O Santuário Celestial

Recomenda-se ler antes a página O Santuário Terrestre.

A Bíblia diz que quando Jesus morreu na cruz, os símbolos do santuário terrestre se cumpriram. Então para Deus demonstrar que o serviço do Santuário terrestre deveria cessar, rasgou a cortina que dividia o lugar santo do santíssimo (Leia Mateus 27:50-51):

Desde o Século XIX os estudantes Bíblicos encontraram provas indiscutíveis da existência de um santuário no Céu. Moisés fez o santuário terrestre segundo o modelo que lhe foi mostrado. Paulo declara que aquele modelo era baseado no verdadeiro santuário que está no Céu. (ver Heb. 8:2 e 5). E João testifica de que o viu no Céu, inclusive  com uma arca da aliança original. (Apoc. 11:19).

O Santuário Terrestre, construído por Moisés de acordo com o modelo que lhe foi mostrado no monte, por ordem de Deus, era uma “alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios” (Heb. 9:9). Os seus  dois lugares santos eram “figuras das coisas que estão no Céu” (Heb. 9:23). Jesus Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote,  subiu aos Céus e se tornou “ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem” (Heb. 8:2). A Bíblia declara expressamente que “Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus”. Heb. 9:24.

O santuário do Céu, no qual Jesus passou a ministrar em nosso favor, é o grande original, de que o santuário terrestre construído por Moisés foi uma cópia. Assim como no santuário terrestre havia dois compartimentos, o santo e o santíssimo, existem dois lugares santos no santuário celestial. A arca contendo a lei de Deus, o altar de incenso e outros instrumentos, que se encontravam no santuário de baixo, também têm sua parte correspondente no santuário de cima. Assim, Tipo (O santuário terrestre) e o Anti-Típico ( o celestial) se encontraram perfeitamente.

Em santa visão, foi permitido ao apóstolo João penetrar no Céu, e ele contemplou Jesus entre o castiçal e o altar de incenso que fica no Lugar Santo conforme relata em Apocalipse 1:12-18. Veja a imagem que ilustra Jesus no Lugar Santo:

Novamente, contemplando os eventos finais da história desse planeta João vê  “abrindo -se no céu o templo de Deus“, e dessa forma contempla também “a arca do Seu concerto”, no Lugar Santíssimo. (Leia Apoc. 11:19).

Na Arca da Aliança celeste, anjos verdadeiros velam o Trono de Deus .

A Purificação do Santuário

Como antigamente os pecados do povo eram transferidos, em figura, para o santuário terrestre mediante o sangue da oferta pelo pecado, assim nossos pecados são, de fato, transferidos para o santuário celestial, mediante o sangue de Cristo. E como a purificação típica do santuário terrestre se efetuava mediante a remoção dos pecados pelos quais se poluíra, conseqüentemente, a real purificação do santuário celeste deve efetuar-se pela remoção, ou apagamento, dos pecados que ali estão registrados. Isso necessita um exame dos livros de registro para determinar quem, pelo arrependimento dos pecados e fé em Cristo, tem direito aos benefícios de Sua expiação. A purificação do santuário, portanto, envolve uma obra de juízo investigativo. Na antiguidade essa obra era feita no Santuário e depois no Templo de Jerusalém, sendo simbolizados pelo Dia da Expiação ou Yon Kippur.

Cristo deveria fazer o mesmo trabalho no santuário celeste. Ele foi simbolicamente o cordeiro morto no pátio e agora é nosso único sacerdote. Assim, ele entrou com (sua ascenção no ano 31) no lugar Santo. Ali, ele fazia o ofício de advogado, salvando a todos os que se refugiassem nele. Mas em determinado momento da história ele deveria começar o julgamento da raça humana. Ao contrário do entendimento leigo, o julgamento não se dá após a segunda vinda, mas antes, porque na segunda vinda é dada somente a sentença! As 7 pragas que acontecem meses antes da segunda vinda, já fazem parte da sentença.

A Bíblia declara que Jesus ficou 18 séculos (do ano 31 até 22/10/1844) intercedendo em nosso favor fazendo o serviço tipificado no Lugar Santo. Após este período ele veio fazer o serviço típificado pelo Lugar Santíssimo. Vejamos o gráfico abaixo:

O Processo de conhecimento ou juízo de investigação ou Juízo Pré-Advento, começou em 22 de Outubro de 1844 conforme é explicado na página que trata de 2 grandes profecias Bíblicas: As 70 SEMANAS, e as 2300 TARDES E MANHÃS de Daniel capítulos 8 e 9.

Assim, após 1844 Cristo não faz apenas o trabalho de advogado, mas o de Juíz! Nesse julgamento celeste somente passa pelas mãos de Cristo o caso dos filhos de Deus. Começa desde Adão e Eva ate chegar a época presente, dos vivos. Por exemplo: o caso de Abel é examinado, mas o de Caim não, já que negou Deus abertamente. Seguindo 4000 mil anos no futuro, o caso de Pedro é examinado, mas o de Pilatos, Judas ou Herodes não passa pelas mãos de Cristo, pois eles morreram sem advogado e portanto estão literalmente condenados. Dessa forma, quando terminar o juízo dos santos vivos, Cristo retornará!

OBS: A expiação de acordo com o modelo mostrado a Moisés em Exodo e confirmado no livro de Hebreus, não termina na Cruz. Ela prossegue no santuário celestial, onde é feita a intercessão contínua, especialmente após 1844, quando começou o Juízo Pré-advento (Yom Kipur).

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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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