209 – Êxodo 31.16-17, E a eternidade do Sábado

“Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando – o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e tomou alento” (Êxodo 31:16-17).

Sucintamente diremos o seguinte: nas passagens onde aparece o adjetivo hebraico olam (que corresponde ao grego aionios), se traduz por “perpétuo”.

É flutuante em sua significação, conforme o substantivo a que se apega; é absoluto ou relativo, pode ter significação restrita ou lata. Junto de um substantivo de natureza transitória, de ordem temporal, encerra um sentido de duração limitada à época em que a coisa se destinava a vigorar; junto de coisas eternas, o sentido é de duração sem fim.

O sábado teve começo com o mundo (Gênesis 2:3) e aqui durará até o fim do mundo (Isaías 66: 22 e 23) e irá até a Nova Terra; portanto sua perpetuidade não poderá confundir com a das transitórias festas judaicas .

 

Perpetuidade Temporária?

 

Surge sempre a cediça afirmação de que o sábado não é “perpétuo”, porque em Êxodo 12:14; 30:21 e Levítico 23:21 o adjetivo “perpétuo” também é aplicado à “páscoa”, lavagem de mãos e “festas judaicas”, e estas cessaram de existir. 

Precisam saber que o adjetivo olam, traduzido por “perpétuo” nos textos em tela e por “para sempre” em outros lugares, tem o seu sentido condicionado à natureza daquilo a que se aplica. Sendo assim, as festas cerimoniais teriam duração até o tempo em que seriam necessárias.

Jonas, ao descrever as peripécias pelas quais havia passado no interior do peixe, diz: “… os ferrolhos da terra correram-se sobre mim para sempre (olam)”, Jonas 2:6.

Esse para sempre durou apenas três dias e três noites. Foi uma duração curtíssima, não acham? No entanto, quando o mesmo adjetivo está junto de palavras que, pela natureza, têm duração ilimitada, significa realmente “duração sem fim”. Junto de “Deus”, “vida”, “amor”, indica perpetuidade.  

O argumento nada prova contra a permanência sabática, pois segundo a Bíblia o sábado será observado na Nova Terra pelos remidos. Isaías 66:23. A sua perpetuidade é sem fim.

O mandamento sabático se reporta aos dias da criação. E Strong em seu conhecido tratado teológico batista, relaciona o sábado do sétimo dia com o da criação, reconhecendo a importância e o valor do sábado como memorial do ato criador de Deus e necessariamente de Sua personalidade, soberania e transcendência… Feito na criação, aplica-se ao homem como tal, em todas as partes… [A.H. Strong. op. cit., pág. 408.]  


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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