias e Enoque.

2. Ressurreição – Moisés foi ressuscitado e levado para o Céu logo após seu sepultamento.

Estudiosos da Bíblia crêem que os 24 anciãos vistos no Céu são pessoas santas e justas que viveram em todas as épocas na Terra. Podem ser os que ressuscitaram com Cristo e com Ele subiram como as primícias da Sua vitória no Calvário (cf. Mt 27:50-53; Ef 4:8).

Apocalipse 4:5: “E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus.”

João contemplou basicamente a mesma cena de quando Deus entregou a Moisés as tábuas com os Dez Mandamentos, no monte Sinai. Relâmpagos e Trovões são símbolos do julgamento divino. Retratam todo o poder e a glória de Deus; remetem à solenidade do acontecimento.

Sete é o número da perfeição. O texto diz que as sete lâmpadas de fogo são os sete espíritos de Deus. A obra completa do Espírito Santo é representada em suas múltiplas operações investigando todas as coisas, atuando em todos os lugares.

Apocalipse 4:6: “E havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás.”

Quem são os quatro seres viventes?

Isaías 6:1 e 2: “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam.”

São serafins; categoria de anjo. 

Apocalipse 4:7: “E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando.”

Os quatro animais representam aspectos de Jesus destacados pelos apóstolos Mateus, Marcos, Lucas e João, nos Evangelhos.

Leão: 28 vezes no livro de Apocalipse Jesus é chamado de Leão por Mateus, referindo-se ao Leão da tribo de Judá. Aquele que é Rei dos reis.

Bezerro: Marcos mostra toda humildade de Jesus através da figura do novilho, que é um animal de serviço. Jesus veio à Terra para servir. O bezerro representa esse aspecto do ministério de Jesus.

Homem: Lucas mostra o lado humano de Jesus. O chama de “Filho do homem”.

Águia: Creio que se fosse nos dias de hoje João usaria algo como um avião a jato para representar Jesus. A idéia é apresentar Jesus como quem tem visão privilegiada. Alguém capaz de chegar aos altos céus. O primeiro capítulo de João apresenta Jesus como Deus – o lado Divino. Ele está muito acima de tudo o que podemos ver ou compreender.

Apocalipse 4:8: “E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.”

João contempla toda a adoração e louvores prestados a Deus por Seus anjos. Uma adoração “24 horas”.

Apocalipse 4:9 a 11: “E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre. Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque Tu criaste todas as coisas, e por Tua vontade são e foram criadas.”

Deus está no controle deste mundo. Todos os anjos que vivem com Ele há séculos entoam louvores e cânticos de honra e glória. Os 24 anciãos se prostram perante o Criador de todo o Universo. Louvam a Deus pelo motivo que, atualmente, milhares se esquecem: a Criação.

Jesus é a figura central do louvor dos anjos. Louvam porque O conhecem intimamente, convivem com Ele há séculos e vivem impressionados por Seu amor e justiça. Deus é exaltado porque é o Criador e Doador de toda a vida.

 

(Texto da jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga)

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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