Cristãos são perseguidos em países budistas

Segundo dados da Pew Research Center, cerca de 448 milhões de pessoas no mundo são adeptas ao budismo e 9 em cada 10 seguidores vivem na Ásia, em países como Butão, Vietnã, Sri Lanka, Mianmar e Laos. Viver nessa região tem sido cada vez mais difícil para um discípulo de Cristo, que é vítima da intolerância religiosa e violência por parte da família, da sociedade e do Estado. Todos esses países fazem parte da Lista Mundial da Perseguição 2019, e nos últimos cinco anos todos estiveram em posições de perseguição severa e alta.

Nos Sul e Sudeste Asiático, essa religião toma conta de todas as esferas da sociedade e, embora conhecida pela busca da paz interior, a cada ano cresce o radicalismo nos países de maioria budista. Por não seguirem os seus ensinamentos, os cristãos são considerados uma ameaça e fonte de “má sorte”. Além disso, a conversão de um budista ao cristianismo envergonha e desonra a tradição familiar.

Igreja perseguida no Butão

No país que ocupa a 33ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, o budismo é parte do tecido social e nenhuma congregação cristã nunca teve permissão de ser construída. Todas as comunidades cristãs permanecem secretas. Especialmente em áreas rurais, os monges budistas se opõem à presença de cristãos. Em algumas áreas do Butão, a fusão de crenças tribais com o budismo tem causado perseguição, sobretudo nas regiões central e leste do país.

O nacionalismo religioso se caracteriza como o principal tipo de perseguição no Butão, sendo que a própria Constituição afirma que é responsabilidade de todas as instituições e personalidades religiosas promover a herança espiritual do país, ou seja, o budismo. Além disso, os convertidos ao cristianismo que se recusam a participar dos rituais e tradições da crença tradicional animista chamada Bön serão pressionados e enfrentarão oposição e exclusão por parte da tribo.

Exemplos disso são cristãos atendidos pela Portas Abertas e que encontram esperança para viver e seguir a Jesus. “Eu vivo em uma área remota no Leste do Butão. Tenho descoberto que Cristo me conduz à perseguição por meio de meus vizinhos budistas. Com frequência, ou importunado e pressionado a renunciar a nova fé em Cristo. Certa vez, fui forçado a deixar minha casa, rastejar debaixo de uma vaca e beber sua urina”, compartilhou Tom, um cristão ex-budista.

Apesar de todas as dificuldades, mais pessoas têm vindo à fé. Jigme contou como seu pai, um antigo membro do exército, ameaçava a mãe: “Eu lembro vividamente de como meu pai costumava bater em minha mãe com o cinto do exército, o que a deixava sangrando. Sua carne ficava exposta devido às intensas agressões do meu pai, apenas porque ela frequentava a igreja. Ela teve que fugir de casa para viver com uma família cristã, por conta da falta de piedade do meu pai em suas agressões. Ele é o perseguidor mais violento que já vi em minha vida.

Há mais de 30 anos, a Portas Abertas atua entre os budistas e tem alcançado essas pessoas, fortalecendo-as e ajudando-as a permanecer firmes em sua fé.

Para saber mais sobre o Butão e como se envolver com os cristãos perseguidos pelo budismo, acesse: https://www.portasabertas.org.br/categoria/lista-mundial/butao

Nota: Quando muçulmanos, budistas e adeptos de outras religiões não cristãs vêm para os países cristãos do Ocidente, via de regra são bem recebidos e podem viver em paz, tendo suas convicções religiosas respeitadas. É lamentável que o mesmo não ocorra com os cristãos em países islâmicos e budistas. [MB]

Sobre Weleson Fernandes

Escritor & Evangelista da União Central Brasileira

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