23. A Preparação para a Última noite da Terra

INTRODUÇÃO: 

1. Queiramos ou não, o Senhor virá.

a) E os que estiverem com sua vida em harmonia com a Sua vontade, terão a liberação definitiva e o gozo da vida eterna, e 

b) Os que não estiverem adequadamente preparados receberão a condenação conforme as suas obras. Sendo assim, a pergunta mais significativa que poderíamos fazer é: Que devo fazer para ser salvo?

2. Esta pergunta foi feita a nosso Senhor Jesus Cristo e também a S. Paulo. As respostas que ambos deram, e que a alguns religiosos extremistas pareceram contraditórias, apresentam duas fases da mesma verdade que são complementadas maravilhosamente.

a) Segundo Paulo, para ser salvo é necessário crer em Jesus. Atos 16:30,31. 

b) Segundo nosso Senhor Jesus Cristo, para entrar na vida eterna é necessário guardar os mandamentos. S. Mateus 19:16,17. 

 

I. CRER  EM  JESUS

 

1. A santa Bíblia nos ensina que o ser humano, infelizmente, por natureza está perdido. 

a) “O salário do pecado é a morte.” Romanos 6:23. 

b) E não pense: “Morro e irei direto para a glória de Deus.” Romanos 3:23. Em outras palavras: perdido. 

c) E essa é a condição de todos, “porque todos pecaram”, Romanos 3:23.

2. A melhor coisa que somos capazes de fazer, como seres humanos, é obras de pecadores; obras pecaminosas. Isaías 64:6. 

a) Essa é uma razão pela qual ninguém se pode salvar acumulando obras, pois seria acumular obras pecaminosas, nada mais. 

3. Por isso é que Deus derramou Sua graça, que não merecíamos, e nos dá a salvação por meio de Jesus Cristo. Romanos 3:23-25. 

4. E podemos ter confiança absoluta de que esse presente é eficaz, pois brota da justiça e misericórdia puras de Deus. Não intervém nenhuma obra humana pecaminosa. Efésios 2:8,9. 

5. Como podemos receber essa graça salvadora?

a) Já vimos que não por obras. 

b) O único caminho é pela fé. Romanos 5:1,2.

II. E  QUE  FAZEMOS  COM  A  LEI?

1. Como meio ou tábua de salvação, não serve. Romanos 3:20. 

2. Quer dizer que não mais temos que obedecer a ela?

a) Na linguagem secular, desobedecer à lei (que S. João chama pecado) é delinqüência, A lógica me diz que nenhum indulto que me dêem por graça significa que se me confira o direito de ser um delinqüente. 

b) Segundo o apóstolo S. João, violar a lei é cometer pecado. 

I João 3:4. A lógica me diz que Jesus, nosso Senhor, não me perdoa do pecado para dar-me o direito de ser um pecador (desobediente à lei).

c) O mesmo ensina S. Paulo:

(1) A lei não me perdoa. Ela é a norma que me indica se estou limpo ou sujo. É algo assim como um espelho, que não me lava, mas me diz: “Está sujo, necessita lavar-se.” 

(2) O único que me lava do pecado é o sangue de Cristo, cujos méritos recebemos por fé e nos são outorgadas pela graça. 

(3) Que fazemos então com a lei? Não obedecemos mais a ela? E ele respondeu enfaticamente: NÃO, PELO CONTRÁRIO! Agora que somos salvos ou perdoados, estamos moralmente mais comprometidos que antes a obedecer a ela. Lemos isto em Romanos 3:31.

3. Por isso Jesus disse ao jovem rico: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos”. S. Mateus 19:17.

a) Ao menos teoricamente, havia ido a Jesus, era porque cria nEle. 

b) Por isso é que Jesus falou da conduta natural do crente: guardar os mandamentos.

4. Não guardamos os mandamentos para nos salvar. Guardamo-los porque somos salvos. Igual a uma figueira: não dá figos para ser figueira, mas dá figos porque é figueira. De súbito, Jesus amaldiçoou a figueira que não deu frutos, pois não tinha razão de ser se não os desse. Assim também, a cristão sem frutos não é tal. 

5. Se lhe custa trabalho captar todo o quadro, não se preocupe. Vejamos um só exemplo, e para não nos equivocarmos, tomemos um caso onde Jesus atuou. Se Jesus ensinou o que lemos na Bíblia, logicamente era verdade. S. João 8:1-11. 

a) Trouxeram-lhe uma mulher condenada. Não importa o que fizera ou prometera, já se havia comprovado que era adúltera e isso já a condenava. Suas futuras obras não podiam mudar essa realidade. O único que merecia era morrer. 

b) Quando Jesus a perdoou, fê-lo só pela graça. Não havia outro caminho para salvá-la.  

Tinha direito de continuar adulterando (violando a lei)?

c) Disse-lhe Jesus: “Nem eu também te condeno – te perdôo – vai-te e não peques mais.” S. João 8:11. 

d) Dito em outras palavras: Salva pela graça para obedecer. O mesmo ensinou S. Paulo em Romanos 3:31. 

III. SOMOS  SALVOS  POR  UMA  FÉ  VIVA

1. O que a Bíblia quer dizer é que somos salvos somente Pela fé, mas uma fé viva.

a) A fé me permite receber o presente da graça e nascer para uma nova vida. 

b) A nova vida não é a existência de uma múmia.

Atua, e quando atua o faz guardando os mandamentos de Deus que não podia guardar antes de se converter. Filipenses 4:13.

2. Por isso é que São Paulo disse aos convertidos: “Aquele que furtava, não furte mais.” Efésios 4:28. 

3. Porque a fé que não opera não é uma fé viva. 

Não é a fé que salva. Tiago 2:18-20. 

CONCLUSÃO: 

1. Que devo fazer para estar preparado para a vinda do Senhor? Que devo fazer para ser salvo? Ter uma fé viva.

a) Crer em Jesus, aceitá-Lo como o único meio de salvação. Aceitar a justificação pela fé em Jesus, atentando para Suas palavras. 

(1) Ele disse à mulher adúltera a quem perdoou pela graça, para viver uma nova vida: “Vai-te e não peques mais” (Não desobedeças mais à lei). 

(2) Ao jovem rico, que manifestava crer nEle, disse: “Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos.” 

2. Tudo isto podemos entender melhor estudando cada dia a Bíblia. 

3. Sente resistência para guardar os mandamentos?

a) ILUSTRAÇÃO: Na época da escravidão estavam arrematando um escravo robusto, chamado José. Mas o homem não queria obedecer a seu amo. Entre o grupo dos compradores presentes, havia um homem com semblante muito bom, que subia sistematicamente as ofertas. E José notou-o. Cada vez que alguém oferecia mais, este cavalheiro subia novamente a oferta. Então José começou a dizer-lhe: “Não desperdice seu dinheiro, porque eu não vil trabalhar!” 

Mas o cavalheiro não fazia caso dos comentários do escravo José. Continuava subindo a oferta, e José insistia: “Não vale a pena que me compre, não vou trabalhar! 

Finalmente ninguém se animou a pagar mais, e esse cavalheiro recebeu a documentação que testemunhava que era o legítimo dono de José. Enquanto iam na carruagem, José, com os braços cruzados com desprezo sobre seu robusto peito sem roupas, repetia: “Embora me mate, eu não vou trabalhar!” 

Ao chegar à residência do novo amo de José, entraram no escritório e o escravo rejeitou o oferecimento bondoso de se assentar. José viu que o patrão escrevia em papel ofício e finalmente assinava algo que parecia ser uma espécie de documento. Enquanto isso José continuava dizendo com acento de desprezo: “Eu não vou trabalhar!” 

– José – perguntou o patrão – você sabe ler? 

– Sim, mas não trabalharei, mesmo que me mate! 

– Bem, – disse o patrão – este documento é seu, leia-o. 

De má vontade José estirou a mão e começou a ler. De súbito mudou de semblante. Começou a ficar emocionado e as lágrimas lhe corriam pelo rosto. Finalmente, comovido ao ver que esse documento dizia que lhe era concedido o direito de ser um homem livre, exclamou:

– Mas senhor, o senhor pagou tudo isso por mim Para dar-me a liberdade? 

– Efetivamente, José, e agora você é um homem livre. 

Mais comovido ainda José exclamou: 

– Pois então, senhor, serei seu escravo voluntário. Mande, que José obedece! 

4. O homem não convertido é um José que, mesmo que o matem, não vai obedecer. Romanos 8:7. 

5. Aquele que aceita a Jesus, nasce para uma nova vida pela graça e por amor: “Serei um escravo voluntário. Manda, senhor, que eu obedeço.” S. João 14:15. 

6. Qual dos dois momentos da experiência de José está vivendo você? 

O Senhor vem buscar os Seus amigos. 

 

 

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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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