Para proteger o seu bebê, desligue a TV

Há uma década, a Academia Americana de Pediatria (AAP) vem estudando os malefícios que a exposição à TV podem causar em crianças menores de dois anos de idade.

Baseados tanto no senso comum quanto na ciência – em estudos de consumo de mídia e desenvolvimento infantil – os especialistas já haviam recomendado no início dos estudos que os pais limitassem o tempo dos pequenos diante da telinha.

A pesquisa se desenvolveu durante esses dez anos e já é madura o suficiente para alertar que bebês assistirem à TV, vídeos, ou qualquer outra forma de mídia passiva, provavelmente não é uma coisa boa.

Esse contato com as mídias, mesmo que com intenções educacionais, não tem nenhum efeito positivo conhecido para as crianças menores de dois anos de idade, pelo contrário, existem efeitos potencialmente negativos, segundo o relatório da AAP, lançado hoje, em Boston, e com publicação prevista para novembro no periódico Pediatrics.

Desde o começo das recomendações da AAP, em 1999, as chamadas telas de entretenimento passivo (televisores, aparelhos de DVD, vídeos streaming de computadores, telas interativas, como iPads e outros tablets) se tornaram cada vez mais populares, até podemos dizer que são onipresentes na nossa sociedade.

PROGRAMAS EDUCATIVOS

Em consequência dessas novas posturas, bebês de apenas 12 meses de idade estão ficando entre uma e duas horas por dia em frente às telas. Apesar da programação infantil ser divertida, não deve ser comercializada, ou presumida pelos pais, como educacional, conforme o relatório.

O grupo de crianças de 0 a 2 anos de idade se tornou alvo principal para programação educativa comercial, frequentemente usada por pais que acreditam que esse conteúdo realmente é benéfico aos seus bebês.

As telas proliferaram, assim como as pesquisas sobre o assunto: “Cerca de 50 estudos saíram sobre o uso de mídia por crianças nessa faixa etária, entre 1999 e agora”, diz Ari Brown, pediatra e membro do comitê de AAP que escreveu o novo relatório.

Esses novos estudos descobriram que as crianças, com cerca de 2 anos de idade, realmente não entendem o que está acontecendo em uma tela. Uma vez que eles tenham idade suficiente para compreender, a mídia pode ser boa para eles, mas nessa faixa etária a televisão é essencialmente uma caixa brilhante e hipnotizante.

Usada à noite, a TV poderia ajudar as crianças a adormecerem, mas o resultado alcançado é o oposto, pois parece gerar distúrbios e irregularidades do sono.

Para as crianças, ouvir os pais conversarem é muito importante, pois auxilia no desenvolvimento da linguagem. Mas quando o televisor está ligado, este momento é negligenciado, já que os pais acabam falando menos e a TV não supri essa necessidade de aprendizado.

O SEU BEBÊ NÃO PRECISA DA TV

Três estudos encontraram uma ligação entre o tempo assistindo programação educativa na TV e os atrasos no uso e aperfeiçoamento da linguagem em crianças.

Mesmo só o som da TV ao fundo já é capaz de distrair os bebês enquanto brincam, o que atrapalha uma atividade lúdica que é conhecida por seus profundos benefícios ao desenvolvimento.

Alguns pais costumam usar as mídias para entreter os filhos enquanto eles estão ocupados, mas o pediatra recomenda para deixarem as crianças se divertirem sozinhas, afinal elas têm imaginação, não precisam da TV.

“Nós sabemos que você não pode gastar 24 horas por dia lendo para seu filho e brincando com ele. Está tudo bem. O que também é bom é que o seu filho brinque de maneira independente”, explica Brown.

Ele ainda acrescenta que “este é um momento precioso, eles estão resolvendo problemas, usando a sua imaginação, pensando criativamente e se entretendo”.

Em relação aos iPads e aparelhos interativos voltados para os bebês, Ari Brown diz que a pesquisa ainda mal começou, e muito menos chegou a conclusões. Mas ele aconselha que os pais ajam com ceticismo em relação às alegações promocionais que têm sido feitas por alguns produtos.

Como os que trazem slogans que dizem: Estes são realmente educativos! Eles vão ajudar seus filhos a aprender!. Ele diz que os fabricantes têm que provar cientificamente como estes brinquedos ajudam as crianças, coisa que eles não fazem.

“Eu não tenho problemas com telas sensíveis ao toque, e elas não são necessariamente ruins. Mas precisamos compreender como isso afeta as crianças”, afirma Brown. Então, sempre que possível, evitar expor bebês por muito tempo a essas mídias ainda é a melhor opção.

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