O sal, a luz e o politicamente correto

A frase proferida por Jesus, encontrada em Mateus 5:13-14, nos mostra que Jesus se utilizava de coisas simples (e necessárias) do nosso cotidiano para nos ensinar preciosas lições, nos comparando ao sal e a luz. Dentre suas maiores características, o sal é um agente conservador/preservador e transformador, enquanto a luz serve para nos manter em segurança, um guia, pois ilumina nossos caminhos de maneira que possamos ver onde estamos pisando. Mas o que Jesus queria dizer com estas metáforas?

O sal é um tempero essencial no preparo de alimentos, mas que requer cuidados. Sem ele, os alimentos perdem o sabor. Por outro lado, em excesso, é insuportável comê-los. O que quero dizer? O sal deve estar presente na medida certa. O cristão precisa entender que ser “sal da terra” significa ser uma presença discreta e ao mesmo tempo essencial no mundo. É essencial porque ele é transformador, agrega valor, faz a diferença onde quer que ele esteja. Nossa presença no mundo deve então obedecer a este mesmo parâmetro.

Dentre os males do mundo que permeiam a igreja, existe o politicamente correto, uma corrente do relativismo. Não há certo e errado, verdadeiro ou falso, “sim sim ou não não” há apenas o adequado e o inadequado, o conveniente e o inconveniente, dependendo da percepção de cada um sobre o tema como se não houvesse moral, leis e conselhos deixados por Deus para viver neste mundo. Em outras palavras, é a busca da satisfação humana em detrimento às coisas de Deus. E através do politicamente correto, alguém que expressar qualquer desacordo torna-se discurso de ódio, para defesa de qualquer questão sob a ótica cristã, ganhamos o sufixo “fóbico”. Há a limitação da liberdade de expressão por parte de um grupo, em relação a um outro.

A Igreja de Jesus como guardiã da Fé Cristã não pode transigir com princípios inegociáveis, sob pena de tornar-se um sal insípido. As definições bíblicas sobre os procedimentos reprováveis por Deus vigoram sem qualquer preocupação em agradar quem pensa o contrário. A igreja não deve se acovardar, muito menos aceita-la e negar as verdades bíblicas. Jesus nunca se preocupou em agradar a maioria, nem com política de tolerância. Ele aceitava a todos do jeito que estavam, mas falava a verdade de forma incisiva levando as pessoas à convicção de pecado.

Como levar às pessoas a convicção do pecado e posteriormente ao arrependimento em Cristo, quando se compactua com o pecado alheio? Como ser sal e luz quando se conhece a verdade e não faz nada enquanto vê seu próximo rumo ao abismo? És sal e luz, irmão?! A verdade é que hoje o politicamente correto lhe transforma num covarde dentro e fora da igreja, condenando a si e o próximo.

Por fim, o que Jesus quis dizer em Mateus 5:13-14 é que as pessoas que fazem a diferença neste mundo são aquelas que atuam verdadeiramente como sal e luz. A única maneira de cumprir os ensinamentos de Cristo sendo luz do mundo e sal da terra só é possível àquele que entrega sua vida a ele, arrependendo-se de seus pecados e aceitando-o como único Senhor e Salvador de suas vidas.

Por Jonh Churchill

Fonte: Reação Adventista


Descubra mais sobre Weleson Fernandes

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

Verifique também

Breve reflexão sobre a pena de morte

Eu ainda não sentei para escrever algo abrangente sobre pena de morte. Mas aqui vai …

Pregações rasas e pregadores inaptos

Neste sábado, fui a uma nova igreja com minha esposa. O sermão pregado pelo pastor …

A Bíblia não é um Self-Service

“Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir …

Deixe uma resposta