5. Cerintismo

Gnosticismo – Século I – Ásia Menor Jesus e o Cristo eram duas pessoas distintas.

A palavra “cerintismo” é derivada do nome de Cerinto (100), contemporâneo dos apóstolos e um dos primeiros líderes conhecido do antigo gnosticismo. Ele fundou uma escola gnóstica e formou discípulos na província Romana na Ásia.

Cerinto era um homem inteligente, bem educado e formado na sabedoria dos egípcios. Nas últimas décadas do primeiro século, com muita sagacidade e astúcia combinou o ebionismo com a gnose grega, dando origem a uma seita conhecida pelo nome de ebionitas-gnósticos.


Escreveu algumas obras, mas nenhuma sobreviveu. Porém, podemos conhecer os seus escritos por meio do que os seus adversários ortodoxos relataram.

As ideias de Cerinto anteciparam e influenciaram intensamente o gnosticismo do século seguinte e defende as seguintes doutrinas:

Evangelho: Eles usavam somente o Evangelho dos Hebreus, que era uma versão estilizada do Evangelho de Mateus.

Escrituras: Cerinto rejeitava as demais escrituras, principalmente as cartas do apóstolo Paulo, por considerá-lo um apóstata da Lei de Moisés e inimigo da circuncisão.

Jerusalém: Venerava a cidade de Jerusalém como se fosse a Casa de Deus.

Milenarismo: Ensino baseado no escrito do salmista, onde mil anos à vista do Senhor não é mais do que um único dia. 

Desse modo, Cerinto deduziu que, como o mundo foi criado em seis dias de trabalho seguido pelo sábado; então o mundo continuará existindo por seis mil anos de labuta, após os quais virá um milênio sabático com festas e delícias. Essa será a Era Messiânica.

Salvação: Assim como os ebionitas, Cerinto ensinou que o cristão deveria obedecer a Lei de Moisés para alcançar a salvação.

Criação: Assim como os gnósticos, Cerinto negava que o Deus Supremo tenha feito o mundo físico, mas o mundo foi feito pelo deus Demiurgo, que era distinto do Deus Supremo. Ao contrário da maioria dos gnósticos, seu Demiurgo era sagrado e não inferior.

Jesus e Cristo: Jesus era um simples homem, filho de José e de Maria Quando ele foi batizado no Jordão, o Cristo desceu do céu sobre ele e permaneceu com ele durante todo o seu ministério de três anos e meio.

Crucifixão: Momento antes da crucifixão, o Cristo separou-se de Jesus e ascendeu de novo ao céu. Enquanto que Jesus, abandonado à sua fragilidade humana, sofreu a atroz morte de cruz. Portanto, Cristo e Jesus eram dois seres distintos e separados.


Ressurreição: Jesus de Nazaré – filho de José e de Maria – juntamente com todos os homens – levantar-se á dos mortos no último dia.

A tradição descreve Cerinto como um contemporâneo e oponente do apóstolo João, que escreveu a Primeira e a Segunda Epístola para advertir aos menos avisados sobre a heresia pregada por Cerinto.

 


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Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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