Matemática e Profecia

Certa vez um evangelista tomava uma refeição em Massachusetts. Próximo havia três mulheres, uma das quais muito tagarela. Embora parecesse sadia e ágil, andava pelos oitenta anos. Ouvi-a falar de sua dificuldade em encontrar um quarto conveniente. A razão era que não podia pagar muito aluguel.

Em desespero ela disse: “A única coisa que me ofereceram pelo preço que eu podia pagar foi um quarto escuro sem janela e sem aquecimento.” Depois que uma das amigas procurou confortá-la um pouco, ela disse amarga e desalentadamente: “Ninguém me quer! Acredita que haja um lugar para mim no Céu? Acha que haverá?”

Se alguma vez você se sentiu sozinho e abandonado, com a impressão de que ninguém o deseja, lembre-se de que Deus nosso Pai quer você. Se você ama a verdade e vive seus ensinos como revelados nas Sagradas Escrituras, você encontrará maravilhoso significado na vida e terá uma luminosa esperança. O Céu será certo.

Para o amante da verdade divina não existe maior segurança que o dramático cumprimento de uma cadeia de profecias matemáticas. O cumprimento dessas profecias não deixa dúvida quanto à verdadeira doutrina de Deus e onde encontrá-la. Portanto, quem quiser pode viver por elas.

Recapitulação

Na última conferência estudamos aquela grande cadeia de profecias dada ao profeta Daniel no ano 539 A. C. Este primeiro ministro de Babilônia predisse que logo os medo-persas conquistariam o império babilônico. Esta profecia teve cumprimento apenas poucos meses depois. O profeta predissera que depois da Medo-Pérsia, a Grécia apareceria no cenário e dominaria o mundo. Como foi predito, Alexandre o Grande, no ano 331 A. C. dominou o grande império. Foi predito também que depois da morte do primeiro rei, o império seria dividido em quatro nações. Isto foi cumprido no ano 301 A. C. Estas quatro nações foram: Egito, Síria e Babilônia, Trácia e Ásia Menor, e a Grécia propriamente dita.

Mas Daniel predisse também que depois dessas quatro nações, se levantaria um terrível poder mundial. Lembram-se de que foi Roma este poder, que conquistou aquelas nações e dominou o mundo por mais de 600 anos, ou seja, até 476 A. D.

Profecias Concernentes a Roma

As profecias das Santas Escrituras primeiro predisseram que Roma tiraria a vida do Príncipe dos príncipes, Jesus Cristo. Sim, foram os soldados romanos que pregaram nosso Salvador na cruz. Segundo, foi predito que mais tarde Roma perseguiria os cristãos. Sob o império romano, nas pessoas de Nero e Domiciano, no primeiro século, a religião cristã foi declarada fora da lei. Era crime ser cristão nos primeiros três séculos, e por isto milhares e milhares foram martirizados.

Mas Daniel predisse que Roma cometeria um terceiro e maior sacrilégio contra a igreja de Cristo em crescimento. Roma lançaria “a verdade por terra.” Isto significa que o verdadeiro evangelho de salvação, proclamado por nosso Senhor Jesus Cristo e ensinado pelos apóstolos e vivido pela bendita Virgem Maria, seria lançado por terra e falsas tradições lhe ocupariam o lugar. Isto foi cumprido de maneira mais ampla quando, durante o quarto século, Constantino voltou suas simpatias para com os cristãos, talvez mais por razões políticas do que por convicção. Ele procurou unir as crenças pagãs com o cristianismo.

Finalmente foi feito um compromisso entre cristãos e pagãos. Uniram-se num corpo. Para o conseguir, ambos tiveram de ceder em suas doutrinas e em suas liturgias. Sim, a lei de Deus foi adulterada. A doutrina do perdão dos pecados foi adulterada. O ensino da intercessão de Cristo em favor do homem foi lançado por terra. A verdadeira doutrina do Estado dos mortos foi substituída pela filosofia grega sobre a morte.

Ora, vendo Daniel este estado de coisas ter lugar no cenário da igreja, um anjo fez a pergunta a Gabriel, anjo que dava a visão a Daniel:

(Dan. 8:13) – “Depois, ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados?”

E o anjo respondeu:

(Dan. 8:14) – “Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.”

Em outras palavras, a verdade seria restaurada ao fim de 2.300 dias proféticos. De acordo com Ezequiel 4:6, um dia em profecia eqüivale a um ano literal. Portanto, temos aqui um período de 2.300 anos, ao fim dos quais o santuário seria purificado. Esta é uma expressão do Velho Testamento, significando começo do juízo Investigativo. Esta profecia ensina também que desde o tempo em que Roma começaria a lançar “a verdade por terra” até o fim do período profético dos 2.300 anos, os seguidores da verdadeira religião Apostólica e cristã, seriam espalhados. A História ensina que durante a Idade Média eles foram perseguidos, e mesmo espalhados como pequenos grupos, ensinavam as doutrinas das Santas Escrituras.

A Explanação

Com que acontecimentos começa e termina o período dos 2.300 anos? Quando seria a verdade restaurada? Isto é explicado claramente nos capítulos 8 e 9 de Daniel.

(Dan. 8:26) diz: “A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes.”

A expressão “dias ainda mui distantes” significa que os 2.300 anos alcançariam seu final cumprimento no fim do tempo, ou fim da história do mundo.

Quando esta profecia foi dada a Daniel, a cidade de Jerusalém, mais particularmente, o templo, jaziam em ruínas, pois os judeus estavam ainda cativos em Babilônia. Mas Deus prometera que seriam libertos do cativeiro e retornariam a Jerusalém para reconstruir a cidade e o templo. Ora, com isto em vista é que temos de estudar a profecia.

Dan. 9:24, diz: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos.”

Aqui nos é dito que setenta semanas estão determinadas, o que significa “separadas,” “postas de lado.” De que seriam as setenta semanas “separadas”? Dos 2.300 anos, assim como um pedaço de fazenda é cortada da peça da fazenda. “Estão determinadas sobre o teu povo.” Isto significa que durante esses primeiros setenta anos os judeus seriam ainda “povo de Deus,” ou depositários da verdade no mundo. Mas setenta semanas seriam cortadas, ou separadas dos 2.300 anos.

Estas setenta semanas proféticas, quando reduzidas a dias proféticos nos dão 490 dias, que são anos literais, segundo a instrução de Ezeq. 4:6. Após esses 490 anos, os judeus deixariam de ser nação de Deus, porque rejeitariam o Messias profetizado, ou Cristo, como Salvador do mundo.

Os Acontecimentos dos 490 Anos

Ora, esses 490 anos literais deviam ser ainda subdivididos em outros diferentes eventos proféticos, e isto é dito no:

Verso 25: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos.”

Este texto dá-nos a chave para o início do tempo da profecia dos 2.300 anos e conseqüentemente dos 490 anos que iam ser “separados.” Ele começa com o decreto para a restauração e reedificação de Jerusalém, após o cativeiro babilônico. O decreto foi dado por Artaxerxes em outubro de 457 A. C., segundo Ester 7:11-26. Esta data já foi historicamente confirmada.

Foi predito que a obra de restauração de Jerusalém requereria as primeiras sete semanas, o que seriam 49 anos literais. De outubro de 457 A. C., até 408, foi o tempo necessário para a reconstrução de Jerusalém, o que perfaz justamente 49 anos. No ano 408 a restauração de Jerusalém ficou completa. Desta data devemos contar as outras “sessenta e duas semanas,” que multiplicadas por sete dão 434 dias, ou anos literais. De outubro de 408 A. C. ao final do ano 1 A. C., vão somente 407 anos e três meses. A diferença – 26 anos e 9 meses, leva-nos ao outono de 27 de nosso Calendário Gregoriano.

Foi predito que nesse ano o Messias, o Príncipe, devia aparecer. Que significa isto? A palavra “Messias” é hebraica e significa em tradução literal “Ungido.” No Novo Testamento temos a palavra “Cristo,” que significa igualmente “Ungido.” Em outras palavras, no ano 27 A. D., nosso Senhor Jesus Cristo devia ser ungido. E quando foi? Na ocasião de Seu batismo.

Lemos em S. Mat. 3:13-17, o seguinte: “Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que João o batizasse. Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu. Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”

Após o batismo de Jesus, ao sair Ele do rio Jordão, os Céus se abriram, e o Espírito de Deus desceu sobre Ele, e uma voz do Céu O proclamou como “Meu Filho amado.”

Em Atos 10:38, o apóstolo S. Pedro pregando disse: “como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele,”

Aqui o apóstolo diz que Jesus foi ungido com o Espírito Santo a fim de poder curar os enfermos, libertar da opressão do diabo, ressuscitar os mortos e mostrar através de Sua vida de milagres que Ele era o Filho de Deus, o Ungido, o Salvador do mundo. Isto teve seu exato cumprimento no batismo de Jesus no ano 27 A.D.

Em S. Marcos 1:14 e 15, é-nos dito: “Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.”

Que tempo estava cumprido? O tempo das sete semanas e sessenta e duas semanas, totalizando 483 anos, cujo fim foi o ano 27 A. D.

Corrigindo um Erro

Ora, na mente do ouvinte devem estar algumas perguntas, porque certamente sempre ouviu que Jesus foi batizado com cerca de 30 anos, e o conferencista está dizendo que Ele foi batizado no ano 27. Como explicar? Durante o tempo do Império Romano, o povo vivia sob o calendário romano, que teve seu início com o ano da fundação de Roma.

No sexto século de nossa era, Dionísio, um erudito monge pensou: “Por que continuar com o calendário romano, quando Roma já se apagou? Nós estamos vivendo na era cristã.” Assim ele decidiu elaborar um calendário cristão que datasse o seu início do nascimento de Cristo. Pesquisando o “calendário romano ele chegou à conclusão de que Cristo nasceu no ano “Ab Urbe Condito” 753 do calendário romano. Portanto, estabeleceu o ano 753 do calendário romano o ano 1. Mas este novo calendário não foi posto em uso senão no oitavo século, quando o papa Gregório estava no poder. Por esta razão é ainda chamado gregoriano, o atual calendário.

Todas as datas históricas foram reajustadas por este novo calendário. Mas décadas mais tarde, outros historiadores vieram e procurando verificar a exatidão do nascimento de Cristo, verificaram que o monge Dionísio não estava certo; que Cristo nascera no ano 749 ou 750 do calendário romano, isto é, de três para quatro anos antes que a data de Dionísio.

Por exemplo, imediatamente após o nascimento de Cristo, o rei Herodes da Judéia deu ordem para que fossem mortos todos os meninos de Belém de dois anos para cima, a fim de que entre eles morresse também o Rei do Céu, Cristo. Os historiadores podem provar que Herodes morreu no ano 750 do calendário romano. Como poderia então mandar matar a Jesus no ano 753? Verificou-se assim que a data estabelecida por Dionísio estava errada.

A Crucifixão de Cristo

Agora vem o cumprimento do mais importante evento profético para a humanidade: a morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Esta mesma profecia predisse que Jesus daria Sua vida por nós após Sua unção pelo Espírito Santo no batismo:

“Na metade da semana… será tirado o Messias.” (Dan. 9:26 e 27.) Sim, Ele morreu exatamente três e meio anos depois, ou para sermos exatos, no ano 31 A. D.

S. Paulo diz em I Cor. 5:7: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.”

Isto torna claro que Jesus foi antítipo do sacrifício anual da Páscoa judaica. A páscoa tinha que ser realizada, segundo Levítico 23:5, “no primeiro mês, aos catorze do mês.” O primeiro mês, chamado Abibe, corresponde mais ou menos ao nosso mês de abril. Depois do cativeiro babilônico, o nome foi mudado de Abibe para Nisã.

Verificamos em S. João 19:14 que Cristo morreu na Páscoa, que nesse ano caiu na sexta-feira. Portanto foi o 14º dia de Nisã. Ele morreu também exatamente na hora em que o sacerdote do templo procurava sacrificar o cordeiro pascoal. Nesse momento houve um tremendo terremoto e o cordeiro escapou. É que justo então, o antítipo do cordeiro, Cristo, ocupava o lugar do tipo. Ele foi o sacrifício.

Com a crucifixão do Cordeiro de Deus, todo o sistema sacrifical dos judeus foi abolido, porque encontrou seu completo cumprimento em Cristo.

Assim podemos ousadamente proclamar que mais de 500 anos antes de Cristo foi profetizado que Cristo Se ofereceria como nosso Cordeiro pascoal. Pelas profecias da lei mosaica estabelecida 1.500 anos antes de Cristo, foi também profetizado que Ele deveria morrer no primeiro mês do ano judaico, chamado Nisã. Isto foi cumprido. Ele devia morrer na mesma hora do sacrifício do cordeiro pascoal. Também se cumpriu. Temos, pois uma infalível âncora de fé.

Creio que Deus não nos poderia ter dado maior prova da divindade de Cristo do que profetizar o ano, o mês, o dia e a hora de Sua morte. Não há escusa possível para que alguém descreia da fé cristã.

O Fim da Dispensação Judaica

Então 3½ anos mais tarde, depois da morte de Cristo e Sua gloriosa ressurreição, no ano 34 A. D. veio o fim dos 490 anos da predição divina. Isto marcou o fim da dispensação judaica. Os judeus cessaram de ser os depositários da verdade de Deus. Neste mesmo ano o Sinédrio, ou senado, da nação judaica, composto de setenta membros, oficialmente rejeitou a Cristo como o Messias e iniciou uma perseguição contra os cristãos judeus, perseguição em que Saulo, mais tarde o santo apóstolo Paulo, tomou parte ativa. Nesse ano Estêvão, o grande servo de Deus, foi apedrejado pelo crime de ser um diácono cristão e pregador.

Daí, por diante os cristãos convertidos abandonaram os serviços do templo, e se organizaram sob a liderança dos apóstolos em igreja separada. Mais tarde esta igreja passou a ser chamada de igreja cristã. Isto significa que muitos milhares de sinceros judeus, fiéis crentes em Cristo como o Messias, tiveram que mudar de igreja, porque a igreja anterior a que pertenciam havia apostatado como resultado da rejeição do Messias, segundo profetizado no Velho Testamento. Esta é a história do início da igreja cristã.

A Profecia dos 2.300 Anos

Como vocês se lembram, as setenta semanas, ou 490 anos, foram separadas, ou cortadas dos 2.300 anos. Um vez que os 490 anos alcançaram o ano 34 A. D., os restantes 1.810 anos deviam chegar a 1.844. Neste ano o santuário devia ser purificado e simultaneamente a verdade, que tinha sido lançada por terra, devia ser restaurada. A purificação do santuário significa a purificação de todos os pecados confessados. Significa o juízo, como no dia Da Expiação no sistema judaico.

Com isto em vista, leiamos outra profecia que tem direta relação com nosso estudo. Ela foi dada no ano 90 A. D., e se encontra no livro do Apocalipse:

(Apoc. 14:6, 7, 12, 14-16) – “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” “Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada. Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu! E aquele que estava sentado sobre a nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada.”

Esta profecia sincroniza com a predição dada 650 anos antes pelo profeta Daniel. Aqui S. João declara que o evangelho eterno tinha de ser pregado outra vez a toda nação, tribo, língua e povo, porque a hora do juízo de Deus era vinda. E segundo Daniel, o juízo começaria em 1844. S. Pedro acrescenta que ele devia começar com a casa de Deus, o que significa, com os filhos de Deus:

(I S. Pedro 4:17): “Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?”

Este assim chamado Juízo Investigativo, determina quem deve permanecer no Livro da Vida. O Senhor dará Sua recompensa aos fiéis em Sua vinda. Em nossa próxima conferência trataremos mais particularmente deste acontecimento.

Mas a profecia prediz que simultaneamente com o juízo no Céu, na Terra teria lugar a pregação da mensagem a toda nação, tribo, língua e povo. Isto significa que o evangelho, ou como se expressou o profeta Daniel, a verdade que foi lançada “por terra,” seria restaurada. Significa ainda que em 1.844 deveria surgir um movimento reformatório que restauraria as doutrinas puras como foram ensinadas por Cristo, e como se encontram na Santa Bíblia. Este movimento pregaria também a todo o mundo os sinais da intervenção de Cristo nos destinos do mundo como única solução para os insolúveis problemas mundiais.

Breve Recapitulação

A profecia de Daniel 8 e 9 retrata de maneira maravilhosa os mais destacados eventos do ministério de Cristo para salvar a humanidade pecadora mas arrependida. De acordo com a profecia, Cristo devia ser batizado e ungido pelo Espírito Santo no ano 27 A. D. Esta predição foi cumprida ao pé da letra.

Segundo: 3½ anos mais tarde, em 31 A. D., seria crucificado e morreria como expiação pelos pecados do mundo. Isto também se cumpriu ao pé da letra.

Terceiro: no ano 34 A. D. os líderes judaicos oficialmente rejeitaram o Messias. Assim Deus lhes tirou a honra de serem os depositários da verdade eterna, e a igreja se tornou o instrumento de Deus para espalhar a mensagem no mundo. Esta predição também teve exato cumprimento.

Quarto: foi predito que Roma haveria de lançar “a verdade por terra.” Isto ocorreu principalmente mediante a influência de Constantino no quarto século.

Quinto: em 1.844 dois grandes acontecimentos finais teriam lugar. Cristo começou a purificar o santuário celestial o que significa o juízo da casa de Deus, o que determina o número de todos os santos da Terra que deverão ser recompensados com a segunda vinda de Jesus; e simultaneamente, a pregação do evangelho eterno a todas as nações do mundo, com a restauração das verdades que haviam sido lançadas por terra.

Não é maravilhoso como todas essas profecias do sacrifício de Cristo e os diferentes aspectos da intercessão para a salvação do homem foram cumpridas à risca? Graças a Deus que essas profecias matemáticas sobre os diferentes acontecimentos do ministério de Cristo em favor do homem foram cumpridas ao pé da letra!

Conclusão

Nunca deixo de me maravilhar dá exatidão matemática sobre o ano, o mês, o dia e a hora da expiação pela morte de Cristo na cruz pelos seus e pelos meus pecados!

A tradição nos diz que no dia 14 de Abibe, ou Nisã, do ano da morte de Cristo dois grandes filósofos gregos estavam caminhando juntos próximo de Alexandria, no Egito. Ao estarem falando sobre problemas de filosofia, subitamente os céus se escureceram estranhamente. Parecia-lhes como se alguma coisa terrível estivesse acontecendo. Um dos filósofos voltou-se para o outro, e disse: “A divindade sem dúvida sofre, ou simpatiza com o sofredor.” Estes dois filósofos, no mesmo momento da morte de Cristo, sem o saber revelavam a maior verdade. Sem dúvida a Divindade sofria! Cristo, no Calvário, morria na cruz como substituto da humanidade.

E por que Cristo voluntariamente dava Sua vida na cruz? Porque simpatizava comigo e com vocês. Ele não podia suportar o pensamento de que eu e vocês estivéssemos para sempre separados do Céu. Assim nosso grande Senhor tomou sobre Si nossa condenação para que pudéssemos ter vida eterna.

H. M. S. Richards, o famoso fundador da Voz da Profecia nos EUA, mencionou o seguinte incidente que teve lugar em Washington após a batalha: Na época da batalha da Virgínia, estavam eles vindo em botes através do rio Potomac. Todas as igrejas estavam cheias de feridos e agonizantes. Um jovem do norte estava terrivelmente ferido. Tinha febre alta e havia poucas esperanças para ele. Foi enviada uma comunicação à sua mãe, e ela desceu na velha estrada de ferro Noroeste Central. Logo que chegou ela quis imediatamente visitar o seu rapaz, mas lhe disseram que não era permitido visitas aquela hora, pois era noite. Assim ela esperou até o dia seguinte.

Podem imaginar esta mãe, enfraquecida, ao ouvir os gritos lancinantes e os gemidos de dois dos rapazes feridos. Não havia então os remédios e recursos médicos de hoje. Um hospital militar era um lugar terrível naquele tempo. Ainda agora é mau, mas então era terrível. Oh! como ela desejava levar conforto para o seu jovem! Mas não lhe permitiam entrar.

De manhã ela viu alguns cirurgiões entrando no quarto, e perguntou se podia entrar também. Responderam-lhe: “Não; espere até que saiamos.” Depois de algum tempo que lhe pareceu séculos, eles saíram e ela de novo pediu para entrar.

“Não – disseram – o seu filho está demasiado doente para ver alguém.” Ela não podia comer, nem beber e nem dormir. Finalmente, ao anoitecer não havia ninguém nos arredores. Então ela rápido e de mansinho, como só uma mãe poderia fazer, entrou no quarto. Viu o seu filho no leito, ardendo em febre e delirando, os olhos inexpressivos, o pulso rápido. Ao aproximar-se e por-lhe a mão na testa, ele se acalmou, relaxou a tensão, e murmurou: “Como eu gosto da mão de minha mãe!” Em semelhante circunstância, nada há mais confortador e maravilhoso que a suave e amorável mão de nossa mãe, que infunde esperança, segurança, e tranqüilidade.

Se o homem tão-somente submeter-se ao toque da mão guiadora de Cristo, será confortado e inspirado com nova esperança. Sentir-se-á seguro e olhará para o futuro com alegria.

Sim, meus prezados amigos, Cristo é nossa única esperança e salvação. Aceitem como guia de vossa vida Aquele que morreu por vós na cruz. Façam suas as palavras de Paulo aos Gálatas:

(Gál. 6:14): “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.”

Deus vos abençoe!

Autor: Pr. Walter Schubert

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Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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