A reunião de oração

As reuniões de oração devem ser as mais interessantes a serem realizadas; são muitas vezes, porém, fracamente dirigidas. Muitos assistem ao culto de pregação, mas negligenciam as reuniões de oração. Nisso também se exige reflexão. Precisamos buscar sabedoria de Deus, e fazer planos para dirigir essas reuniões de maneira a torná-las interessantes e atrativas. O povo tem fome do pão da vida. Se o encontrarem na reunião de oração, ali irão para recebê-lo.

Longas e cansativas palestras e orações são inadequadas em qualquer parte, e especialmente na reunião de oração. Os que são desinibidos e sempre prontos a falar, tomam a liberdade de sacrificar o testemunho dos tímidos e retraídos. Os mais superficiais têm, geralmente, mais a dizer. Longas e mecânicas são suas orações. Fatigam os anjos e as pessoas que os escutam. Nossas orações devem ser breves e diretas. Que as longas e enfadonhas petições fiquem para nosso aposento particular, caso alguém queira fazer alguma dessa espécie. Deixem que o Espírito de Deus lhes entre no coração, e Ele expelirá dali toda árida formalidade. — Testimonies for the Church 4:70, 71.

A oração pública deve ser breve — Cristo deu a entender a Seus discípulos que suas orações deviam ser breves, exprimindo exatamente o que desejavam, e nada mais. Sugeriu-lhes a extensão e substância das orações, que resumiam seus desejos de bênçãos temporais e espirituais, bem como a gratidão manifestada por elas. Quão compreensiva é essa Oração Modelo! Abrange as necessidades reais de todos. Um ou dois minutos é tempo suficiente para qualquer oração habitual. Haverá casos em que a oração é expressa de modo especial pelo Espírito de Deus, quando a súplica é feita no Espírito. O coração ardente anseia e suspira por Deus; o espírito luta como Jacó, e não se satisfaz enquanto não vir uma manifestação especial do poder de Deus. Isso é o que Deus deseja.

Muitos, entretanto, fazem orações secas em forma de sermão. Eles oram aos homens e não a Deus. Se estivessem orando a Deus e realmente compreendessem o que estavam fazendo, assustar-se-iam de sua audácia, pois estão dirigindo ao Senhor um discurso, em forma de oração, como se o Criador do Universo necessitasse de informações especiais a respeito do que se passa no mundo. Tais orações são como “o metal que soa ou como o sino que tine”. 1 Coríntios 13:1. Não são tidas em conta alguma no Céu. Os anjos de Deus e também os mortais que são obrigados a escutá-las, aborrecem-se delas.

Jesus foi encontrado muitas vezes orando. Retirava-Se para os bosques solitários ou para as montanhas, a fim de ali elevar Suas súplicas ao Pai. Terminados os trabalhos e cuidados do dia, enquanto os cansados buscavam o repouso, Jesus dedicava tempo à oração. Não queremos desencorajar a oração, pois entre nós se ora e vigia muito pouco. E poucas orações são feitas com entendimento. Orações fervorosas e eficazes poderão ser feitas a todo tempo, e jamais fatigarão alguém. Essas orações atraem e reanimam a todos os que tomam interesse na devoção.

A oração particular é negligenciada, e essa é a razão por que muitos apresentam orações longas, tediosas, que refletem apostasia, quando se reúnem para adorar a Deus. Querem, com suas orações, satisfazer os deveres negligenciados da semana inteira e oram demoradamente, esperando reparar assim a sua falta e acalmar a consciência que os acusa. Esperam pela oração conquistar o favor de Deus. Freqüentemente, porém, essas orações têm por conseqüência reduzir outros a seu baixo nível de trevas espirituais. Se os cristãos atendessem mais aos ensinos de Cristo quanto ao dever de orar e vigiar, o seu culto a Deus havia de provar-se mais racional. — Testimonies for the Church 2:581, 582.

Mais louvor na oração — “Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor”. Salmos 150:6. Tem acaso algum de nós considerado devidamente quanto temos por que ser agradecidos? Lembramos nós que as misericórdias do Senhor são novas cada manhã, e que Sua fidelidade é para sempre? Reconhecemos nossa dependência dEle, e exprimimos gratidão por todos os Seus favores? Ao contrário, demasiadas vezes esquecemos que “toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes”. Tiago 1:17.

Quantas vezes os que estão com saúde esquecem as maravilhosas bênçãos que lhes são continuamente concedidas dia a dia, ano após ano! Não rendem a Deus tributo de louvor por todos os Seus benefícios. Quando sobrevém a doença, porém, lembram-se de Deus. O forte desejo de restabelecer-se induz a fervorosa oração; e isto é direito. Deus é nosso refúgio tanto na enfermidade como na saúde. Muitos, no entanto, não Lhe entregam seu caso; eles promovem a fraqueza e a doença preocupando-se consigo mesmos. Caso deixassem de afligir-se, e se erguessem acima da depressão e das sombras, mais certa seria sua cura. Devem lembrar-se com gratidão por quanto tempo desfrutaram a bênção da saúde; e, fosse essa preciosa graça a eles restituída, não deveriam esquecer que se acham sob nova obrigação para com seu Criador. Quando os dez leprosos foram curados, unicamente um volveu em busca de Jesus e deu-Lhe glória. Não sejamos nós como os ingratos nove, cujo coração não foi tocado pela misericórdia de Deus. — Testimonies for the Church 5:315.

O hábito de ficar pensando em males antecipados não é sábio nem cristão. Assim fazendo, deixamos de desfrutar as bênçãos e aproveitar as oportunidades do presente. O Senhor exige que cumpramos os deveres do dia de hoje, e lhe suportemos as provas. Hoje, devemos vigiar a fim de não pecarmos por palavras e atos. Cumpre-nos hoje louvar e honrar a Deus. Pelo exercício de uma fé viva hoje, temos de conquistar o inimigo. Precisamos buscar hoje a Deus, e estar decididos a não ficar satisfeitos sem Sua presença. Devemos vigiar e trabalhar e orar como se este fosse o último dia a nós concedido. Quão intensamente zelosa, então, seria nossa vida! Quão de perto seguiríamos a Jesus em todas as nossas palavras e ações! — Testimonies for the Church 5:200.

Deus está atento às pequenas coisas — Poucos há que apreciam ou aproveitam devidamente o precioso privilégio da oração. Devemos ir a Jesus e contar-Lhe todas as nossas necessidades. Podemos levar-Lhe nossos pequenos cuidados e perplexidades, da mesma maneira que as maiores aflições. Seja o que for que surja para nos perturbar ou afligir, devemos levar ao Senhor em oração. Quando sentirmos que necessitamos da presença de Cristo a todo instante, Satanás terá pouco ensejo de introduzir suas tentações. É seu estudado esforço manter-nos afastados de nosso melhor e mais compassivo amigo. Não devemos tornar ninguém senão Jesus nosso confidente. Podemos com segurança comunicar-Lhe tudo quanto se acha em nosso coração. Irmãos e irmãs, quando vocês se reúnem para o culto de oração, creiam que Jesus Se reúne com vocês; creiam que Ele está disposto a abençoá-los. Desviem os olhos do próprio eu; olhem a Jesus, falem de Seu incomparável amor. Contemplando-O, serão transformados à Sua semelhança. Quando orarem, sejam breves, vão diretamente ao ponto. Não preguem um sermão ao Senhor em suas longas orações. Peçam o pão da vida como uma criança faminta pede pão a seu pai terrestre. Deus nos concederá toda bênção de que necessitamos, uma vez que Lhe peçamos em simplicidade e fé. […]

A oração é o mais santo exercício da alma. Deve ser sincera, humilde, fervorosa — os desejos de um coração renovado, expressos na presença de um Deus santo. Quando o suplicante sente achar-se na presença divina, o próprio eu será perdido de vista. Ele não terá desejos de exibir talento humano; não procurará agradar o ouvido dos homens, mas obter a bênção intensamente ambicionada pela alma. — Testimonies for the Church 5:200, 201.

Tanto no culto público, como no particular, ternos o privilégio de curvar os joelhos perante o Senhor ao fazer-Lhe nossas petições. Jesus, nosso exemplo, “pondo-Se de joelhos, orava”. Lucas 22:41. Acerca de Seus discípulos acha-se registrado que também se punham de joelhos e oravam. Atos dos Apóstolos 9:40; 20:36; 21:5. Paulo declarou: “[…] me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. Efésios 3:14. Ao confessar perante Deus os pecados de Israel, Esdras ajoelhou-se. Esdras 9:5. Daniel “três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante de seu Deus”. Daniel 6:10. — Obreiros Evangélicos, 178.

Ellen G. White, Conselhos para a Igreja, Capítulo 51.

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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