“E Davi ordenou aos chefes dos levitas que designassem alguns dos seus irmãos como cantores, para tocarem com instrumentos musicais, com alaúdes, harpas e címbalos, e levantassem a voz com alegria.” (1Crônicas 15:16)
O texto acima mostra-nos a importância e a antigüidade da música no culto a Deus. No reino de Davi o ministério da música era colocado em pé de igualdade com o sacerdócio.
Davi era um rei pastor que tinha a música em seu coração. Quando ainda bem jovem já tocava a sua harpa e afugentava os espíritos malignos da casa de Saul com as suas doces melodias. Ele se tornou mais tarde num grande compositor. Muitos dos nossos salmos foram compostos por ele.
Davi tinha cerca de 4 mil cantores e duzentos e oitenta e oito professores de música. Sua equipe estava dividida em 24 turnos, e o povo louvava ao Senhor perante a Arca do Concerto.
Há muitas coisas importantes que precisamos considerar quanto à música na igreja. Que tipo de instrumento devemos usar? E aqui as opiniões se divergem e é impossível agradar a todos. Embora tendo as minhas preferências, julgo que o problema não está nos instrumentos e sim nos instrumentistas. Estes, antes de afinarem seus instrumentos, devem afinar as suas vidas com Deus. Antes de serem instrumentistas, precisam ser verdadeiros adoradores. Aquele que tem a incumbência de conduzir o povo de Deus à adoração precisa estar cultuando a Deus em espírito e em verdade.
As letras e os ritmos dos nossos cânticos e hinos são importantes. Há cânticos que não dizem nada. Em alguns nem mesmo o nome de Deus aparece uma só vez; outros são repletos de erros doutrinários, abrindo caminho para a entrada de heresias no seio das igrejas; e há ainda aqueles que dão aos crentes um atestado de ignorância pela maneira como atropelam a língua portuguesa. Mas há, também, bons cânticos. Letra e música sérias. Alguns até chegam a entrar em nossos hinários e se perpetuam. Os que são bons ficam. Aqueles que não têm qualidade musical andam vagando, mudando de cara em cada lugar onde chegam, acabando, graças a Deus, por desaparecerem.
Precisamos cantar mais. Temos razões de sobra para cantar. Cantamos na vida e na morte. Mas devemos cantar de maneira consciente e coerente com a nossa fé. Músicas com letras que façam pensar; letras com músicas que façam sentir. Sem nunca perdermos de vista que o nosso Deus exige decência e ordem em tudo. Não há lugar para barulho ou desordem num culto verdadeiramente espiritual.
Fonte: Musica Sacra e Adoração