Quando o marido e a mulher se desentendem, um procura atingir ou outro por meio de certos expedientes. Você, por exemplo, já usou palavras duras, que causaram estragos no relacionamento? Há casais que vão muito além: dão socos e pontapés!
Quando trabalhava como conselheiro na cidade de Macapá, AP, eu soube que um homem havia batido na esposa. Ela estava magoada com ele, mas queria que eu pedisse ao delegado de polícia que o tirasse da prisão.
No dia seguinte, falei com o delegado e pedi permissão para conversar com o preso, que me afirmou: “Por favor, peça ao delegado que me liberte desta cela escura, na qual passei a noite. Chorei muito por causa da grosseria com que tratei minha mulher. Agora entendo quais são as minhas obrigações.”
O delegado soltou o homem malvado e eu o acompanhei até a casa dele. Lá, conversei com o casal e dei conselhos. Dias depois, o marido repetiu a dose e, mais uma vez, intercedi por ele. Na terceira vez, deixei o delegado cumprir o papel que lhe cabia. Dali em diante, aquele homem deixou de bater na esposa, mas passou a agredi-la com palavras duras.
Os cônjuges não devem usar martelo para matar moscas na cabeça um do outro. Em vez de palavras duras, tapas e empurrões, usem o diálogo. Sentem-se, ouçam um ao outro, ponderem, conversem como gente grande e tomem a melhor decisão para o caso. Em vez de martelo, a Bíblia recomenda o seguinte: “A resposta branda desvia o furor” (Provérbios 15:1).
Rubens Lessa – Jornalista e escritor