45. O Sentimento Produtor de Paz Interior

INTRODUÇÃO 

1. O sistema de vida do homem contemporâneo tem demonstrado ser o método mais eficaz para:

a) Ter elementos de conforto. 

b) Ter mais cultura. 

c) Possuir mais bens. 

d) Perder a paz.

2. Entramos na vertigem competitiva… 

3. Buscamos a paz mediante sedativos e tranqüilizantes. 

4. Como se pode fazer para ter paz num mundo convulsionado?

a) Provavelmente nos custe aceitar o melhor meio para consegui-lo, porque não é: 

 

(1) O modo de vida habitual, hoje. 

 

(2) Contrário aos impulsos instintivos do não convertido.

b) Logicamente, para conseguir o que não temos, teríamos que mudar. 

5. Hoje falarei do amor, como sentimento produtor de paz interior.

I. IMPORTÂNCIA  DO  AMOR

1. O Dr. Perio Wright, do centro módico inglês do Instituto de Diretores, acaba de destruir a enraizada convicção de que as afecções cardíacas entre os executivos têm como causa o excesso de trabalho. O motivo agora parece ser os protestos e os resmungos das esposas pouco compreensivas. Pelo menos, isso é o que permite supor o estudo praticado em 4.000 integrantes do citada instituto. Dos afetados por desordens cardíacas mais ou menos sérias, 80% estavam casados com mulheres de caráter alterado e gênio violento. Por ser a causa deste resultado, se ria muita casualidade, não é verdade? 

2. “Segundo minhas investigações e as de um número sempre crescente de psiquiatras, psicólogos e verdadeiros educadores, o fator do amor verdadeiro, falando em geral, exerce em 80% das casos registrados seus efeitos benéficos sobre os seres humanos normais e anormais.” 

(Dr. Pitirim A. Sorokin, autor de mais de 30 volumes sobre sociologia, filosofia, psicologia, participando na obra “Incidentes críticos em Psicoterapia” de Stanely e Corsini, p. 26.) 

3. É significativamente importante o amor nas crianças. Sua ausência poderia produzir transtornos tão sérios como o marasmo.

a) Pouco tempo depois da segunda guerra mundial, em certo orfanato da Europa aconteceu o triste caso de um grupo de 97 criaturas, cuja idade oscilava entre os três meses e os três anos, que – segundo o informativo médico – adoeceram ou morreram por falta de amor. Foram vestidas e alimentadas convenientemente e foi-lhes dada toda atenção médica necessária. Só faltava um elemento. O pessoal da instituição era desesperadamente escasso, e cada enfermeira devia cuidar de um grupo demasiado numeroso de orfãozinhos desvalidos. Apenas podiam alimentar, vestir e banhar as criaturas. Não tinham tempo para estar a seu lado, para consolá-las ou para demonstrar-lhes algum tipo de afeto. 

Depois de três semanas de internação apareceram sintomas de sérias anormalidades. Ao final de cinco meses a condição das crianças se havia agravado rapidamente. Alguns enlouqueceram por causa da solidão e do temor, 27 morreram em seu primeiro ano de vida, e sete mais morreram em seu segundo ano. Outros 21 que conseguiram sobreviver, ficaram tão prejudicados por esta experiência que foram classificados como neuróticos incuráveis. A falta de amor havia destruído a vida de mais da metade do grupo. 

4. Lamentavelmente nosso século XX, embora pronuncia muitas vezes a palavra amor, na prática o tem deixado de lado.  

a) ILUSTRAÇÃO: É curioso, e até talvez significativo, o descobrimento feito por um jornalista inglês que, ao estudar a Enciclopédia Britânica, constatou que na primeira edição desta obra magna, do ano 1769, a palavra ‘átomo’ foi tratada em quatro linhas, enquanto a palavra ‘amor’ se haviam dedicado cinco páginas. Na última edição nem se menciona a palavra ‘amor’, mas o artigo ‘átomo’ compreende cinco páginas. Um jornalista alemão sentiu-se muito afetado ao ler esta notícia e tomando o Léxico Bockhaus do ano 1943, encontrou o mesmo. Havia muito material sobre o átomo, mas a palavra “amor’ faltava por completo. (A edição de 1913 ainda tem um quarto de coluna sabre a palavra ‘amor’, enquanto o artigo sobre o átomo cobre quatro páginas)” (El Predicador Evangélico, Janeiro/Março de 1959, p. 240). 

5. Vendo as coisas com objetividade, parece-nos que nesta época agimos baseados da filosofia do “não te metas.” 

a) ILUSTRAÇÃO: Isto foi comprovado tempos atrás na França, onde para estudar a disposição dos automobilistas de ajudar os acidentados, colocou-se em uma das estradas um boneco simulando um homem acidentado. A experiência foi altamente reveladora: 35 carros passaram pelo lugar e desviaram-se para não se complicar com aquele homem presumivelmente atropelado. Somente o carro n.º 36 parou para oferecer sua ajuda humanitária. 

b) Não sei se a experiência teria sido melhor em nossa querida terra.

6. E contudo quanto necessitamos de amor para manter nosso equilíbrio interior! 

a) ILUSTRAÇÃO: Uma vez perguntaram ao famoso psiquiatra, Carlos Menninger, o que deve fazer uma pessoa que está a ponto de sofrer um colapso nervoso. Por estranha que pareça sua resposta, ele não disse que era necessário consultar a um psiquiatra, mas aconselhou: 

– Deve fechar sua casa com chave e ir em busca de alguém que se encontre necessitado, e fazer algo por ele. 

II. AMAR  É  SINAL  DE  MATURIDADE

1. O ser humano nasce indefeso.

a) Receberá todo o necessário de fora. 

b) “Aquele que não chora…” fica sem comer. 

c) O egocentrismo é, em certa medida, necessário.

2. Cresce fisicamente, ou é um atrofiado, um anão.

a) Cada vez se movimenta mais, começa a brincar. 

b) Começa a trabalhar e amparar-se a si mesma. 

c) Chega a tornar-se independente.

3. Cresce intelectualmente.

a) Começa a conquistar a si mesmo e a conquistar a sua mãe. 

b) Depois conquista o restante do círculo familiar. 

c) Conquista a vizinhança e as amizades. 

d) O meio escolar. 

e) A cidade, o país, etc. Vai crescendo.

4. Deve crescer emocionalmente.

a) Mediante o pranto reclama que lhe dêem. 

b) Começa a captar a idéia de posse: “MEU”. 

c) Deve começar a partilhar seus brinquedos, etc. 

d) Começa a servir ao círculo onde vive. 

e) Sair do eu, para entrar no nós. Ou será um anão, um atrofiado emotivo.

5. O sair do eu e mudar para o nós é um sinal de crescimento; de maturidade.

a) Significa que estamos começando a captar a vida em suas realidades mais profundas. 

b) Escreveu Juan Donne, pregador e poeta do século XVII, acerca dos sinos que soavam para anunciar as coisas importantes: 

“Nenhum homem é uma ilha. Cada homem é um pedaço do continente, uma parte do total. Se o mar arrasta um torrão, Europa perde algo, como se houvesse desaparecido um promontório, como se houvesse sido o terreno de seu amigo ou o seu própria. A morte de cada homem me diminui, porque formo parte da humanidade, e portanto, nunca mande perguntar por quem dobram os sinos. Dobram por você.”

III. QUE  É  AMAR?

1. Milhares acham que amam; é mentira, não amam! 

a) A crônica policial mostra-nos cada dia pessoas que diziam “amar apaixonadamente.” Lamentavelmente terminaram matando o objeto de seu amor. 

2. Amor é mais que dar.

a) Existe a generosidade neurótica, que não é amor. 

b) Por outro lado o caráter mercantil desta época só dá se em troca receber. S. Mateus 5:46-48. 

3. É mais que amabilidade.

ILUSTRAÇÃO: Três escoteiros vieram ao seu chefe para informar-lhe que haviam realizado o bem que lhes correspondia para esse dia. 

– Que fizeram? – perguntou o chefe. 

– Ajudamos a uma senhora anciã a cruzar a rua. 

– Os três ajudaram a mesma senhora? 

– Sim. 

– Mas eram necessários os três para fazer isso? 

– Bom, sim. Porque ela não queria cruzar a rua.

4. É mais que sentimentalismo.

a) Não consiste em ser amado mas em amar. 

b) Não depende do objeto, mas é uma faculdade do sujeito.

5. O amor não é um sentimentalismo, mas um princípio ativo, reitor da vida. 

a) Disse E. G. White: 

b) “O amor é um precioso dom que recebemos de Deus. É carinho puro e não um sentimentalismo, mas um princípio ativo, heróico e capaz de ações sacrificadas e ternas.” 

c) Segundo Erich Fromm: “O amor é uma atividade, não um afeto passivo; é um estar contínuo, não um súbito arranque. No sentido mais geral, pode descrever o caráter ativo da amor afirmando que amar é fundamentalmente dar, não receber.” 

d) Por isso gosto do que disse alguém: “O amor é para o homem o que a lei da gravidade é para o Universo. Sem ele só há caos.” 

6. Talvez a definição mais equilibrada e bonita que encontrei seja a que S. Paulo descreveu na Santa Bíblia. I Coríntios 13:1-8 pp. 

IV. COMO  FAZER  PARA  AMAR

1. O coração natural, o do homem pecador não convertido, não pode experimentar o perfeito amor. 

2. E. G. White tem a solução: “O que é necessário é o amor de Cristo no coração. Quando a eu está imerso em cristo, o amor brota espontaneamente”. (Beneficência Social, pág. 82) 

3. O amor aceso por Cristo no coração produzirá paz interior. 

4. Como e por que a presença de Cristo atrai paz?

a) Deus é amor. 

b) Ao permitir-Lhe tomar passe de nossa vida:

(1) Muda nossa natureza. 

(2) Dá-nos um novo coração. 

(3) Enxerta em nós o coração espiritual de Jesus.

c) A vida de Cristo em nós chega a ser uma vida de amor.

CONCLUSÃO: 

1. Permitamos que o Senhor entre em nossa vida. 

2. Ele a encherá de amor. 

3. Então será muito fácil amar. 

4. E o resultado será a paz interior. Filipenses 4:7. 

 

 

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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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