A santa ceia e o ORDENANÇA DO LAVA-PÉS

Introdução:

1. No cenáculo Jesus deu um novo mandamento à igreja…

2. “Vós deveis lavar os pés uns dos outros” ordenou o Mestre…

3. E para tornar a ordem mais enfática, Ele acrescentou: “Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu voz fiz façais vós também” (Jo. 13:14,15).

I. FOI MUITO HUMILHANTE PARA OS DISCÍPULOS VEREM O MESTRE TOMAR A POSIÇÃO DE UM SERVO AO LAVAR-LHES OS PÉS…


A. Porém, fazendo isto, Jesus estava-lhes ensinando algumas lições muito importantes.

1. Lições que deveriam ser memorizadas e vividas por todos os seguidores de Cristo através dos séculos por vir.

2. Nesta ocasião Jesus estava estabelecendo a prática da cerimônia do lava-pés como um serviço religioso.

a. Através de Seu ato “esta cerimônia tornou-se uma ordenança consagrada…”

b. E esta ordenança “devia ser observada pelos discípulos, a fim de poderem conservar sempre em mente” as “lições de humildade e serviço” ensinadas pelo Mestre (D.T. N., 626).

3. Aos olhos de Jesus a verdadeira grandeza é a grandeza da humildade.

a. A pessoa humilde coloca a sua inteira dependência de Deus…
b. Esta é a raiz de toda virtude…
c. Porém, a perda da humildade conduz ao orgulho, que é a raiz de todo o mal, de todo pecado…
d. Foi através do orgulho que o pecado manchou o universo…

Sermões Especiais para Dias e Ocasiões Especiais 228
e. Foi o orgulho que tornou a redenção necessária.
f. É justamente por causa do orgulho, além de outras coisas que precisamos de um Redentor…

B. Ser humilde significa confiar em Deus durante todo o tempo de nossas vidas.

1. Esta confiança não pode existir onde há orgulho.

2. Poucos conseguem ver que a humildade e a fé estão muito ligadas nas Escrituras.

3. Jesus deixou isso bem claro.

4. Em duas ocasiões Ele mencionou que a humildade é uma aliada da fé verdadeira…
a. Uma foi quando curou o criado do centurião.
b. O centurião declarou: “Senhor, não sou digno de que entres em minha casa” (Mat. 8:8).
c. Outra vez ocorreu com a mulher siro-fenícia…
d. Ela aceitou o nome de cachorro dizendo: “Sim, Senhor mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças” (Mar. 7:28).
e. Jesus lhe respondeu: “Por causa desta palavra, podes ir; o demônio já saiu de tua filha” (Mar. 7:29).

5. A humildade leva a pessoa a reconhecer que não é nada diante de Deus.

a. Ela remove as dificuldades que prejudicam a fé e produz plena confiança em Deus.

6. A falta de humildade impede-nos de ter uma “fé que opera”…

a. A serva do Senhor nos diz que “a primeira coisa a ser aprendida por todos os que desejam, tornar-se coobreiros de Deus é a desconfiança de si mesmos…
b. As pessoas que aceitam este conselho acham-se então “preparadas para lhes ser comunicado o caráter de Cristo” (D.T.N., 226).

II. A ORDENANÇA DO LAVA-PÉS É DESIGNADA PARA MANTER-NOS EM NOSSO DEVIDO LUGAR…


A. Temos a tendência de nos achar mais importantes que nosso irmão, de pensar apenas em nós mesmos, de procurar o lugar mais alto.

1. Muitas vezes isto causa sentimentos de suspeita e amargura de espírito…

a. A cerimônia do lava-pés deve remover estes sentimentos.
b. Deve tirar-nos de nosso egoísmo.
c. Deve levar-nos a abandonar o desejo de exaltação própria.
d. Deve levar-nos à humildade de coração conduzindo-nos a servir nosso irmão (D.T.N., 626, 627).

2. Encontramos, porém, um outro resultado da humildade.

a. Diz E.G. White: “O Senhor poderia fazer muito mais por Seu povo, se este acalentasse a verdadeira humildade.” (P.P., 590).
b. Portanto, o orgulho nos leva a perder grandes bênçãos…
3. A cerimônia do lava-pés realizada no verdadeiro espírito de humildade, desenvolve em nossa vida um sentimento de comunidade…
a. “Sua constante lição será: ‘servi-vos uns aos outros pela caridade’ (Gál. 5:13)…
b. “Sempre que esta ordenança é devidamente celebrada, os filhos de Deus são levados a uma santa relação uns para com os outros, para se ajudar e beneficiar-se mutuamente” (D.T. N. 627 628).

B. Chegamos, portanto, à conclusão de que participar desta cerimônia representa muito mais do que imaginamos…

1. Ela é um serviço de limpeza.
a. Ao participar dela devemos saber que as sujeiras do pecado são lavadas e nos tornamos limpos…

2. Parar para lavar os pés de nosso irmão também significa que aceitamos o conselho: “preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rom. 12:10).

a. Nossa humildade diante de nosso semelhante demonstra nossa humildade diante do Criador…

C. Finalmente, esta cerimônia também é uma demonstração de nosso desejo de servir ao nosso próximo.

1. Ela demonstra que estamos dispostos a dar de nós mesmos pelos outros.

2. Agindo assim, estaremos seguindo os passos do Mestre, que andou fazendo o bem, sendo uma bênção aonde quer que fosse…

3. Aquele que era servido por todos na glória celestial, veio e tornou-Se servo de todos. a. Se quisermos imitá-lo e sentir a alegria de ver almas redimidas, precisamos seguir-lhe o exemplo de abnegação e humildade (D.T. N., 628).

Conclusão


1. A ordenança do lava-pés foi instituída por Jesus como uma ajuda na preparação espiritual para a Santa Ceia.

2. Ela é uma ocasião muito especial para um exame próprio, para recomeçar a vida com Cristo.

3. Ela é um tempo para renovação do voto batismal.

4. Quão facilmente escorregamos de volta aos velhos hábitos e nos tornamos descuidosos na vida cristã.

5. Precisamos fazer estes exames pessoais periodicamente a fim de avaliarmos se estamos crescendo na graça, se estamos abandonando o orgulho…

6. Quando lavamos os pés uns dos outros devemos sentir o amor de Cristo prevalecendo.

7. Humildemente nos unimos uns aos outros e ao nosso Pai Celestial.

8. Assim, o alto e o baixo, o rico e o pobre, o branco e o preto, o servo e o mestre, o erudito e o não-alfabetizado, todos somos iguais diante de Deus.

9. Todos são pecadores salvos pela graça, não tendo nada que nos possa recomendar diante do Criador, a não ser nossas grandes necessidades.

 

 


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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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