Ao Vencedor … No Trono com Jesus

I – Introdução: Você já se sentiu derrotado alguma vez? Já fracassou no vestibular? Não conseguiu aquela vaga no emprego que há tanto tempo aguardava? Perdeu a namorada que tanto amava? Está doente, e sabe que não tem cura e está se sentindo um derrotado? Você já prometeu pra Cristo que não iria cometer aquele pecado, e não conseguiu cumprir a promessa? A sensação de ser um perdedor ou derrotado é frustrante, extremamente desagradável, mas, no inverso, como é bom ser um vitorioso. Ter um sentimento de superioridade, realização. Isso nos motiva para os desafios diários.

Quando nos sentimos derrotados em alguma área da vida, não temos motivação para continuar, apenas uma vontade de não tentar mais nada. Mas, a Palavra de Deus tem uma mensagem de esperança para mim e para você. Leiamos Apocalipse 3:21.

“Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.” Apocalipse 3:21

II – Auto-estima e sua influência nas nossas realizações ou fracassos.

Embora neste mundo às vezes nos sintamos derrotados, temos a promessa fiel que um dia na eternidade nós nos assentaremos com Cristo em seu trono, um trono onde só se assentam os vencedores.

Muitos não são vencedores neste mundo por um simples motivo, a baixa auto- estima.

Auto-estima é a imagem que você tem de si mesmo, como você se vê. Milhares não conseguiram realizar seus sonhos, mesmo aqueles pequenos, porque não acreditaram na sua capacidade. Às vezes os amigos e familiares diziam que ele era capaz, que ele conseguiria, mas ele mesmo dizia, eu não consigo, nem vou tentar, pois, sei que não tenho condições.

Observe o que diz a psicoterapeuta individual e de casais Kelen de Bernardi Pizol:

“Quem tem a estima baixa está sujeito a vários problemas psicológicos, tais como depressão ou ansiedade, pois seu modo de ver o mundo e conseqüentemente de se comportar, o faz se sentir infeliz ou inseguro e preocupado, e o deixa mais propenso a cair nas armadilhas da vida. No campo amoroso, o indivíduo pode, por exemplo, entregar-se a relacionamentos que o machucam ou que não têm a oferecer o que ele quer de fato, apenas por um pouco de atenção. Também pode se tornar ciumento em demasia, por acreditar que o ser amado poderá encontrar alguém que considere melhor do que ele. Na vida pessoal ou profissional, a pessoa com baixa estima pode deixar boas oportunidades passarem, por não se achar boa o suficiente para ocupar aquela posição ou lutar por aquilo. Pode deixar de cuidar do seu corpo como cuidava anteriormente e isso se torna um círculo vicioso que parece a ele não ter saída. A dó de si mesmo é comum em quem tem baixa auto-estima, assim como o medo de não conseguir as coisas ou de perder o desejado.

A pessoa considera-se vítima das circunstâncias, dos maus relacionamentos, da “falta de sorte”. Patamares elevados de perfeição podem rondar sua fantasia, pondo-se como uma barreira à realização de desejos que se tornam inatingíveis vistos desta ótica. O outro pode ser visto como sempre melhor, mais desejável, mais competente, mais provável de amor do que ele.”

Na maioria dos países da América Latina, mais de 60% dos alunos não terminam o segundo grau e só 1% dos alunos que começaram o primeiro grau ingressam na universidade. (TORRES, 1994).

Veja como muitas pessoas não se realizam profissionalmente. Pode ser que a baixa auto-estima influencie muito os números da pesquisa.

Ilustração: James Dobson conta em um de seus livros a história de um técnico de futebol americano, por nome John McKay, da Universidade da Califórnia do Sul. O filho de McKay, John, era um jogador de sucesso no time de seu pai. Quando lhe pediram para falar sobre o orgulho que ele sentia dos feitos de seu filho em campo, McKay respondeu: “Sim, eu estou satisfeito que John tenha tido uma boa temporada no ano passado. Ele faz um ótimo trabalho e estou muito orgulhoso. Mas estaria orgulhoso do mesmo modo, mesmo que ele nunca tivesse jogado futebol.” McKay nos ensina uma boa lição. O talento futebolístico de seu filho John é reconhecido e apreciado, mas o seu valor humano não depende de suas habilidades para jogar futebol. Valor é mais que realizações ou posição.

III – “Assim como Eu venci …”

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” Hebreus 4:15

Jesus viveu uma vida de santidade e com um propósito bem definido de não pecar. Se Cristo pecasse não teríamos mais esperança de salvação. Este mundo seria entregue à Satanás e ele seria o governante deste mundo.

Cristo venceu cada tentação, através do poder e obediência a Palavra de Deus, podemos ler isso em Mateus 4:1-11.

Precisamos como Cristo entesourar na mente partes da Palavra de Deus, para nos defendermos das tentações de Satanás.

Uma característica do jovem é que ele quando determina não pecar contra Deus ele sempre sairá vencedor pela graça de Deus. “Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi filhos, porque conhecestes o Pai.” I João 2:13.

Um grande pregador disse “ou este livro (Bíblia) me afasta do pecado ou o pecado me afasta deste livro.” Moody.

Quanto mais contato tivermos com a Palavra de Deus, mais longe ficaremos do pecado. Mais fortes seremos para vencermos cada tentação.

Você está sendo tentado? Não tem forças pra vencer a tentação? A tentação está sendo muito mais forte que você?

Uma linda promessa da Palavra de Deus “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar”. I Cor. 10:13.

Cada jovem adventista deve ter este propósito em vida cada dia de não pecar contra Deus. Se a tentação for muito forte, Deus lhe dará forças pra vencê-la.

IV – Cristo venceu porque viveu cada dia em submissão a Deus.

Cristo começava seu dia com Deus. “O Senhor Deus me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem.” Isaias 50:4.

Quando Pompéia foi destruída, muitas pessoas foram depois encontradas em posições muito distintas, sepultadas nas ruínas. Algumas nos subterrâneos, como se houvessem fugido para ali a fim de se protegerem. Outras em quartos mais altos. Onde se encontravam, porém, os sentinelas romanos? Na porta da cidade onde haviam sido colocados por seus capitães, e com as lanças na mão.

Ali, enquanto a terra tremia sob os pés e a cinza chovia sobre elas até as cobrir, ficaram firmes em seus postos como estátuas; e ali, depois de mil anos, foram encontradas.

Assim os jovens cristãos devem ficar firmes em seu dever no lugar em que o seu Capitão os haja posto; mesmo em situações incompreensíveis e desalentadoras a nossa confiança em Deus não pode ser abalada. Isto me faz lembrar um dos mais belos capítulos da história da igreja, o que trata de Ellen G. White e a morte do esposo:

“A morte de Tiago White não posso entrar nos pormenores da doença de meu esposo. Encontrareis o relato em forma impressa. Disseram-me que ele não estava passando bem. O médico afirmou que seria bom que eu fosse vê-lo. Conduziram-me ao seu quarto, e no momento em que olhei para ele, declarei: “Meu marido está morrendo!” Em seu semblante havia o inconfundível estigma da morte. Oh! como fiquei chocada! Ajoelhei-me ao lado de sua cama. Orei mui fervorosamente para que ele não morresse. …

Estive com ele a noite toda, e no dia seguinte, ao meio-dia, ele teve um calafrio, e desse momento em diante não sentiu mais nada. Simplesmente adormeceu, sem dor, sem sofrimento, de maneira tão amena como uma criança, ele exalou o último suspiro. …

Telegrafamos para Willie e Maria, pedindo que viessem. … Uma semana depois da morte dele, Willie e Maria chegaram; também João White [irmão de Tiago White e ministro metodista].

João White disse: “Ellen, estou profundamente triste por ver-te tão fraca. Uma experiência probante se acha diante de ti nos serviços fúnebres de amanhã. Deus te ajude, minha querida irmã, Deus te ajude nessa ocasião.” Disse eu: “Irmão João, tu não me conheces. Quanto mais difícil é a situação, tanto maior é a fortaleza que possuo. Não me entregarei a manifestações de pesar, se o meu coração se romper. Sirvo a Deus, não impulsivamente, mas inteligentemente. Ele espera de mim implícita e constante submissão. Exagerado pesar é desagradável a Deus. Tomo a cruz que me foi designada e seguirei inteiramente ao Senhor. Não me entregarei a excessos de pesar. Não transigirei com doentio e melancólico estado emocional. Não me queixarei nem murmurarei da providência de Deus. Jesus é meu Salvador. Ele vive. Nunca me abandonará nem me desamparará.”

[No dia seguinte], depois que o Pastor [Urias] Smith fez o sermão fúnebre, almejei muitíssimo dizer algo para que todos soubessem que a esperança cristã era minha e me susteve nessa hora de aflição, mas receei não poder colocar-me sobre os pés. Finalmente decidi fazer a tentativa, e o Senhor me amparou. O médico [J. H. Kellogg] estava pronto para “apanhar-me”, segundo disse, se eu caísse…, mas proferi com clareza o que tinha a dizer. …

a) Sou grata a Deus por não me ter deixado a buscar meu consolo na amizade do mundo. Carta 9, 1881. MM Este Dia com Deus, p. 300, 20 de outubro de 1980.

b) Submissão a Deus cada dia, cada momento é necessário para que nós sejamos vencedores como Cristo foi.

V – Conclusão: Este mundo competitivo em que vivemos tem deixado muitas pessoas derrotadas. Poucos conseguem ingressar numa faculdade. Os grandes sufocam os pequenos. Às vezes olhamos para nós e nos sentimos impotentes, fracassados, uma doença que não tem cura, um filho perdido nas drogas e não sabemos o que fazer. Cristo promete aqueles que são submissos a ele e que lutam para não cederem à tentação que um dia serão todos vencedores. Não por sua própria capacidade, mas pelos méritos de Jesus. Quando Cristo venceu, Cristo assentou-se juntamente com o Pai no seu trono. Jesus venceu porque venceu a tentação através do poder de Deus e de sua palavra, e também porque viveu cada dia em submissão a vontade de Deus e nós também podemos vencer se fizermos a mesma coisa. Cristo quer que um dia você e eu nos assentemos com Ele no seu trono. Quem sabe será neste momento em que enxugará dos nossos olhos toda a lágrima. Você anseia um dia sentar-se com Jesus no seu trono? Ter suas lágrimas enxugadas pelas mãos preciosas de Cristo? Quer viver uma vida de submissão a Deus e lutar para não cair em tentação? Cristo Jesus quer te dar a vitória. É só você aceitar sua graça e fazer dEle o Seu Salvador e Senhor.

Autor: Pr. Donato Azevedo Filho

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Sobre Weleson Fernandes

Evangelista da Igreja Adventista do sétimo dia, analista financeiro, formado em gestão financeira, pós graduado em controladoria de finanças, graduado em Teologia para Evangelistas pela Universidade Adventista de São Paulo. Autor de livros e de artigos, colunista no Blog Sétimo dia, Jovens Adventista. Tem participado como palestrante em seminários e em Conferências de evangelismo. Casado com Shirlene, é pai de três filhos.

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