10 – A EXPERIÊNCIA DA JUSTIFICAÇÃO

Assim como em todos os aspectos cruciais da salvação, Satanás forneceu uma justificação falsa, uma contrafação, onde a salvação é prometida, mas não entregue. 

Assim como existiam falsos evangelhos disfarçados de verdadeiros nos dias de Paulo, da mesma forma temos falsos evangelhos hoje prometendo aquilo que não podem cumprir. 

E multidões de cristãos sinceros compraram a versão de Satanás, porque parece muito bom. Do que se trata essa falsificação popular da verdadeira justificação? Basicamente, é limitar a justificação até somente a lição anterior (9) que já vimos juntos, restringir e limitar a justificação ao fato de Deus nos declarar justos. 

Em outras palavras, está apresentando o evangelho pela metade. Muitos cristãos acreditam que a justificação se limita a somente em perdoar, esquecer os pecados cometidos e declarar alguém justo. Nesta lição, veremos que há outro aspecto vital da justificação. Sem essa dimensão, a justificação é superficial e insatisfatória. 

Qual é o segundo aspecto da justificação? 

 

“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou mediante o lavar da regeneração e da renovação do Espírito Santo, Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.”

Tito 3: 5-7 

 

(A) _____ Justificação envolve ser regenerado. 

(B) _____ A justificação envolver ser renovado. 

(C) _____ A justificação é somente ser declarado justo. 

Duas respostas corretas Observe atentamente como Deus nos salva. O lavar da regeneração não se refere às águas do batismo, mas se refere ao lavar do coração. Essa é uma experiência do coração – uma transformação completa. Isso acontece na mente. 

Muda meus valores e minhas atitudes. O Espírito Santo renova minha mente. Não sou mais centrado em mim mesmo; agora sou centrado em Cristo e no próximo. Agora eu tenho a mente de Cristo. Quando esse lavar da renovação tiver sido realizada por Cristo e pelo Santo Espírito, então estou justificado e salvo.

Perceba, há mais na justificação do que ser perdoado por pecados passados. É justificação experimentada na vida interior. É crucial que entendamos que a justificação segue, ou seja, vem depois de ter havido a regeneração e a renovação. 

Como Jesus descreveu a salvação? 

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” João 3: 3 

Verdadeiro _____ Falso _____O novo nascimento acontece depois que somos salvos. 

Jesus não usou a palavra justificação com tanta frequência quanto Paulo para descrever a obrada salvação, mas Jesus foi muito claro sobre como somos salvos. 

Ele disse que o novo nascimento é um pré-requisito essencial para a salvação. Na sua expressão mais básica, a justificação na experiência é o novo nascimento. O novo nascimento não segue a justificação; é a justificação. 

O que significa estar “em Cristo”? 

 

“se alguém [está] em Cristo, nova criatura [é;] as [coisas] velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 

2 Coríntios 5:17 

(A) _____ Estar em Cristo é ser declarado novo. 

(B) _____ Estar em Cristo é ser declarado novo e feito novo. 

(C) _____ Estar em Cristo é querer se tornar novo. 

Estar em Cristo é estar em salvação ou ser salvo. Quem está “em Cristo” é uma nova criatura, uma nova pessoa. Deus cria uma nova pessoa com novas motivações e desejos. Jesus compara esse processo com o nascer de novo. 

O que deve acontecer com o “velho homem”?

“Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com [ele] crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6: 6,7,11 

(A) _____ Quando nosso velho homem é crucificado, não pecamos tanto. 

(B) _____ O velho homem é apenas contado como morto. 

(C) _____ O velho homem e o pecado morrem juntos. 

O velho homem é, na verdade, nossa velha maneira de viver, na qual o egoísmo e o amor próprio governam a vida. Este velho homem deve morrer e ser substituído pela nova criatura que é produzida por Cristo e pelo Espírito Santo no novo nascimento. 

Observe que, considerarmos a nós mesmos como mortos, é o mesmo que sermos crucificados de verdade. Ser declarado morto é estar realmente morto. E quando o velho homem está morto, o pecado também está morto junto. 

Assim como o velho homem e o pecado são sinônimos, a nova criatura e obediência são sinônimos. Assim, justificação e obediência também devem ser uma e a mesma coisa. É por não vermos essa obediência em nós que começamos a duvidar de nossa experiência e nos perguntamos se estamos mesmo justificados. 

É neste ponto que devemos confiar e contar com a primeira metade da justificação mais uma vez, porque precisamos ser perdoados novamente pelos pecados cometidos. 

Como Deus lida com esse problema do pecar? 

 

“MEUS filhinhos, estas [coisas] vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.”

1 João 2: 1 

(A) _____ O pecado não pode ser perdoado após o novo nascimento. 

(B) _____ É o propósito de Deus que não pequemos. 

(C) _____ Jesus nos perdoará se pecarmos. 

Duas respostas corretas Por causa da grande misericórdia de Deus, Ele continua a nos perdoar se pecarmos após o novo nascimento. Mas nunca devemos pensar que o pecado é necessário ou inevitável depois de termos sido justificados, porque é o plano e o desejo de Deus que não pequemos. 

Ele realmente quer que estejamos mortos para o pecado e vivos para a obediência. Nunca devemos confundir a misericórdia de Deus com o plano de Deus. 

Ele faz muitas coisas por nós por causa de Seu amor e misericórdia que na verdade Ele desejaria não ter que continuar a fazer, a saber, perdoar-nos continuamente por continuarmos pecando. 

O plano de justificação de Deus inclui fazer-nos novas criaturas, o que significa estar morto para o pecado. 

Qual é a maneira de Deus alcançar esse objetivo? 

“De sorte que haja em vós a mesma mente que [houve] também em Cristo Jesus.” Filipenses 2:5 KJV 

Verdadeiro _____ Falso _____ Podemos realmente ter a mente de Cristo. 

Por esse texto vemos que existe uma maneira de participar do plano de Deus. Se andarmos diariamente com Cristo, contemplando a Cristo e comungando com Ele, por um milagre do Espírito Santo, vamos realmente pensar como Cristo e tomar decisões como Cristo, e resistir ao pecado como Cristo. 

O aparentemente impossível torna-se uma realidade! Talvez precisemos gastar mais tempo e energia aprendendo a ter a mente de Cristo todos os dias. 

Estudo Adicional

“O perdão de Deus não é meramente um ato judicial pelo qual Ele nos livra da condenação. Não é apenas perdão pelo pecado, mas recuperar do pecado. É o transbordar do amor redentor que transforma o coração. Davi teve a verdadeira concepção de perdão quando orou: ‘Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito reto. Salmo 51:10.” (Thoughts From the Mount of Blessing, p. 114) 

O perdão de Deus é mais do que declarar; é recuperar, transformar e renovar. É um coração limpo criado dentro de nós. Isso não é santificação, isso faz parte do perdão. A justificação transforma no mesmo instante que declara. O perdão é uma transformação interior. 

 

“Tendo-nos feito justos, mediante a imputada justiça de Cristo, Deus nos pronuncia justos e nos trata como justos. …“Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.”

(Mensagens Escolhidas, vol. 1,p. 394.1)

Estas afirmações não estão de acordo com a atual definição de justificação no mundo cristão. O que lemos juntos nos diz que antes que Deus nos declare justos, Ele nos torna justos. 

A justificação pela fé é sermos feitos justos. A atual teologia cristã diz que a justificação é ser declarado justo, e o tornar justo vem depois, na santificação. Mas o que estudamos nos diz que justificação é tornar justo interiormente, bem como declarar justos legalmente. 

“Aproximando-se o pecador da cruz erguida, e prostrando-se junto à mesma, atraído pelo poder de Cristo, dá-se uma nova criação. É-lhe dado um novo coração. Torna-se uma nova criatura em Cristo Jesus. …Deus mesmo é “justificador daquele que tem fé em Jesus”. Romanos 3:26..” (Parábolas de Jesus, p. 82.3) 

Justificação é receber um novo coração de Deus, tornando-se uma nova criatura. Porém, vemos entre nós uma forte tentativa de colocar o poder transformador do Espírito Santo separado da justificação; colocando a transformação totalmente dentro do processo de santificação. 

Mas o que estamos descobrindo nessas declarações é que transformação e justificação fazem parte do processo justificativo, após isso é que Deus nos declara justos. Justificação é simplesmente outro nome para o novo nascimento, a nova criação, o novo coração. 

 

“Ao receber Sua justiça imputada, através do poder transformador do Espírito Santo, nos tornamos semelhantes a Ele.”

(SDA Bible Commentary, vol. 6, p. 1098) 

Observe que a justiça imputada vem do poder transformador do Espírito Santo. Alguns hoje querem dizer que somos justificados por Cristo e santificados pelo Espírito Santo. Em nenhum lugar a inspiração apoia essa separação do trabalho de Cristo e do Espírito Santo. 

Ambos estão envolvidos na justificação e santificação. É claro que imputado significa mais do que contabilidade e crédito. 

“Ser perdoado da forma que Cristo perdoa não é apenas ser perdoado, mas renovado no espírito de nossa mente. O Senhor diz: ‘Um novo coração eu te darei. A imagem de Cristo deve ser estampada na própria mente, coração e alma.” (Review and Herald,19 de agosto de 1890) 

Conclusão 

Parte da justificação é ser perdoado pelos meus pecados, meus pecados são esquecidos. Parte da justificação é ser transformado na experiência do novo nascimento. 

A justificação é tanto declarativa quanto experimental. O atual entendimento popular da justificação é que ela consiste apenas de uma parte. O novo nascimento – é considerado parte da santificação. 

Porém, isso significaria que podemos ser justificados e salvos antes que o novo nascimento aconteça. Isso significa que, mesmo que a experiência do novo nascimento não esteja mudando minha vida de dentro para fora, eu ainda estou justificado e salvo. 

Essa separação entre declarar-nos justos e fazer-nos justos não é bíblica, e tem contribuído mais do que qualquer outro ensino em incentivar que os cristãos tolerem o pecado em suas vidas, pois acreditam que estão justificados mesmo quando o pecado aberto e não perdoado está ativo em suas vidas. 

A realidade é que estamos lidando com dois evangelhos diferentes aqui, ambos competindo pela nossa lealdade. A falsificação do evangelho por Satanás não é menos real e menos destrutiva que sua falsificação do dia de adoração de Deus. 

Precisamos ter muita certeza de que sabemos por nosso próprio estudo e experiência o que realmente é o evangelho, para que possamos dizer como Paulo: 

 

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.”

Romanos 1:16.
 
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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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