Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados. Isa.53:5.
No dia 21 de abril de 1792, José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi enforcado no Rio de Janeiro. Ele havia sido um dos cabeças do movimento conspiratório contra o domínio português, ao lado dos poetas Tomás Antonio Gonzaga e Claudio Manuel da Costa, do Padre Rolim e outros, organizado em Vila Rica e alimentado pela influência da queda da bastilha e da independência norte-americana. Traído por um dos participantes do movimento, foi considerado o líder da conjuração, chamando a si as responsabilidades. Após o enforcamento, seu corpo foi esquartejado, sendo seus restos mortais pendurados pelas ruas de Vila Rica, para onde foram trasladados.
Joaquim José da Silva Xavier é considerado herói da independência brasileira e patrono cívico da nação.
Mas acima de qualquer herói humano, está Jesus, o Mártir dos mártires. Deixou as cortes celestes, desceu ao fosso em que se encontrava a humanidade, foi alvo de uma conspiração tramada pelos líderes de então, e crucificado com todos os requintes de maldade. Mas, na verdade, Ele chamou a si a responsabilidade por todos os nossos pecados. Dali em diante, a cruz tornou-se um símbolo de amor, desprendimento e, ao mesmo tempo, admiração. O apóstolo Paulo afirma: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.” Gálatas 6:14.
Paulo gloriava-se na cruz porque ela fora o meio pelo qual Jesus nos libertou do jugo do pecado. Na cruz, o Céu pagou o preço da nossa independência. Por isso podemos dizer com alegria: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Romanos 8:1)
O caminho da liberdade foi aberto por Cristo. Quem anda por ele, sente o desejo de partilhar com outros o prazer da libertação espiritual. No livro Nisto Cremos, à pág. 245, lemos o seguinte: “O vasto abismo existente entre o Céu e nós, o abismo atravessado por Cristo, torna insignificante o pequeno trecho de rua que nós temos de caminhar para podermos alcançar o nosso irmão.”
O ato heróico de nosso Salvador mostra que ninguém é sem valor. Todos são desejados.
Pensamento para reflexão:
Por que andar em pecado, se na cruz Cristo nos libertou?
Rubens S. Lessa, A Esperança do Terceiro Milênio, pág. 1185.