056. Estudo Biblico de Apocalipse 12

Apocalipse 12: O grande conflito entre o bem e o mal é apresentado aqui.

É um drama em quatro atos: a origem do pecado e o início do conflito no céu; os ataques de Satanás a Cristo, quando ele viveu entre os homens; a perseguição à igreja nos séculos subsequentes e a guerra final contra o Remanescente.

O conflito entre o bem e o mal tem raízes cósmicas. O conflito não se originou na Terra, e nem jamais se limitou somente a este mundo. O âmago do conflito reflete a fúria do dragão contra Cristo e sua queda definitiva no evento máximo que foi a cruz. (v. 10 a 12). O evento da crucifixão de Cristo é o centro de toda a estrutura apocalíptica. Cristo e sua cruz oferecem certeza de vitória (v. 11).

1. Um paralelo com Gênesis 3:15

Gênesis 3:15 Apocalipse 12

A mulher A mulher (a igreja) – v.1

O descendente    Cristo (Miguel) – v. 5 e 17

(descendentes)               (O Remanescente)

A serpente             O dragão (a serpente) – v. 9

2. A mulher vestida de sol

Uma referência à igreja em contraste com a prostituta de Apocalipse 17 (Jeremias 6:2, II Cor. 11:2; Apocalipse 19:7 e 8; 17:15; Ezequiel 16:26-29, Isaías 50:1).

 

a) O sol representando a Cristo (João 8:12).

 

b) A lua, que reflete a glória do sol, representando as Escrituras (II Pedro 1:21).

c) A coroa de doze estrelas representando a vitória eterna concedida ao povo de Deus (João 3:36; I João 5:4), o número 12 apontando para o reino de Deus em sua totalidade, o fiel povo do Senhor.

3. O dragão vermelho

No sentido primário é o próprio Satanás que tentou matar o filho da mulher (Cristo) – v. 4 e 9. No sentido secundário, o dragão representa os poderes terrestres usados por Satanás para combater a Cristo, Sua verdade e Seu povo.

Parece razoável concluir que as sete cabeças representam poderes políticos que têm defendido a causa do dragão – poderes mundiais em sucessão e que os chifres representam poderes que existem simultaneamente.

Devido à obvia relação que existe entre Apocalipse 12, 13 e 17 e Daniel 2 e 7, podemos dizer que os dez chifres representam as partes em que finalmente foi dividido o Império Romano. Essas partes tornam-se Estados soberanos que no fim dos tempos desempenham importante papel em apoiar a Babilônia antítipa.

4. A expulsão do Dragão

Precisamos compreender claramente as duas ocasiões em que Satanás foi expulso:

a) Antes da criação do mundo – a origem do conflito ocorreu no céu (v. 7). Lúcifer (Satanás) instigou e enganou a terça parte dos anjos contra Deus (v. 4 e 7). Houve, então, guerra no céu, mas Miguel (Cristo) e seus anjos venceram o dragão e os seus anjos. O foco, entretanto, aponta para outra direção: a derrota na cruz.

b) Quando Cristo o derrotou na cruz – A cruz significou a condenação de Satanás. Ficaram “rotos os derradeiros laços de simpatia entre Satanás e o mundo celestial”. (D.N, 731).

A expulsão inicial (no céu) foi apenas física. A expulsão moral foi efetuada na cruz. Note as evidências de que a expulsão, do cap. 12, foi realizada na cruz:

1) Nos versos 9 e 10 é declarado que Satanás foi expulso. Jesus disse que Sua morte faria com que Satanás fosse expulso (João 12:31 -33).

2) A ênfase da palavra “agora” (grego: arti – “agora mesmo”). Agora veio a salvação (v. 10). Note também a ênfase de Jesus em S. João 12:31: “agora”, “agora”. Esta certeza só foi alcançada na cruz. Observe que até a cruz Satanás tinha acesso aos anjos do céu (Jó 1:6; 2:1).

3) O verso 10 declara que foi lançado (expulso) por terra o acusador que “os acusava de dia e de noite”. Obviamente ele já era nosso acusador quando foi expulso, o que nos dá a entender que a expulsão aqui mencionada não é a expulsão original dos céus.

4) Finalmente a expressão “Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro” (v. 11) aponta claramente para a cruz.

5. Os 1260 dias-anos

Correspondem ao tempo em que a igreja foi perseguida. A declaração de que a “terra abriu a boca” para socorrer a mulher aponta para os fiéis filhos de Deus que conseguiram encontrar refúgio em lugares quase inacessíveis e finalmente em novo mundo, onde encontraram a liberdade de culto e a libertação das falsas doutrinas (as águas como um rio – v .15).

Outros veem, ainda, na “terra” uma referência aos Estados protestantes da Europa e o próprio movimento da Reforma do século XVI, que abrigou os crentes fiéis. O período de perseguição: 538-1798 AD. Estes são os que “venceram pelo sangue do cordeiro” (verso 11).

6. A investida contra o Remanescente (v. 17)

O Antigo Testamento é a fonte do termo Remanescente (Loipoi), os restantes fiéis de Israel, em qualquer época de sua história, são chamados de Remanescentes.

A identificação do Remanescente aqui é alcançada por meio de seis indicações:

a) Fator tempo – Esta última etapa da igreja ocorreu após 1798, isto é, depois dos 1260 anos de isolamento no “deserto”.

b) Harmonia com a Bíblia – Eles estão de acordo com a fé apostólica, com a Bíblia como regra de fé.

c) Os dez mandamentos – O remanescente enaltece a lei moral de Deus – os dez mandamentos.

d) O dom de profecia – O “testemunho de Jesus” (v. 17) é identificado com o “espírito de profecia” (19:10).

e) É razoável supor que é esse remanescente que pregará as três mensagens de advertências finais, antes que se feche a porta da graça (14:6-12 – onde o remanescente também é indicado).

f) A missão mundial – A declaração “importa que profetizes” (cap. 10:11) refere-se ao objetivo de promulgação das mensagens angélicas a cada “tribo, língua, nação, povo” (14:6 e 7) .

Por essas razões, os Adventistas do Sétimo Dia creem que estão cumprindo a representação simbólica do remanescente (Ap. 12:17 e 14:12). Eles não afirmam, porém, que só os adventistas serão salvos. Deus tem verdadeiros seguidores em todas as comunidades religiosas.

É privilégio de cada pesquisador da Bíblia e seguidor de Jesus colocar sua vida em harmonia com as especificações do remanescente a fim de poder ser usado por Deus para o Seu serviço nos dias finais da história antes do retorno de Cristo a este mundo.

Um Abraço,

Seus Amigos da Escola Bíblica

 

Fonte: Mais Relevante


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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