8. Ofitas

Gnosticismo – Século I – Síria e Egito Adoradores da Serpente do Jardim do Éden.

Ofitas é o nome genérico empregado para designar várias seitas gnósticas cristãs da Síria e do Egito, as quais se desenvolveram no final do primeiro século depois de Cristo. 

Algumas das grandes seitas Ofitas foram os naassenos, setianos, peratas, borboritas, cainitas, mandeanos.

Orígenes de Alexandria (185-253) declarou que o fundador dessa seita foi um homem chamado Eufrates. Em geral, as seitas Ofitas costumavam seguir o pensamento maniqueísta, que era uma filosofia gnóstica religiosa que pregava a existência de um dualismo oposto entre o bem e o mal.


Os Ofitas atribuíam grande importância à Serpente do Jardim do Éden, mencionada no livro do Gênesis. Eles a consideravam como aquela que portava o conhecimento do bem e do mal. Portanto, um símbolo apropriado para a gnose.

Eles reverenciavam a Serpente do Jardim do Éden como a fonte do conhecimento supremo. A Serpente era o ser que havia libertado Adão e Eva da ignorância e das trevas espirituais em que viviam.

Para os Ofitas, Demiurgo é o Deus do Antigo Testamento. Esse Deus era uma divindade dominadora, misantrópico – sombrio, reservado, triste – da qual a humanidade deveria a todo custo ser libertada.

Desta maneira, a Serpente e todos os outros inimigos de Demiurgo são verdadeiros heróis para os Ofitas e dignos de ser cultuados e venerados.

O Deus do Antigo Testamento era um Deus malévolo, que estaria ocultando o conhecimento do bem e do mal da humanidade. Porém, a serpente revelou esse conhecimento secreto aos homens.

Para alguém tornar-se Ofitas era necessário passar por uma série de cerimônias de iniciação, que incluíam símbolos de purificação, vida, espírito e fogo.

As seitas Ofitas combinavam em suas doutrinas elementos do culto à deusa egípcia Isis e conceitos da mitologia oriental em alguns aspectos da doutrina cristã.

Um escrito dos pensamentos gnósticos dos Ofitas é conhecido como o “Testemunho da Verdade”. Outro texto original dos Ofitas, intitulado “Hipóstase dos Arcontes”, escrito na língua copta (o egípcio da época helenística e romana), foi descoberto em 1945 na chamada Biblioteca de Nag Hammadi.

 


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