A Crise Mundial de Alimentos

Vivemos em tempos de crise, ultimamente todos os meios de comunicação falaram muito a respeito da crise financeira mundial, e agora outra crise vem a galope e poderá prejudicar um número muito maior de pessoas.

Estou falando da crise mundial de alimentos. Alguns estudos estão apontando que esta crise seguirá por 4 ou 6 anos.

A FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) afirma que os estoques mundiais de grãos deste ano serão os menores desde 1982. Os estoques globais de milho, arroz, trigo têm caído dramaticamente, para níveis 40 a 60 por cento mais baixos na comparação com sete anos atrás e os preços destes e outros alimentos básicos dobraram ou triplicaram. A maior parte do aumento aconteceu nos últimos meses. Altos preços de alimentos assustam até os americanos em boas condições, mas eles afetam muito os países pobres, onde geralmente mais de 50% dos gastos de uma família são destinados à compra de comida.

Com receio do impacto negativo de medidas pontuais a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) lançará, nas próximas semanas, um guia de políticas para enfrentar a crise mundial de desabastecimento. O título provisório da cartilha é Como Evitar o Pânico.

Já existem problemas nesse setor pelo mundo. Os países fornecedores de alimentos, da Ucrânia à Argentina, têm limitado as exportações em uma tentativa de proteger o mercado interno, levando a protestos furiosos de agricultores – e tornando as coisas ainda mais difíceis em países que precisam importá-los.

Como isso aconteceu? A resposta é uma combinação de tendências de longo prazo, má sorte – e política ruim. Vamos começar pelas coisas que não são culpa de ninguém.

Primeiro, há o crescimento do número de pessoas em países em desenvolvimento, como a China, que têm, pela primeira vez, dinheiro suficiente para comer carne como os ocidentais. Como é preciso 700 calorias de ração animal para produzir um pedaço de bife de 100 calorias, essa mudança na dieta aumenta a demanda geral por grãos.

Segundo, há o preço do petróleo. A agricultura moderna consome muita energia: muitos BTUs vão para produzir fertilizantes, mover os tratores e transportar os produtos agrícolas aos consumidores. Com o petróleo custando mais de US$ 100 por barril, os gastos com energia se tornaram um grande fator responsável pelo aumento dos custos com agricultura.

Altos preços de petróleo, a propósito, também têm muito a ver com o crescimento da China e de outros países emergentes. Direta e indiretamente, esses poderes econômicos crescentes estão competindo com o resto de nós por recursos escassos, incluindo o petróleo e terra para ser cultivada, o que aumenta os preços por matérias primas de todos os tipos.

Terceiro, o clima não tem andado muito bom em áreas de cultivo fundamentais. Em particular, a Austrália, normalmente o segundo maior exportador mundial de trigo, tem sofrido de uma seca épica.

Disse que esses fatores por trás da crise de alimentos não são culpa de ninguém, mas isso não é verdade. O crescimento da China e de outras economias emergentes é a força principal que aumenta os preços do petróleo, mas a invasão do Iraque – que os proponentes juraram que ia diminuir o preço do petróleo – reduziu fornecimento de petróleo.

E o mau tempo, e especialmente a seca australiana, estão provavelmente relacionados às mudanças climáticas. Portanto, os governos que não colaboraram com as medidas para reduzir os gases causadores do efeito estufa têm alguma responsabilidade pela falta de alimentos. Os efeitos da política ruim estão mais claros no aumento do uso do etanol e outros biocombustíveis.

A conversão subsidiada de produtos agrícolas em combustível tinha de promover a independência energética e ajudar a limitar o aquecimento global. Mas essa promessa era um engano.

A situação ocorre, de fato, com o etanol produzido a partir do milho: mesmo com estimativas otimistas, produzir um galão de etanol a partir do milho usa a maior parte da energia que o galão contém. No entanto, mesmo que as políticas de biocombustíveis pareçam boas, como o uso do etanol a partir da cana-de-açúcar no Brasil, elas aceleram o ritmo das mudanças climáticas ao promoverem o desmatamento.

E enquanto isso, a terra usada para o cultivo de grãos para fazer biocombustível é uma terra não disponível para o cultivo de alimentos. Portanto, subsídios para biocombustíveis são um grande fator para a crise alimentícia.

Os governos e comerciantes privados de grãos faziam grandes estoques em tempos normais, caso uma colheita ruim criasse uma escassez repentina. Ao longo dos anos, no entanto, esses estoques acabaram encolhendo, principalmente porque todos passaram a acreditar que os países com falta de produtos agrícolas pudessem sempre importar a comida que precisassem.

A situação deixou o equilíbrio alimentício mundial vulnerável. Também precisamos conter os biocombustíveis, que acabaram se transformando em um erro terrível. Comida barata, como petróleo barato, pode ser coisa do passado.

JB On-Line

NOTA:

Mt.24:7 – Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.
A Volta de Jesus é marcada não só pelo cumprimento de sinais isolados, mas sim uma intensificação progressiva dos sinais … Mateus 24 mesmo adverte que não pensassemos que um ou outro sinal seria determinante para a Volta de Jesus “vede que ninguém se engane pois ainda não é o fim”.

O Mundo sempre enfrentou problemas como guerras, fomes, pestes, pragas, terremotos … mas diferente dos últimos séculos, hoje vemos a intensificação de todos os sinais … um aumento assustador nas ocorrências de terremotos, maremotos, tsunamis, fenômenos naturais que tem deixado o homem apreensivo, aquecimento global, as guerras e rumores tem feito parte do cotidiano do planeta … liberalismo e promiscuidade sexual, fortalecimento do espiritismo, avanço no ecumenismo sob o lema da “Paz”, crise de alimentos…

Enfim … Jesus esta voltando !!!!


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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